So Far So Close escrita por Wicked Evil Regal


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Ta, seguinte; essa é provavelmente a historia mais romantica que eu ja escrevi. (sim, na minha opinião venceu Sick as Cancer) É só a visão do Jane caso a Lis tivesse ido para D.C.
A "linguagem impropria" não é nada de mais, são só 2 frases pequenininhas, então leiam tranquilos.É meu primeiro POV então sejam legais comigo. :)Vou parar de falar, pq se eu continuar vou dar Spoilers. "Vejo" vcs nas notas finais.Boa leitura.



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Ainda era cedo quando eu cheguei ao prédio do FBI, a noite tinha sido difícil, eu não havia dormido nem sequer uma hora. Meus pensamentos eram completamente voltados à Lisbon, eu pensei sobre oque sentia por ela, sobre oque sinto por ela, sobre sua possível ida para D.C., tenho certeza de que se ela for eu sou capaz de morrer.

Eu também pensei sobre o tempo em que eu fui obrigado a passar longe da minha princesa. Os anos na ilha teriam sido tortura se meu peito não estivesse cheio de alivio por ter finalmente matado Red John. E se eu não tivesse a companhia da Lisbon, em cartas, é claro.

Mas a questão é: Aqui no Texas, eu seria obrigado a trabalhar no FBI, coisa que eu certamente não gosto, e sem ela, coisa que eu gosto menos ainda.

O emprego é suportável, com ela ao meu lado, ela faz tudo ficar melhor, não importava quão ruim a situação pode ser, se eu a tiver por perto tudo sempre fica melhor. Um dia eu ainda descubro qual é a magica que ela faz que deixa qualquer coisa melhor.

Enfim, durante a noite toda eu pensei sobre a minha relação com minha amiga, que eu agora sou obrigado a confessar, nem que seja apenas pra mim mesmo, há muito tempo deixou de ser apenas minha amiga ou parceira na CBI e se tornou alguém que eu amo incondicionalmente.

Pensei a noite toda, e consegui chegar apenas à mesma conclusão obvia: Sem ela, a vida simplesmente não tem graça, eu não vou ter ninguém pra irritar, ninguém pra impressionar, ninguém pra me desafiar, ninguém para eu deixar envergonhada e me deliciar com a visão do seu rosto ficando na cor de um tomate, ninguém que pudesse deixar meus dias mais bonitos, mais alegres. Sem ela, seria uma verdadeira tortura.

Depois de algumas horas eu decidi tentar dormir um pouco, o mínimo que fosse, mas toda vez que fechava os olhos, imagens daquele momento voltavam a minha mente. Eu estava pronto, pronto pra dizer que a amava, pra dizer que não poderia ficar sem ela, pronto para implorar, se necessário, que ela não fosse pra D.C.

Mas ele estava lá, e mesmo vendo que ela insistia para que eu falasse, que desse no mínimo uma pista qualquer, eu me acovardei, não sei exatamente porquê, mas as palavras certas não saíram, e tudo que eu fui capaz de fazer foi deixar claro que a queria feliz. E eu queria, de verdade, eu ainda quero. Mas mais do que tudo eu quero que essa felicidade seja comigo. Quero poder ser feliz ao lado dela também, por que eu tenho certeza de que só ao lado da minha princesinha raivosa eu vou ser feliz.

Depois de rolar algumas vezes na cama e de conseguir apenas um pequeno cochilo, desisti de tentar e, vendo que já eram 5:15, me arrumei para o trabalho. Cheguei lá quando ainda eram 5:45, pensei que provavelmente não teria ninguém e foi direto ao meu sofá, mas eu me enganei, Kim Fischer estava no caminho para a cozinha, parou ao me ver e se aproximou antes que eu conseguisse chegar no sofá.

– Hey Jane, bom dia.

– Bom dia Fischer.

– Achei que inventaria alguma mentira e não viria hoje.

– Como assim?

– Achei que ficaria triste e não viria. Estou surpresa de te ver aqui.

– Por que eu deveria estar triste?

– Ela não te falou? Lisbon foi pra D.C. hoje de madrugada.

– Oque? – eu simplesmente não pude acreditar no que ouvi. - Você está falando serio?

– Sim, por que eu mentiria? – Eu sentei no sofá tentando controlar a minha respiração. – Eu sinto muito.

Fischer continuou seu caminho até a cozinha e eu fiquei paralisado por alguns instantes, tentando digerir a informação, a minha mente girava e subitamente não consegui lembrar-me de nenhum método de autocontrole. Eu percebi que lágrimas estavam começando a embaçar a minha visão e a única coisa que eu sabia era que não poderia chorar na frente de ninguém, por mais que houvesse apenas alguns desconhecidos por perto.

