A Caryn e o Cam simplesmente sumiram.

O que eu acharia normal se não tivéssemos todos em perigo na casa do grande vilão.

Eu e Dexter éramos apenas um dos reféns de Drakon. Ele estava nos usando para atrair a Bev e a Caryn. A mamãe era que atrairia o papai e nos três. Estão ele acabaria com todos os Bloods e remanescentes Bloods de uma única vez. A Bev e o Alef eram as partes mais complicadas. Eles juntos eram poderosos e letais, separados se tornavam frágeis e incompletos. Um nunca saberia viver sem o outro e a maior tacada do Drakon seria neles. O grande ponto alto da noite seria o golpe de mestre que Drakon faria contra eles. Ele só precisava matar a Bev ou o Alef para um perder totalmente a noção, e morrer em poucos minutos. Depois vinha a Caryn e o Cam. A Caryn tinha a plena capacidade de controlar o Cam, que poderia convocar todos os sadics lobos da face da terra com um único uivo. Lobos e presais não se dão muito bem. E seria uma batalha feroz. Com o Cam motivado, os lobos bem provavelmente ganhariam. Isso se não fosse pelo fato da Caryn ser um pouco frágil. E se ela estiver grávida mesmo a jipiroca vai piar até ficar rouca. O Drakon precisaria só ameaçar a Caryn e o Cam passaria a comer na mão dele. O Dexter e eu de longe somos os menos frágeis, se não fosse pelo fato que passamos mais tempo discutindo e qualquer coisinha faria um lutar contra o outro. Para ganhamos do Drakon precisaríamos se torna uma única e imprevisível mente. O que seria difícil. A Bev não tem muito controle com a sua ligação com o Alef e eles teriam que expandir essa ligação a um ponto que poderia desacorda ambos.

–Angie acalme-se.

Pediu Dexter, apertando um pouco minha mão. Tínhamos saído para Cam e Caryn ficarem sozinhos e eles somem. É claro que estou super tensa. Ainda mais porque se a Caryn cai nas mãos de Drakon ferra tudo.

–Ei, Angel, por que esta tão tensa?

Perguntou Cam tão zen que até dava raiva. E eu aqui, quase roendo as unhas bem feitas que Michelle teve tanto trabalho para fazer.

–O que aconteceu com vocês?

Perguntei de maneira grossa. Que caras de relax total era aquela? Nós aqui no covil do vilão dando sopa de aviãozinho e eles conseguiam manter toda aquela calma. Isso sem contar que eles estavam molhados e sujos de terra. Cam estava parecendo algum fugitivo de catástrofe natural, todo acabado. E os pés e vestido da Caryn estavam sujos de lama. Eu acho que é esse relaxamento todo é só para me dar em todos os nervos. Só pode ser.

–Estamos bem Angie. Só relaxe.

Pediu Caryn, segurando a mão de Cam. Eu não sei se acho isso muito fofo ou estranho. Vou achar fofo, estou no mesmo caminho.

–Dexter, relaxe a garota.

–Como?

Perguntou Dexter confuso e me deixando confusa. O como era uma pergunta de como ele me relaxaria ou era uma pergunta do tipo, “esta de brincadeira?”.

–Não inventa Cam, não é hora para isso. E eu já estou com problemas de mais com a Caryn e a Bev esta indo no mesmo caminho. Eu prefiro que a Angel fique um anjo por um bom tempo.

Pediu Ítalo de mal humor. Não sei o que a Bev e o Alef aprontaram mas deve ter sido serio o suficiente para acabar com o dia dele.

–Do que vocês...Aaaaaaaah. Cam você é um tarado.

Comentou Caryn, entendendo antes de qualquer um. Eu nunca fiqui tão parecida com um pimentão na vida. Que família sem tabus é essa que foram me arranjar?

–É mesmo. Um tarado que você vai ter que conviver pelo resto da vida.

Concordou Ítalo rodando a taça que estava em sua mão.

–Com muito prazer.

Concordou Caryn dando de ombros e com cara de safada. Meu Deus! O que fizeram com minha irmã? Quer dizer, a Caryn sempre teve cara de safada, mas parece que de uns dias para cá piorou. Culpa do macho alfa supremo Cam.

–Vocês são dois devassos.

Comentou Dexter balançando a cabeça. Por sorte eu fiquei com o único santo Garden que existe. Apesar de que ele não é tão inocente assim. Mas mesmo assim.

–Pode ter certeza.

–Você não esta muito atrás Alef.

Avisou Ítalo.

–Eu sou um anjo.

