Lost And Found escrita por Insomniac Killjoy


Capítulo 34
Halloween


Notas iniciais do capítulo

Hey! O capítulo é inteiramente dedicado a maravilhosa Fanfics Sagas :3 mttt obg pela recomendação linda e xerosa



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Ultimo dia do mês de outubro, esperado Halloween. Eu e Simon gostamos de nos referir a essa data como o Natal das Trevas, pois é tão esperado e comemorado quanto.

A escola está cheia de papeis colados por todas as partes, em cores especificas como margenta escuro, laranja-abóbora, preto e vermelho escuro. Algumas pessoas se ofereceram para arrumar a escola para a festa que haverá hoje à noite. Uma das minhas professoras veio com um sorriso simpático e pediu para que eu ajudasse, já que não tinham muitas pessoas. Eu aceitei, sem saber como falar não.

Isabelle foi embora, dizendo que tinha um compromisso muito importante. Antes de sair praticamente correndo, ela me perguntou se eu gostaria de dormir na sua casa após a festa e aceitei.

Eu e o grupo de cerca de quinze pessoas pegamos as caixas com a decoração e começamos a ir em direção ao ginásio. Não sabia que haveria treino aqui dentro e provavelmente nenhum dos outros alunos. Começaram a murmurar e discutir quem poderia ir falar com o treinador.

–Clary, vá você, por favor- diz Sally, uma garota de aparência asiática. Ela é legal, mas não conversamos com freqüência. –Seu namorado é do time, não é?

–Ele não... –solto um suspiro e ouço o grupo inteiro fazer suas suplicas. Tomo coragem e vou contornando a área onde os garotos jogam, andando perto da arquibancada.

Não consigo evitar olhar para Jace jogando. Ele está com a camiseta mostrando seus braços e vejo os músculos conforme ele se movimenta rapidamente. O cabelo loiro gruda em sua nuca pelo suor e seus olhos parecem brilhar de divertimento enquanto ele joga. Balanço a cabeça singelamente e olho para frente. O treinador com a sua expressão séria e critica me assusta um pouco pelo seu tamanho, e a cara que faz no momento não ajuda muito.

Pigarreio ao chegar ao seu lado e atraio sua atenção. Por um segundo ele se mostra surpreso, então dá um sorrisinho.

–Oi treinador- digo, sentindo minhas bochechas corarem lentamente. –Eu não queria atrapalhar o treino, mas precisamos começar a arrumar a quadra para a festa de Halloween.

–Ah, claro. Na verdade- ele olha seu relógio- O treino deveria ter terminado minutos atrás. Desculpe- ele leva o apito até a boca eu fecho meus olhos quando o som alto e agudo entra em meus ouvidos. Os garotos param no mesmo instante. –Vão. Chega por hoje. E Harris, melhore essa esquerda.

O tom que ele usa com eles e conversa comigo é tão diferente. Talvez por que ele não é meu treinador.

Enquanto os garotos saem da quadra, o pessoal que tem que decorar todo o lugar começa a entrar. Viro-me e deixo a caixa de papelão com os enfeites no primeiro banco da arquibancada. Ao me virar para a quadra, deparo com Jace, parado ao meu lado, com uma garrafa de água em mãos e uma toalha no pescoço.

–Então vai enfeitar a escola?

–Pretendo- cruzo os braços e passo o peso do corpo para a outra perna ele dá uma risadinha e bebe um gole de água.

–Você fica muito sexy assim- ele me olha de cima abaixo. Minhas pernas parecem tremer e eu respiro fundo.

–Só... Vá tomar banho- seguro seus ombros e o viro em direção ao vestiário. Começo a empurrá-lo e ele dá risada. –Você está fedendo.

–Mas Clary...

–Está fedendo- cantarolo.

Quando todos os garotos do time, incluindo Jace, saem da quadra, começamos a arrumar as coisas. Alguém liga um rádio e isso torna as coisas mais legais. Subo em uma escada e ajudo um garoto a colocar um tecido fino roxo escuro em volta de todo o lugar.