Eu andei o mais rápido que podia sem correr, um homem correndo no meio do prédio do FBI chamaria atenção, e isso era tudo oque eu não queria agora. Andei até chegar a uma das salas de interrogatório. Fechei a porta no mesmo instante em que entrei, escorei-me contra a mesma e deixei todas as lágrimas correrem por meu rosto, queimando toda a minha pele. Eu senti as minhas pernas enfraquecerem e escorreguei até sentar-me no chão, abraçando os joelhos e chorando como uma criança.

Após algumas horas chorando desesperadamente, eu consegui me acalmar, mas as lágrimas ainda não tinham parado de escorrer e não me sentia preparado para sair dali. De algum jeito eu consegui juntar força suficiente para levantar e ir até a mesa, que ficava no centro da sala. Assim que me sentei, de frente para o “espelho”, ouvi a porta abrir e tentei limpar as lágrimas o mais rápido que pude.

– Jane? – Fischer entrou e fechou a porta, eu pude sentir a pena em seu olhar, mas eu não ligava.

Ela puxou uma das cadeiras pra para perto e sentou-se na ponta da mesa. Não sei dizer exatamente porque, mas resolvi contar tudo a ela.

Talvez por que eu não seria capaz de declarar meu amor por Lisbon do jeito que eu sempre quis, eu precisava que mais alguém soubesse, eu não podia guardar isso pra mim mesmo por mais tempo.

– Eu a amo.

Ela apenas assentiu como se já soubesse, e eu acredito que ela já sabia. Depois disso eu simplesmente não consegui me controlar, não que eu tivesse tentado, eu já não me importava mais. Eu precisava tirar aquilo do meu peito.

– Eu a amo com todo o amor que eu sou capaz de ter. – eu baixei a cabeça e comecei a encarar a mesa. – Depois que Ângela morreu, durante muito tempo eu pensei que não fosse mais capaz de sentir isso por ninguém, mas eu não consegui evitar, ela me conquistou um pouco a cada dia, com um sorriso lindo ou aquele jeito dela de me olhar, foi tão sutil que quando eu percebi, eu já estava completamente louco por ela.

– Quando você descobriu? – eu fechei os olhos quando as lembranças daquele dia vieram com força à minha mente.

– Vários anos atrás. – eu voltei a olha-la. – Em um caso dos meus primeiros casos com Red John.

Eu pude ver a surpresa dela em descobrir que faz tanto tempo. Pois é, diferente do que muitos possam pensar, eu não demorei pra me apaixonar por ela. Demorou para que o meu amor se tornasse tão forte e profundo quanto é hoje, mas eu sempre fui apaixonado por ela. Não consigo me imaginar diferente, estar apaixonado por ela é a essência do meu ser, não é surpresa, pelo menos não pra mim, que eu tenho caído no charme daquela pequena, assim tão facilmente.

– Nós conseguimos prender um de seus cumplices, ele estava na maca, do lado de fora de uma casa, Lisbon estava por perto falando com a vítima do sequestro. Eu saí da casa e percebi que ele havia se soltado, corri de volta e peguei uma espingarda que estava no chão, quando voltei ele estava apontando uma arma pra ela, não pensei em outra coisa nem por um segundo, eu atirei contra ele.

– Mas ele era sua única chance de pegar Red John no momento.

– Eu sei, e eu não me arrependi nem por um segundo, nunca. Tudo que eu vi era a minha Lisbon em perigo. – eu voltei a encarar a mesa. – Não valeria a pena pegar Red John se eu a perdesse.

– Jane, isso faz muito tempo. Por que nunca disse nada a ela?

– Eu não podia, Red John estava vivo. Ele havia tirado de mim tudo oque eu mais amava no mundo. Eu não podia dar a ele outra chance. Eu não aguentaria perde-la, eu não sei nem se eu vou conseguir ficar sem ela, mesmo sabendo que ela está viva e feliz, se ela morresse por minha culpa... – eu respirei o mais fundo que consegui e balancei a cabeça, tentando me livrar desses pensamentos.

– Eu não consigo decidir se acho você um egoísta por ter tirado dela a chance de ser feliz contigo, por que ela é claramente apaixonada por você, ou se acho altruísta você tê-la protegido mesmo sofrendo longe dela.

– Egoísta. – eu sou o maior egoísta do mundo. – Primeiro por que eu não sofri, eu a tinha perto de mim quase todos os dias, e eu me apaixonava a cada dia mais. Eu só precisava controlar o meu desejo de beijar cada sarda do corpo dela, meu desejo de agarra-la e fudê-la forte contra uma parede.

