Chernobyl escrita por Lady Lannister


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

É só um prólogo, mas mesmo assim, aproveitem!



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Laboratório de Física e Partículas de CERN// 25 de dezembro// Genebra// 00:00


Carly e Memphis estavam quase indo para casa, o turno deles havia acabado, nada alarmante, nada anormal, nada que pudesse colocar a Suíça ou qualquer outro pais em perigo.
- Hey Carly, você me acha sexy? - Perguntou Memphis.
A loira olhou incrédula para ele.
- Memphis, eu não sou apta para esse julgamento. - Respondeu.
- Por que? - Ele insistiu.
- Eu sou sua namorada, minha opinião não conta, é meio que... Falta de ética. - Ela explicou.
- Você as vezes me enche o saco com seu papo intelectual. - Ele reclamou.
A loira deu um sorriso tímido, era sempre assim, o namorado dizia que ela era intelectual e que as conversas dela eram muito confusas. Ela nunca entendeu, afinal, os dois estavam no maior laboratório de Física e Partículas do mundo, precisavam ter um intelecto alto.
- Eu estou pronto pra ir Carly, seus pais vão me matar se nós nos atrasarmos para o Natal. - Ele reclamou.
- Nós já estamos atrasados, e a propósito, me deixe checar por uma última vez! - Ela pediu.
Ele fechou a cara, mas os olhos dela, que tinham um brilho apaixonado é até infantil, pareciam atravessa-lo.
- Tá, mas ande logo. - Ele cedeu.
Ela sorriu vitoriosa e checou os computadores um por um, quando chegou no ultimo, a garota paralisou.
- Carly, o que houve? - Ele perguntou preocupado.
Ela fez um sinal para que ele chegasse perto, e ele fez isso. Ela colocou um áudio, no início era apenas estática, mas quase perto do fim, uma voz estranha, provavelmente feminina falou:
- My znayemo.
Eles ficaram em silêncio pelo que pareceu uma eternidade, digerindo aquilo, não sabiam o que era, mas provavelmente era algo como russo.
- De onde isso veio? - Perguntou Memphis.
A loira digitou alguns comandos no teclado e então se ouviu um bip.
- E então? - Insistiu Memphis.
- Você vai me chamar de louca, mas isso veio de Pripyat. - Ela respondeu.
- Esse nome não me é estranho. - Ele falou.
- É claro que não é. - Ela afirmou. - Foi nessa cidade, na usina de Chernobyl, que aconteceu a maior explosão nuclear do mundo. Pripyat devia estar vazia, a taxa de radiação lá é altíssima, são necessários mais ou menos 900 anos para que aquela cidade parada no tempo possa ser re-habitada.
- Quem seria louco o bastante para ir pra lá pegar uma pegadinha em outra língua no CERN? - Ele perguntou.
- Ninguém, por isso mesmo que eu vou ligar para o presidente. - Falou Carly.
Memphis a encarou surpreso, era uma atitude muito precipitada.
- Olha Carly, eu admiro e muito a sua inteligência. - Falou. - Mas é muito imprudente sair chamando o presidente de uma nação sempre que uma brincadeira de mal gosto for feita.
A menina olhou para ele com orgulho transbordando dos olhos, talvez por que ela foi a primeira pessoa em mais de dez anos a receber uma chamada de rádio dos arredores de Chernobyl.
- Eu preciso. - Foram suas únicas palavras.
Ele suspirou e saiu de perto da namorada.
- Cuidado, sua ganância pode ser prejudicial. - Ele advertiu.
Ela assentiu e tirou o telefone do gancho.


