Rivais escrita por Strife


Capítulo 4
Cap.3- Resposta


Notas iniciais do capítulo

Oie pessoas! Não demorei muito dessa vez, né? Ou demorei...? '-'
Não sei se vão gostar desse capítulo, por isso espero a opinião de vocês, ok? Não tenham PREGUIÇA pelo amor de deus.
tive uma pequena ajuda da minha irmã pra escrever esse, mas até que ficou legal.
Comentem.
Aproveitem a leitura.



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–O grande dia. -suspirei e entrei na sala de aula.

– Flor! -o loiro entrou saltitante na sala de aula e deu um beijo estalado na minha testa.

–Oi loiro. -sorri.

–Porque está tão tensa, Catarine? -a rosada se sentou ao meu lado.

–Por nada não. -puxei seu nariz.

–Catarine Fernandez, eu te conheço melhor até que tua mãe, então pode ir abrindo o bico. -a Vale pressionou minhas bochechas com a mão, formando um biquinho certamente ridículo.

–Tudo bem... -suspirei.

Passei boa parte da manhã explicando para ambos os últimos “acontecimentos” notáveis de minha tediosa vida. Depois de ouvirem atentamente, eles me bateram, me xingaram, fizeram insinuações ridículas e nada legais sobre o meu talvez ‘envolvimento’ com o Lucas e ainda disseram que apóiam o mesmo, sem discordar de mim também, claro.

(...)

–Pronta? -a pantera cor de rosa perguntou.

–Sim. -respirei fundo, por conta do nervosismo inútil que eu sentia.

–Se acontecer alguma coisa é só chamar que eu venho chutar umas bundas secas por você. -ela cruzou os braços.

–Não fique muito nervosa e nem se decepcione caso aconteça o pior. Estaremos aqui com você, torcendo. Eu prometi que cuidaria de você, não? -o loiro colou sua testa na minha, sussurrando.

–Ok. Amo você. -o abracei.

–Ei! E eu? -a revoltada batia incessantemente os pés no chão.

–Também. -pisquei para ela.

Hoje, ao invés de ficar apenas observando o treino da arquibancada, fui para onde o time treinava, com o intuito de conversar com o técnico. Um pequeno detalhe me surpreendeu. O Lucas não estava lá. Maldito.

–Com licença... -me aproximei.

Todos que estavam ali se viraram imediatamente para mim e ficaram me encarando, tenho quase certeza que estou nervosa.

–Sim? Posso ajudá-la? -o técnico veio até mim.

–Na verdade... -engoli em seco- pode sim.

–Em que? -o auxiliar perguntou.

–Eu... quero... entrar para o time. -o encarei.

–Ótimo. Estávamos mesmo precisando de auxiliares... uhn... bem... espertas. –sorriu para mim.

Espera. O que?

–Não... acho que estamos confundindo as coisas aqui. –falei.

–Não é isso? E o que é então? –cruzou os braços.

–Quero entrar para o time... como jogadora.

Um minuto de silencio. Olhei em volta. Uma quantidade considerável de pessoas nos cercava, uns riam descaradamente, outros cochichavam algo, alguns tentavam reprimir uma risada e outros continuavam sérios. Pessoas fúteis.

–O que há com esses idiotas? –murmurei.

–Garotinha... –começou o técnico.

–Oi. –respondi.

–Gostei de sua determinação, por isso darei uma chance a você.

–O que preciso fazer? –perguntei.

–Terá apenas que jogar contra alguns jogadores do time, que serão escolhidos por mim, e chegar até o gol. De acordo? –falou sério.

–Claro.

–Muito bem. Vamos começar! –gritou.

Aquecemo-nos e fomos para o campo, parecia que o numero de curiosos tinha se multiplicado bastante, mas a maioria ainda eram as garotas que ficavam babando nos jogadores e as lideres de torcida cínicas e idiotas. O treinador, Luke, havia escolhido quatro jogadores, muito altos e fortes na minha opinião, Matheus, Davi, Loan e Leo, que eram dois defensores, um meio-campo e um atacante. A bola estava comigo, só que passar por eles seria bem difícil.