Vi os olhos de Fischer arregalarem-se um pouco, demonstrando a enorme surpresa provocada pelas minhas palavras. Oque eu estou pensando? Eu sou um cavalheiro antes de tudo, não deveria estar falando de Lisbon assim. Mas é verdade, eu a amo mais que tudo, ela é a mulher mais linda que eu já vi, e aquela beleza toda me deixa louco. Eu murmurei um “me desculpe” e ela apenas assentiu.

– Eu entendo por que não contar pra ela antes. – ela pensou por alguns segundos antes de continuar. – E acho que ela também, por isso ela esperou, esperou por todos esses anos que você pegasse Red John e ficasse livre, na esperança de que fosse admitir oque sente depois.

– Acho que ela cansou de esperar. – Claro que ela cansou, depois de 12 anos, quem não cansaria? – Eu devia ter contado assim que cheguei aqui.

– Por que não contou?

– Eu fui um covarde. Foram dois anos separados, eu fiquei com medo de que ela não sentisse mais o mesmo. Eu não queria correr o risco de estragar tudo que eu já tinha, eu a tinha do meu lado de novo, eu podia olhar naqueles olhos lindos, sentir o perfume dela...

Eu podia continuar falando, mas Fischer me interrompeu, acho que ela percebeu que eu estava ficando como um bobo apaixonado, e ela não queria ficar me ouvindo pra sempre.

– E isso é suficiente?

– Eu pensei que era. – eu fui tolo a esse ponto. – Mas depois que eu a vi com o agente Pike, eu vi que eu queria mais. Eu queria que os lindos olhos verdes que eu tanto amo fossem a ultima coisa que eu visse antes de dormir, e a primeira depois de acordar; eu queria sentir o perfume dela durante a noite toda, bem mais forte por que ela estaria nos meus braços e não há uma ‘distancia amigável’ que ela faz questão de manter; eu quero abraça-la sempre que me der vontade; quero beijar aquela boca que ainda vai me deixar louco; eu quero tudo que o Pike tem. – que se dane a vergonha na cara, essa é a verdade, e eu já disse coisas piores. – Eu o invejo tanto.

– Não sei por quê. – eu levantei a cabeça pra ela, meu rosto deve mostrar o meu completo desentendimento, então ela se explicou. – Não é o Pike que ela ama. Ela ama você, Jane. Eu tenho certeza disso.

– Pode até ser. Mas é com ele que ela está agora, é ele que esta tendo o privilégio de viver ao lado dela, não sou eu. – eu abaixei a cabeça e escondi meu rosto em minhas mãos e escorei meus braços na mesa. – Eu a amo e a quero por perto o tempo todo, não só como amiga, mas como mulher. Mas além de não tê-la da forma que mais desejo, agora eu também não a terei por perto, nem como amiga.

Eu senti novas lágrimas escorrerem pelo meu rosto, talvez nem tão novas assim, já que desde que eu entrei nessa sala eu nunca parei realmente de chorar, mas agora elas saiam velozmente com muita força e em grande quantidade, e acompanhadas por soluços.

– Eu perdi a minha amiga, a mulher que eu mais amo não mundo. Pra sempre. Por que eu fui um covarde.

– Fischer já chega. Por favor. – era a voz de Lisbon, mas ela soluçava, parecia se afogar em lágrimas. – Por favor, me deixa entrar aí.

Não pode ser. A Lisbon era pra estar em Washington, eu estou aqui chorando feito uma criança por que a Lisbon está em Washington, por que ela foi embora, por que eu nunca mais a verei. Não que isso invalide nada do que eu disse, eu serei o homem mais feliz da Terra se a mulher que entrar por aquela porta for a minha princesa. E ao mesmo tempo em que eu não me considero sortudo o suficiente para que isso aconteça, eu sei que eu nunca confundiria a voz dela. Não, não depois de anos ouvindo as broncas e piadas, não depois de milhares de noites ouvindo aquela voz rouca gemer meu nome em meus sonhos. Eu nunca confundiria.

E eu não confundi. Alguns segundos após Fischer ter saído da sala, eu ouço a porta abrir de novo. Uma Lisbon com lágrimas lavando completamente o rosto, que agora estava vermelho de tanto chorar, entra e eu praticamente pulo da cadeira. Ela me abraça forte, provavelmente o abraço mais apertado e cheio de sentimento que ela já me deu. O melhor abraço que eu já recebi.

