I Cried Like a Silly Boy escrita por Mardybum


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Oiiii gente!! Mais um capítulo pra vocês! :D
Beijos!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/517186/chapter/13

Gina e Ferdinando se assustaram quando viram Milita caída no chão. E ainda mais quando notaram o que aconteceu com a entrada da caverna.

Teias de aranha tinham tomado conta do local, mas não simples teias. Estas aparentavam ser mais fortes e de um tom amarelo claro. Viramundo acudia a amada mas ninguém sabia o motivo dela ter desmaiado e gritado tanto. Ferdinando via Renato indo examiná-la mas uma coisa não saía de sua mente. Se lembrava daquelas teias, talvez de quando entrara naquela caverna pela primeira vez. Agora se lembrava melhor, estava com Serelepe e Pituca e tinha passado primeiro para que eles não se machucassem. Elas existiam, mas não na proporção de agora. E davam leves choques em quem a tocasse.

–Mas como isso foi aparecer aqui? Eu não me lembro... –Disse Gina, confusa.

–Gina, ieu lembro de ter passado antes do cêis quando a gente chego aqui pra mó de ninguém se feri. Ieu me lembro também do porquê. - Respondeu Ferdinando, pegando uma pedra e jogando na parede que tinha se formado. Viram ela ser eletrocutada, mas sem afetar as teias. –Provavelmente a Milita tento passa i levo um baita choque. - Concluiu.

Nessa hora, todos já foram ver o que tinha ocorrido e procuravam saber o que acontecera com Milita, que continuava desmaiada mas dava sinais de vida. Gina até se preocupava com a moça, mas outra coisa ocupava seus pensamentos: "Como iriam sair de lá?" Pelo que tinha visto, qualquer um que tentasse teria o mesmo destino de Milita e da pedra que Ferdinando jogara. Tinha que pensar em um plano logo, senão não poderia buscar o antídoto que Juliana tanto precisava.

Gina se sentou no mesmo lugar de antes, ao lado da professora para lhe contar o que tinha ocorrido. Ela estava acordada mas quando perguntou se sentira algo enquanto dormia, disse que apenas tivera um sonho ruim. Juliana estava do mesmo jeito que estivera no dia anterior, a palidez estava evidente mas a professora não dispensava nenhuma oportunidade de conversar com a amiga, mesmo ela estando um pouco distante. Gina olhava para o teto e para além do lago constantemente.

–Gina? - Questionava Juliana. -Gina, acorda, você tá me ouvindo?

–Ah Juliana, me desculpa! Eu só estava um pouco longe...

–Um pouco é? - Respondeu a professora, sorrindo.– Tudo bem minha amiga, eu te perdoo.

Gina tinha muitas coisas as quais não conseguia parar de pensar. Sobre como todo mundo conseguiria fugir daquele caverna se por toda parte que olhava só via rochas e escuridão. Sobre como sobreviveriam se por acaso não conseguissem. Sobre como falharia na promessa que fizera a si mesma de proteger a todos. Sobre como todos os seus pensamentos sempre a levavam a Ferdinando. E como sempre tenta tirá-lo de sua cabeça quando chega a esse ponto.

Algumas horas se passaram até Milita acordar e quando isso aconteceu, todos foram ver o que tinha realmente ocorrido com ela. Quando Gina chegou, a viu sentada no chão, com Viramundo, Giácomo, Renato e Ferdinando a sua volta.

–Intão ocê foi travessá i levo um choque? Foi o que ieu disse procê Renato... I agora, ocê tá bem Milita? - Ouviu Ferdinando dizer. Gina tratou logo de empurrá-lo pro lado e dizer:

–Milita, você tá se sentindo bem? Não está sentindo dor nenhuma?

–Ara! Ieu perguntei isso antes Gina. –Disse Ferdinando, a empurrando também.

–Mas eu também preciso saber! - Ela disse, repetindo o ato.

–Aaara...

–Não é hora pra briga vocês dois. E respondendo, a Milita está bem sim. - Interrompeu Renato, chamando a atenção de Gina e Ferdinando, que já se desafiavam pelo olhar. Os dois se viraram, aparentemente envergonhados mas logo Gina falou:

–Se alguem não estiver se sentindo bem vocês me avisam. Com licença.–Ela saiu, os deixando para trás sem sequer olhar para o engenheiro. Voltou para o mesmo lugar que estava e encontrou Juliana dormindo novamente. Estava com a cabeça tão cheia que resolveu seguir seu exemplo e descansar também.

