Não Podemos Saber Tudo escrita por Caçadora das Estrelas


Capítulo 21
Novos Olhos Azuis


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, há quanto tempo. Como eu tinha avisado esse mês foi punk kk Eu escrevi uma peça de teatro pro colégio e só isso já ocupou totalmente meu tempo, meu roteiro foi censurado (porque tem muita gente preconceituosa por aí infelizmente) e eu tive que reescreve-lo varias vez, era uma adaptação de a bela adormecida, mas no final deu tudo certo, a gente apresentou, todo mundo adorou enfim kkk graças aos deuses essa função acabou.
Espero que vocês gostem do capítulo muito obrigada pelas sugestões que vocês deram nos comentários eu até salvei algumas aqui na minha pastinha da fic pra não esquecer depois kkk beijos adoro vocês (desculpem qualquer erro ortográfico to escrevendo pelo wordpad pq o microsoft word é pago e o pad não tem corretor)



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Hesitei bastante antes de bater na porta de Soluço, o pensamento de que não era eu que deveria me desculpar ficava berrando na minha cabeça, mas por outro lado eu não quis refletir sobre o lado dele. O que Heather me disse veio à minha mente, bati, Soluço abriu a porta.
– Oi, Astrid. - ele falou baixinho.
– Oi, preciso falar com você. - ele olhou pra dentro de casa. - Vamos conversar aí fora.
– Tudo bem. - respondi. Ele fechou a porta e foi se afastando da casa, eu o segui. Nos sentamos em um tronco caido onde costumamos ficar juntos.
– Soluço, eu conversei com a Heather e ela me disse algo que não havia passado pela minha cabeça quando você me falou tudo aquilo. Bem, acho que me ceguei pela perfeição de Verena a ponto de colocar em minha cabeça que é impossível ela ter qualquer defeito. Mas mesmo assim continuo achando que isso não é motivo pra você evitá-la e... Enfim, quero ajudar você a conhecê-la melhor, mas só se você não ficar tirando conclusões precipitadas, isso é muito irritante! - Soluço ficou me encarando em silêncio por um tempo, e então ele agarrou meu rosto e me beijou. Era um beijo forte, ele pressionava meus lábios a ponto deles doerem, mas era ótimo, estava ótimo. Eu amava aquele garoto como eu amava acordar todas as manhãs com a brisa gelada das minhas terras no meu rosto, como eu amava voar por aí em Tempestade, como eu amava tudo que eu conquistei nesses anos todos. Nos afastamos.
– Desculpe Astrid, eu fui tolo em discutir com você por isso, mas é que eu sou um líder agora, fico me pressionando a desconfiar de qualquer um que seja desconhecido, eu levei muito a sério o que Erick me disse porque temo o quanto disso pode ser verdade, não quero que Berk corra perigo por causa de algum trabalho relaxado da minha parte, entende? Porque não fui atento o suficiente...
– Soluço, você é um ótimo líder! Ouça, você nunca vai ser igual ao seu pai, mas não quer dizer nada, as pessoas te adoram tanto quanto o adoravam! Você está certo, precisa se preocupar, mas também precisa conversar mais com Verena, não só com ela, com Naldo e Brenna também, vamos conhecê-los melhor, vou te ajudar a provar que não há de errado com nenhum deles, ok?
– Ok, obrigado, não sei o que faria sem você... - o interropi com um abraço apertado.


