A tradição do número 4 escrita por MarcelaKP


Capítulo 5
EU sinto muito!


Notas iniciais do capítulo

Quem não gosta de romance é melhor pular fora. Porque por mais que a narradora não goste, a autora ama!



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Espero que estejam gostando, porque até ai, é tudo lindo. Mas a partir daí...

Acho que vou focar só no Luke agora, o primeiro dia dele foi bem mais interessante.

Luke estava deitado no grama de uma floresta olhando para as copas das árvores. Uma música tocava. Tudo estava ótimo. Tudo era perfeito. Mas ele sentiu que faltava algo. Olhou para os lados e percebeu que estava só. Gritou os primeiros nomes que vieram na sua cabeça. "Mãe!" e "Pai!". E se lembrou que eles não poderiam estar com ele. Então gritou "Jack!", "Maya" e "Abby!". Mas eles estavam muito longe. Porque estavam longe?
Ele ouviu a voz de Abby o chamando, e correu até o lugar de onde a voz estava vindo.
Lá estava ela. Porque não corria até ele? Ele falou com ela. Ela respondeu.
Ele podia conversar com ela, mas não podia tocá-la.
De repente, ela era uma águia. E ele, um leão.

–Garoto- Dizia o vento- Você passou a noite aqui?– Luke percebeu que não era o vento e abriu os olhos assustado

–Ufa- Disse Luke

O vento na verdade era uma garota de aparelho freio de burro, com os cabelos loiros preso em duas tranças, uma de cada lado, os olhos dela eram azuis muito escuros, quase roxo, ela usava o uniforme de Hogwarts de uma maneira exageradamente nerd. Ele esfregou os olhos. Essa cor de olhos não existia. Deveria estar delirando.

–Quem é você?- Ela perguntou

–Luke Young- Ele respondeu atordoado- E você?

–Angelina Castelan- Disse ela estendendo a mão para ajudá-lo a levantar- Você é primeiranista também?- Luke assentiu com a cabeça- Então vá trocar de roupa e vamos tomar o café! Ainda temos meia hora. Mas até você se arrumar e tentar melhorar essa cara, não sei quanto tempo vai levar.

Eles riram e Luke foi se trocar.

"Afinal, fazer amigos não é tão difícil"- Pensou Luke sorrindo

Luke foi com Angelina para a mesa da Grifinória, ele não parou de pensar em seu sonho. Queria ver seus amigos. Queria poder chegar perto deles sem aquele escudo invisível impedir. Era bobo, e ele sabia que foi só um pesadelo. Mas a sensação ruim nele, só iria passar depois de ter um tempo com seus melhores amigos.
Abby estava entrando no Salão e se encaminhando para a mesa da Corvinal. Ela acenou para Luke e sorriu. Como no sonho.
Ele precisava falar com ela!

–Você está bem, Luke?- Disse Angelina- Parece incomodado com algo. Ou você é sempre assim? É que tipo, não te conheço direito ainda

–Eu estou bem- Disse Luke- Só fiquei assustado com um pesadelo. Eu acho que tenho a idade mental de uma criança de seis anos.

Eles riram

–Vou falar com a minha amiga ali e já volto, okay?- Disse Luke se levantando assim que ela assentiu

Ele caminhou até a mesa da Corvinal, onde Abby estava sentada

–Abby?- Disse Luke

–Luke!- Falou Abby pulando no pescoço dele.

Um peso saiu das costas dele quando ela o abraçou

–Corvinal é legal?- Disse Luke sem soltar Abby

–Muito!- Respondeu ela

Alguém pigarreou atrás deles, Abby soltou Luke

–Luke, essas são minhas amigas: Miranda, Brenda e Catie- Disse Abby educadamente- Meninas, esse é o Luke, meu melhor amigo!

–Caramba! Você muito bonito!- Exclamou Brenda

O sorriso de Abby virou uma carranca automaticamente

–Okay, Luke, volta pra sua mesa!- Disse Abby dando um beijo na bochecha dele- Depois a gente se fala. Quando essas abutres não estiverem perto!