–--

Estava no centro da cidade e tentava correr no meio de tantas pessoas que estavam no local. Fugia de algo, mas sem saber exatamente do que. Tentava atravessar a avenida, mas sempre algo a impedia e ela não conseguia. De repente ouviu uma voz. Uma voz familiar.

"Gina" - chamava. -"Giiina"

"Ah mas eu conheço essa voz, é daquele frangote." Olhava pra trás e não o achava. "Mas onde é que está?" -Via centenas de pessoas, exceto o dono da voz.

"Gina, acorda"

"Mas eu to acordada". -Tentava gritar como ele, mas não conseguia. "Ou será que eu não estou?"

–--

–Ara Gina, acorda! Ieu já to começando a me preocupar. - Abriu os olhos e viu os azuis de Ferdinando a observando.

–O que é que você veio fazer aqui? - O olhou com raiva. Não que quisesse continuar dormindo, mas a última pessoa que queria conversar era justamente quem sempre a chamava.

–Ocê num disse que se arguem num tivesse passando bem que lhe avisasse?– Ferdinando não perdia uma chance de provocar Gina. Mas ao vê-la assustada, logo tratou de corrigir. - Pois ieu não estou nos meus melhores dias... Ara Gina!

–Ferdinando, você deixe de brincar com coisa séria! - Disse ao bater em seu braço, irritada.

–Ara mai...– Iria continuar mas foi interrompido pelo som da barriga de Gina roncando. Realmente tinha acordado com fome e isso a preocupava. Ferdinando começou a rir mas logo parou ao ver a cara que ela fez. - Me desculpe Gina. Eu num faço mais isso. Ieu preciso também conversá sério cocê.

–Se você conseguir...

–Ara mai é craro que ieu consigo! Gina, num é só ocê que tá com fome, eu também to i certeza que metade das pessoa aqui também tão... Como a gente vai consegui sai daqui?

–Era exatamente o que eu estava pensando... E eu não sei. Olhei tudo por aqui e parece não ter nenhuma saída além daquela que ninguém consegue passar mais. Além de sair pra buscar comida, a gente ainda precisa procurar o antídoto pra Juliana, lembra?

–Mai ié claro que ieu mi lembro disso. Como ia me esquecer... - Gina desviou o olhar no mesmo instante para escapar de outro logo a sua frente. Acabou olhando para o lago que estava atrás dos dois. A frente dele não sabia exatamente o que tinha. Só via a escuridão. Talvez se conseguisse passar achasse alguma saída.

–Ferdinando, vem comigo. - Gina se levantou e foi em direção da água.

–Mai o que ocê tá fazendo? - Gina estava de calça e tênis, portanto pisou e não sentiu nada. Apenas percebeu que era raso e a água chegava em seu tornozelo. Ferdinando a seguiu e os dois viram que não havia parede alguma a frente, era como um túnel. Continuaram caminhando e se viram na escuridão total.

–Eu devia ter trazido uma lanterna. - Comentou Gina, quando ouviu a resposta muito próxima.

–Ocê fique tranquila...– Disse Ferdinando, em seu ouvido. - Que ieu num vou deixá que nada aconteça co cê, minha cara.– Em seguida, deu um pequeno beijo em sua bochecha.

–Ferdinando! Você pare com isso! Ah quando a gente encontrar a saída disso aqui você vai ver! - Disse Gina, gritando, irritada.

–Pois fique ocê sabendo que depois do que ocê disse, ieu to torcendo ainda mais pra que a gente encontre logo.

–Eu já disse pra você parar com isso! -Disse Gina ainda mais irritada, como se pudesse ver no escuro o sorriso debochado de Ferdinando e agradecendo por ele não poder ver como ela havia corado.

Eles seguiram sem mais palavras ou provocações depois dessa conversa. Pareciam estar em um túnel subterrâneo sem saída e a única alteração que perceberam foi que cada fez tudo ficava mais claro. A essa altura já podiam reparar no corredor: Haviam várias portas dos dois lados.