Leo aproximava-se numa velocidade extraordinária, mas com os meus rápidos reflexos, chutei a bola por cima dele e passei-o. Ele fez uma cara nada feliz e veio correndo atrás de mim. Fui atingida no tornozelo por um carrinho, que me fez perder o equilíbrio e cair no chão, com um pouco de dor. Com toda certeza aquilo foi intencional.

– Opa. Desculpe. – Davi riu amargamente.

Tratei de levantar e tentar seguir o ritmo dele. Ele era de vagar e, por conta disso, pude alcança-lo facilmente. Pus-me na frente e com alguns dribles simples recuperei a bola e corri na direção oposta, visando o gol. Graças àquele carrinho, o meu ritmo estava mais lendo e, antes que eu percebesse, estava cercada. Ao meu lado direito estava o Davi, ao esquerdo o Loan e não pude ver quem estava atrás.

– Lugar de menininhas é na arquibancada. – pude ouvir a voz do Leo atrás de mim.

“Sinto muito, mas não posso perder!”, pensei.

Quando eu iria aumentar a velocidade, meu tornozelo latejou um pouco e fui surpreendida por outro carrinho que me fez, novamente, perder o equilíbrio e cair.

Já não bastava a humilhação de ter sido derrubada, do nada, uma chuva forte começou a cair, deixando o campo e, claro, todos ali, molhados.

– Ei, bebê, por que não volta logo pro’ colinho da mamãe e evita mais humilhação que essa? – argumentou Leo.

Olhei para ele com raiva. Estava na cara que aquilo tudo que ele estava fazendo era proposital para me derrubar, e mesmo assim, aquele técnico sorria alegremente.

– Opa. Ela vai chorar. – ironizou.

Leo, que estava com a bola, corria para o outro lado do campo. Levantei-me e o segui por trás. Pelo jeito que ele chutava a bola, ele deveria estar pensando em passar para alguém e, naquele momento, o único que estava perto dele era o Matheus. Na mosca! Ele chutou na direção do Matheus e, na hora que fui interceptar o passe, Matheus avançou numa velocidade incrível e chutou para trás. Agora a bola estava na posse de Loan. Havia uma pequena abertura à esquerda e, quando me aproximei para pegar a bola, ele lançou seu corpo para meu lado, atingindo meu estômago com o cotovelo, depois se jogou ao chão e rolou um pouco, com uma cara sofrida de ator. O técnico apitou como se marcasse uma falta.

– Que cruel. – ele olhou para mim e levantou-se devagar.

Senti olhares de reprovação direcionados para mim e estremeci um pouco. “Não perca o foco, não perca o foco...” e com esses pensamentos ‘animadores’ peguei a bola e disparei em direção ao gol. Ele estava tão perto que brilhava e eu já podia ouvir um coro santo. Reuni minha força e chutei em direção ao gol. Minha perna bobeou um pouco por conta da dor, mas isso não impediu que o meu chute perdesse todas as qualidades. Quando ela estava prestes a entrar, Leo surgiu como um raio e chutou a bola de volta na minha direção e, como eu havia chutado com força, ela dobrou a velocidade e chocou-se contra mim, que fui jogada para trás com o impacto. Rolei um pouco, com dor. Meu corpo tremia um pouco, de frio, de raiva, de desgosto, de dor. Eu fiquei toda suja de lama, da cabeça aos pés, e a chuva embaçava a lente dos meus óculos, dificultando minha visão. Fiquei de quatro, para levantar-me e pude sentir quatro olhares sob mim, e deduzi que eram aqueles quatro. O técnico apitou, anunciando que ao teste havia acabado. Três deles se retiraram do campo e o Matheus estendeu a mão para mim, com uma cara séria e com um pouco de reprovação (não sei se era de mim ou da atitude dos outros três jogadores).

– Tá tentando zoar com a minha cara?

