(LEAM AS NOTAS FINAIS É IMPORTANTE)

Pov. Bib's

No meu sonho eu estava no meu terceiro dia no acampamento. Eu há exatamente dois dias me fizeram ver um filme estranho, que parecia aqueles filmes que passam para o povo do 8ªano falando sobre educação sexual, e bem eu admito que eu dormi na metade do filme. Estava indo para a minha segunda aula de esgrima (coisa que eu descobri que eu era horrível), e não sei porque hoje estava todo mundo falando sobre uma garota que eu não sabia quem era (doce ilusão). Hoje invés de termos preparação do almoço depois de grafo antigo teremos esgrima, ebaaa sqn.

No final de minha desgraça eu finalmente cheguei na droga da arena. Diferente de todas as vezes todos estavam em uma roda onde no meio havia duas pessoas, um garoto moreno alto que parecia ser dois anos mais velho do que eu e uma garota loira baixinha com aparência de mais ou menos 10 anos.

A loira encarou o moreno por um segundo e depois caiu ajoelhada no chão com as mãos na cabeça. Ela estava tentando levantar porém toda a vez que tentava caia novamente. Na terceira ou quarta vez, ela chegou a levantar e dar um passo, mais o moreno fixou mais o olhar ela caiu no chão gritando com as mãos no ouvido.

Depois de mais ou menos dois minutos da garota encolhida no chão gritando a menina parou de gritar de pavor e começou a fingir. Ela mentia absolutamente bem porém dava para ver que ela não estava mais apavorada, mais eu parecia ser a única notando isso pois todos ainda olhavam para ela apavorados, inclusive um garoto moreno da minha idade que estava sendo segurado por uns quatro outros garotos.

O garoto começou a se aproximar lentamente com sua espada negra totalmente arrepiante da garota como se ela fosse um leão precisando de ser domado, e bem ele estava certo. Quando eles estavam a mais ou menos meio metro o garoto se abaixou lentamente para eu acho ajudar a garota (oque eu não o culpo a menina era absolutamente linda para alguém de 10 anos). Quando o garoto abaixou a espada por um estante, a garota meteu um chute no meio do seu peito o empurrando para longe.

O garoto cambaleou uns três ou dois passos quando duas correntes de gelo o envolveu pelos braços, erguendo-o no mar.

– Eai desiste Jake?

– Como? – perguntou o "Jake" ainda no ar – Ninguém nunca consegue sair da onda de pavor que eu faço. Como você não chorou de medo?

– Você vai precisar muito mais do que raios, trovões, cobras e escuro para me dar pavor de verdade – falou entediada olhando as unhas da mão como se tivesse todo tempo do mundo

– Você bem que poderia me colocar no chão né?

– Não to afim sabe

– Lily Anne Roberts me coloca na droga do chão

– Ui calma aí Wade – falou enquanto soltava-o fazendo o Jake cair no chão

– E vocês oque tão olhando? – falou um garoto moreno que estava sendo segurado por dois outros garotos – vão andando

Com um flash a imagem mudou para uma a minha primeira conversa com a Lily. Eu estava cantando alguma música enquanto olhava o mar. Mesmo sendo filha de Apolo eu sempre fui figurada pelo mar, nunca entendi porque, mais eu sempre gostei de ficar perto da água. Estava começando a cantar uma música diferente quando derrepente uma voz feminina falou ao meu lado:

– Você canta bem – disse a garota que estava lutando na aula de esgrima esses dias – Antes que pergunte você está no meu território

– Desculpe já vou sair – falei meio corado por ela ter me visto canta e levantei pegando minha ganga

– Não tudo bem – falou se sentando e indicando o lugar ao seu lado com a mão – Lívia Roberts filha de Poseidon

– Pensei que você fosse filha de Afrodite mais... Bianca Green filha de Apolo – falei estendendo a mão – Seria estranho se eu dissesse que acho que eu te conheço?

– Depende porque eu também acho que eu te conheço – falou dando um sorriso de lado, enquanto apertava minha mão

Logo a imagem mudou de novo mostrando uma de nossas primeiras conversas no acampamento. Nós estávamos na praia e nos ainda não conhecíamos os meninos. Para variar a Lily estava deitada no meu colo e eu estava mexendo em seu cabelo que momentaneamente estava com as pontas vermelho claro indo ficando mais escuro até ficar vermelho vinho.

