Sunshine Camp escrita por St Clair


Capítulo 5
Fogueira


Notas iniciais do capítulo

FINALMENTE TEMOS TODOS OS ACAMPANTES! o/
E FINALMENTE VAMOS CONHECER AS EQUIPES! o/

(não vou falar nada agora, deixa tudo pras notas finais, mas LEIAM!)



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Thomas L’Amberg

– Não sei por que raios papai e mamãe me deixaram como sua babá hoje! – Dinnah reclamava ao volante, fazendo uma careta engraçada.

– Talvez por que eu não pudesse ficar com o carro no acampamento e você fosse a única pessoa disponível para me trazer? – Respondi, rindo.

– Aham, por que ter que acordar cedo e dirigir por horas é tão emocionante! – Murmurou ela, desviando a atenção por tempo suficiente para mostrar-me a língua.

– Ah, qual é Didi, vai me dizer que não é a melhor coisa do mundo poder passar um tempo ao lado do seu irmão preferido? – Brinquei, piscando para ela, que me olhava com uma carranca.

– Com certeza! Melhor ainda é ter um penhasco bem ao lado para poder empurrar ele ladeira abaixo! – Ela piscou de volta e ambos rimos.

– Acho que é ali! – Apontei para o portão amarelo vivo, com um senhor de chapéu parado bem à frente.

– Tem certeza, Tom? Não tá com muita cara de acampamento infantil...

Desconsiderei a piadinha dela e abaixei o vidro do carro:

– Com licença, aqui é o Acampamento Sunshine? – Perguntei ao senhor bigodudo, que me olhou estranho.

– Acampamento Sunshine? Mas ocê tá longe pra mais de metro! – Ele colocou uma mão sobre a barrigona e riu. – Todo ano tem um que pega a saída errada da rodovia e vem parar na minha roça! Se ocê quiser passar as férias tirando leite de vaca, seja bem vindo, garoto!

– E o senhor sabe como fazemos pra chegar lá? – Minha irmã perguntou.

– Sei sim senhora! Ocês vão ter que fazer o contorno aqui e voltar pra rodovia. Andar por mais uns quilômetros e só sair quando avistarem a placa em formato de sor, sabe, Sunshine, né? – Comentou ele, rindo de sua própria piada. – Aí ocês vão seguir por aquela estrada e logo vão ver, perto do mar, a porteira do acampamento!

– Hã... Muito obrigada! – Agradeci, meio confuso.

– Não tem de que! – O senhor respondeu, ainda rindo.

– A gente nunca vai chegar no horário! – Dinnah falou, olhando para o visor do celular.

– Bom... Uma hora a gente tem que chegar, né? – Falei, sorrindo meio amarelo.

Ethan Fewlt

– Comporte-se Ethan! – Foram as únicas palavras que meu pai disse, no banco do motorista, sem se virar para trás.

Não respondi. Apenas peguei minha mochila e bati a porta do carro, que saiu em disparada assim que eu coloquei os pés para dentro do portão velho de madeira.

Olhei no relógio, já era quase meio-dia. Eu estava atrasado. “Foda-se”, pensei, encostando-me ao portão, onde eu acreditava que ninguém poderia me ver, e acendi um cigarro.

Metade do cigarro já havia virado fumaça quando uma garota apareceu por dentre as árvores:

– Ei, você! Não pode fumar aqui! – Ela fazia uma careta.

– Sério?! Não vi nenhuma placa a respeito. – Disse, indiferente.

– Mas não pode! – Relutou ela. – Uma faísca e você pode provocar um incêndio, sabia? Têm árvores ao redor!

– O que seria uma pena, não? – Ironizei.

– Olha, se você não se importa, eu me importo! – Reclamou ela e se aproximou de mim, provavelmente esperando pegar a bita de cigarro em minhas mãos.

– Calma, calma aí gatinha. Não sou fácil assim. – Ri, piscando safado para ela.

–Argh! – Bufou a menina. – Se você quer acabar com a sua saúde, faça como quiser! Só não destrua o meu acampamento!

– Opa, opa. Seu acampamento? – Soltei uma gargalhada. – Desculpa, moça!

Ela parecia ter ficado mais nervosa ainda, mas contentou-se em apenas revirar os olhos.

– Posso saber quem é você? – A garota perguntou depois de um tempo considerável.

– Ethan Fewlt. – Respondi, terminando com o meu cigarro.

– Caso não tenha notado, está atrasado! – Ela era seca. – Então, por favor, entre de uma vez!

Joguei a mochila nas costas e joguei a bita de cigarro em um canto qualquer. Aquele acampamento seria um inferno!

