Lost And Found escrita por Insomniac Killjoy


Capítulo 3
A Motherfucker Asshole


Notas iniciais do capítulo

Postei rápido não? E o cap tá grandinho! Adivinhem quem aparece aqui? ehehehehhehe



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Dois meses nessa escola. Não é tão ruim, mas também não é maravilhosa. Izzy é uma garota super legal, mesmo sem saber nada sobre séries e bandas que eu gosto. Ainda vou ajudá-la a ampliar seus conhecimentos nessa área, enquanto ela me ajuda nas aulas de etiqueta, as quais eu sou péssima.

Não visitei minha mãe muitas vezes, já que eu precisava me ajustar nas matérias e horários daqui. Finalmente, daqui a dois dias eu posso ir para casa, rever todos que eu quero e agir do meu modo. Sem regras de etiqueta para se preocupar.

Olho para Izzy, que está sentada na cama conversando pelo telefone com alguém. Nessa hora já deveríamos estar dormindo, mas combinamos que ninguém precisa saber que estamos acordadas. Levanto-me e abro a porta do quarto com cuidado. Olho para trás, mas não consigo ver a expressão da garota, já que as luzes dos quartos já estão apagadas. Sussurro um “só vou tomar água”, sem saber se ela ouviu ou não.

Fecho a porta com a mesma cautela que a abri.

Minhas pantufas abafam o som de meus passos no carpete. Desço as escadas e percebo que aqui embaixo está claro. As janelas deixam a luz do jardim entrar. Enquanto caminho, olho para fora. A grama parece ainda mais verde com as luzes lançadas sobre ela. Então eu dou de cara com alguém e quase caio. Meu coração acelera, por um momento, pensando em ser a senhor a Imogen, a diretora. Mas a pessoa que eu vejo é completamente diferente e inesperada. Engulo seco quando vejo um sorriso travesso aparecer em seus lábios. Minhas roupas no momento não ajudam e sinto minhas bochechas corarem.

–Ora, ora. A filha da minha psicóloga novamente. Como vai senhorita Fray?

–O que faz aqui?- sussurro olhando para os lados.

–Merda- ele olha em volta- Estou perdendo tempo. Vamos.

O garoto dos olhos dourados pega meu pulso e começa andar apressado pela escola. Tento soltar-me, mas ele é forte. Olho para os lados todo percurso, mas não vejo ninguém. E mesmo que visse o que iria falar?

Ele abre uma porta e entra comigo lá. Procura o interruptor e acende uma luz. Reconheço vagamente essa sala.

–O que faz aqui?- pergunto irritada. Parece alguma piada cósmica. Dois meses atrás eu acabei esbarrando nesse garoto, e aqui estou eu com ele em uma sala da escoa, em plena meia-noite.

–Não era eu que vagava pela escola à meia-noite- ele começa a procurar coisas nas gavetas. Fico paralisada, apenas o encarando.

–Na verdade, você está vagando pela escola à meia-noite- retruco. Ele pega algumas coisas e analisa, depois devolve à gaveta.

–Eu não estudo aqui, estudo?- ele nem mesmo olha para mim. –E como não estudo aqui, não preciso seguir as regras.

–Você precisa sair daqui, garoto.

–Jace- ele corrige.

Jace, precisa cair fora daqui agora, ou então...

–Então o que?- ele para e olha para mim. Seus olhos dourados poderiam ser extremamente impressionantes, se não pertencessem a um garoto tão estúpido quanto ele. –No máximo, vou ser retirado daqui, mas e você? Como já disse, eu não estudo aqui. Se chamar alguém, vão te perguntar o que estava fazendo fora da cama.

Quero gritar com ele, mas isso é verdade. Ele volta a fazer o que estava fazendo. Estou prestes a virar as costas e sair dali, quando a porta se abre.

–Mas... –a diretora parece pasma. Meus olhos se arregalam e eu sinto minhas bochechas formigarem. –Os dois, agora para minha sala.

Jace parece andar confiante e inabalável, enquanto eu pareço uma criança assustada. Tentei falar com ela, explicando a situação, mas recusou-se a ouvir uma palavra até ela mandar.