Quando terminamos uma parte, desço da escada e no mesmo instante vejo a porta do vestiário se abrir violentamente. Dois garotos aparecem correndo com coisas em mãos e outro vem atrás, segurando uma toalha na cintura e todo molhado.

Um dos garotos que corre é Jace, levando peças de roupa do garoto com a toalha. Eles dão tanta risada que tem dificuldade de fugir.

Logo eles passam pelas portas de entrada e somem. Reviro os olhos e continuo a trabalhar para deixar a escola pronta até as sete horas.

Xx

–Simon, apenas... Leve-a em um lugar legal e converse alguma coisa sem ser sobre HQs ou filmes– mantenho meu rosto colado ao meu ombro para apoiar o celular enquanto levo para o lixo uma caixa de papelão.

–Ok, o que você sugere?- livrando minhas mãos, pego o aparelho e solto um suspiro.

–Não sei, quem está saindo com ela é você.

–Obrigado pelo conselho muito útil- eu ouço ele se jogar na cama e aumentar um pouco o som do quarto, pelo jeito AC/DC.

–Preciso ir agora. Izzy quer que eu vá a casa dela para nos arrumarmos e vir para a festa. Mas fique calmo, eu faço propaganda de você para ela, ok? Agora preciso desligar, até depois.

–Até mais- ele parece meio desapontado.

Bloqueio a tela e guardo o celular no bolso enquanto caminho para ir até a minha casa e preparar a mala.

–Clary! Ótimo que já chegou. Eu irei fazer umas compras e irei jantar com Luke, tudo bem?

–Claro. Vou dormir na casa de Isabelle.

–O que?

–É. Ela insistiu tanto que acabei cedendo- minto. Subo as escadas e começo a procurar roupas que me agradem.

–Então tudo bem.

Não demoro muito a fazer a mala, até porque tenho que me arrumar para a festa de hoje, que acontecerá as oito. Agora são cinco e meia e não sei quanto tempo Izzy levará para se arrumar.

Minha mãe se oferece para me deixar na frente da casa de Isabelle. Ela aparece na porta, com um sorriso de orelha a orelha. Arregalo meus olhos quando ela me puxa para dentro e sai correndo pela casa enorme, até seu quarto.

–Muito bem, agradeça depois, mas achei esses vestidos maravilhosos para nós. Consegui presas falsas também. Sangue falso também- ela diz revirando os olhos. Olho para a cama, onde dois vestidos extremamente bonitos e diferentes do comum estão estendidos. Lanço-lhe um olhar confuso e ela volta a sorrir.

–Vamos demorar se não começarmos a nos arrumar agora.

–Tem certeza?

–Apenas cale a boca Fray- diz ela fazendo um sinal para eu me calar.

Xx

–Não e possível que essa seja eu- olho para meu vestido e meus sapatos, ainda sem acreditar em meu visual.

–Se você disser que parece uma prostituta ou desaprovar, eu te jogo da janela, juro.

–Eu estou muito bem, para ser franca.

Ao terminar de passar o batom, Izzy se vira e vejo quão esplendida ela está. Se vampiros existissem, ela seria a líder deles, sem duvida.

–Olhe só- ela olha na tela do celular- Oito e quinze. Melhor irmos agora.

Pego meu celular, mas ela agarra meu pulso, pega o aparelho e o joga sobre a cama. Olho sem entender sua atitude.

–Nada de celular. Você não vai passar risco de vida, queridinha. Apenas preste atenção em se divertir, ok?

Xx

A quadra nem parece o mesmo lugar depois da decoração, luzes, fumaça e musica alta. Uma mesa cheia de comida e bebidas é o que me atrai primeiro. Izzy anda ao meu lado, então vê meu destino.

–Vou dançar. Se precisar de alguma coisa relacionada a mim, estarei ocupada.

Ela se vira e parece dissolver no meio das pessoas. Só então que percebo quantos olhares ela atrai. E há muitos garotos olhando para mim no momento. Fico corada e me viro, pegando um copo e servindo ponche. Ao sentir o gosto forte, faço uma careta.

