First Date escrita por Blue


Capítulo 1
My First Date, Bitchs.


Notas iniciais do capítulo

Eu fiz essa one porque, pessoalmente, eu acho First Date muito fofo, e eu nunca tinha escrito nada para o blink-182. Então, tá aí.



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Nico passou as mãos pelo rosto para se assegurar de que sua barba estava feita uma última vez. Seus olhos se encontravam a cada segundo com os olhos do Nico refletido no retrovisor do carro. E esses olhares transmitiam insegurança quase palpável.

Seu coração batia mais rápido com a possiblidade dela aparecer a qualquer momento.

Vamos lá, garotão, você está lindo.

Conta outra. Ele parece um espantalho mal acabado.

Pare de ser pessimista, ela vai babar nele, como as outras.

Ela não é como as outras.

Sim, mas... Ela também é mulher. Como as outras.

Pare com isso, vai confundi-lo. Ela não é como as outras.

Então, quando dizemos “ela”, se trata de um travesti?

Não! Quer dizer... Eu não sei... Tomara que não.

Então é como as outras e vai babar.

Ah, você é impossível.

Nico estava quase gritado para calar a boca de seus malditos pensamentos, quando uma presença faz seu corpo parar de funcionar por um momento.

-Nico! Oi! –Ela disse, com um sorriso verdadeiro no rosto mais lindo do mundo, e os olhos azuis da cor do céu brilhando com a animação. Um primeiro encontro.

Nico deu um sorriso nervoso. Queria estar tão perfeito quanto ela, para combinarem. Mas isso seria impossível. Completamente impossível.

Porque ninguém chegava aos pés dela.

-O-oi, Thalia. Hã... Pode entrar. –Ele se esforçou para não tremer de nervosismo. Droga. Só era assim com ela. Somente com a presença dela ele sentia as veias se entupirem de sangue.

Ela entrou no carro ainda sorrindo. Estava usando um vestido que tirava ainda mais Nico do seu normal, e os cabelos negros estavam presos, deixando seu belo rosto a mostra para que ele o pudesse comtemplar.

Credo, pensou consigo, estou parecendo um obcecado.

-Para onde vamos? –Thalia Grace perguntou, com os olhos sobre Nico, enquanto colocava o cinto de segurança, emitindo um clic, e Nico dava partida no seu carro.

-Para o Mc Donald’s. –Ele respondeu, envergonhado. Era onde sua grana cobria. E ele gostava do MC Donald’s. Esperava que ela também. Seria um ponto a mais.

-Sério? Eu amo o McLanche Feliz! –Exclamou com alegria sua acompanhante.

-Eu também. –Nico sorriu, naturalmente, pela primeira vez. Nico 1 X Vergonha 0.

Continuou dirigindo, até perceber um vácuo onde deveria existir diálogo. Sentiu as bochechas queimarem por não ter o que falar, e ligou o rádio. O Mc Donald’s era meio longe.

-Agora, a hora exata na Rádio Favorita! 19:45, e agora mais um sucesso dos anos 90! Nirvana, com Rape Me.

Rape Me começou a tocar, e Nico batia os dedos no volante do carro, distraído. Por um momento, Thalia era uma bolha de invisibilidade e só existia Kurt Cobain no carro com Nico. E aquilo era bom.

-Rape Me. Eu tinha treze anos quando me disseram que não era uma boa música para se cantar. –Thalia riu, e Nico teve que acompanha-la.

O gelo fora quebrado.

Mais alguns minutos, e eles estavam no M gigante que brilhava. Nico estacionou o carro, e voltou a se sentir bem tenso. Pelo menos, não a levara para dançar. Ele achava que dançar era tosco. Espere, isso era errado?

Quando desceram, Nico sentiu o olhar de Thalia o avaliando da cabeça aos pés.

Droga, ela reparou o cabelo estúpido.

Que nada, ela estava só admirando.

Admirando o que? A roupa ridícula?

Ele não sabia o que vestir, pega leve.

Nico só estava com medo do que ela pensaria. Então estendeu a mão para ela.