Entramos na sala e nos sentamos em frente a sua mesa de mogno. Jace afunda na cadeira e começa, distraidamente, a olhar as unhas. Como estou na frente da diretora, preciso me lembrar das regras de como se portar. Coluna ereta, mãos na frente do corpo, feições neutras.

–Olha quem volta por aqui- diz ela se acomodando em sua cadeira que parece uma poltrona. Sua voz é fria e me dá arrepios- Jace Wayland.

–Isso mesmo. Já estavam sentindo falta de mim, não?- ele nem mesmo olha para Imogen.

–Pelo que me lembre está com seu tio, um homem severo. Creio que não vai gostar de receber a noticia de sua visita aqui novamente.

Novamente? O que diabos esse garoto faz por aqui? Duvido que esteja namorando uma garota daqui. Ele, com toda certeza, não é o tipo de cara que nenhuma delas suportaria ficar perto por mais de cinco minutos.

–Não estou mais com ele. – seu tom indica que é melhor não tocar no assunto família de novo.

–Agora, diga-me Wayland, o que faz aqui desta vez?

–Aposta- diz ele sem se importar. –Cumpro minhas palavras.

–Do que... Tratava-se essa tal aposta?- ela parece ter uma raiva contida do garoto.

–Você me pegou, certo? Qual a importância disso agora?

–Eu tenho que saber- ela bate a mão na mesa, assustando-me. Jace não fica abalado, mas reprime um sorriso. –Não pense que entra em minha escola pela segunda vez e eu não sou informada o motivo. Agora, diga-me o motivo da sua aposta ou então vou tomar providencias garoto. E não serão agradáveis.

–Tudo bem- ele finalmente olha para a diretora e levanta as mãos, em rendição. –Tinha que entrar aqui e como prova que fiquei mais de um minuto, pegar qualquer coisa daqui e levar comigo. Claro que não iria roubar, estava pesando em pegar um grampeador e trazê-lo de volta.

Ele está mentindo. Claramente estava selecionando o que levar.

–Agora, senhorita Fray- ela se vira para mim. –O que estava pensando ao ajudar esse jovem? Tem alguma coisa com ele?

–Não!- percebo o tom que falei e a cara que fiz, então arrumo na hora. –Não, senhora.

–O que estava fazendo na mesma sala que ele?- eu fico nervosa com sua pergunta tão simples. –Fray?

–E-eu estava indo tomar água, apenas. –ela ergue uma sobrancelha, então suspira e fecha os olhos por alguns segundos.

–Muito bem, senhorita. Qualquer deslize que vier de sua parte terá conseqüências. Somos uma escola séria e exigimos respeito dos alunos. A senhorita está aqui apenas dois meses, não pense que vou deixar de dar uma punição só pelo fato de ser novata. –ela dirige o olhar à Wayland- E caso coloque os pés aqui dentro novamente garoto, vai ser punido. O fato de não ser aluno não te dá imunidade. Agora vão.

Levanto-me e vou em direção à porta.

–E... Clarissa- olho para a diretora.

–Sim, senhora?

–Por não ter avisado diretamente a mim sobre a presença desse importuno rapaz, deixará de visitar sua casa esse final de semana.

O QUE? Sua velha mal amada!

Tudo... Tudo bem senhora.

–Ótimo.

Quando saímos da sala, mantenho o passo firme até o fim do corredor, então me viro e empurro Jace.

–Seu idiota! O que estava pensando quando entrou aqui? E por que me empurrou para aquela sala estúpida?!

–Não precisa ficar nervosinha- ele dá um sorriso travesso e sinto vontade de quebrar todos seus dentes. –Te fiz um favor. Já ficou em uma escola desse tamanho no fim de semana?

–Já- digo encarando-o nervosa.

–Por sua vontade- ele passa o polegar pela sobrancelha- Espere para ver quando você está de castigo. É muito mais divertido. Até mais ruivinha.

–Seu... –não consigo pensar em nada para xingá-lo. –Vá para o inferno.

–Na verdade- ele se vira para mim e caminha de costas- Estou saindo dele no momento. –ele dá uma piscadela e eu mostro o dedo do meio para ele, que ri. Vira-se e vai embora.