–Batizado. Que novidade.

Procuro alguém familiar, mas não tenho êxito, com toda a maquiagem exótica, mascaras e fantasias.

Suspiro e como até estar satisfeita. Ando até quase o final da quadra, então me encosto à parede. Não estou com vontade de dançar e já comi, o que me resta ficar apenas observando as pessoas e avaliando mentalmente as vestimentas e maquiagem.

–Deu trabalho, mas achei você- não me assusto com a aparição repentina de Jace.

–Entrei no espírito da fantasia.

–Entendo. E vampiros não dançam?- olho para ele e analiso suas roupas. O rosto não está maquiado, apenas um pouco mais pálido. Não reconheço sua fantasia, e ele percebe isso. –Sou um morto. Um membro de uma parada negra, que quando alguém morre, vem buscar a alma.

–Interessante. Tipo... Dona Morte?

–Um pouco mais interessante- ele me analisa e seus olhos parecem brilhar enquanto olha-me lentamente. Sinto um formigamento familiar nas bochechas e desvio o olhar. –Você deveria ir dançar comigo agora, ou serei obrigado a te agarrar e arrastá-la até lá. Como já estou morto, suas presas não terão efeito.

–Ah, mas que droga- digo com um falso desapontamento. Sorrio e acabo exibindo meus dentes falsamente pontiagudos.

Ele pega minha mão e percebo que está com luvas de couro. Guia-me até as pessoas dançando, passando um braço por minha cintura. Começamos a dançar e vou me animando conforme a musica toca. Dançamos durante quatro músicas e meia, até que eu me canso um pouco, afinal dançar de saltos tão altos não é tão fácil.

–Acho que não falei ainda o quão linda está- ele murmura em meu ouvido enquanto olho para baixo, parada no meio das pessoas, ajeitando a saia do vestido. Olho para cima e nossos olhares se encontram. Meu coração começa a se acelerar gradualmente - Então... Você está simplesmente linda hoje.

–Acho que não te contei, mas ultimamente minhas notas aumentaram- mordo meu lábio inferior e olho para cima. –Isso significa que estou livre do “castigo” da minha mãe... -Ouço sua risadinha abafada e não tenho tempo para fazer nada, além de me surpreender com o beijo dele.

Em pouco tempo, permito-me beijá-lo de volta. Ignoro todos ao nosso redor, inclusive a música. Parece que só existe ele ali.

A cada instante nos beijamos mais desesperadamente. Não parece suficiente, assim como o fôlego, que se esgota com o tempo. Jace afasta seu rosto do meu e percebo a respiração acelerada dele.

–Deveríamos ir a um lugar mais privado.

–É. Concordo.

Ele pega minha mão e saímos apressados da quadra. Ele empurra a porta e olha para os lados. Os corredores estão escuros e a música é mais baixa aqui. Ele aperta minha mão e saímos correndo pela escola. Não consigo reprimir o sorriso que se forma em meus lábios.

Ele abre uma porta e olha em volta, então me puxa com força para si e entramos na sala de aula vazia, com as carteiras afastadas para os cantos. Fecho a porta e ele segura minha cintura, selando nossos lábios novamente.

Cambaleamos pela sala e sinto algo bater em minhas pernas. Jace me coloca sobre a carteira e eu volto a beijá-lo. A janela ao meu lado está aberta, apenas com a cortina cobrindo-a. Inclino-me sobre a mesa e puxo Jace comigo. Ele sorri sobre meus lábios quando nos deitamos sobre as carteiras.

Enlaço seu quadril com minhas pernas e meus sapatos caem. Instintivamente eu começo a tatear sua jaqueta e desabotoá-la, com o coração batendo tão forte que temo que ele possa ouvi-lo. Quando termino, ele me ajuda a se livrar dela. Ele para de me beijar. Olho em seus olhos e vejo que ele me pergunta silenciosamente se quero continuar com isso. Em resposta, inclino minha cabeça e volto a beijá-lo calorosamente.