América Parker

– Graças a Deus chegou mais um! – Falei, já impaciente, ao ver um menino entrando e seguindo pelo caminho que Savannah indicava.

– Idiotas! – Reclamou ela.

– O que aconteceu? – Perguntei,

– Um babaca, esse aí! – Ela apontou para o garoto que havia acabado de passar. – É melhor ficarmos de olho nele.

– Eu ficaria de olho pelo tempo que precisasse... – Comentei, afinal, ele era um gato!

– América! – Ela me repreendeu. – Não é esse ficar de olho que eu estou dizendo!

– Ai, ai... Ok! Já entendi! – Reclamei.

– Quem falta agora? – Chris perguntou.

– Uhm... Deixa eu ver... – Falei. – Qual era o nome daquele ali mesmo?

– Ethan Fewlt. – Savannah respondeu, meio à contra-gosto.

– Então agora só falta o... – Ia dizer, mas fui interrompida por uma batidinha na porta.

– Com licença. Sou Thomas L’Amberg. Desculpa o atraso. É que eu me perdi e acabei entrando no... – O garoto dizia.

– Relaxa, não precisa se explicar. Só seguir por esse caminho! – Chris o interrompeu também, mostrando-lhe a fogueira.

– Ainda bem! Comida! – Chris sussurrou assim que o garoto saiu, fazendo com que todos ríssemos.

Savannah Parker

Ainda um tanto irritada com o que tinha acontecido momentos antes, fui até a sala do papai para chamá-lo. Finalmente a fogueira começaria!

– Todos já chegaram? – Perguntou-me ele.

– Sim senhor! – Respondi.

– As malas já foram levadas?

– Uhum.

– Já avisaram na cozinha para irem organizando o almoço?

– Chris fez isso.

– Já chamaram a sua mãe?

– América foi lá.

– E a lista das equipes já foi impressa?

– James acabou de fazer.

– E...

– Papai, está tudo sob controle! – Apressei-o. – Só falta o senhor pra tudo começar!

– Ok, querida! Obrigado! Já estou indo!

Respirei fundo, rindo. Só papai mesmo!

Fui até a fogueira, todos os lugares ocupados, tanta gente nova! Comecei a ficar ansiosa, querendo logo que tudo começasse e descobrir quem seria da minha equipe...

– Cade o papai? – América perguntou, encostando-se na parede ao meu lado.

– Tá vindo, e a mamãe?

– Também!

Não demorou nem cinco minutos para que os dois já estivessem ao centro da fogueira. Papai com sua camisa clara e mamãe com seu vestido bonito, apesar dos anos eles ainda sorriam tanto ao lado um do outro como se a paixão da adolescência jamais tivesse passado! Se eu tivesse sorte, um dia seria assim...

– Sejam todos bem vindos! – Papai começou. – Sou George Parker, dono deste acampamento e esta é minha esposa, Anna Parker, minha fiel escudeira! – Alguns soltaram uns risinhos. – Antes de mais nada, gostaria de passar algumas regras importantes:

1- É proibido zanzar pelo acampamento depois da meia noite, a não ser em dias festivos, quando o toque de recolher passa para as duas da manhã;

2- Os horários de alimentação são bem rígidos: o café da manhã é servido pontualmente às oito horas, o almoço ao meio dia e o jantar às oito da noite. Haverão horários de lanche às dez da manhã e às três da tarde, não se atrasem;

3- Os quartos são privados, você só tem permissão para entrar no seu próprio, sendo qualquer outro expressamente proibido;

4- Como alguns de vocês devem ter percebido, os celulares não pegam por aqui, portanto não há necessidade de usá-los;

5- Sempre que ouvirem uma sirene tocando, é bom ficarem atentos, pois será dado algum comunicado no alto falante, seja um recado comum ou a instrução de onde devem ir;

6- As provas são sigilosas até mesmo para seus monitores e ninguém sabe quando ocorrerão, por isso, repito, fiquem atentos à sirene e ao alto falante;

7- Os monitores decidirão qual é a melhor forma de treiná-los, por isso é muito importante que sigam as regras impostas por eles e compareçam em todas as suas atividades. O comportamento de vocês também será avaliado.

– Nossa, da onde o papai tira tantas regras? – James sussurrou para mim.

– Shiu! – América reclamou. – A parte legal está chegando!

– E por fim... – Papai disse. – O que vocês tanto aguardaram! A divisão das equipes! – Os burburinhos tomaram conta do local e papai pacientemente sorriu e aguardou que eles acabassem. – Quero apresentar antes de mais nada nossos monitores: na equipe dos Trovões estão Savannah e James Parker! – James segurou minha mão e me puxou até o centro da fogueira. – Enquanto na equipe das Tempestades estão América e Christopher Parker. – Chris e América fizeram o mesmo. – Meus filhos!