–E se a gente tentasse abrir? Talvez encontrássemos a saída. - Disse Gina, quebrando o silêncio.

–Mai quar delas?

–Não sei, você tenta aquela e eu, essa. - Gina aplicou força demais ao empurrar, pois esperava que estivessem trancadas, mas não: Conseguiu facilmente abrir e entrar na sala.

Ferdinando a acompanhou, entrando logo em seguida, mas para a surpresa dos dois, não havia alguma saída e nem sequer alguma escada. O que encontraram foi uma sala repleta de livros.

–Mai isso parece uma biblioteca... - Comentou Ferdinando, curioso. Lia muitos livros, desde criança, e não pode esperar para olhar de que assunto tratavam.

Foi para o fundo da sala e olhou uma prateleira, não conseguia identificar nenhuma palavra escrita, aparentavam ser muito antigos. Pegou um com a capa vermelha e o colocou na mesa que havia no centro. Gina ficou ao seu lado e o viu assoprar o livro para retirar o pó. O abriu e reparou que as páginas estavam todas amareladas, demonstrando que fora escrito há muitos anos atrás. Folheou o livro todo e viu que todas as páginas estavam escritas em uma linguagem desconhecida.

–Gina, ocê consegue ler isso? –Questionou.

–Não. Eu nunca vi isso antes... Vamos ver esse. - Gina pegou outro livro de uma prateleira ao seu lado e abriu: Tudo era escrito com a mesma língua, a diferença agora é que esse era manuscrito.

–Ara que estranho... - Eles olharam vários livros e todos eram iguais. Depois, acabaram desistindo e tentando ir para outra sala. Passaram por todas as salas do corredor e todas continham livros, com a mesma grafia.

Gina ainda lamentava não conseguir entender nada do que estava escrito quando, finalmente, chegaram ao final do túnel. Ou era o que aparentava, pois encontraram a sua frente uma grande escadaria. Subiram correndo e acharam uma porta, subiram e acabaram em uma espécie de cabine escura que continha uma outra porta. Os dois empurraram e conseguiram achar a luz do sol. Perceberam no mesmo instante que haviam acabado de sair da grande árvore em que todos dormiram em volta na primeira noite que passaram ali, que achavam ser verdadeira mas que na verdade escondia uma passagem secreta. Gina ficou feliz por alguns instantes, mas ao ver o sorriso de Ferdinando a sua frente, se lembrou de quando estavam no túnel escuro.

–Ara Gina! Já é a segunda vez que ocê me bate no dia, mai ocê num descansa mermo! - Reclamou Ferdinando, passando a mão no braço.

–Isso é pra você aprender a não se aproveitar de mim quando a gente estiver sozinho! - Desafiou Gina.

–Mai assim ocê só me deixa com mais vontade de lhe roubar outro beijo. - Nesse instante, Gina se afastava, enquanto Ferdinando se aproximava cada vez mais.

–Você nem me lembre disso.– Disse Gina, se alterando com a proximidade, mas logo acrescentando, se virando para trás. - Porque eu já tinha até esquecido. – Isso fez Ferdinando repensar suas atitudes e dizer:

–Mai ieu lhe peço perdão Gina. Por aquele bejo robado. Aquilo foi uma besteira minha. –Tentou parecer arrependido, o que a fez o olhar novamente.

–Eu te perdoo sim. Como já disse...Até tinha me esquecido. - Disse, com um certo nervosismo.

–A partir de hoje, ieu vou lhe deixar em paz. Mas com uma condição. - Disse Ferdinando, olhando em seus olhos.– Ieu quero outro beijo seu. Mas não roubado, ieu quero que ocê me beije Gina. - Ela não pode acreditar no que ele disse. E agora, o que faria?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Desculpem eu ter parado bem nessa hora ashuahsu
Na minha cabeça, esse capítulo era pra ser bem diferente, não tinha ideia de como continuar, mas conforme fui escrevendo foram surgindo novas ideias e conversas Ginando que me surpreendi.
Mas preciso da opinião de vocês, então comentem o que acharam, ok? =)
Obrigada a todos que estão comentando e acompanhando a fanfic.
Beijo!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I Cried Like a Silly Boy" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.