Posso sentir as mãos dela tremendo, e agora que parei pra pensar, as minhas também estão. Eu a abraço mais forte, eu tenho um medo irracional de ela pode desaparecer se eu não a segurar bem firme. Afundo o meu rosto nos cabelos dela, sentindo aquele perfume tão bom, que eu pensei que nunca mais seria capaz de sentir e que me trás tanta calma.

Quando eu me afasto do abraço, ela tenta me segurar por mais um tempo e eu sorrio com o gesto. Eu também quero continuar a abraça-la, mas eu preciso fazer algo antes. Quando sinto o aperto dos braços dela em volta do meu corpo diminuir, eu tento secar algumas das lágrimas no rosto dela com as minhas mãos, não todas por que ela não para de chorar. Antes que ela possa dizer qualquer coisa, eu acabo novamente com a distancia entre nós, dessa vez com o beijo que eu venho sonhando a mais de 10 anos.

Assim que sinto o gosto dos lábios dela, todas as razões que me fizeram esperar tanto tempo parecem simplesmente ridículas, bobas, fracas. Arrependo-me mortalmente de não ter feito isso antes. Assim que nossas línguas se tocam eu sinto que vou explodir.

Ficamos ali por oque pareceram apenas segundos, mas poderiam ser horas ou até dias, eu não tinha a menor noção de tempo. Nem de tempo e nem de nada que pudesse estar acontecendo ao meu redor. No meu mundo tudo que existia era eu, Teresa Lisbon e seu corpo perfeito. Não que eu pudesse ter tudo naquele momento, querendo ou não ainda estávamos na sala de interrogatório do FBI, mas as partes às quais eu tinha acesso já estavam me levando à loucura.

Infelizmente, seres humanos precisam de ar, e mais cedo do que eu queria, ele acabou. Assim que nos afastamos e eu consegui voltar a pensar com algum vestígio de clareza, eu voltei a ser o Patrick Jane de sempre. E esse Jane simplesmente não consegue ficar sem explicações. Às vezes eu me detesto.

– Você não estava em D.C?

– A sua declaração só vale se eu estiver? – claro, não seria a minha Lisbon se deixasse de me alfinetar. – Eu estava indo, quando a Kim me obrigou a voltar para o FBI sem nenhum tipo de explicação. Quando eu vi você chorando eu fiquei desesperada e eu tentei sair pra te ajudar. Mas a porta estava trancada.

Não pude deixar de sorrir, ela é mesmo minha Santa Teresa. Mesmo brava e magoada comigo, a primeira coisa que ela fez quando me viu sofrendo foi tentar me ajudar. Eu não mereço essa mulher.

– Eu fiquei esse tempo todo trancada ali dentro. – ela apontou pra trás, indicando a sala por trás do “espelho”. – Quando você se declarou eu simplesmente desisti e comecei a chorar junto.

– Então você ouviu tudo? – eu limpei a ultima lágrima que estava em seu rosto.

– E amei cada pedaço. – ela sorriu envergonhada.

– Respondendo a sua pergunta; Não. A minha declaração vale sempre. Eu te amo em qualquer lugar, a qualquer hora. – o sorriso envergonhado se transformou no maior e mais bonito sorriso que eu já tive o prazer de ver. – Pra sempre.

Agora que eu já tinha provado daquela boca, eu sabia que esse era o máximo de tempo que eu conseguiria ficar sem o sabor dela. Eu não resisti e colei nossos lábios novamente. Dessa vez não demorou nenhum segundo para que as nossas línguas estivessem travando uma nova e incrivelmente deliciosa batalha.

Ela tem um gosto tão bom, como um oásis no deserto, e não posso deixar de pensar que, de certa forma, ela é. Ela é o meu oásis, em um tipo diferente de deserto.


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Notas finais do capítulo

Me perdoem se isso ta muito meloso, quando eu escrevi achei que ia ficar insuportavel, mas depois que eu li até que eu acho que ficou bom. Claro, devo adimitir que não é meu tipo de fic.(a Lis não ficou entre a vida e a morte nenhuma vez) mas eu precisava escrever pra botar em palavras a minha visão de Jisbon, coisas como "por que?" e "como?" e depois que eu escrevi eu resolvi correr o risco.Eu to completamente insecura em relação ao que vcs vão achar, então POR FAVOR POR FAVOR COMENTEM. :D Mesmo se for pra dizer que não gostou, eu vou entender.Eu to pensando em fazer um outro capitulo, só que com a visão da Lis (eu gostei de escrever POV em 1ª pessoa) Então me falem nos comentarios se vcs gostariam ou não.POR FAVOR COMENTEM.Até o proximo (eu ACHO) :*



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