O Momento certo para Sonhar escrita por llamonth


Capítulo 10
Capítulo 9




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Capitulo – 9 

 

P.V de Enny – O Telefonema

 

Eu estava sentada no sofá desde que Ciaran saiu para buscar Kennedy e levá-lo para comprar a moto, disse que iria demorar.

Fazia meia hora e decidi ir a biblioteca para arrumar algumas caixas que ainda estavam para serem abertas. Eu desliguei a televisão e subi as escadas, ao subir reparei que aquela casa era muito quieta quando não tinha ninguém. Passei pelos quartos e entrei na ultima porta do corredor. Lá estava ela, a biblioteca. Estava com a janela aberta e ventava muito, estava quase congelando quando senti aquele ar gélido. Por sorte estava vestindo uma blusa de lá rosa e uma calça bem quente acompanhada de meias e pantufas. Fechei-a e sentei no chão.

Comecei a desembrulhar uma caixa, quando comecei a lembrar da visão. Ela vinha e voltava mais agora estava ficando mais intensa. Eu já tinha tirado três livros quando li a capa de um livro branco com preto.  

 

“Não tenha medo do que você não conhece, siga em frente voltando ao passado” 

 

Eu deu risada achando muita coincidência. Continuei tirando mais alguns e a lembrança da visão voltava cada vez mais forte, senti meu corpo gelar quando lembrei de seus rosto, era bonito mais aterrador. Olhei outra vez para o livro e que me fez levantar. Eu estava decidida a voltar para lá, onde eu tinha tocado e visto o tal cer. Eu nunca tinha desmaiado, das outras duas e únicas vezes apenas senti tontura e uma dor, mais nada que me fizesse desmaiar.

Eu já estava no corredor quando parei na porta do quarto de Kenne, eu estava tremendo mais estava louca para ver aquilo, tudo novamente e estava torcendo para não desmaiar. Fui em direção a janela, esta estava fechada e com a cortina encobrindo o beiral, a afastei e olhei para aquele local.  

 

“Espero que eu não desmaie”

 

Eu toquei. Logo me veio uma sensação única, ruim e boa ao mesmo tempo, consegui reparar e me surpreendi quando senti o mesmo aroma que tinha sentido ao resgatar meu irmão, será que há alguma relação, e se realmente estivéssemos sendo observados? Tudo estava passando como fleches em minha mente, eu me ajoelhei e fechei os olhos. 

Pronto eu estava na visão.

Eu vi aquela estatura forte entrando pela janela, agora estava passando normalmente me deixando analisar tudo com cuidado. Ele tinha o cabelo curto como eu tinha dito e era muito branco. Reparei que tinha olhos escuros, como se estive-se muito triste e com raiva. Eu o vi passando pelo quarto e passando apenas a cabeça, estava preocupado se tinha alguém já morando, no caso seriamos nós. Tudo estava preto e branco mais via com muita nitidez. 

Eu realmente não tinha desmaiado.

Ele fez tudo como a primeira visão sentou-se na escada e me surpreendeu, ele começou a chorar, vi que rapidamente se levantou mais andava com um pouco de dificuldade, parecia estar nauseado por alguma coisa, sem direção. Andou pelo corredor e entrou no meu quarto, sendo daí que anteriormente eu desmaiei. Ele sentou-se na minha cama e começou a chorar, suas lagrimas brilhavam em meio ao branco e preto, elas eram ofuscantes aos meus lhos, eu estava ficando confusa. Ele continuou chorando e se levantou mais uma vez, foi até a janela e depois até o closet. Não havia nada lá mais ele escreveu alguma coisa na parede ao lado da porta, usou as unhas  mas não consegui ver o que era. 

Ele saiu de lá passou correndo pelo corredor chegando a janela que tinha entrado dando um salto enorme e sumindo em meio as árvores. Eu estava triste mais não arrependida com o que vi.

Voltei  em si e percebi que já não estava mais ajoelhada e sim deitada no chão gelado. Ainda fiquei um tempo refletindo sobre o que vi, percebi então que poderia estar muito errada em condenar ele, achá-lo perigoso era ilógico, ele parecia estar passando por problemas, e ainda mais pessoas e amorosos. Eu também tinha ficado triste.

Fui despertada de meu transe condicional quando o telefone tocou. Desci rapidamente e ainda tropecei no sofá até atende-lo.

-Alô? –Eu estava ofegante.

-Alô? –Era uma voz feminina e familiar.

-Quem fala? –Eu respirava fundo.

-É Cailainn, quem fala?

-Oi tia, tudo bem!? –Eu estava surpresa com a ligação.

-Enny?... tudo bem?.... que saudade como você esta? –Ela estava alegre do outro lado do telefone.

-Estou bem e você? –Ela não sábia o que eu tinha passado anteriormente.

-Bem também, mais eu liguei para dar uma boa noticia.

-E qual seria? –Eu me ajeitei no sofá me sentindo bem melhor.

-O contrato que eu tinha assinado da outra casa não deu certo, portanto meu consultor me indicou uma casa ai em Forks, e que por coincidência é perto da casa de vocês.

-Nossa que bom tia, mais como esta os gêmeos? –Eu estava mais contente.

-Estão bem, pra falar a verdade estão ao meu lado aqui no taxi, estamos indo para o aeroporto.

-E para onde vão? –Eu estava com uma leve suspeita.

-Outra coisa, eles estão te mandando um beijo, mais é que eu liguei para te perguntar de ultima hora. –Ela estava tensa.

-E o que seria?

-Os papéis não saíram ainda e enquanto eles não saem eu gostaria de saber se podemos passar alguns ai na casa de vocês, se não incomodar é claro, se não nós ficamos em um hotel...

-Claro que sim, pode vim, estaremos esperando por vocês! –Eu a interrompi muito satisfeita e contente.

-Fico feliz com isso, então deixe seu tio avisado ok?

-Pode deixar, quando eles chegarem eu aviso.

-Tudo bem, amanha estaremos ai, beijos querida. –Ela fez som com a boca de beijos.

-Beijos. –Eu respondi

Tudo estava muito bom para falar a verdade, aquele dia estava ótimo, sentia que não teria nenhum problema e muito menos acidentes na cozinhas. Eu estava um pouco cansada e liguei a televisão esperando que adormece-se um pouco pois não consegui dormir a noite.

Eu acordei com um show de rock passando na TV, olhei no relógio e já eram 5 horas da tarde, eu tinha dormindo muito mais, me sentia revigorada. Logo ao me levantar lembrei de minha visão e me veio a vaga lembrança do meu closet sendo marcado por um... um... eu não sabia explicar. 

Coloquei a pantufa e subi correndo. Adentrei no quarto mas quando abri o closet eu escutei a picape entrando na garagem. Decidi guardar para de noite pois me chamaram tocando a buzina, que com certeza era Kenne me chamando para olhar a moto. Fechei o closet e desci.


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