O Movimento Revolucionario escrita por Toim


Capítulo 2
Kaila


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem !
Obrigado



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A chuva caia forte,e logo a noite cairia. As pessoas montavam suas tendas nos pouco lugares secos que havia na clareira. A movimentação era intensa e rápida. Ninguém queria dormir na chuva.

Na tenda aonde eu e G.G estávamos,não havia nenhuma goteira. O chão fora forrado por um grande tapete. Como aquele lugar não dispunha de energia elétrica,velas e lampiões iluminavam o recinto. As camas eram feitas de cobertores jogados no chão. G.G estava deitado na sua,observando um mapa.

Mesmo sendo a sua irmã,eu não podia negar que ele tinha a sua beleza. Tinha puxado papai na altura, um pouco mais de 1,90m. Desde os nove anos ele treinava arduamente o corpo, e por isso tinha adquirido músculos. Os cabelos eram ruivos e lisos,levantados em um topete, e tinha uma barba grande,porém, bem cuidada. Os olhos eram cor de amêndoas.

Nesse momento,ele analisava o território. G.G e Lena eram muito cuidadosos. Ele queria saber rotas de fugas caso o Governo nos cercarem, o caminho mais fácil e rápido, e por onde seria mais propício lutar. Agora,a palavra “Líder” pesava na cabeça dele, e eu sabia que qualquer integrante que morresse do lado da Revolução faria com que ele ficasse extremamente culpado.

Nesse momento,estávamos em uma grande clareira. Os Revolucionários já passavam dos quinhentos, e era muito difícil esconder uma multidão de gente. Por isso, G.G tinha que, além de proteger a horda Revolucionária, esconde-la.

A lona de entrada se abriu,e Lena entrou.

Se essa coisa de genética que Padre Ben me ensinou é verdade, Deus seja louvado. Dizem que irmãs se parecem,e rezo para que seja um fato. Lena é muito bonita. O rosto fino, os olhos de cor de amêndoas,e o liso cabelo ruivo conquistavam qualquer homem. O corpo era um bônus. Se eu tivesse metade do peito e da bunda que Lena tem, eu já tava muito feliz. E fora com esses atributos que ela conquistara os passarinhos.

Lena acreditava que um líder tem de saber de tudo,tanto dentro quanto fora de seus domínios. Os homens eram os pardais de Lena dentro do nossos territórios,e forneciam as informações que ela precisava sobre qualquer integrante que agisse de forma suspeita dentro do Movimento Revolucionário. Os pardais de Lena fora dos nossos limites eram escassos, mas muito eficazes.

Juiz Tom e um ou outro funcionário infiltrado forneciam todas as informações possíveis de toda e quaisquer Tropas Governamentais perto de onde estávamos. Porém,os Revolucionários não usavam nenhuma tecnologia, tirando as armas de fogo, por medo de estarem grampeadas. Por conta disso, um mensageiro tinha que ser enviado toda vez,e esse mensageiro tinha de ser de extrema confiança de Tom e dos outros.

Edward McLeavy,sobrinho do Juiz Thomas. Ele só obedecia porque era extremamente apaixonado pela Lena, ou pelo peito e bunda da Lena. Na verdade, todos os pardais,em exceção de Thomas, só batalhavam tão duro pelas informações em esperança de que Lena se apaixonasse perdidamente por algum deles. Porém,eu sabia que a única pessoa que Lena amou estava a distância de um Atlântico dali.

Seus cabelos estavam molhados por causa da chuva. Jogou a capa no chão quando entrou,e prendeu o cabelo. G.G nem fez a menção de olhar para ela, estava muito concentrado em seus planos. Lena veio e sentou-se ao meu lado.

– O que os passarinhos revelaram sobre o Cozinheiro ? – Perguntei a Lena.

O Cozinheiro era um homem gordo e feio que cozinhava o jantar para todos. Um menino tinha chegado ontem para G.G e falado que o Cozinheiro derramou sopa efervescida nele, mostrando a queimadura no braço. Ele pediu para Lena investigar sobre isso.