–Só tem as asas de um anjo. Você é um pervertido.

Disse Bev revirando os olhos. Se a Bev estava falando isso deveria ser verdade. Alef deu um sorriso maroto para ela, que ficou tão derretida quanto queijo na brasa.

–É um pervertido que ainda vai me dar muito prejuízo.

Concordou meu pai, finalmente bebericando o vinho tinto. Ele estava desde que chegou com aquela taça na mão.

–O que foi que eles fizeram?

Perguntei curiosa. Eu já tinha uma idéia, mas nada como meu pai para confirmar. Ele era um omitido, mas tava de tão mau humor que estava difícil dele mentir.

–Só transformaram um quarto de um bilhão de dólares em um lugar que parece que um grande furacão passou.

Respondeu Ítalo fazendo uma pequena careta. Minha boca caiu em exclamação. A Bev e o Alef ficaram tipo bem vermelhos. Eles tinham destruído o quarto? Tipo a Bev e o Alef destruíram um quarto. Estou passada.

–Bev, Bev, Bev você esta acordando o lado Cam do Alef.

Comentou Dexter.

–Porque o lado Cam?

Perguntei novamente. Esse povo parece que fala em código mosse.

–Tirem meu nome desse bolo. Eu não sou fermento. E sou pai de família respeitável agora.

–Pai de família é?

Indagou Alef ironicamente. Ok. Isso é novo. O Alef irônico? Tipo é como a Bev fazendo careta. Não combina. Tem algo errado com esses dois. Uma santa não tão santa assim e um anjo irônico. Como o assunto era indefinido o deixamos morrer. Ninguém sabe se a Caryn esta realmente grávida ou não. E agora, isso não esta sendo tão importante.

–Quando isso acaba?

Perguntei-me cansando daquele tédio que eles chamavam de festa. Todos estavam parados com taças de vinhos caros nas mãos conversando em tom baixo. Não entendo o porquê daquela formalidade toda. Aquilo era uma festa, não um enterro. E olha que tem enterros que são bem mais animados do que isso.

–Dá para tirar as mãos do Cam?

Caryn sorriu para a Fenny de maneira assustadora, puxou o Cam pela camisa e o beijou de forma apaixonada. Cam retribuiu de bom grado sem nenhuma resistência. A Fenny parecia que iria soltar fogo pelas ventas. Eu não duvidaria. Quem tem tudo não gosta de perder nada. Apesar de que tenho seria impressão de que Cam nunca foi dela.

–O que disse?

Perguntou Caryn segurando a mão de Cam .

–Tire as mãos do Cam.

–Acho que você não manda em mim.

Provocou Caryn. Minha irmã gêmea é minha irmã mesmo. Eu tenho certeza absoluta. O barraco corre solto nas minhas veias. Ultimamente estou bem mais calma, mas pisa no meu calo pra ver só.

–Ou você tira as mão desse lobo ou...

–Ou o que?

Perguntou Bev entrando na briga. A nova confiança que ela ganhou a fez ficar cara a cara com Gaia sem nenhum sinal de que iria recuar. O estranho é que a Bev sendo bem menor que a Gaia parecia bem mais letal. Acho que toda baixinha sadic é invocada. Eu sou uma mesmo. Quer dizer eu sou meio humana. E pelo jeito os genes barraco vieram do meu pai. Mas quem manda ameaçar minha irmã mais nova? Gaia estava pedindo por um barraco mesmo.

–Eu não tenho medo de você Beliver.

Avisou Gaia abaixando um pouco.

–É Bervely e eu também não.

–Então sai da minha frente.

–Vá achando. Para você começar a gritar com minha irmã? N.ã.o.

–Então vou gritar com você mesmo.

–Grita, eu me finjo de surda e você só gasta o seu tempo.

Provocou Beverly sorrindo de forma irônica . Ela acordou profissional em barraco pelo jeito. Minha irmã agora é sangue no zoi. Finalmente alguém para entrar nos barroco comigo. Agora eu estou feliz.

–Eu te odeio.

–E eu não importo.

–Sabe que eu acho?

–Não, eu não sou advinha.

–Que se não fosse por você e as vacas de suas irmãs...

–Pera aí. Para. Vaca? Serio mesmo? Acha que os Gardens vão querer vacas. Se eles quisessem, querida estariam com vocês, não? Mas continua, eu quero saber o que você acha. Agora estou curiosa.

–Acho que vocês são miseras garotas meio humanas que não sabem onde colocar as mãos e só nasceram para acabar com minha vida. Primeiro o titulo, depois o Alef. Sabe Bervely, vocês são um bando de invejosas, que roubam o homem da outra. E eu não entendo por que o Alef me trocaria, linda e maravilhosa por você: A filha Bastarda de Ítalo Garden.

