–E qual é? -Sparrow estava um tanto confuso
–Bem, -andava pela sala enquanto respondia- existe, não muito longe daqui, acho que meia hora ao sul, uma ilhazinha, se chama "Din", foi onde Eldingo nasceu. Nessa ilha existe uma fortaleza, todas as almas de pessoas que morrem ou morreram por culpa dele, vão direto para lá, tem também uma vila mágica, onde fazem diversos tipos de poções, se vocês conseguirem chegar até lá, devem encontrar uma poção azul com espumas, chamada Dinção, ela mata o Eldingo, seu tripulantes e seu navio, todos que estiverem a bordo, vão direto para a fortaleza.
–Então, -o capitão resumiu- vamos para a ilha, pegamos a poção...
–Jogam nele -completou Tia Dalma- e ficam livres disso.
Os marujos de Sparrow, incluindo Angélica, voltaram para o Pérola, o capitão combinou:
–Gente, vamos fazer o seguinte, com o Pérola vamos até essa ilha, Wil desce e consegue a poção...er...Dinção... Os outros esperam aqui, quando estivermos em alto mar, o navio fantasma virá nos buscar, enquanto eu distraio Eldingo, Angélica pega o bote, dá meia volta e entra no navio, ele vai virar para vê-la, nesse tempo, Wil pula na água para distrai-lo, Eldingo virá para a ponta de seu navio curiosamente. Depois, eu jogo a poção perto dele, porém, não para pegar nele, só perto, Angélica pega a poção, aproveita que ele estará debochando e joga nele!
–Ótimo- Wil disse- mas, por que eu tenho que buscar a poção?
–Para compensar seus erros!
–Está bem...
Em exatamente meia hora, estavam na frente da ilha, já era quase noite, Wil desceu rápido e correu para uma das direções.
Os outros foram descansar, a maioria torcia para ele voltar.
No quarto de Sparrow, porém, estava Angélica que se escondeu lá até ele chegar.
Quando chegou, ela fechou a porta e disse olhando para a cama:
–Me desculpa?
–Acho que sim.-Respondeu também olhando
–Vamos?-Olhava para ele e para a cama repentinamente
–Pode dormir aqui, comigo.-Respondeu sorrindo e fingindo que não entendeu
Angélica jogou-o na cama e foi também.
Enquanto isso Wil na ilha, andou apenas alguns quilômetros e encontrou um vilarejo, entrou em algumas lojas que estavam escrito:"Poções e caldeirões" e/ou "Instrumentos mágicos".
Nenhum vendedor sabia dá tal Dinção, mas, todos tentavam-no vender uma poção branca chamada Sãodin.
Cansado e faminto, Turner, entrou em um restaurante chamado:"Artigos mágicos", pediu a primeira coisa do cardápio, espeto de porco, e pagou com uns quatro xilens.
Comeu de forma bem conveniente e informal, depois, dirigiu-se até a cozinha para informar o chefe que não havia pedido seu porco com molho.
Quando chegou na cozinha, viu um monte de caldeirões fervendo e mulheres mexendo, porcos sendo cortados vivos e pequenos cogumelos na salada. Um homem usava um crachá, escrito "chefe Guin":
–Com licença, -Wil teve coragem de puxar conversa- você é quem faz o porco?
–Não! -respondeu espantado- Eu não faço o porco, apenas mato, frito, asso ou sei lá o que, e depois coloco no espeto!
–Er...Sabe eu não pedi com molho! Ficou com gosto...Diferente...-reclamou Wil um pouco insensivelmente
–E sabe eu não pedi sua opinião.-Retrucou incomodado
–É mas, o cliente tem que dar a opinião!-Argumentou Wil
–Hum..
–Do que é feito aquele molho?
–A pasta branca no porco?
–É...o molho.
–Ha! Você está falando disso! Bem, é feito de suco dos amarelos cogumelos da fortaleza, cogumelos vermelhos, ácido de sódio, corante com extrato de cafeína, uma pitada de Dinção e água morna.
–Vocês têm Dinção?!
–Claro, todos os restaurantes têm!
–Podem me dizer onde encontrou?
–Eu fiz! Por que? Precisa disso?
–Sim! Me dá uma poção?!
–Não, você foi amaldiçoado? Ou é de um restaurante vizinho?-Falou com desgosto
–Nenhuma dessas opções correspondem a minha realidade, -tentou mentir complicadamente- eu sou um alquimista, ou melhor, quase, a única poção que não sei fazer é essa! Com base em uma que já exista pretendo conseguir criar a minha!
–Ok, tragam uma garrafa de Dinção!
–Obrigado!
–Lembre-se! -Falou lhe entregando- Só porque o porco estava com gosto ruim!
–Obrigado!- Turner repetiu
Wil pegou e voltou correndo para o Pérola.
Agora, era só esperar o dia seguinte, virou o navio para alto mar e foi dormir.
Sparrow, acordou com a virada brusca, Angélica dormia em seu ombro, entre seu tórax e seu braço, dormia como um anjo.
Jack, já estava com câimbra de ficar só naquela posição, mas, não queria sair, acariciava com a outra mão os cabelos de Angélica.
O sol raiou, cada um, com exceção de Jack e Angélica, foi para seu posto.
Angélica acordou, abriu os olhos suavemente e olhou para ele, sorriu e se acomodou.
Sparrow fez uma expressão indecifrável e quebrou o silêncio:
–Bom dia, amor.
–Jack...bom dia.
–Capitão! Acha que só porque fizemos isso pode me chamar de "Jack"?
–É o seu nome, capitão.
Então ouviram um barulho de bala de canhão, Sparrow se levantou apressado, seu braço com câimbra estava um pouco avermelhado, vestiu-se assim como Angélica e quando estava para abrir a porta, recuou dois passos, após voltar uma bala de canhão passou entre ele e Angélica, destruiu a porta e a cama.
Ainda assim, Sparrow e Angélica correram para realizar o plano.
Wil entregou a poção para Jack, Angélica usou o bote para entrar pelo outro lado no navio:
–Oi, Eldingo!-Sparrow distraia
–Olá, Jack Sparrow.
–Er...capitão!
–Escolheram a maldição?
–É...Quem aquela ali?-Apontou para Angélica
Enquanto Eldingo se aproximava da intrusa, Wil pulou na água.
Eldingo correu para a ponta, tudo corria bem, no exato momento que abaixou a cabeça para ver quem estava na água, Sparrow, jogou a garrafa com Dinção perto do braço de Eldingo, e Angélica a pegou:
–Seu inútil desperdiçou a única chance de não ser amaldiçoado! Todos morrerão por sua culpa!-Eldingo debochou
Dito isso Angélica jogou a poção no Eldingo.
–Começando por você!-Sparrow retrucou
Todos do navio começaram a desaparecer, inclusive Angélica.
O capitão se esticou e gritou desesperado:
–Segura minha mão!