I Cried Like a Silly Boy escrita por Mardybum


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oláá de novoooooo :D
Bom, geralmente escrevo semanalmente, mas não estava nada bem nessa semana então só consegui terminar hoje.
Antes do capítulo, preciso agradecer a todos que comentaram!! Muito obrigada pelo carinho.
Boa leitura!!



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O céu estava escuro, mas diferente de uma noite normal. A chuva caía incessante e muitas vezes podiam até ouvir o som dos trovões. Gina e Ferdinando estavam dentro do enorme Shopping que existia no centro da cidade e não tinham como voltar ao lugar onde estavam até aquele dia. E não sabiam sequer onde passariam a noite. A sensação de arrependimento começou a bater em ambos.

Voltaram para dentro e continuaram esperando, enquanto viam o fluxo de pessoas diminuir, com cada vez mais gente saindo com seus guarda-chuvas ou capas. Até Ferdinando fazer a pergunta que Gina esperava que ele fizesse.

–E agora Gina? Pra onde a gente vai? - E mesmo sabendo que ouviria isso, ela ainda não tinha uma resposta pronta. Assim como ele, não tinha a menor ideia da onde iriam.

–O jeito é a gente se esconder por aqui mesmo... mas vamos ter cuidado, ninguém pode nos ver. - Respondeu a ruiva, que já havia disfarçado a espingarda que trazia a escondendo dentro de várias sacolas.

Os dois se levantaram e olharam pros lados. Apenas algumas pessoas ainda estavam sentadas, comendo. Eles desceram as escadas até chegar ao primeiro andar e olharam várias lojas até entrarem em uma de roupas. A loja era uma das maiores que tinham visto, com centenas de peças a venda, muito diferente da pequena loja que existia na cidade das Antas. Logo que deram alguns passos, apareceu uma moça com blusa e calça nas cores da loja e o cabelo preso em um coque. Era vendedora.

–Posso ajudar?– Perguntou, olhando os dois da cabeça aos pés, estranhando a aparência deles.

–Não precisa, a gente só está olhando... - Respondeu Gina. Ajuda pra escolher roupa não, mas de ajuda para sobreviver realmente ela precisava. Mas agradeceu mentalmente por ter encontrado alguém que pudesse confiar como Ferdinando. Logo depois que disse isso, foi para o fundo da loja, se afastando de qualquer pessoa. Não eram os únicos lá, vários estavam olhando os modelos de blusas e calças. Ferdinando apenas pensavam em como aquela moda era diferente daquela que sua madrasta aderia e não conseguia sequer imagina-la usando qualquer um daqueles modelos de vestidos simples e minimalistas que vendiam. No interior da loja também tinha outra escada, que dava na outra entrada da loja, no andar de cima. Eles subiram e acharam um canto onde ninguém podia vê-los e se sentaram no chão.

–Melhor ficarmos aqui o tempo que for possível. Só espero que não nos achem. - Sussurrou Gina.

–Mai amanhã a gente vorta sem farta pra froresta Gina. Ieu já cansei de ficar aqui vendo essas loja. - Respondeu Ferdinando.

–Claro, claro, eu também quero voltar. - Sorriu Gina, diante da reclamação do engenheiro. Logo depois já não sabiam mais o que dizer. Ficaram sentados frente a frente, olhando um para o outro mas logo abaixando o olhar. Ficaram apenas ouvindo os sons. Dos trovões, das pessoas conversando até que, finalmente, ouviram o som da loja se fechando.

–Ara, ninguém reparo que a gente tá aqui ainda Gina. - Disse Ferdinando, feliz com a constatação. E no momento em que terminou sua frase, as luzes se apagaram completamente, deixando tudo escuro.

–Cade você Ferdinando? - Gina disse, colocando as mãos para frente.

–Ieu to aqui na sua frente Gina. - Respondeu, pegando em suas mãos. Por um momento, ela sentiu como se nunca mais pudesse separá-las. Mas uma parte de si a fez puxá-las de volta.

–Eu sei disso!– Foi o que disse.

–Aaara, intão purque pergunto? I me dá a sua mão de vorta purque ieu num quero me perde do cê.

–Eu não!

–Me dá a sua mão Gina. Ou ieu pego a força... - Ferdinando já estava perdendo a paciência.

–Você não seria capaz de fazer isso. E nem me acharia nesse escuro.– Gargalhou Gina, se virando e se afastando um pouco. Até ouvir de repente a voz do engenheiro perto de si.

–Lhe achar ieu já lhe achei. Agora a decisão é sua Gina... - Disse, provocativo.

–Tá bom Ferdinando. Eu seguro a sua mão. - Convenceu-se Gina, indo para o lado dele.

Logo depois, os dois conseguiram encontrar o sono rapidamente. E a única coisa que foi capaz de os acordar foi o som da porta novamente se abrindo.

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–Pituca, Pituca!– Disse Serelepe, acordando a amiga.

–Ara Lepe, o que foi que ocê qué?

–Ieu quero conversá co cê. Vem. - Ele puxou a menina para perto da entrada da caverna.

–Agora ocê pode falá.