–Corrigindo, eu sou uma sadic, não meio humana, e o Alef nunca foi seu. E quando chegou perto de ser você simplesmente o traiu covardemente. Então não tem nenhuma cara para me dizer que sou uma invejosa que rouba homens. Porque não se pode roubar o que nunca foi de ninguém. E quer saber de uma? Sou bastarda sim. E eu prefiro ser uma a bastarda em que a família acolheu e foi capaz de amar a ser uma filha legitima sem graça e metida à besta.

–E sinceramente Gaia. Eu prefiro a bastarda que me ama de verdade, a legitima que só queria brincar com meus sentimentos. E não venha me fazer essa cara ta bem. Eu sei bem o quanto persuasiva você pode ser.

–Vai se arrepender Alef. Vai me querer e nunca vai me ter novamente.

–Você é passado, Gaia. Ela é o presente e o futuro. E pra te deixar bem avisada, eu nunca te quis. Sempre quis ela e hoje eu tenho. E daqui a mil anos eu ainda vou querer e vou ter.

–Vamos ver.

–Desiste fia, você perdeu.

–Eu te odeio.

–Já me disse isso. Nunca se cansa?

–Não.

–Pois é... Eu já cansei. De tudo isso. Dessa brincadeira de mau gosto que não tem fim. Primeiro me tiram da minha vida, vôo meio mundo, sou atacada por uma nevoa negra, quase perco o Alef, seqüestram minha mãe, descubro que sou praticamente adotada e você vem me dizer que me odeia? Vá se lascar Gaia. Enquanto você brinca de princesinha eu corro meio mundo para sobreviver.

–Ok. Ganhou. Pronto né, Bev. Você mostrou o quanto é letal. Agora para.

Pediu Alef um pouco tenso. Acho que ele ficou com medo da barraqueira Bev. Ou ouviu algo que eu não ouvi. Afinal, Alef pode saber o que a Beverly esta pensando não é. Ou senti o que ela sente.

Bev encarou Alef por um bom tempo. Eles estavam tendo uma clara conversa mental. A expressão de Alef relaxou e a Bev esboçou um sorriso. Depois ela ficou na ponta dos pés e deu um beijo rápido nele. Do meu lado, meu pai parecia ser o próximo a começar um barraco. Ele se contém bem. Diferente de eu e minhas irmãs.

–Ok, então.

Concordou ela por fim. Depois de falar tantas poucas e bóias ela parecia m pouco impressionada consigo mesma. E quem naquele salão não estava? Todos pararam para olhar a filha bastarda e nem tanto de Ítalo Garden dar uma surra verbal em Gaia Apache. Eu realmente amo minha família. Mesmo ela sendo tão estranha, louca, mentirosa e complicada.

Senti um formigamento estranho nas mãos e um calafrio do nada percorreu minha espinha. Dexter segurou minha mão rapidamente.

–Esta sentindo isso?

Perguntei com as mãos suando e tremendo.

–Willian.

Sussurrou Dexter. Minha família não entendeu exceto meu pai. William é um tio meu que é psicopata do primeiro fio da cabeça as plantas dos pés. Ele é medonho. Totalmente medonho e poderoso. Ele é o mais poderosos do grupo contra. Equivale a uma Bev masculino e do mal. De primeira não parece. É um sadic muito bonito na verdade. Exceto pelos olhos, que são um preto opaco.

Uma sombra gigantesca começou a correr pela sala e todos os sadics se juntaram assustados.

As sombras densas e negras passavam rapidamente pelas paredes quebrando janelas. O lustre começou a falhar e plantas e outras coisas vivas morreram quando a sombra passava. A Bev do meu lado estava ficando verde. Ela tinha tido um encontro nada agradável com Willian naquela piscina.

As sombras tomaram forma rapidamente e em um canto perto de uma pilastra apareceu Willian. Ele estava com um terno vermelho carmim, o cabelo loiro penteado para o lado, a gravata borboleta preta arrumada, e tinha um sorriso sarcástico na face que não parecia nem de longe de alguém mal. Seu sorriso morreu quando seus olhos negros e sem brilho cravaram em Bev que tinha se escondido atrás do Alef. A Beverly estava um pouco estranha. Os olhos dela estavam pratas e ela estava um pouco acuada. Willian gostou disso e seu sorriso voltou mais forte do que nunca, depois ele avisou:

–A festa acabou.