– Não foi nada demais – Até a voz de Lena era encantadora – Só um homem desastrado. Ainda é confiável.

Peguei um cubo mágico que estava ao meu lado. Estava totalmente embaralhado. Padre Ben falava que a mente era a arma mais poderosa do mundo, e eu estava me esforçando para torna-la ainda mais forte.

G.G, além de inteligente em termos estratégicos, era muito forte. Lutava Krav Magá e Systema, as artes marciais do Exército de Israel e da Rússia,respectivamente, além de ter uma pontaria aguçada. Lena sabia persuadir os homens psicologicamente, e também era habilidosa com os seus punhais e as pistolas. Eu,pelo contrário, não tinha nenhum dote físico. Não era forte e nem habilidosa com quaisquer arma que fosse. Quando falei isso para o Padre Ben, ele me deu a solução.

A minha inteligência era o meu forte. Então,eu ia deixar de lado a parte física e me focar apenas em trabalhar constantemente a cabeça. G.G e Lena equilibravam o psicológico com o físico. Minha meta era que a minha inteligência superasse em muito a deles, e que eu não ficasse como um incomodo para ambos.

G.G não precisava de mim em seus planos,nem Lena. Por isso,eu não sabia o que eu podia fazer pelos Filhos da Revolução. Foi quando Padre Ben me deu uma outra ideia.

Os Filhos da Revolução não tinham um curandeiro propriamente dito. Alguns homens sabiam de alguma planta medicinal ou outra,ou sabia fazer umas bandagens e estancar sangue, ou até mesmo fazer um torniquete,mas um curandeiro e um médico de verdade não. Padre Ben pediu para que eu fosse a Médica Revolucionária.

Ele me deu livros,alguns de seu próprio acervo, outros comprados e uns poucos roubado, e me ensinou os seus próprios conhecimentos. Até ele se entregar, me ensinou tudo o que podia. Fui eu que cuidei do braço do garoto queimado. Eu me sentia um pouco mais útil agora.

Porém,a minha inteligência fora dos meios medicinais também era de suma importância. O meu raciocínio lógico tinha de melhorar, para caso o Movimento necessitasse de mim além de meus conhecimentos médicos. Olhei as seis faces do cubo mágico,e comecei a gira-los.

Terminei em treze segundos. Estava resolvido. Todos os lados tinham apenas cores iguais. Lena ainda não sabia como eu fazia aquilo,mas para mim,era fácil. Padre Ben conseguia ganhar de todo mundo no xadrez,menos de mim. Toda vez que ocorria isso,eu ficava um pouco mais orgulhosa.

G.G largou o mapa e se levantou. Sentou-se ao lado de Lena e eu,e bufou.

– Ser o líder é muito trabalhoso – Ele disse,enquanto massageava as têmporas – Eu não sei como o Padre Ben conseguia fazer isso de forma tão calma.

Lena fez cara feia,e seus olhos se encheram de algumas lágrimas. Ela não tinha aceitado muito a ideia do Padre Ben se entregar. Mesmo ele tendo explicado os seus motivos, parecia que apenas eu os tinha entendido de fato. G.G estava tão abalado quanto ela, porém, agora era o Líder,e tinha que se portar como tal.

Nem eu,nem G.G e nem Lena tínhamos lembranças boas de papai. Era um homem bruto, católico fervoroso, tanto que nos fazia rezar por nove horas. G.G começou a treinar artes marciais com um vizinho antes de eu nascer para conseguir matar nosso pai. Ele também não gostava muito de G.G e Lena,pois haviam nascidos com os cabelos ruivos de mamãe,e na época negra da Igreja, os ruivos eram considerados bruxos.

Mamãe também era católica,porém, não admitia que nós fossemos tratados desse modo. Quando eu fiz 3 anos, G.G já tinha 19 anos, e Lena ,16. Mamãe nos deixou nos cuidados de Padre Ben, pouco antes do Movimento estourar. Desde então,acompanhamos o Padre,e não sabemos nenhuma noticia sobre Mamãe e Papai.