–Ocê penso no que ieu te disse? Da gente procura seu irmão? - Indagou.

–Ah Lepe ocê com essa conversa otra veiz! Ieu já disse procê que ieu num gostei nadinha.

–Mai a gente vorta logo. Vamo sai agora que tá de noite e ninguém vai repara. Ocê tá ou num tá com sardade do doutor Nando?

–Ieu to sim Lepe... Mai ieu tenho medo de me perde.

–Ocê vai comigo, a gente não vai se perde. Mai ieu num vo lhe obrigá a nada, intão... - A menina pensou, pensou e acabou considerando a ideia do garoto.

–Ispera Lepe, ieu quero ir co cê sim!

–Intão vamo Pituca! - Disse o menino, sorrindo com a aventura que teriam.

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–Ara Gina, mai ocê num acha que tá muito cedo prá abrirem não? Ou será que já tá na hora? - Sussurrou Ferdinando, ainda sonolento.

–Eu não sei... mas vamos ficar quietos aqui. As luzes até se acenderam... - Mas Gina logo concluiu que elas não estavam na cor normal. Estavam avermelhadas. Sinal de que algo de mais grave estava acontecendo. - Mudança de planos, vamos logo. - Puxou Ferdinando e correu para a porta, que ainda não havia sido aberta.

–E agora? - Mas ela já tinha um plano em mente. Pegou sua espingarda e atirou para o nada.–Ocê tá maluca Gina?

– Confia em mim Ferdinando, e se enconde. - Foram para o outro lado e se abaixaram, atrás de algumas roupas infantis. Sem demora, a tropa de soldados que, provavelmente, estava no andar de baixo subiu a procura do autor daquele som. Aproveitando a distração, os dois correram para a escada, descendo e saindo da loja. Sons de alerta começaram a tocar por todos os lados e o que mais queriam saber agora era por onde escapariam.

–Ali estão eles! – Ouviram alguém dizer, e sem olhar para trás, correram. Acharam o banheiro e entraram, dispensando quem estava atrás. Acharam uma porta paralela no interior, onde havia cabides com várias roupas de funcionários do local.

–Ferdinando, eu tive uma ideia. E se a gente...

–Ara mai de jeito manera! Ieu num vo vesti essas roupas! - Reclamou Ferdinando, percebendo logo o que ela queria.

–Mas é a única maneira que eu achei de poder sair daqui. Ou você quer voltar lá e ser reconhecido na hora?

–Tá bom, ieu aceito... Espero que de certo. - Dizendo isso, ele seguiu para o banheiro masculino, se separando de Gina. Os dois se trocaram, colocando a roupa que consistia em uma camisa com as mangas azuis, com o crachá das pessoas mais parecidas que haviam encontrado e uma calça azul. Saíram e se olharam. Gina pegou sua roupa e a de Nando e guardou em sua mochila.

–Quem é você agora?

–Roberto Sanches e ocê? - Disse Ferdinando, olhando o crachá.

–Carolina Rodrigues. É melhor você não falar nada, ou vão reconhecer seu sotaque. Vamos.

Chegaram na porta no Shopping e acharam dois seguranças. Gina tomou coragem e começou.

–Olá...hum...Bóris.– Disse, olhando o nome estampado em sua camiseta. - A gente teve que ficar aqui trabalhando até mais tarde e agora precisamos sair. Estamos até com medo, você ouviu o alerta? - Ferdinando até a olhou, impressionado com a sua história.

–Parece que temos invasores suspeitos aqui. Bom, eu não vejo problema, e você? - Por um momento, os dois suspiraram aliviados, mas logo temeram novamente.

–Como não vê problema? Se teve alerta, temos que informar sobre todos que aparecem aqui. - Disse o outro segurança.

–Ara mai a gente tá com o crachá! -Disse Ferdinando, mas logo se lembrando da orientação de Gina e olhando para ela formando desculpas. Mas imediatamente o segundo segurança correu chamar alguém. E sem dar tempo do desespero chegar, o primeiro segurança abriu uma pequena porta.

–Vão embora! Tá na cara que vocês não são daqui, mas também não são perigosos. Se não roubaram nada, vão. –Disse.

–Muito obrigada! - Agradeceu Gina. - Mas o que vai acontecer com você?

–Eu invento alguma coisa, agora vão!

–Ieu lhe agradeço também. Agora vamo logo Gina. - Disse Ferdinando, a levando para fora e percebendo que estava quase amanhecendo. Correram o mais rápido que puderam para longe daquele prédio e em direção da floresta. Mas não adiantou muito, pois logo viram um exército de guardas vindo em sua direção.


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Notas finais do capítulo

O capítulo foi mais curto que os anteriores, mas no próximo irei escrever mais. Até porque estou com ideias de mais três fanfics além dessa e de mais outra que eu escrevo. A única coisa que me falta é tempo hahaha
Bom, agradeço mais uma vez os comentários!! E já disse e repito que eles sempre são bem-vindos, então fiquem a vontade para comentar!!! :D
Obs: Primeiro beijo Ginando da fic chegando....
Até o próximo!!
Beeeijoooos!