Luke saiu dando risada e a última coisa que ouviu foi "Meu Deus, Brenda, como você é discreta, hein?"
Ele voltou a se sentar com Angelina, eles comeram e foram para as aulas. A primeira aula era de feitiços. O professor era Flitwick. As carteiras eram em dupla, então Luke e Angelina sentaram juntos. Luke particularmente adorou a aula. Ele ensinou o básico: Como segurar a varinha, cuidados básicos que devemos tomar com ela, e coisas do tipo. Falou que para realizar um feitiço, basta querer. Varinhas são como nossas mãos, tem uma ligação com seu cérebro. Você tem que se concentrar e querer.
Flitwick disse que na próxima aula aprenderíamos o mais básico dos feitiços: Wingardium Leviosa.

Eles tinham a tarde livre. E Angelina o forçou a passar boa parte dela estudando tudo o que haviam aprendido no primeiro dia de aula.

–Pare com isso Luke! Não foi legal?- Disse Angelina depois de forçá-lo a decorar o movimento básico com a varinha, os ingredientes básicos que vão em praticamente todas as poções, e o nome de alguns dos duendes mais importantes do século XV

–Metade do que aprendi, não vamos usar nas primeiras aulas!- Reclamou Luke enquanto saiam da biblioteca

–Mas quando chegarmos nessas aulas já vamos saber, e vai ser só repassar- Argumentou ela

Eles foram até o jardim e ficaram sentados vendo a Lula Gigante deixar os tentáculos a mostra de vez em quando, e depois voltar a mergulha-los.
Eles ficaram conversando, até que Luke viu Jack

–Olha, Angelina!- Disse Luke animado- Ele é o Jack, é o meu melhor amigo! A gente mora junto! Eu, o Jack, A Abby e a Maya!

Angelina olhou para onde Luke apontava. Jack estava cercado por vários sonserinos

–Jack!- Disse Luke acenando

Jack olhou e sorriu, mas os seus amigos não sorriam.

–Você conhece esse ai?- Disse um garoto baixinho tão alto que Luke e Angelina conseguiam escutar

–Conheço, ele é o Luke- Disse Jack

Seus amigos se entreolharam perplexos

–Ele é um grifinório!- Disse um garoto loiro

–Eu sei- Disse Jack dando risada por ele ter dito uma coisa tão óbvia, porque Luke e Angelina usavam gravatas vermelhas e douradas.

–Que horror!- Disse o garoto baixinho- Grifinórios são insuportáveis!

–Como você pode ser amigo dele? Você é da Sonserina!- Disse o loiro

–Isso é uma vergonha para a nossa casa!- Disse um moreno- e olha essa coisa com quem ele está sentado! Ridícula!

–Calma gente!- Disse uma garota- Ele disse que conhece. Não que é amigo dele!

Todos relaxaram

–Você não é amigo dele, né Jack?- O garoto moreno olhou desconfiado

–Eer...- Gaguejou Jack e deu uma risada nervosa- Não! Cla... Claro que não! Eu nunca seria amigo de um grifinório!

–Vamos gente- Disse a garota- Vamos sair daqui

E eles saíram olhando com nojo para Angelina e Luke.

Luke desviou seu olhar para o chão

–Luke...- Disse Angelina com uma voz macia e reconfortante- Eu sinto muito!

–Não!- Disse Luke de maneira sombria levantando um pouco o rosto para encará-la- Eu sinto muito!

Eu não vou dizer que fiquei com dó do Luke porque eu sou uma narradora sem coração! Quero que todos morram no final! Brincadeira, faço parte dos 5%!
O fato é que Jack era uma criança sonserina. 95% das crianças sonserinas não tem coração! Mas Jack faz parte dos 5%. Por enquanto ainda tem um coração. Não tem atitude e uma mente individualista, mas tem coração.

Isso é só o começo da história, depois vamos dar uma olhada nas meninas e pular uns anos. Odeio ficar muito tempo em um ano só! Sou uma narradora sem coração e impaciente!


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Notas finais do capítulo

Essa narradora é uma bruxa! (Duplo sentido ~ON)
Espero que estejam gostando. Comentem para eu ter certeza, please



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