-Tudo bem se eu segurar sua mão? –Perguntou, ruborizado. Thalia sorriu com doçura.

-Fica até melhor. –Ela aceitou a mão. A mão dela era quente e macia, e quanto a de Nico, era muito gelada e, bem, ele não passava creme hidratante nela.

Caminharam no mesmo ritmo até a entrada da lanchonete, e Nico fez questão de segurar a porta para Thalia. Esperava que ela tivesse notado isso.

Então se sentaram e fizeram seus pedidos. Enquanto esperavam, conversavam. Thalia, pelo menos, conversava. Nico só queria admirar o rosto dela discretamente enquanto fingia estar ouvindo o que ela dizia sobre a faculdade. Errado? Suas pernas ainda tremiam debaixo da mesa.

Quando, enfim, a comida chegou, Nico simplesmente não conseguiu comer. Thalia o deixava nervoso. Estava com medo de acabar vomitando batata frita pelo nariz e estragar seu encontro com a menina perfeita. O que seria uma pena.

-Não vai comer, Nico? –Ela perguntou, os olhos com uma pontada de preocupação (ou seria decepção? Oh, Deus!).

-Ah... Não. Perdi a fome.

-Nico. Come logo, vai! Tá uma delícia. Toma. –Ela pegou uma batata do seu pacote, e estendeu no ar para ele.

Nico abriu a boca para responder, mas resolveu aceitar. Levantou a mão para pegar a batata que ela estendia, mas apesar de ter aberto a boca para responde-la, esqueceu de fechar. Então Thalia simplesmente colocou a batata na boca dele.

Ela começou a rir da careta que Nico fazia enquanto mastigava. A risada dela era linda e marcante, como a tranquila espuma do mar no meio de um tsunami. Nico quase se derreteu por dentro com aquele sorriso. Então sorriu também.

-Obrigada pela batata.

Então ela riu mais. Linda.

Comeu seu lanche, e pagaram a conta. Nico não queria leva-la embora. Estava divertido. Estava sendo agradável. Mesmo com todos os seus sentidos na defensiva caso ele mesmo aprontasse uma besteira. Como cair no meio do estacionamento, que foi o que ele fez.

-Nico! Você tá bem? –Thalia estendeu a mão, e Nico a aceitou, com o joelho dolorido. Ela o levantou, e Nico mal conseguia encara-la de vergonha. –Machucou?

-Não...

Então Thalia o segurou pelos ombros. –Ei, tudo bem! Não precisa ficar com vergonha. Esses dias eu caí no meio do shopping segurando um sorvete. Imagina o resto.

Nico a olhou nos olhos. Estavam próximos demais. E olhando para ela, ele descobriu que não era digno de nem um minuto sequer de Thalia Grace Olimpus.

-Eu tô legal, vou superar ter caído no meu primeiro encontro no meio do estacionamento do Mc Donald’s, não se preocupe. Meu ego só vai precisar de uns dias de cama e tal...

Ela riu de novo, dessa vez atraindo a atenção de um grupo de boyzinhos que passava pela calçada. Olharam para as pernas dela e soltaram várias piadinhas.

Nico os espantou com uns palavrões e desejou que fossem só ele e Thalia naquele lugar. Estava com um ciúmes imenso.

Foram até o carro de mãos dadas, e Nico pode abrir a porta para ela.

E, enquanto colocavam, o cinto, Thalia o olhou com aqueles olhos.

-Obrigada, Nico, por... Você sabe.

-Disponha. Rapazes não deveriam sair por aí fazendo comentários sobre coxas femininas alheias.

Ela riu –Eu nem sei o que tanto olhavam.

Nico deu um sorriso de lado, e desejou que ela não se mostrasse capaz de mentir. Era muito fofa quando modesta.

Ele a observou enquanto dirigia de volta pra casa dela. Estava tremando só de pensar no primeiro beijo. Um alvo que ele provavelmente erraria.

Ele só queria fazer aquela noite durar para sempre.


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Notas finais do capítulo

:) Os caras são tão feios



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