– Sabe as vezes eu tenho inveja dos filhos de Hades – falou Lily espontaneamente, brincando com os dedos da minha mão.

– Você já é filha de um dos três grandes e tem benção de Afrodite – perguntei indignada. – Para que você quer ser uma filha de Hades?

– Os filhos de Hades nunca precisam esconder seu lado negro, eles não precisam esconder seus demônios

– Você fala como se tivesse muitos demônios no seu passado – falei soltando um riso fraco pelo nariz – Você sempre teve uma vida perfeita, sua mãe é rica...

– Uma rica que nunca teve tempo para mim – falou com os olhos escurecendo para um azul escuro, um azul sombrio – Eu fui criada dês dos dois anos no acampamento. Eu não tive infância. Sempre foi treinar, treinar, treinar, passar metade de um semestre com a minha mãe, matar monstros e treinar. Eu nunca brinquei com outras crianças no parquinho, pois eu era perigosa. Eu nunca fui para a casa de minhas amiguinhas pois eu atraia monstros. Sempre que eu saia do acampamento minha mãe ficava me exibindo para as câmeras. A filha perfeita – comentou com a voz parecendo um rosnado – Eu fui criada para ser uma carrinha bonita e nada mais, parece que apenas meu pai acha que eu sou capaz de algo, só ele e Afrodite acha que eu posso me transformar em uma guerreira

– Minha mãe foi morta por uma deusa, você que mesmo saber quem tem um lado negro maior?

– Você conta os seus e eu conto os meus

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– Hey Bib's – sentia alguém me cutucar – Bib's nós temos que ir pegar o trem, acorda a Lily que eu vou me trocar e acordar o Austin – falava Peter, que por acaso estava em cima de mim de pijama, bem se isso poder ser considerado um pijama, porque tipo ele estava parecendo mais um striper em acensão do que alguém de pijama (fala sério quem sai por aí de bermuda vermelha e ser camisa, eu acho que ele está andando muito com o Austin)

– Ta bom eu já to indo – falei me levantando da cama e o empurrando de cima de mim.

– Não dorme de novo – avisou enquanto saia do quarto.

Logo eu me arrastei pelo quarto tentando melhorar minha cara de sono. Se eu não odiasse tanto as filhas de Afrodite, eu acho que iria pedir uma benção para ela. Sabe aqueles bicho preguiça com cara de tonto? Bem essa sou eu de manhã, oque é beeeem diferente da Lily. Essa filha de uma hera acorda com o cabelo arrumado, cara perfeita e como se tivesse acabado de tomar banho. Porém eu tenho que há acordar, fazer oque?

– Lily – disse a cutucando. – Lily acorda – dessa vez ela virou para o lado me ignorando. – Tabom, você que pediu – cheguei perto do ouvido dela e gritei – Acorda vagaba nos temos que ir para King Cross pegar o expresso Hogwarts!

– Porque Hades você me acordou para pegar um café?! – Lily perguntou com voz sonolenta.

Depois do grito de Lily Tristan e Katy começaram a piar e a xingar (na verdade foi só meu papagaio que nos xingou). Esqueci de falar que ontem a tarde quando compramos os animais de estimação eu comprei um papagaio de 1 ano (bjs sou foda), a Lily comprou uma coruja que parece ser uma camtora profissional pois só tinha que ser a coruja da Lily né?, e ela também comprou um gatinho ruivo de olhos azuis filhote (ele é enfeitiçado para ficar no tamanho de filhote) que se chama Louis ou Lou, o Peter aproveitou para pegar um basset (salchicha) com pelo escuro e olhos quase negros chamado Zeus e o Aus comprou uma coruja castanha e grande com o nome de Josh. Ignorando os pios das corujas e os miados do lou e do Pou (gato da Alex) falei:

– Olha, hoje não tem tempo para rir de você – falei enquanto corria desesperada pelo quarto, pegando nossas roupas e enfiando de qualquer maneira no malão. – Pega as roupas e coloca no malão não importa se é minha ou sua, só enfia na porra do malão

– Eu nunca pensei quis diria isso mais nos deveríamos ter ouvido o Peter

– Eu sei... Eu sei... Mais nos não vamos dar esse gostinho para ele – bufei enquanto tentava fechar inutilmente um dos malõens. – Por Apolo oque que tem aqui?