Nunca odiei tanto alguém que mal conheço quanto Jace Wayland.

Dois meses nessa escola. Não é tão ruim, mas também não é maravilhosa. Izzy é uma garota super legal, mesmo sem saber nada sobre séries e bandas que eu gosto. Ainda vou ajudá-la a ampliar seus conhecimentos nessa área, enquanto ela me ajuda nas aulas de etiqueta, as quais eu sou péssima.

Não visitei minha mãe muitas vezes, já que eu precisava me ajustar nas matérias e horários daqui. Finalmente, daqui a dois dias eu posso ir para casa, rever todos que eu quero e agir do meu modo. Sem regras de etiqueta para se preocupar.

Olho para Izzy, que está sentada na cama conversando pelo telefone com alguém. Nessa hora já deveríamos estar dormindo, mas combinamos que ninguém precisa saber que estamos acordadas. Levanto-me e abro a porta do quarto com cuidado. Olho para trás, mas não consigo ver a expressão da garota, já que as luzes dos quartos já estão apagadas. Sussurro um “só vou tomar água”, sem saber se ela ouviu ou não.

Fecho a porta com a mesma cautela que a abri.

Minhas pantufas abafam o som de meus passos no carpete. Desço as escadas e percebo que aqui embaixo está claro. As janelas deixam a luz do jardim entrar. Enquanto caminho, olho para fora. A grama parece ainda mais verde com as luzes lançadas sobre ela. Então eu dou de cara com alguém e quase caio. Meu coração acelera, por um momento, pensando em ser a senhor a Imogen, a diretora. Mas a pessoa que eu vejo é completamente diferente e inesperada. Engulo seco quando vejo um sorriso travesso aparecer em seus lábios.

–Ora, ora. A filha da minha psicóloga novamente. Como vai senhorita Fray?

–O que faz aqui?- sussurro olhando para os lados.

–Merda- ele olha em volta- Estou perdendo tempo. Vamos.

O garoto dos olhos dourados pega meu pulso e começa andar apressado pela escola. Tento soltar-me, mas ele é forte. Olho para os lados todo percurso, mas não vejo ninguém. E mesmo que visse o que iria falar?

Ele abre uma porta e entra comigo lá. Procura o interruptor e acende uma luz. Reconheço vagamente essa sala.

–O que faz aqui?- pergunto irritada. Parece alguma piada cósmica. Dois meses atrás eu acabei esbarrando nesse garoto, e aqui estou eu com ele em uma sala da escoa, em plena meia-noite.

–Não era eu que vagava pela escola à meia-noite- ele começa a procurar coisas nas gavetas. Fico paralisada, apenas o encarando.

–Na verdade, você está vagando pela escola à meia-noite- retruco. Ele pega algumas coisas e analisa, depois devolve à gaveta.

–Eu não estudo aqui, estudo?- ele nem mesmo olha para mim. –E como não estudo aqui, não preciso seguir as regras.

–Você precisa sair daqui, garoto.

–Jace- ele corrige.

Jace, precisa cair fora daqui agora, ou então...

–Então o que?- ele para e olha para mim. Seus olhos dourados poderiam ser extremamente impressionantes, se não pertencessem a um garoto tão estúpido quanto ele. –No máximo, vou ser retirado daqui, mas e você? Como já disse, eu não estudo aqui. Se chamar alguém, vão te perguntar o que estava fazendo fora da cama.

Quero gritar com ele, mas isso é verdade. Ele volta a fazer o que estava fazendo. Estou prestes a virar as costas e sair dali, quando a porta se abre.

–Mas... –a diretora parece pasma. Meus olhos se arregalam e eu sinto minhas bochechas formigarem. –Os dois, agora para minha sala.

Jace parece andar confiante e inabalável, enquanto eu pareço uma criança assustada. Tentei falar com ela, explicando a situação, mas recusou-se a ouvir uma palavra até ela mandar.

Entramos na sala e nos sentamos em frente a sua mesa de mogno. Jace afunda na cadeira e começa, distraidamente, a olhar as unhas. Como estou na frente da diretora, preciso me lembrar das regras de como se portar. Coluna ereta, mãos na frente do corpo, feições neutras.