Sorri, um tanto constrangida por todos os olhares estarem direcionados a nós.

– Vou chamar nome por nome e peço que, ao ouvirem seu nome, sigam para a equipe designada. – Papai pediu.

Olivia Becker

Minhas mãos suavam. Olhei discretamente para as pessoas ao meu redor, pensando em quais delas viriam a ser da minha equipe. A ansiedade dominava, prestei total atenção ao homem que estava parado ao centro da fogueira.

– Abbie Robbs. – Chamou ele. – Tempestades!

Uma menina ruiva, com o rosto corado, levantou-se e segui em direção à loira e ao moreno parados ao lado esquerdo do Sr. Parker. Ambos a cumprimentaram, sorrindo.

– Brandon Iniesta Sweeger. – Olhei para o garoto, que já estava de pé. Era o tal astro teen. – Tempestades!

A ruiva, Abbie, que já estava atrás de um dos monitores, corou mais ainda. Senti uma espécie de compreensão por ela, pois eu estaria do mesmo modo se tivesse de ficar ao lado daquele garoto. Céus, ele era lindo!

– Charlotte Jones. Tempestades.

A garota levantou e sorriu, não parecia tão tímida quanto a primeira e logo já estava cumprimentando os dois monitores. Os monitores da outra equipe pareciam desapontados por ainda não conhecerem nenhum dos componentes dos Trovões.

– Clarice Coelho. Trovões.

A menina sorridente levantou-se calmamente e caminhou até os dois irmãos. Era a primeira daquela equipe, o que fez com que os monitores sorrissem calorosamente para a garota.

– Damon O’Neal Jr. Trovões.

Um garoto levantou-se assustado, parecia distraído. Guardou rapidamente o que eu achei que fosse um bloquinho em seu bolso e caminhou na mesma direção que a outra garota, a qual sorria para ele também.

– Emerson Watters. Trovões.

Pelo visto os Trovões estavam com uma maré de sorte, os últimos três foram selecionados para lá. Maldito momento em que minha mãe resolveu me dar um nome com uma das últimas letras do alfabeto, aquela demora estava me matando!

– Ethan Fewlt. Tempestades.

E não é que a seleção tinha lá uma sequência?! Um garoto extremamente bonito, mas de cenho tão arrogante quanto, levantou-se e seguiu para sua equipe, cumprimentando-os apenas com um aceno de cabeça.

– Ivvy Mongtmerry. Tempestades.

A morena levantou-se e correu ao encontro da amiga, Abbie. Aparentemente tinham tido a sorte de caírem juntas.

– Justin James Walker Cook. Tempestades.

Aquela lógica estava me saindo um tanto quanto estranha, mas eu tinha um pressentimento de que o próximo participante seria dos Trovões.

– Lyanna Ivanovich. Trovões.

E não é que eu acertei!?

– Mackaria Bawrning. Trovões.

“Bom, o próximo também vai ser dos Trovões, aposto!”, pensei.

– Olivia Christine Becker. Trovões.

Sabia que eu ia acertar. Não, pera! Sou eu!

Levantei-me num pulo, meio desconcertada, e caminhei em direção aos irmãos sorridentes.

– Seja bem vinda! – Disseram ambos a mim em um tom baixo. Sorri como resposta e me coloquei atrás deles, esperando pelo último componente da equipe.

– Thomas L’Amberg. Tempestades.

Um dos garotos sentados no tronco levantou-se e caminhou até o time oposto, restando apenas um deles, que sorria meio desconcertado, já sabendo para onde iria.

– E por último mas não menos importante, Willian Jones. Trovões.

O moreno levantou-se e caminhou até nós.

– Com todas as apresentações feitas, peço que os monitores encaminhem todos os acampantes para o refeitório onde o almoço já está sendo servido. Em seguida, por favor, mostrem-nos os chalés!

Dito isso o Sr. Parker e sua esposa saíram do local, deixando-nos aos cuidados de nossos monitores. James virou-se para nós e sorriu, dizendo:

– Bom, sejam bem-vindos aos Trovões. Sou James e essa é a Sav, seremos seus monitores nesse verão.

– Ah James, chega de formalidades! – A irmã deu-lhe um leve tapa no braço, fazendo com que alguns de nós ríssemos um pouco. - Então, ainda estamos bolando alguns treinamentos pra vocês, mas no que precisarem, podem perguntar para nós! Nos falamos melhor no chalé, porque eu não sei de vocês, mas eu estou morrendo de fome!

