Undisclosed Desires escrita por mrsleto


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

O que escrever aqui? É, não sei. Vou ser direta e reta: Leiam, aproveitem, critiquem, deixem review, faça uma pessoa feliz. Consegui? Ê!



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Abri as cortinas do meu apartamento e lutei para manter meus sonolentos olhos abertos. Prendi meu desgrenhado cabelo castanho em um coque desajeitado e admirei a bela vista que a minha varanda tinha para a Venice Beach. Respirei o ar salgado da maresia e me apoei em uma parede para manter-me em pé.
De repente, pensei na pequena garota brasileira que tinha um sonho. Um sonho de ter sucesso na vida, com a família, com o trabalho. A garotinha que sonhava alto pelas aventuras que tinha em casa. Isso também conta os problemas, claro, mas os problemas foram parte de sua história e sem eles... Sem eles qual seria a parte emocionante da história? Espera, não lhes contei de quem estou falando. Estou falando de mim. Essa história é minha. Essa garota sou eu.
Eu sou Eleanor Vervain. Roteirista, produtora e, em horas vagas, fotógrafa. Sou famosa entre famosos, mas apenas uma brasileira entre tantos americanos. Claro que já fui parada algumas vezes por alguns cinéfilos para tirar uma foto para essas redes sociais do momento e dar um autógrafo, mas nada comparado aos grandes artistas. Entretanto, eu gosto dessa vida.
Há dias mais atarefados que outros, mas não chegam a ser estressantes, na verdade, nunca chegam a ser estressantes. Claro, há dias que eu já acordo com o pé esquerdo, mas algo ou alguém sempre me anima. O legal do meu trabalho é que ele sempre me dá diversão e informação ao mesmo tempo e nunca chegou a ser tedioso.
Se eu já ganhei algum prêmio pelo meu trabalho? Já, já. Ganhei um Independet Spirit Awards por Melhor Roteiro Original, e sim, é uma emoção que só Deus. Nesse dia, minha mãe ficou comigo a noite toda no telefone e sua euforia era tão grande que meu pai foi obrigado a tirar o telefone do cabo e explicar tudo atráves de um vídeo - nem queiram saber o que há no vídeo. Bom, eu comemorei com meus amigos de trabalho em um restaurante, me embriaguei e... daí você já tem uma ideia.
Nunca fiz filmes tão grandes ou importantes, mas nunca fiquei triste por isso. Os roteiros não necessicitam ser perfeitos em grandes ou pequenos filmes, mas, em pequenos filmes, eles são menos trabalhados, sem grandes detalhes. Para ser um bom filme, é necessário um bom roteiro sempre. O roteiro sempre foi e sempre será uma peça importante. Desta vez, eu gostaria de participar em um filme de grande produção. E é isto que eu estou fazendo.
Lerry Sawyer, meu grande amigo e diretor de grandes produções de Hollywood, perguntou se eu gostaria de participar em seu novo filme e eu, obviamente, não perdi a oportunidade e aceitei sem hesitar. Bem, pelo menos eu arriscaria. A vida é feita de riscos, não é mesmo?
Respirei fundo mais uma vez e entrei de volta para o apartamento. Fiquei de frente para o meu espelho analisando a mulher de 24 anos que estava no reflexo. Os olhos castanhos ainda tinham o mesmo brilho da menininha de 7 anos, talvez um pouco mais corajoso. O corpo vestido apenas por uma larga blusa já era formado e "típico de uma brasileira", como dizia Lauren.
Lauren Montgomery era minha secretária e melhor amiga. Enquanto cursava em Oxford, ela dividiu um apartamento comigo. Ela era britânica mesmo e seu sotaque sempre estava com ela. Os cabelos loiros e os olhos verdes sempre a fizeram uma mulher bonita, irei admitir, porém ela mantinha uma expressão forte no rosto de uma moça determinada que sabe bem o que quer. E é verdade, ela é essa mulher, uma muher difícil. Bom, nós somos mulheres difíceis.
