Contos de Terror escrita por mariechampz


Capítulo 1
Conto 1: Anna, você não está sozinha


Notas iniciais do capítulo

È o primeiro, portanto não está laaaá aquelas coisas já que o escrevi já faz um bom tempinho. ^.^" Enfim, espero que alguém curta.



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                  Anna era uma garota estudiosa, passava metade de seu tempo estudando trancada em seu quarto. Seus pais não tinham do que reclamar era uma boa garota. Em termos. Sim, porque Anna não era uma garotinha normal de treze anos, ela não tinha amigos e não conversava com ninguém. Ficava presa ao seu mundo imaginário de livros e mais livros.

               

                   E isso obviamente incomodava seus pais, já que a garota não aparentava ser feliz. Sequer falava direito.

 

- Minhas canetas! Onde estão?! O que vocês fizeram?! – Rosanna e Eric estavam assistindo TV, os jornais da noite como de costume. Esse era o horário do dia em que a pré-adolescente costumava ficar mais quieta, completamente absorta em seu próprio mundo. Mas esta noite fora diferente. Anna de repente saíra furiosa de seu quarto.

 

- Minha filha! Calma! – Rosanna levantou-se desesperada indo amparar a filha. – Não fizemos nada às suas canetas, que coisa maluca é essa?

 

- Vocês esconderam! Por quê? – A garota não se acalmou, já tinha enfiado na cabeça dela que os pais queriam tirar sua única felicidade. Escrever seus poemas sem pé nem cabeça. Voltara para o seu quarto dando passos pesados, como se quisesse provar que estava realmente furiosa.

 

                       O fato curioso era que, todas, absolutamente todas as canetas e lápis haviam desaparecido do quarto da morena. É no mínimo estranho, não? Sentou-se novamente na sua cadeira em frente à escrivaninha e recomeçara a ler “Fim do Jogo”. Terror era seu gênero favorito.

 

                         Lia para aliviar o estresse, até que a porta de seu quarto começara a se abrir sozinha. De início pensara que fosse sua mãe indo se desculpar. Mas não havia ninguém, então provavelmente era o vento. Porém a cética Anna estava enganada.

 

                         Antes mesmo de se levantar para fechar a porta, a mesma se fechara sozinha. E com uma força descomunal, anormal para um vento que nem estava tão forte assim.

 

                         Piscou várias vezes, desacreditando na cena. Decidiu que iria ignorar e continuaria a ler o livro. Provavelmente era coisa da cabeça dela. Entretanto, a porta se abriu de novo. Causando aquele barulho digno de filme terror, aquele barulho de suspense e até mesmo irritante, fazendo uma pequena gota de suor escorrer pela testa de Anna. E como da primeira vez, a porta se fechou com força novamente causando um barulho estrondoso.

 

   - O.k. já chega, Anna McKinley! Isso não são modos. – Era a voz de Eric, o pai mandão e convencido da garota. Vinha furioso com a filha e se pudesse bateria nela só pra aliviar o estresse do trabalho. Pouco importava se era sua filha ou não.

 

                    Eric abriu a porta feito um brutamonte e assim que viu a filha, proferiu-lhe uma tapa na cara.

 

- Aprenda a não ser mais tola, mocinha. – Falou cheio de si, sentindo-se extremamente bem por ter batido em alguém e depois se retirou do quarto da McKinley.

 

                    Não fazia nem questão de se defender, nunca gostara do pai. Estudava muito para poder ser independente o mais rápido possível.

 

                     Jogou-se na cama, chorando as lamuria. Só parou de chorar feito um bebê quando sua cadeira se moveu sozinha, indo de encontro com a parede. Encarou boquiaberta, os cabelos da nuca eriçados e o coração parecia ter parado por alguns segundos. Era óbvio, Anna não estava sozinha. A cadeira, que era giratória, tratou de girar levemente para o lado. Não dava mais, a garota estava apavorada, estava encolhida contra a parede. Sem voz, desesperada, quem quer que estivesse ali, não queria seu bem.

 

                     Tinha esta sensação lá no seu íntimo.