***


Estávamos conversando tranquilamente em uma roda, eu, meu irmão e Verena. Até que ouvimos um barulho, como de algo pesado caindo no chão, vindo de tras de uma das casas.
– Deuses, o que foi isso? - Naldo perguntou.
– Vamos lá ver. - falei. Corremos na direção de onde o barulho tinha vindo.
Atrás da cabana encontramos um Nadder Mortal de coloração roxa cutucando algo no chão, com o focinho. Aproximamo-nos, lentamente, consegui ver o que o dragão tanto fucinhava, era uma garota, deveria ter por volta de nossa idade, palida e muito magra, tinha cabelos de um tom caramelo, cortados um pouco abaixo do queixo. Vestia trajes negros, uma saia na altura do joelhos, botas de cano longa, um colete de couro e, pelo jeito, estava desmaiada.
Verena também se aproximou da garota, pois os dedos sobre seu pescoço.
– Ela está viva, certamente não é daqui, precisamos buscar ajuda. Naldo, por favor, chame Soluço e os outros. - falou a dona dos cabelos longos.
– Tudo bem. - meu irmão saiu correndo.
– Como ela veio parar aqui? - perguntei me ajoelhando ao lado de Verena.
– Olhe, este dragão está celado, esta deve ser sua dona, ela deve ter caido, por sorte sobreviveu e não consigo notar nenhum ferimento. Foi muita sorte...
– Você não consegue ajudá-la?
– Ela não tem nenhum ferimento físico, meu poder de cura não tem utilidade nessa situação.
– Mais uma cavaleira de dragões? Deuses, essa moda pegou, não é? - comentei, Verena soltou uma risadinha.
– Na verdade isso é bom, quanto mais cavaleiros menos dragões sofrendo nas mãos dos homens. - ela respondeu. Levantei-me e fui acalmar aquele Nadder Mortal que não sossegava um segundo. Era um macho, forte, saudável e dócil, deixou que eu o tocasse sem hesitar, acariciei seu focinho, delicadamente, uma energia forte passou pelo me corpo quando o toquei, morna, aconchegante.
– Está tudo bem, ela está bem, cuidarei dela. Shhh - sussurrei para o animal, que instantaneamente tranquilizou-se.
Ouvi passos de várias pessoas se aproximando, pelo lateral da casa surgiram Naldo, Astrid e Soluço juntamente com aquele tal de Bocão.
– O que aconteceu com ela? - Soluço perguntou.
– Verena acha que ela caiu do dragão. - respondi.
– A garota está ferida? - Bocão perguntou.
– Não, só desmaiada. - Verena respondeu.
– Para onde podemos levá-la? - perguntei.
– Vamos levá-la para minha casa, quando acordar a interrogamos. - respondeu Astrid. Soluço lançou um olhar estranho para ela, consegui ouvir a loira falando baixo para o namorado:
– Precisamos ajudá-la, não podemos largá-la aí, depois confirmaremos quem ela é.
Bocão pegou a garota no colo com facilidade, o Nadder Mortal nos seguiu até a casa de Astrid e fez mensão de entrar.
– Nananinanão! Você fica aqui fora amiguinho, já vamos trazer sua dona de volta. - ordenei, ele obedeceu. Entramos na casa de Astrid, a última vez que havia estado lá foi quando a própria levou aquela flechada.
– Ponha ela aqui. - disse a loira, indicando uma longa bancada de madeira, Bocão colocou a menina sobre a superfície de madeira. Astrid foi até uma estante e apanhou um frasco de vidro verde, destampou-o e automaticamente um odor insuportável chegou ao meu nariz.
– Pelo amor de todos os deuses de Asgard que cheiro é esse? - Verena reclamou, pressionando o nariz.
– Eu sei, é horrível, mas acorda qualquer um. - Astrid respondeu, colocou o frasco sob o nariz da menina desmaiada, depois de alguns segundos a menina se virou de lado e começou a tossir freneticamente. A loira afastou o frasco, o tampou e colou-o de volta no seu lugar.
A tosse da menina foi parando aos poucos e ela se sentou.
– Onde, onde eu estou? - perguntou, abrindo os olhos e revelando uma cor azul clara, quase branca, linda.
– Você está na ilha de Berk. - respondi, aproximando-me. - Como se chama?
– Alvina.
– Brenna. - apartei sua mão. - Você consegue se levantar, Alvina?
– Acho que sim. - ajudei-a a descer da bancada, ela se manteve em pé.
– Oi, me chamo Astrid, você está bem? - a loira perguntou.
– Sim, só estou confusa, a última coisa da qual me lembro é de estar caindo do meu dragão e... Onde está meu dragão? - ela perguntou um tanto desesperada.
– Calma, seu Nadder Mortal está lá fora, não saiu do seu lado nem por um segundo. - respondi. Ela suspirou, aliviada.
– De onde você é, Alvina? - Astrid perguntou.
– Sou de uma ilha pequena chamada Knut, não fica muito longe daqui eu acho, eu fugi.
– Por quê? - perguntei.
– As pessoas lá não me aceitam bem muito menos o fato de eu montar dragões, ameaçavam matar Óliver, meu dragão, então eu fui embora. Mil vezes Óliver do que todos aqueles vikings juntos.
– Compreendo. - respondi. - Mas pra onde você pretende ir?
– Bem, eu só peguei meu dragão e parti o mais rápido o possível, não tenho nenhum lugar em mente.
Fui até Soluço, não conversava muito com ele, mal nos falávamos na verdade, mas precisava pedir isso a ele, por algum motivo, precisava convencê-lo por mais desconfiado que ele parecesse estar.
– Soluço, desculpa te pedir isso, você já nos aceitou aqui sem nos conhecer, mas teria como ela ficar aqui por enquanto? Eu converso com ela, se Alvina apresentar qualquer atitude suspeita pode expulsa-lá...
– Brenna, é claro que eu permito, essa garota está perdida demais pra representar qualquer ameaça, só vamos ficar de olhos abertos, tudo bem?
– Tudo bem. - Soluço se dirigiu a Alvina:
– Oi, sou Soluço. - cumprimentou-a.
– Olá.
– Se quiser pode ficar por aqui. - ele disse.
– Deuses, muito obrigada mesmo, juro que retribuo o favor.
Me aproximei da garota novamente, olhei-a dos pés a cabeça, era um pouco mais baixa do que eu, seus cabelos caiam sobre o rosto emoldurando-o delicadamente, ela era tão magricela que parecia que poderia quebrar a qualquer momento, mas era bonita. Reparei no pingente pendurado no seu pescoço, era um símbolo bem conhecido por mim e por meus amigos, me assustei.
– Alvina... - chamei.
– Sim?
– Qual é o seu sobrenome?
– Ah, Sangue Bravo. Sou Alvina Sangue Bravo.


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Notas finais do capítulo

Comentem por favor :3



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