– Eu aposto que são boinas, tocas, alguns lorgos e doces – ela falou enquanto colocava um dos seus muitos supras na mala. – Ah e também aposto que tem um fundo falso escondendo um monte de CDs e um MacBook, um iPad e um iPod e isso sem contar o iPhone que vai ir com você enfeitiçado por uma filha de Hécate para funcionar em Hogwarts

– Como você sabe? – falei enquanto ainda tentava fechar o malão.

– Não é óbvio – falou pegando uma das milhares de capinhas do seu iPhone – Eu e o Austin fizemos a mesma coisa – disse se deitando na cama.

– E eu aposto que o Peter foi contra isso – falei rindo e me deitando também. – Você sabe que nos temos que se trocar né? Porque tipo todo mundo tá lá embaixo

– Eu sei – falou se levantando e pegando umas roupas de só Atena sabe da onde. – Quer usar o banheiro primeiro ?

– Você só falou isso porque quer dormir novamente – disse enquanto a mesma me olhava com os olhos azuis fofos e inocentes... Ah como seria bom se ela fosse fofa e inocente. Sinceramente eu não sei como o Aus consegue discutir com ela. – Ta bom eu vou

Dopois do meu banho eu coloquei uma calça preta rasgada, uma blusa branca que mostra a barriga (que para variar foi a Lily que me deu) com duas mãos de caveira mostrando o dedo do meio, uma jaqueta de couro preta pois tava meio frio, meu inseparável All-Star preto de cano, uma mochila preta com trezentos doces mortais/trouxas, pegei meu iPhone com a capinha do coloquei bem escondido na minha jaqueta, três anéis com o símbolo da música pratas, brincos pretos, uma pulseira com pérolas tingidas de preto e um colar escrito XO prata, peguei minha varinha e coloquei no bolso da jaqueta deixando meu cabelo solto (http://www.polyvore.com/bibs/set?id=128818316)

Pelo incrível que pareça quando sai, Lily já entrou e os malõens já estavam lá embaixo. Lá embaixo estava o Peter que estava com uma blusa branca de manga (hoje vai chover), uma jaqueta, calça jeans escura caída, All-Star preto de cano e a mochila pendurada nas costas (http://www.polyvore.com/peter/set?id=129377590)

Isaac também estava com uma blusa branca de manga, uma jaqueta jeans, calça jeans preta caindo, All-Star branco, mochila nas costas e estava praticamente dormindo apoiado no ombro da Jacky (http://cdn.onedirection.net/wp-content/uploads/2013/03/louis.jpg). Samuel estava literalmente dormindo em cima do cara da manhã dele e usava uma camisa de manga cinza/branca, uma jaqueta azul meio puxada pra cima, um jeans claro também caído, um Nike azul e branco com uma bolsa também preta que estava tacada do seu lado (http://www.heatworld.com/images/116720_615x2000_STD/2013/3/Images/Gallery/zayn-3.jpg)

Jacky que tentava empurrar Issac de sou ombro porém desistiu e começou a mecher no iPhone estava com uma blusa branca escrita em preto "This is True", um jeans preto rasgado, uma jaqueta pêssego, vans, cinco anéis pratas, um bracelete prata, iPhone com uma capinha de uma cidade amanhecendo, gloss pêssego e mochila de tachas tacada de lado (http://www.polyvore.com/jacky/set?id=128822694)

Alex que parecia ser a única realmente acordada tava mexendo no iPhone (n/Alex:Deve ser porque eu não fiquei mechendo no celular até as 4h da manhã né?) estava com uma blusa vermelha/rosa com uma melancia, um jeans claro, uma jaqueta jeans (realmente estava frio hoje), uma sandália da mesma cor da blusa, um colar de melancia (vício disse oi), três anéis dourados, brincos de perdas dourados, batom claro, seu iPhone estão sem capinha mostrando como ele é (dourado e branco), tinha pintado as unhas ontem de bege e estava com sua mochila do lado (http://www.polyvore.com/alex/set?id=128820785)

– Hey – falou Austin descendo as escadas, ele estava com uma blusa de caveira colorida com a manga , jaqueta de couro azul tacada no ombro (a jaqueta dele muda de cor), jeans preto para variar caída, cinto prata, supras azul e prata, mochila no ombro e para a surpresa de todos, ele estava sem um boné ou toca (http://www.disneydreaming.com/wp-content/uploads/2014/03/Austin-Mahone-Kids-Choice-Awards.jpg)– E... Wow Lily você sabe que nos não vamos para um desfile né?