Dei um tapa na mão dele e levantei-me com meus próprios esforços. Ele se retirou do campo e, acho que pude ouvi-o murmurando um pedido de desculpas, mas deve ser coisa da minha imaginação mesmo.

O técnico acenou, me chamando. Manquei um pouco enquanto me dirigia até ele.

– Senhorita...

– Catarine.

– Senhorita Catarine, o ato que cometeu contra o Loan não pode ser aceito. Violência não é o nosso estilo principal de estratégia. – falava em alto e bom som.

– Claro que não... –murmurei inconscientemente.

– Você é uma péssima jogadora. – enfatizou o péssima.

Ai. Meu. Deus. Segurem-me para que eu não de um chute na cara dele! Eu estava me descontrolando.

– É claro que eu não fui péssima, e se fui mal, não foi tanto assim. Qualquer um pode ver aquela armação fajuta!

– Abaixe seu tom, Senhorita Catarine! Isso é mais uma prova de quão bruta você é.

– Técnico, deixe-me refazer esse teste. Depois disso, eu tenho o direito de refazê-lo.

– Senhorita, esportes como futebol não são adeptos para garotas. Desista disso. Enquanto eu for técnico, nenhuma outra garota, principalmente você, farão parte de meu time.

Os garotos que presenciavam satisfeitos aquilo sorriam frivolamente.

– Senhor técnico... – olhei-o com um sorriso sacana – Se enquanto você é o técnico não me permitirá na equipe, sugiro que se demita imediatamente. Certamente eu farei o senhor engolir o que acabou de dizer e morrer engasgado!

–Catarine! -meus melhores e, pelo jeito, únicos amigos vieram até mim.

Um a um os alunos iam deixando o campo, não sem antes soltar algum comentário ou piada desnecessária.

–Querem morrer, idiotas!? -ameaçou a rosada.

–Valentina. -fiz que não com a cabeça.

–Vamos? -o loiro estendeu sua mão para mim, mas eu recusei.

–Me deixem só. Por favor... -falei.

Eles custaram a sair dali, provavelmente querendo verificar se eu faria ou não alguma loucura. Deixei-me cair no chão, sentada, e deixei as gotas fortes e frias caírem sobre mim, livrando-me parcialmente da lama.

–Droga. -esmurrei o chão, irritada, crente de que não havia mais ninguém ali.

–Vai ficar se lamentando até quando? -o Lucas andava calmamente em minha direção, ele estava tão molhado quanto eu.

–Desde quanto você está aí? O que viu...? -fiquei vermelha, vai que ele viu alguma coisa que não devia.

–Vi tudo. Quer dizer... desde antes do começo do jogo. -colocou o corpo em frente ao meu, de pé e virado para mim.

–Veio rir também? Vá em frente. -suspirei.

–Eu disse que vi tudo. E agora... esfriou a cabeça? -tive até vontade de rir com aquele comentário tosco.

–Não vou nem responder.

–Eu quis dizer... vamos em frente com o acordo? -colocou uma mão no bolso da calça e estendeu a outra para mim.

–Nunca. -estiquei a mão e antes que eu pudesse levantar com sua ajuda, ele recolheu a mão e eu caí de bunda novamente.

–Lucas! -reclamei.

–É pegar ou largar. -fez o gesto novamente.

–Não vá se acostumando. -com sua ajuda, me levantei.

–Seu pé está melhor? -me encarou.

–Dá pra viver. -manquei um pouco até ele.

–Se apóie em mim, ou nunca chegaremos em casa.

–Já que insiste. ­--ri e ele colocou meu braço em volta de seu pescoço, me ajudando a andar.

–Mas você... é bem alto viu? -ele balançou a cabeça.

–Eu odeio seu técnico. -ele esboçou um micro sorriso.

–Eu também. -murmurou.

Fomos todo o caminho em silencio, ele me deixou em casa e saiu.


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Notas finais do capítulo

Olha eu de novo! u.u O que acharam do capítulo?
Bom? Ruim? Péssimo? òtimo?
Recomendações e comentários?
please apareçaaaaamm
beijão



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