Ele beija a lateral do meu pescoço e vai até a clavícula. Solto um suspiro longo e pesado. De algum jeito, inverto nossas posições e faço-o ficar deitado sobre a segunda fileira de mesas, mais próximo a janela. Sinto as mãos quentes de Jace segurarem minhas coxas, provocando-me arrepios. Repouso minhas mãos sobre seu peito e sinto seu coração batendo tão apressadamente quanto o meu. Suas mãos vão até o inicio do vestido, então ele começa a abrir o zíper sem muita pressa e nem tão calmamente enquanto eu o beijo e brinco com seus cabelos.

–Oh, Deus- diz uma voz feminina ao abrir a porta.

Levo um susto tão grande que dou um salto do colo de Jace e agarro meus sapatos que estavam no chão imediatamente. Olho para a porta e vejo uma garota vestida de gato zumbi, tampando os olhos. Jace pega a jaqueta e se vira, puxando meu pulso.

Saltamos pela janela e corremos mais para o sul da escola. Encosto na parede e respiro fundo. O ar frio atinge meu corpo e eu começo a tremer. Penso no que acabou de acontecer e começo a rir. Rio histericamente e começo a sentir minhas costelas doerem de tanto dar risada.

–O que foi?- pergunta Jace com um sorriso no rosto.

–Você não... – respiro fundo e paro de rir- Você não viu o que acabou de acontecer?

–É- ele da risada- E o que deveríamos fazer agora?

–Não sei- tento fechar novamente o pedaço do zíper que foi aberto e não consigo- Feche para mim, por favor?

Viro-me e ele fecha o vestido. Antes que eu me vire novamente, ele pega minha mão e começa a andar mais para o fundo da escola.

–Aonde vamos?

–Quero te mostrar um lugar legal.

Entramos em uma porta, subimos as escadas até ultimo andar, então no fim de um corredor, em uma porta de metal, entramos e há uma escada em espiral. Aperto a mão de Jace, com medo de cair conforme vamos subindo no escuro.

No final, ele abre outra porta com força. Sinto a força do vento quando passo pela soleira e vejo que estamos no terraço. O céu esta um azul escuro acinzentado. Daqui, conseguimos ver pontinhos coloridos das luzes da cidade. Fecho os olhos e presto atenção nos sons do vento e de buzinas e motores por todos os lados.

–Vai ficar parada ai?- abro meus olhos e vejo-o me encarando. Sorrio e começo a andar hesitante até a beira do terraço- Legal aqui, não? Ninguém te procura por aqui durante as aulas, isso é ótimo.

–Aqui que você mata aula?- sento ao seu lado e olho para baixo, sentindo um peso em meus estomago quando vejo a altura.

–Claro. A vista e bonita- olho para ele. Seus cabelos bagunçados ao vento e os olhos dourados que parecem mudar de cor com as sombras e a luz esbranquiçada do luar. Inesperadamente, ele joga sua jaqueta sobre meus ombros- Está tremendo de frio.

–Um pouco- agarro a jaqueta e encosto a cabeça em Jace. Ele passa o braço por cima dos meus ombros e beija o topo da minha cabeça.

–Sabe Clary, nós nascemos em um mundo de duvidas. Mas não há duvidas. Eu descobri... Eu amo você.

Meu coração parece parar. O medo da altura, o frio que sinto... Tudo passou. As palavras de Jace me deixaram sem saber o que dizer. Uma sensação estranha me preencheu. A expressão tão clichê de “senti borboletas no estomago” era o que me descrevia. Não consegui evitar sorrir.

Olho nos olhos dele e passo meus braços envolta de seu pescoço.

–É, sem dúvidas eu também te amo.

Passem na minha fanfic de The Mortal Instruments: Disenchanted


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Notas finais do capítulo

Sim, parece q a roupa do Jace é de paquita, e se reclamar ele se veste da propria Xuxa u.u
E essa "declaração" do Jace eu tirei de uma música de Green Day pq né, eu sou ótima para essas coisas fofas
E pls, passem na minha fic nova