–Olha quem volta por aqui- diz ela se acomodando em sua cadeira que parece uma poltrona. Sua voz é fria e me dá arrepios- Jace Wayland.

–Isso mesmo. Já estavam sentindo falta de mim, não?- ele nem mesmo olha para Imogen.

–Pelo que me lembre está com seu tio, um homem severo. Creio que não vai gostar de receber a noticia de sua visita aqui novamente.

Novamente? O que diabos esse garoto faz por aqui? Duvido que esteja namorando uma garota daqui. Ele, com toda certeza, não é o tipo de cara que nenhuma delas suportaria ficar perto por mais de cinco minutos.

–Não estou mais com ele. – seu tom indica que é melhor não tocar no assunto família de novo.

–Agora, diga-me Wayland, o que faz aqui desta vez?

–Aposta- diz ele sem se importar. –Cumpro minhas palavras.

–Do que... Tratava-se essa tal aposta?- ela parece ter uma raiva contida do garoto.

–Você me pegou, certo? Qual a importância disso agora?

–Eu tenho que saber- ela bate a mão na mesa, assustando-me. Jace não fica abalado, mas reprime um sorriso. –Não pense que entra em minha escola pela segunda vez e eu não sou informada o motivo. Agora, diga-me o motivo da sua aposta ou então vou tomar providencias garoto. E não serão agradáveis.

–Tudo bem- ele finalmente olha para a diretora e levanta as mãos, em rendição. –Tinha que entrar aqui e como prova que fiquei mais de um minuto, pegar qualquer coisa daqui e levar comigo. Claro que não iria roubar, estava pesando em pegar um grampeador e trazê-lo de volta.

Ele está mentindo. Claramente estava selecionando o que levar.

–Agora, senhorita Fray- ela se vira para mim. –O que estava pensando ao ajudar esse jovem? Tem alguma coisa com ele?

–Não!- percebo o tom que falei e a cara que fiz, então arrumo na hora. –Não, senhora.

–O que estava fazendo na mesma sala que ele?- eu fico nervosa com sua pergunta tão simples. –Fray?

–E-eu estava indo tomar água, apenas. –ela ergue uma sobrancelha, então suspira e fecha os olhos por alguns segundos.

–Muito bem, senhorita. Qualquer deslize que vier de sua parte terá conseqüências. Somos uma escola séria e exigimos respeito dos alunos. A senhorita está aqui apenas dois meses, não pense que vou deixar de dar uma punição só pelo fato de ser novata. –ela dirige o olhar à Wayland- E caso coloque os pés aqui dentro novamente garoto, vai ser punido. O fato de não ser aluno não te dá imunidade. Agora vão.

Levanto-me e vou em direção à porta.

–E... Clarissa- olho para a diretora.

–Sim, senhora?

–Por não ter avisado diretamente a mim sobre a presença desse importuno rapaz, deixará de visitar sua casa esse final de semana.

O QUE? Sua velha mal amada!

Tudo... Tudo bem senhora.

–Ótimo.

Quando saímos da sala, mantenho o passo firme até o fim do corredor, então me viro e empurro Jace.

–Seu idiota! O que estava pensando quando entrou aqui? E por que me empurrou para aquela sala estúpida?!

–Não precisa ficar nervosinha- ele dá um sorriso travesso e sinto vontade de quebrar todos seus dentes. –Te fiz um favor. Já ficou em uma escola desse tamanho no fim de semana?

–Já- digo encarando-o nervosa.

–Por sua vontade- ele passa o polegar pela sobrancelha- Espere para ver quando você está de castigo. É muito mais divertido. Até mais ruivinha.

–Seu... –não consigo pensar em nada para xingá-lo. –Vá para o inferno.

–Na verdade- ele se vira para mim e caminha de costas- Estou saindo dele no momento. –ele dá uma piscadela e eu mostro o dedo do meio para ele, que ri. Vira-se e vai embora.

Nunca odiei tanto alguém que mal conheço quanto Jace Wayland.


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Notas finais do capítulo

Mereço reviews por isso? :3



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