Agora que Padre Ben fora preso,éramos só nós. Eu,G.G, Lena e a Horda Revolucionaria contra o mundo. Tínhamos que ser cautelosos. O sucesso da destruição dos dogmas Governamentais cabia apenas a nós,e ninguém queria estragar tudo pelo que Padre Ben lutara.

A entrada da tenda se abriu novamente,e Hawkins entrou.

Hawkins me assustava. Era um homem pequeno. Tinha a cabeça raspada, e era muito forte. Sempre usava alguma regata apertada , uma calça camuflada e botas. Parecia aqueles fuzileiros do antigo Estados Unidos. Seus olhos eram de uma cor acinzentada. Era o melhor atirador de longa distância dos Filhos da Revolução,e o Chefe das Tropas Militaristas. Sempre levava em mãos o seu fuzil,e preso em suas costas por meio de uma tira de couro,sua Sniper.

– Meu líder – Ele falou. Pouco se dirigia a Lena,e nunca a mim. Os seus interesses se dirigiam apenas a G.G – Encontramos três soldados governamentais.

Todos nós nos levantamos rapidamente. Indícios de Tropas Governamentais eram um risco que não valia a pena ser corrido. Todos os adultos tinham uma arma,mesmo que fosse uma garrucha,mas as Tropas do Governo superavam em muito quaisquer que fosse a força dos Revolucionários.

– Leve-me até lá,Hawkins. – Pediu G.G. Lena foi atrás,e eu a segui.

A chuva estava caindo ainda mais forte. A notícia já tinha corrido por todo o acampamento,e a maioria dos Filhos da Revolução já tinham se aglomerado no local. Chegamos lá rapidamente, desviando por tendas e alguns galhos caídos por conta da chuva forte.

Havia muitas pessoas. G.G foi abrindo caminho por meio de gritos,e chegamos até onde eles se encontravam.

A roupa com toda certeza era dos Militares Governamentais. Toda preta,com apenas um “G” estampado em dourado no lado esquerdo do peito. Grilhões prendiam os seus pés e mãos, arranjados por alguns integrantes da Horda Revolucionária. As suas armas estavam jogadas no chão,longe deles,e as suas expressões eram de angustia.

G.G se postou em sua frente, com a expressão mais severa que conseguiu formar.

– O que fazem aqui, e como nos descobriram ? – Ele perguntou, usando o tom de voz mais forte que conseguia. G.G não era muito bom com xingamentos. Na maioria das vezes,sua altura e força bastavam para a intimidação.

Os três apenas se entreolharam,e nada responderam.

G.G voltou a repetir isso diversas vezes, enquanto eu pensava. Pelo que Padre Ben tinha me dito, as Tropas Governamentais nunca saiam em menos que vinte,mesmo nas grandes cidades. Em uma floresta como aquela,com predadores e um terreno acidentado,seriam pelo menos cinquenta,mas ali só haviam três.

Havia uma chance de todos os outros terem morrido, mas era pouco provável. Os Militares Governamentais treinavam desde os treze anos, nas mais diversas situações mortíferas. E os três que ali estavam pareciam estar bem demais.

O governo poderia até saber alguma pista da localização dos Revolucionários, mas nada tão exato a ponto de acha-los,e não mandariam apenas três homens. A não ser que...

– Tirem a roupa deles ! – Gritei,com toda a minha força.

Todos os olhares se viraram para mim. Todos estavam confusos, só os três prisioneiros pareciam angustiados. Fui perceber com o que aquela sentença pareceu apenas depois que eu falei. Senti o meu rosto ficando quente.

– Kaila – Começou G.G,balbuciando – Isso aqui ... é um negócio sério. Eu sei que...você ... hum...deve ter curiosidade,porém a hora não é essa.

Não entendia como G.G podia ser ao mesmo tempo tão esperto e tão ignorante.

– Cala a boca, seu estúpido – Gritei. Aquela sensação ruim da vergonha estava ainda no meu estômago – Só tire as roupas deles ! Confie em mim.

Ele me olhou,olhou para os três homens,e fez um sinal para alguns rapazes que se aglomeravam para ver os Militares. Sem pestanejar, eles começaram a tirar a roupa deles,sob muito protesto. Só pararam quando os homens ficaram apenas de cuecas.