Todos assentiram. Eu, por sinal, já estava ouvindo minha barriga roncar em aprovação.

– Estou tão ansiosa! – Uma menina comentou ao meu lado.

– Nem me fale! – Respondi. – Mas acho que agora a fome está maior! – Brinquei, fazendo-a rir.

– Sou Clarice.

– Olívia.

Willian Jones

– Sem discussões agora, a única ordem é ATACAAAAR! – Falou América, nossa monitora, assim que o Sr. Parker nos deixou sozinhos. Acabei rindo, a garota parecia ser bem engraçada.

Caminhamos até o refeitório em grupo, aproveitei para olhar melhor os meus colegas de equipe. Como minha irmãzinha não havia caído junto comigo, aquela seria uma guerra boa.

– Aceita batata recheada? – Perguntou uma senhora gorducha à menina que estava na minha frente na fila. Reconheci-a apenas de vista, se eu não me engano se chamava Lyanna, seguido por um sobrenome russo.

– Não, obrigada.

– Pega pra mim. – Sussurrei para ela, mesmo sem conhecê-la, ela era da minha equipe! Precisávamos começar a desenvolver o espírito de equipe!

– Uhm, quer dizer, quero sim! – Ela se apressou em dizer à senhora, que apenas riu.

Brandon Sweeger

– E pelo Japão? – Charlotte, uma das meninas da minha equipe, se empolgava.

– Também, é bem legal. – Respondi. Não queria ser grosso, mas era um tanto quanto desconfortável ficar falando sobre turnês e afins, por um momento eu queria ser apenas mais um acampante.

– Deixe o menino almoçar direito! – América, nossa monitora, se intrometeu. – Ele mal consegue respirar com tanta pergunta!

Ela dizia isso num tom engraçado, o que fez com que a garota que me questionava antes apenas sorrisse e voltasse a comer, como se fosse esperar para continuar o questionário mais tarde. Mas por aquele momento, eu apenas queria agradecer à nossa monitora.

– Você já foi escoteira? – Perguntei à garota ruiva de bochechas coradas que se sentara pouco depois de mim.

– Já sim, quando eu era pequena... – Respondeu ela depois de algum tempo, mas incrivelmente ela não me encarava diretamente. – Por quê?

– Seu colar, é um nó de escoteiro, não? – Comentei.

– Uhum, é sim... Ganhei da minha avó quando me formei nos escoteiros mirins... – Ela falava baixo e suas bochechas adquiriam uma intensa tonalidade de vermelho.

– Eu também já fui escoteiro... Mas não cheguei a me formar... – Falei.

– Por quê?! – Uma garota, provavelmente amiga da ruiva, perguntou. Ela era morena e tinha intensos olhos verdes.

– Nunca aprendi a fazer um nó de escoteiro... – Respondi calmamente, um pouco constrangido.

– A Abbie sabe, né Abbie? – A morena perguntou. Abbie, então era esse o nome da ruiva.


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Notas finais do capítulo

PERGUNTA DO DIA: (lembrando que, por favor, coloquem o nome do seu personagem pra ajudar a titia!!)

—> Qual par vocês acham que vai ser o primeiro a se formar? (independentemente de ser seu personagem ou não!)

**
Um aviso: um dos pares eu já decidi muahahahaha'
O que acharam desse capítulo?! E dos novos dois personagens?! Peço desculpa aos que não apareceram, alguns pode ter sido por falta de comentários, outros podem ter sido porque, como já apareceram no capítulo anterior, resolvi dar uma atenção a outros que comentaram também e ainda não apareceram.
E a quem deixou de comentar em algum capítulo, POR FAVOR, volte lá e comente! Vai ser importante para a sua equipe e vai contar muito para seu personagem! Devo lembrar também que Favoritar e Recomendar contam muito! Vai estar valendo pontos extra para seu personagem e sua equipe!
Bom, o tiro de largada já foi dado! No próximo capítulo vamos conhecer um pouco mais o entrosamento das equipes e, logo logo, vai vir a primeira prova por aí! Aviso desde já que elas não vão ser sempre seguidas (pra eu poder contabilizar os comentários até então e ver quem vai ganhar!). AVISO: Os comentários até o dia da prova contarão pra saber qual equipe ganhará a primeira prova, então como eu já disse, se não comentou em algum capítulo, COMENTE! Vai ser importante pra sua equipe!
Por hoje é só, estou louca pra saber o que vocês acharam até agora!
Beijo beijo

PS: Juro que a ordem das equipes não foi proposital, eu separei antes e só quando coloquei em ordem alfabética que percebi aushuas'