O país secreto. escrita por Apenas eu


Capítulo 7
Acordo na casa de um estranho.


Notas iniciais do capítulo

:)
Hello.



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Estou desesperada, corro o mais rápido que posso, olhando para trás com frequência. O motivo de estar fugindo? Duas enormes águias me perseguem. Quanto mais rápido corro, mas as águas se aproximam. Estou chorando. As águias são dez vezes maiores que águias comuns, o que não faz muito sentido.

Então tropeço não sei em que e caio no chão, de barriga para baixo. Pelo menos pude evitar de meu rosto chocar-se contra o chão, com minhas mãos feridas. Então tento levantar para correr, mas algo me impede, uma força me puxa para o chão. Consigo me virar no chão, de barriga para cima, enquanto espero a morte. Todo meu corpo treme.

As duas águias me observam, até que uma delas, uma cinzenta, Tenta me carregar. Ela envolve suas garras em meu corpo doído e trêmulo, mas a força que me prende ao chão não permite que ela me leve. Suas unhas escorregam de mim, deixando meu corpo todo ferido. A dor é tremenda. Mas então, a águia cinzenta recua, parando ao lado de sua amiga igualmente monstruosa. Elas olham em volta, como que se tivessem sido chamadas.

E, de repente, ambas evaporam.

Continuo no chão, traumatizada, esperando as horríveis criaturas reaparecerem. Mas elas não voltam. Porém, outras duas figuras aparecem onde antes estavam as águias.

São minha mãe e meu pai.

Papai segura uma caixa de primeiros socorros, e mamãe sorri estranhamente.

Meu pai se abaixa perto de minhas pernas e começa a envolver elas em bandagens. Mamãe se abaixa perto à minha cabeça e afaga-me os cabelos. Então percebo que meu pai não está enrolando apenas minhas pernas, mas sim meu corpo todo.

Então percebo de súbito que, na verdade, estou morta, e papai está me transformando em uma múmia.

Acordo berrando e chorando. Minha camiseta está bastante molhada devido ao suor, e percebo que, na verdade quem afaga meus cabelos é minha prima Dianna. Ela arregala os olhos e me segura pelos ombros.

–Emma, Emma...- Ela diz, assustada.- Calma. Você só está com febre.

–Eu morri, Dianna.- Resmungo, embora estivesse delirando. Tento me controlar

–Você não morreu.- Dianna afirma.- Morto não fala.

Então olho em volta e me dou conta de onde estou. É um quarto completamente estranho para mim. Ele não é um quarto muito normal. É tão redondo, que por um instante, achei que estava aprisionada num globo de neve. Suas paredes são pintadas de um verde bem chamativo, e o piso é marrom. A cama tem um estranho formato triangular. Tento falar, mas não consigo. Dianna continua a afagar-me os cabelos, me tranquilizando. Noto que seus trajes mudaram, e agora ela usa um bonito, porém simples, vestido azul.

–Você não teve muita sorte ao passar pelo portal.- Ela dá de ombros.- Foi uma dos que desmaiaram.

Portal? Aquele portal brilhoso? Não pode ser... Por um instante, cheguei a acreditar que aquilo também fizesse parte do meu sonho...

Passo as mãos no rosto para certificar-me de que já não há mais nenhuma lágrima. Agora já tinha voltado à realidade.

–Como assim, Dianna?- Pergunto.- Onde estamos? Quem mais desmaiou?

Ela suspira tristemente.

–Não sei. Arismir disse que iria esperar vocês acordarem para falar tudo de uma vez.- Ela responde.- E os que desmaiaram foram você, o Will e a Amélia. Amélia já acordou, quem ainda está desmaiado é Will

–Aris... o que?- Pisco. Que espécie de nome é aquele?

–É o nome do dono da casa. Aqui as pessoas tem esses nomes malucos.- Ela dá de ombros.

–Dianna... Por quanto tempo eu dormi?- Pergunto.

–Não sei. Quando entramos aqui, todos os aparelhos eletrônicos pifaram. Acho que a energia aqui é muito forte. Mas acho que foi por pelo menos um dia.- Posso notar que ela está bem triste.

Dianna se levanta da cama, atravessa o quarto e vai até a janela redonda que fica de frente para a cama na qual estou deitada. Ela empurra as cortinas douradas para os lados e olha para fora entristecida. Tento me levantar também, mas minha cabeça doí muito, então permaneço deitada. Estreito os olhos para ver o que há lá fora. Mas não vejo muita coisa, além de umas casinhas redondas. Dianna suspira.

–Só espero que meus irmãos estejam bem.- Ela diz, o que provavelmente estava entalado em sua garganta.

–O que?- Pergunto atônita.- Não acharam eles ainda?

–Arismir disse que eles podem ter sido sequestrados.- Ela volta seus belos olhos castanhos para mim.- E além do mais, mesmo que acharmos eles, como voltaremos?

Agora entendo o porquê do desânimo de Dianna. Eles ainda não encontraram os quatro. E nem vamos encontrar tão cedo. E a parte pior é que estamos condenados a morar nesse lugar aqui, que nem sei onde é, para sempre.


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Notas finais do capítulo

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