De repente, senti que estava com fome e fui procurar algo na cozinha. Bem, mas o que pode haver na cozinha depois de 2 meses em Amsterdã? Nada. Peguei meu Iphone denominado Cleyton (sim, eu dou nome às coisas) e disquei para Lauren. Ela, rapidamente, atendeu.
- Oi, Ellie. O que foi? Está tudo bem? - perguntou ela, ainda com uma voz de sono.
- Desculpa ter de acordado, Lauren. É que não tem nada aqui em casa e...
- Se você quer que eu faça comida para você, Eleanor, eu não vou aí nem você me pagando 1 milhão de dólares todo mês.
- Uau, deixa eu terminar de falar, mocinha. Eu não faria essa proposta irrecusável, eu vou no Starbucks da Venice. - expliquei a ela.
- Certo, certo. - Lauren bocejou do outro lado da linha - Te encontro lá, darling. - assim, ela desligou.
Suspirei e corri para o banheiro para tomar uma ducha nos poderosos chuveiros americanos. E, para ser sincera, estava morrendo de saudade deles. Os europeus não têm o hábito de tomar banho pelo menos 3 vezes ao dia e seus chuveiros não são muito fortes, o que me deixava nervosa como uma leoa. Bom, tentei ser o mais rápido possível, mas quando saí já eram 10:41. Coloquei uma roupa de caminhada, escovei os dentes e saí voando - não literalmente.
A caminhada até a praia nem é tão longa, mas você aproveita muita coisa pelo caminho. A brisa sempre está presente no ar e a calma e divertida conversa das pessoas deixa o local mais animado. Ri sozinha e adiantei os meus passos para chegar logo na praia. Soltei os meus cabelos e enquanto eu seguia o meu caminho, os penteei com os meus dedos finos.
Logo pude ouvir o barulho das ondas e risos infantis e outros adultos. A areia branca era visível e brilhante aos raios de sol e a cor dos biquínis deixavam a praia mais colorida. Como eu esperava, a praia estava cheia de gente mesmo. Amigos, famílias, casais de namorados, romance no ar.
É legal observar os pombinhos da área, você consegue se lembra de todos os seus relacionamentos... Na verdade, eu só tive três e, em dois deles, eu nem cheguei a conhecer meu amor pessoalmente. É, isso mesmo, eu namorava virtualmente, mas parei com isso depois de me ter meu coração partido.
Meu primeiro namorado foi Christian Alencar. Bonito, elegante, rico, mas ele gostava muito de se exibir e criticar, o que acabou com nosso relacionamento amoroso deixando apenas nossa amizade à distância. O segundo... Bom, William Moraes foi meu bad-boy por um bom tempo. Ele tinha 16, assim como Christian, e eu 13, e suas palavras foram o suficiente para que eu pudesse me apaixonar por ele. Os olhos azuis e os cabelos loiros misturados com um pouco de rock n' roll do Arctic Monkeys eram de deixar qualquer menina caidinha por ele, mas fui eu a escolhida, a menina mais nova de cabelos escuros desegonçados e olhos castanhos claro. Depois de um tempo, ele ficou sem falar comigo, deixando-me sozinha e sem respostas ou mensagens. O terceiro foi o único que eu conheci pessoalmente, mas ele não é importante neste momento...
Os passáros voaram em direção ao mar e eu acompanhei seu caminho com os olhos, vendo a tranquilidade das famílias em suas brincadeiras a beira do mar. Logo, foquei em uma moça com pele clara e cabelos com uma cor parecida com bronze que ria e corria desperadamente em minha direção, mas logo alguém a agarrou pelas costas e ela começou a rir ainda mais. Um homem loiro com as roupas molhadas e muito bonito de se ver, os olhos tinham a mesma cor do mar e seu rosto era muito parecido com o de alguém que eu conhecia. De repente, a mulher olhou para mim e pareceu reconhecer meu rosto, ficando boquiaberta. Eu tentei entender sua expressão, mas logo meu celular tocou mostrando-me que eu estava muito atrasada para me encontrar com Lauren e que deveria correr antes que levasse outros gritos.


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Notas finais do capítulo

Bom pessoal, eu posto o próximo com 5 reviews! Obrigada por lerem ♥



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