E o que todos presenciaram foi impressionante.

Amarrado no peitoral,havia um tipo de aparelhinho.Era todo preto e emitia uma luz vermelha por meio de um visor. Todos sabiam o que era.

– Um rastreador – Gritou G.G,irritado – Recolham apenas o que for necessário, temos que partir o mais rápido possível.

A movimentação começou. Com o pé, G.G meteu uma bela de uma “pesada” em cada rastreador, até que cada um parasse de emitir a luz vermelha. Depois disso,sacou suas pistolas.

Foi a primeira vez que eu vi uma pessoa morrendo.

Todos os três tiveram morte por conta de um tiro acertado bem no meio da testa. Eu sabia que naquela situação,nem reza brava funcionaria. Os três estavam mortos.

G.G rapidamente guardou as armas e correu para a nossa tenda. Lena o seguiu, e eu tive que ir também. O caos tinha se espalhado por toda o acampamento. As tendas estavam sendo rapidamente desmontadas e dobradas para serem colocadas nos burros de carga.

Os Revolucionários também não dispunham de transportes automotivos, então ainda conservavam o velho burro de carga para ajudar a levar as coisas mais pesadas.

Em pouco mais de dez minutos, tudo já estava desmontado,dobrado e arrumado. Era interessante como o medo fazia as pessoas trabalharem de forma mais veloz. Quando G.G viu que todos ali estavam prontos,começou a andar por meio da floresta.

Cinco minutos depois,encontramos o Batalhão Governamental.

Havia pelo menos 150 soldados,de todos os tamanhos e tipos,totalmente preparados para uma guerra. Suas armas superavam em dez as nossas.

Mas a arma mais poderosa do ser humano é a inteligência.

G.G já tinha visto no mapa a melhor forma de encurralar o inimigo,caso houvesse algum confronto. O Batalhão Governamental estava em menor número e em uma posição muito ruim, um morro íngreme. Aqueles que não se machucavam e eram abatidos na descida, morriam logo ao chegar no fim.

Com um grito anônimo,a batalha começou.

Me protegi em um tronco caído,enquanto os Filhos da Pátria e os Filhos da Revolução se chocavam em uma batalha sangrenta. Ela durou mais ou menos vinte minutos.

Por conta do tamanho que a Revolução tomara, e a inteligência estratégica de G.G, tínhamos ganhados o confronto. Porém, perdemos vinte e oito dos nossos. Algumas crianças procurando os pais,homens em confrontos e mulheres querendo proteger seus filhos.

A guerra era triste,mas necessária.

Logo após constar que não sobrara nenhum integrante do Batalhão Governamental, seguimos em frente,noite a dentro. Paramos só pelo amanhecer,em uma pequena cidade abandonada. A chuva já tinha nos deixado,e o sol agora secava as nossas roupas.

Cidades abandonadas eram comuns. As pessoas foram provavelmente dizimadas por não concordarem com os Dogmas Governamentais. Como o Governo não tinha nada para fazer com as casas,comércios,etc. deixava tudo aquilo para os animais.

Cada pessoa foi se abrigando em algum lugar. G.G,Lena e eu ficamos em uma antiga padaria. Como eu previa, meu irmão estava se culpando pelas vinte e oito mortes. Balbuciava toda a hora coisas como “Eu devia ter previsto isso” ou “Foi tudo culpa minha”. Até que uma hora, Lena se encheu.

– G.G, faça um favor a raça humana,cale a merda da sua boca – Lena não sabia muito bem ser delicada – Se você se culpar por toda a morte que houver aqui, irá morrer de remorso. Chore por eles, não se culpe. Vele-os, não se culpe. Foda-os já mortos, mas não se culpe !

G.G olhou para baixo,e Lena bufou,e se virou para mim. Olhou depois para o meu cabelo. De seu bolso,sacou o seu pente for de rosa.

– Vamos dar um trato nessa coisa – Lena falou. “Essa coisa” significava o meu cabelo. Lena não sabia mesmo ser delicada.