 

- M-mãe. – Tentou gritar, mas a voz era um mero sussurro fraco e inaudível. O jeito era... Esperar. Pelo o quê? Bom, isso ninguém sabia. Porém mais nada aconteceu naquela noite. Tanto que Anna adormeceu.

 

                                                                  -x-

 

                         Toda vez que Anna chegava do curso do inglês não havia ninguém em casa, era de tarde e seus pais trabalhavam. Não contara pra ninguém sobre acontecido em seu quarto, mas o fato ainda lhe incomodava. Toda a noite parecia que ela estava sempre estava sendo observada. Você com certeza conhece essa sensação cretina de não estar sozinho.

 

                          Andou lentamente pelo corredor que lhe levaria até seu quarto, entretanto algo a impediu de continuar. O quadro que havia ali na parede estava batendo brutalmente contra a parede. Batia freneticamente, como se alguém estivesse fazendo aquilo com raiva. Mas aí é que está a questão. Não havia ninguém.

 

                          A garota de cabelos negros saiu correndo, voltara para sala amedrontada. Havia algo muito errado naquela casa.  Pensou em ligar para os pais, mas não, não queria levar outra tapa do pai ou ver a mãe extremamente preocupada. Não queria dar problemas.

 

                           Ficou parada, deitada no sofá e olhando para o teto. O barulho do quadro já havia parado, e aquilo há aliviara um pouco. O crepúsculo já havia tomado conta do céu, por isso já haviam algumas luzes ligadas, mas para o azar de Anna as luzes começaram a acender e apagar sozinhas.

 

- Meu Deus! Pare! Está me perturbando! – A garota fechou os olhos, amedrontada. Agora tinha mais do que certeza de que estava sozinha. Tinha medo. Não medo de morrer, mas de ser machucada mais uma vez.

 

             E então aconteceu o pior: as luzes apagaram-se de vez e o ar tornou-se mais gélido de repente, tornando-se inclusive mais denso. Não sabia o que fazer, não tinha o que fazer. Suas mãos e pés suavam, estava mesmo suando feito um porco. De medo. Fechou os olhos e apertou as pálpebras com força, tinha uma presença ali. Forte e maligna.

 

                Ainda de olhos fechados pôde ouvir o estrondo de todas as janelas da casa se quebrando. Mas que diabos era aquilo que tinha se manifestado assim tão de repente? Era um espírito pra lá de furioso, que só se satisfaria com a insanidade e o desequilibro de Anna.

 

                  E infelizmente, ou felizmente - isso é você sádico que decide, Anna se viu num estado de puro desespero, com todas aquelas forças inexplicáveis dentro de sua casa, ela achava que a única saída seria se matar. Aqueles gritos de pavor que vinham de sei lá onde, o frio absurdo daquela sala e a sensação de estar sendo observada faziam com que a garota se sentisse um mero rato indefeso em meio ao desconhecido.

 

                   O espírito ficava a cada segundo mais furioso. Foi então que Anna McKinley se decidiu. Foi para o andar de cima da casa, tropeçando e tudo que havia pela frente já que não tinha coragem de abrir os olhos e se matou. Como?

                     Isso ninguém sabe, nem eu mesma sei como ela conseguiu tal proeza. Seu corpo, quando os policiais a encontraram estava todo retalhado. Cabeça, perna e tronco todos separados. Mas os móveis de seu quarto estavam todos fora do lugar e desordenados, desconfio que o demônio que havia ali tenha a ajudado nessa decisão suicida.

 

                       Pois então, você ainda acha que espíritos vêem às nossas casas só pra conversar? Tenha cuidado e, lembre-se: não adianta trancar a porta ou deixar as luzes acesas. Nada os intimida. Sinta o medo e o pavor tomarem conta do seu corpo, porque o dia que você descobrir a presença de um espírito ao seu lado, não haverá nada que você possa fazer. 

 


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Notas finais do capítulo

Bem fraquinho né? Nem dá pra causar um friozinho na barriga, mas vou tentar ousar mais nos próximos, já tenho até ideias. Sim o primeiro foi um caso bem típico, só pra dá introduzida básica. Mas enfim, mereço reviews? ó.ò Beijos!



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