– Claro

Ela estava com uma blusa preta de alça curta na bariga, uma jaqueta preta de couro, uma calça de couro preta, uma bota curta de salto, um chapéu preto, batom vermelho, três anéis dourados, brinco preto e dourado, batom vermelho vinho, rímel, lápis e delineador de gatinho, capinha do celular preta almofadada (ela estava com ele na mão), mochila nas costa e o cabelo enrolado na ponta com mechas vermelho sangue indo para vermelho vinho (http://www.polyvore.com/lily/set?id=128824590)

Eu nunca entendi esse negócio de mecha colorida, pois a Alex também tem benção de Afrodite mais o cabelo dela não tem mecha nenhuma. Bem voltando ao assunto, depois da Lily ter discutido com a porta e engolido seu cafe, nos saímos correndo do caldeirão furado. E bem eu e a Lily começamos a tirar fotos e fazer uns vines (a Lily é simplesmente viciada nesse troco) enquanto os outros ficavam parados no meio da rua esperando o Aus e o Peter fazerem uma macumba lá.

– Isso vai demorar muito? – perguntou Lily, guardando seu iPhone

– Não, elas já estão chegando – falou Peter saindo da rua. – Normalmente elas operam nos Estados Unidos então vai demorar uns 5 segundos

– Elas? Você não quer dizer as... Porra – Então, bem no lugar onde a moeda tinha caído (esquesi de falar que isso era parte da macumba), o asfalto escureceu. Estendesse em uma poça retangular mais ou menos do tamanho de uma vaga de estacionamento. – borbulhando um líquido vermelho da cor dos cabelos da Lily. Então um taxi irrompeu daquele lodo. Porém, diferentemente de qualquer outro táxi de Nova York, não era amarelo. Era cinza-escuro. Quer dizer, parecia feito de fumaça, como se fosse possível atravessá-lo. Havia palavras impressas na porta – algo como MÃSIR ZENTSITNA – mas a dislexia tornou difícil para mim ler porém eu sabia oque estava escrito, afinal quem esquece um passeio com as Irmãs Cinzentas.

A janela do passageiro desceu, e uma velha pôs a cabeça para fora se não me esgano era a a Vespa ou a Ira ou a Tempestade eu nunca consigo reconhecer . Tinha um tufo de cabelos grisalhos cobrindo os olhos, e falou de um jeito estranho e murmurante, como se tivesse acabado de tomar uma injeção de anestésico.

– Passagem? Passagem?

– Hum, oito passagens para plataforma 9 3/4, rápido por favor – falou Austin quase dando pulos de animação

– Oito? – perguntou a velha que estava na janela. – Vespa mude para a versão estendida, temos seis semideuses e dois bruxos aqui – assim que vespa apertou o botão, a bunda do taxi se estendeu igual um chiclete. Então na bunda do taxi surgiu mais uma divisão, fazendo o taxi mais parecer uma limozine velha e caindo aos pedaços. – Vão quatro atrás e quatro na frente

Sam entrou atrás se espremendo na janela com uma Alex parecendo um tomate em seu colo. Jacky também estava fazendo um cosplay de tomate pois estava no colo de Issac (só tinha dois lugares atrás). Eu estava na janela, e ao meu lado estava Lily, seguindo pelo Austin e pelo Peter. A velha que estava na direção disse:

– Plataforma 9 3/4! Estação King Cross! Há!

A famosa voz gravada no alto-falante falou: Olá, aqui é Ganimedes, sommelier de Zeus, e quando saio para comprar vinho para o Senhor do Céus sempre ponho o cinto de segurança! Quando terminou uma corrente grande e preta no lugar do cinto. Concluí que ainda não estava no meu auge de desespero. O táxi disparou e virou na esquina de uma rua lá que eu não tenho a mínima ideia do nome, e a velha que estava no meio falou:

– Cuidado! Vá para a esquerda!