Casa do presidente// 25 de dezembro// Moscou// 02:20


- Casa do presidente, com quem falo? - Perguntou o assistente do presidente, Nicolarov.
- Bom dia, aqui é do Laboratório de Física e Partículas de CERN, meu nome é Carly VonDish e eu gostaria de falar com o presidente Alcorov. - Falou uma menina em inglês enrolado.
- O presidente está festejando o Natal, será que vocês suíços não poderiam nós deixar quietos? - Perguntou Nicolarov.
- S-senhor, é um assunto sério. - Falou a menina nervosa.
- Mas o que diabos você quer com...
O presidente retirou o telefone da mão de seu assistente e lhe deu um olhar que deixava explícito que estava tudo bem.
- Aqui é o presidente Alcorov, com quem falo? - Ele perguntou em inglês.
- P-presidente, aqui é Carly VonDish, bioquímica e química nuclear do Laboratório de Física e Partículas de CERN. - A menina falou nervosa.
- O que deseja senhorita VonDish? - Ele perguntou.
- Senhor presidente, talvez o senhor fique muito chocado, mas é de vital importância que você saiba. - Ela falou mais confiante. - Nós recebemos uma chamada de rádio, mas não foi uma chamada de rádio qualquer, foi... Foi...
- Foi...? - Ele perguntou.
- Foi uma chamada de trinta segundos vinda de Pripyat. - Ela falou com o mesmo nervosismo de antes.
- Não brinque comigo senhorita, estamos no Natal e uma brincadeira infantil dessas é tratada como ofensa direta. - Falou.
- Senhor, eu não estou brincando, alguém está em Pripyat, e esse alguém pode estar correndo perigo. - Ela alegou. - Essa pessoa disse apenas uma frase: My znayemo.
A linha ficou muda por parte do presidente, a respiração da menina estava ofegante do outro lado, o que fez o presidente recuperar os sentidos.
- Senhorita, eu quero que você e quem quer que esteja com você venham para Moscou, imediatamente. - Ele ordenou.
- Mas senhor, são as festas e eu não tenho dinheiro para isso. - Ela alegou.
- Eu vou mandar meu avião para esse laboratório, e ao menos que a senhorita queira ser a culpada por começar uma guerra entre a Rússia e os países que fundaram o seu laboratório, eu recomendo que venha logo para cá. - Ele falou.
- Sim senhor, eu vou arrumar minhas malas. - Ela respondeu.
Ele se despediu e desligou o telefone, do outro lado da sala, Nicolarov o observava pasmo.
- E então? - Perguntou.
- Khto-nebudʹ znaye. - Ele respondeu.


Gabinete do presidente// Casa Branca// 01 de março// Washington D.C// 12:00


" Em um comunicado oficial, o presidente da Rússia, Alcorov Maxnova, declarou a 4ª Expedição à Pripyat, oficialmente a ultima expedição, como um total fracasso. Diferente das outras expedições, a 4ª Expedição teve um final ainda mais trágico do que as outras, o presidente recebeu uma transmissão dos membros da equipe pedindo clemência e agonizando durante horas, ao que parece, Pripyat está abrigando um serial killer especializado em armadilhas..."
- Senhor presidente? - Chamou uma voz de homem. - O que faremos?
- Austin, não há dúvidas de que a Rússia e a Ucrânia não estão dando conta de Chernobyl. - Respondeu outro homem, o presidente dos Estados Unidos. - Temos que mandar uma equipe para esse maldito lugar, custe o que custar. Diga a Alcorov que ele tem meu apoio, diga também que eu quero ajudá-lo a mandar um ultimo esquadrão.
- Mas senhor presidente, é muito arriscado. - Respondeu Austin.
- Austin, eu tenho em minha posse fichas de pessoas que podem capturar esse serial killer com a inteligência e sem força bruta, então, ao menos que queira que eu utilize a inteligência delas contra você, eu aconselho que se retire e cumpra minhas ordens. - Falou o homem frio.
- Claro senhor. - Respondeu Austin.
Ele saiu com passos pesados e abriu a porta com calma, em questão de segundos, o presidente estava sozinho em sua sala, lendo fichas de pessoas que sequer sabiam de sua pesquisa no banco de dados mundial nós últimos meses.


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Notas finais do capítulo

Bem, até a próxima!