Pov Kristoff

Eu estava sentado na sala de espera junto com a Elsa e os pais dela. O povo ficou na universidade, era pra eu ter ficado também mas eu implorei pra vir junto, eu queria ficar perto da Anna, eu sentia que não podia deixa-la sozinha.

Eu fiquei sentado na cadeira mexendo os dedos, olhando as pessoas doentes, gente andando pra lá e pra cá com pranchetas ou remédios. Elsa estava deitada no colo da mãe, que acariciava seu cabelo, e o pai lendo uma revista, mas parecia que ele não estava lendo, eu observava que ele estava com um olhar longe.

Logo nossa curiosidade acabou e o médico chegou. Nos levantamos e o pai falou.

– E então? Ela vai ficar bem? - Fala ele.

– Bem, o estado dela até melhorou, o nariz parou de sangrar, mas em troca vem a má disposição, ela ainda não acordou e isso vem nos preucupando muito. - Ele suspirou me deixando mais preucupado ainda - A pancada foi forte, e foi bem na parte mais delicada da cabeça e possivelmente..ela pode ter um derrame à qualquer momento.

– Minha irmã pode morrer? - Fala Elsa com os olhos cheios de lágrimas prontas para ser liberadas.

– Infelizmente sim. - Eu não aguentei só suspirei e deixei uma lágrima cair. - Vamos fazer o possível para que a senhorita Snow ( que original ) fique bem.

– Que bom, enquanto isso vou denunciar aquela que se chama de humano. - Fala Marta.

– Vamos levar ela a justiça. Mas a pergunta é quem vai ficar com ela durante esse período que ela vai ficar desacordada? - Fala Andersen.

– Eu vou ficar e não adianta falar que não. - Falo.

– Eu também - Fala Elsa.

– Mas eu também quero ficar, não vou largar minha filha numa situação dessa. - Fala Marta.

– Bem infelizmente só pode ficar uma ou duas pessoas. Vão ter que se decidir. - Fala o médico.

– Kristoff é melhor deixamos a mãe e irmã, tudo bem pra você? - Como assim?

– Não..eu vou ficar ao lado de Anna. - Falo. - Não vou deixar ela.

– Pai, faz assim - Fala Elsa - Você vai e eu sei que a mamãe não vai então Kristoff você fica no meu lugar, mas é só por hoje, amanhã eu volto com o Jack e a gente troca.

– Mas se a Anna acordar e não me vê ao lado dela? - Falo.

– Não fala isso, ela vai acordar ainda hoje. Eu espero.

– Nós também. - Fala o médico. - Então fica ele e a mãe da paciente?

– Sim - Fala Elsa. E o médico guia eu e a Marta até o quarto de Anna. Elsa e o pai dela saem e voltam para a universidade.

Quando entramos no quarto vi Anna com uma coberta por cima e rodeada por aparelhos.

Passei a noite toda do lado dela, eu e Marta ficamos revisando para olhar Anna, mas eu não conseguia dormir. Quando amanheceu Marta foi pegar algo na lanchonete do hospital enquanto eu observava Anna. Eu observei cada detalhe do seu rosto, as bochechas rosadas que permaneciam pálidas, a boca rosada, que agora permanecia seca. Mas a única coisa que faltava era aqueles olhos sonhadores, cheios de esperança, com aquele brilho incrível e divertido que encontramos em crianças de 4 ou 5 anos.

Marta demorou então olhei a janela que estava nublada e chuviscando leve, parecendo neve. Eu olhei algumas fotos de meu celular e vi algumas, mas aqui mais me tocou foi o Self da primeira vez que nos conhecemos de verdade. Esse dia me emocionou mais, pelo fato de ter nos conhecidos não só com conversas, mas sim com as vozes de nossos corações.

Meus pensamentos foram interrompidos por um barulho. Eu reparei que a cama se mexeu e olhei Anna e pra minha felicidade ELA ESTAVA ACORDANDO.

– Kristoff - Ela falou com uma voz fraca - Onde estou?

– No hospital...você não faz idéia da felicidade que estou em vê você acordada. - Aproximei e peguei sua mão. - Oque está sentindo?

– Um pouco de tontura, uma sensação chata de não poder me mexer, sei lá...mas sabe oque mais estou agora?

– Oque?

– Uma fome incontrolável - Eu me impressiono com a Anna, até nesses momentos de aflição ela arruma alguma coisa pra colocar um sorriso em meu rosto.

– Haha, sua mãe foi pegar alguma coisa, mas até agora ela não chegou. - Falo beijando sua mão.

– Aff - Ela desanima, mas a porta se abre e olhamos para ver quem era. - Mamãe - Fala Anna com uma voz de criança.

– Filha - Marta se aproxima e abraça Anna que retribui - Que bom que você está bem.

– Ué não era pra está? Ok então vou dormir - Marta sorrir e acaricia o rosto de Anna, mas noto que Marta derrama uma lágrima.

– Eu acho melhor eu ir pegar alguma coisa na lanchonete, já que a senhora não pegou. - Falo e saio.

Eu ando pelos corredores e desço para a lanchonete, quando eu chego lá eu peço caputinos e sanduíches de presuntos, um dos favoritos da Anna. Eu estava indo, mas uma loura me chama atenção, falando com a recepcionista. Era a Elsa com o Jack.

– Elsa - Chamo ela e ela olha.

– Kristoff? - Fala Jack - Oque está fazendo aqui? Não era pra você está com a Anna?

– Eu estava, mas aí ela estava com fome - Eu coloco as coisas em cima do balcão - Então eu deixei ela com sua mãe, e resolvi comprar alguma coisa.

– Pera aí...a Anna acordou? - Fala Elsa e confirmo com a cabeça. Ela nem respondeu só me empurrou me fazendo quase voar. Ela sai correndo e pega o elevador, enquanto eu e Jack nos entreolhamos.

– Mano, quando ela me enpurrou eu juro que estava partindo pra voar. - Falo ofegante.

– Eu vi cara, você tá legal? - Fala Jack me ajudando a me levantar.

– Eu tô, mas me conta ela é a mulher maravilha? E não nos contaram. Que amiga en.

– Para de falar besteira. Agora vamos lá porque eu quero vê a Anna - Eu e ele caminhamos até o elevador.

Quando chegamos lá, vimos Elsa deitada com Anna e as duas assistindo TV, enquanto Marta falava ao telefone.

– Dindin - Falo colocando a comida em uma bandeja e depois coloco em sua cama - O trênzinho da comida chegou.

– Perai, dindin? Não é piui? - Fala Elsa.

– Não me importa que barulho essa porcaria faça, só basta que venha com comida, por mim.

– Nossa agora sou porcaria - Falo com carinha triste.

– Oww, não..sabe o que você é? Você é meu Kristoff lindo, gotoso que eu amo de coração. - Fala ela com os braços em volta de meu pescoço e me beija na bochecha.

– Ei ei, parou, tem a vez da mãe não acha? - Fala Marta sentando na brecha da cama.

– Anna...fico feliz que você voltou - Fala Elsa. - Acho que meu mundo voltou a ser colorido haha.

– É, voltou mesmo - Fala Jack - Agora tenho que fazer uma ligação. Com licença. - Jack me falou sobre a festa de boas vindas, cara já até estou vendo a cara da Anna com essa surpresa. Hehe ela vai amar.