Enquanto ela desfazia todos os nós do meu cabelo preto cheio de nó, G.G virou-se para mim.

– Kaila,o que acha que aconteceu ? – Sua voz ainda era triste e cheia de culpa – Como acha que eles nos descobriram ?

Me assustei. Nunca,em toda a minha vida,G.G ou Lena tinham me perguntado algo. A inteligência dos dois sempre bastavam para as dúvidas que ambos tinham. Porém, já tinha pensado sobre isso na vagem.

– Traição – Falei,enquanto meu couro cabeludo era puxado por um mortífero pente – Algum de nós recebe dinheiro do Governo em troca de nossa localização. Como isso ocorre,eu ainda não sei. Porém, essa pessoa não esta com total certeza se pode confiar no Governo.

G.G e Lena só escutavam,e não fizeram menção para me parar.

– Ela não deu a localização exata. Provavelmente,falou uma distância aproximada. Por isso os rastreadores,para quando algum dos Militares Governamentais nos encontrasse,mandasse o sinal exato para todos os outros na região. Aqueles três homens seriam com toda certeza mortos,era uma missão suicida.

Lena parou de pentear o meu cabelo,e perguntou:

– Mas o porque você acha que essa pessoa não fornece a informação exata ?

Tinha também pensado nisso.

– Ele ou ela não deve ter garantia alguma que,quando o Governo nos encontrar e nos dizimar, ele não venha a ser morto também. Ele fornece uma informação aproximada,e se esconde ou foge quando os Militares aparecem.

G.G e Lena pensaram um pouco. Eu me senti bem por deixa-los daquele jeito, confusos. Era a primeira vez que uma das minhas teorias era levada a sério.

– Bem – Falou ele, se levantando – Então vamos assustar essa égua lazarenta. Lena, ajude-me a reunir todos na avenida.

Me assustei.

– Calma G.G – Pedi – Eu não sei se isso é verdade.

Ele olhou para mim,e sorriu. Seu sorriso era caloroso,e me confortara quando eu era pequena.

– Você salvou a Horda Revolucionaria uma vez,Kaila – Ele falou,despenteando todo o cabelo penteado por Lena – Confio em você.

E assim foi feito. Em pouco tempo, todos se reuniram na avenida,a maior rua daquela pequena cidade. G.G ficou na frente de todos,com Lena e eu do lado.

– Pessoal, eu sei que quase fomos pegos ! – G.G gritou para todos – Sei que fomos descuidados. Porém, a culpa não foi totalmente nossa. Minha irmã Kaila formou uma teoria sobre esse incidente. Vou explicar.

No momento que ele falou “Kaila”, ninguém acreditou muito, mesmo com a descoberta dos rastreadores. Todos sabiam da minha existência,mas para eles,eu só era a “criança de G.G”. Porém,ele explicou a teoria toda,e olhares de alerta apareceram em toda a parte.

– Temos um traidor dentre nós ! – Ele gritou,quando terminou a explicação de minha teoria – Você, sua escória de pessoa, é uma mancha no Movimento Revolucionário. Você é uma discórdia dentre os Filhos da Revolução. É uma força do mal, que luta contra todos os objetivos dessa Revolução. Eu juro,pelo Padre Ben e pela minha vida, que quando eu pegar,irei capa-lo,e cada pessoa que aderiu a esse movimento,cada Filho da Revolução,cuspirá em sua cara. E depois de toda essa humilhação, sua morte será lenta e dolorosa, como foi a das vinte e oito pessoas que perderam a sua vida em prol da destruição desses Dogmas imundos.

Agora sim G.G soube intimidar alguém.

De pouco em pouco, a multidão foi se esvaziando, até sobrarmos apenas nós três.

De certa forma, eu estava feliz por aquele infiltrado. Padre Ben me dissera que o Governo só nos considerava como um pequeno incomodo,que eles poderiam eliminar facilmente quando quisesse. Esse infiltrado significava,em suma, que agora o Governo Mundial estava nos considerando perigosos.

Finalmente, a verdadeira Guerra ia começar.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler até aqui ;)



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