– Bem, se eu estivesse com o olho, Tempestade, eu poderia fazer isso! – queixou-se a motorista.

A motorista guinou para desviar-se de um caminhão de entregas, passou por cima do meio-fio com um tranco de fazer bater os dentes e entrou voando no quarteirão seguinte.

– UHUUUUU – as vezes eu acho que o Austin tem algum problema, pois quem que comemora com uma quase morte?... Ah esqueci o Austin comemora.

– Vespa! – disse a mulher do janela para à motorista. – Passe para mim a moeda do garoto! Quero mordê-la.

– Você mordeu da última vez, Ira! – disse Vespa. – É a minha vez!

– Não é! – gritou Ira.

A do meio, Tempestade, berrou:

– Sinal vermelho!

– Freie! – berrou Ira.

Em vez disso, Vespa pisou fundo e subiu no meio-fio, cantando os pneus em outra esquina e derrubando uma máquina de vender jornais. Ela deixou meu estômago para trás em algum lugar da Rua Broome. Arrancando novamente comemorações do Aus

– Desculpe-me – falou Jacky. – mas... você enxerga?

– Não! – gritou Vespa, de trás do volante.

– Não! – gritou Ira, da janela.

– É claro! – gritou Tempestade, do meio.

Alex se esticou para mim e perguntou:

– Elas são cegas?

– Não totalmente – disse. – Têm um olho.

– Um olho? – disse Sam com aparência enjoada.

– Claro – respondeu Lily.

– Tipo um olho cada uma né? – dessa vez foi Isaac.

– Não. Um olho ao todo – falou Peter como se Issac tinha perguntado se poderia subir em um unicórnio arco-íris e cantar Poker Face com um maio.

Atrás de mim, Jacky gemeu e se agarrou ao assento.

– Já tivemos gente famosa neste táxi! – exclamou Ira. – Jasão! E também aquele Percy Jackson! Lembram-se dele?

– Não quero nem lembrar! – lamuriou-se Vespa. – Ele ameaçou a jogar nosso olho pela janela

– Vo... Vocês conheceram meu irmão? – disse Lily com voz falha e expressão confusa.

– Claro que sim, ele é muito mal educado

– Me dê o dente! – Ira tentou agarrá-lo na boca de Vespa, mas Vespa afastou a mão dela com um tapa.

– Só se Tempestade me der o olho!

– Não! – guinchou Tempestade. – Você o usou ontem!

– Mas estou dirigindo, sua bruxa velha!

– Desculpas! Vire! Era a sua entrada!

Vespa entrou com violência numa rua aí, espremendo-me entre Lily e a porta. As três irmãs estavam agora brigando mesmo, estapeando-se, enquanto Tempestade tentava agarrar a cara de Ira e Ira tentava agarrar a de Vespa (n/Lily:Vou fingir que eu não notei você gritando briga)(n/Bib's:Não fala nada que você e o Aus também estavam gritando). Com os cabelos esvoaçando e a boca aberta, berrando uma com a outra, mostrando que nenhuma das irmãs tinha dentes, com exceção de Vespa, que tinha um incisivo amarelo embolorado. Em vez de olhos, elas tinham apenas pálpebras fechadas e afundadas, com exceção de Tempestade, que tinha um olho verde injetado. Por fim, Tempestade, que tinha a vantagem da visão, conseguiu arrancar o dente da boca da irmã Vespa. Isso a deixou tão furiosa que ela deu uma guinada para a beirada da ponte, gritando:

– Devolva! Devolva!

– Ah! A quem possa interessar – falou Alex– nós vamos morrer!

– Não se preocupe – disse Peter, parecendo muito preocupado. – As Irmãs Cinzentas sabem o que estão fazendo. Elas são muito sábias mesmo.

– Sim, sábias! – Tempestade arreganhou um sorriso ao retrovisor, mostrando o dente recém-adquirido. – A gente sabe das coisas!

– Todas as ruas de Manhattan, Londres, Roma e Grécia! – vangloriou-se Vespa, ainda batendo na irmã. – A localização de Hogwarts!

– O lugar que você procura! – acrescentou Ira. Imediatamente, as irmãs a socaram, uma de cada lado, gritando:

– Quieta! Quieta! Eles ainda nem perguntaram!

– O quê? – disse Lily. – Que lugar? Eu não estou procurando nenhum...

– Nada! – disse Tempestade. – Você está certa, garota. Não é nada!

– Fale. – falou Lily com os olhos escurecendo e sua expressão ficando feroz—igual a de um leão enraivecido—resumindo ela estava começando a ficar sinistra

– Não! – todas elas gritaram.

– Na última vez que contamos, foi horrível! – disse Tempestade.

– O olho quase foi parar num rio! – concordou Ira.

– O olho! – berrou Vespa. – Dê para mim!

Ela bateu com força nas costas da irmã Tempestade. Ouviu-se um pop nauseante e algo saiu voando da cara de Ira. Ela começou a apalpar procurando, tentando agarrá-lo, mas só conseguiu rebatê-lo com as costas da mão. O globo verde e viscoso passou voando por cima de seu ombro e veio parar bem no meu colo. Dei um pulo tão alto que minha cabeça atingiu o teto e o globo ocular saiu rolando.

– Não consigo enxergar! – berraram as três irmãs.

– Dê o olho para mim! – gemeu Vespa.

– Dê o olho para ela! – gritou Peter.

– Não está comigo! – falei.

– Ali, perto do seu pé – disse Aus. – Bib's não pise! Pegue!

– Não vou pegar aquilo!

O táxi colidiu com a grade de segurança e arrastou-se por ela com um ruído horrível. O carro inteiro estremeceu, soltando fumaça cinzenta como se fosse se dissolver com o esforço.

– Pegue logo a porra do olho cacete! – gritou Jacky

Vespa deu uma puxada violenta no volante e o táxi se afastou da grade. Disparamos pela rua, mais rápido que qualquer táxi mortal. As Irmãs Cinzentas guinchavam, e se esmurravam, e clamavam pelo olho. Por fim, Lily encarou o olho e o pegou ignorando o nojo com a expreção totalmente mortal, o cabelo ficando inteiro azul escuro e os olhos mais escuros a cada segundo indo até a um azul quase preto.

– Boa garota! – gritou Ira, como se, de algum modo, soubesse que Lily estava com seu olho perdido.

– Devolva!

– Não – falou Lily com a voz parecendo um rosnado. – O que vocês estavam falando, que lugar que nós procuramos? Diga!

– Não dá tempo! – gritou Tempestade. – Acelerando!

Olhei pela janela. Com certeza, já aviamos saídos da área rural da cidade

– Lily – advertiu Austin colocando a mão no ombro de Lily oque torce uma calmaria momentânea nela porém quando parou de olhar para ele sua expreção escureceu novamente – Elas não podem encontrar nosso destino sem o olho.

– Primeiro elas vão me falar. Ou então vou abrir a janela e jogar o olho no meio do trânsito.

– Não! – gemeram as Irmãs Cinzentas. – É perigoso demais!

– Bib's abaixa a porra da janela.

– Espere! – berraram as Irmãs Cinzentas.

– 30, 31, 75,12! – Elas bradaram como um zagueiro de futebol americano cantando a jogada.

– O que querem dizer? Isso não faz sentido! – exclamou Alex estressada

– 30, 31, 75, 12! – gemeu Ira. – É tudo o que podemos falar. Agora, devolva-nos o olho! Estamos quase na plataforma!

Estávamos agora zarpando pelo Kings Cross, provavelmente já estávamos perto

– Lily! – disse Aus. – Olha para mim – falou pegando seu rosto pelas mãos e a forçando olhar para ele – Dê o olho a elas agora!

Finalmente o seu olhar se suavizou e os cabelos voltaram ao vermelho. Ela pareceu lembrar que tinha um olho em seu colo, ficou com uma expressão de nojo e disse:

– Eu não vou tocar nesse troco aí não

– Nojentinha – falou Aus e jogou o olho no colo de Vespa. A velha o agarrou, empurrou-o para dentro da órbita como alguém que coloca uma lente de contato, e piscou.

– Eia!

Ela pisou o freio. O táxi rodopiou quatro vezes em uma nuvem de fumaça e guinchou até parar na frente da parede entre a plataforma 9 e a 10

– Melhor agora.

– Tudo bem – disse Lily às Irmãs Cinzentas. – Agora me digam o que querem dizer aqueles números

– Não dá tempo! – Peter abriu a porta. – Temos de sair agora.