Hush Hush escrita por kirasren


Capítulo 1
Cale-se


Notas iniciais do capítulo

*Reescrita*
Espero que gostem ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/516250/chapter/1

"Eu te amo", essas foram as palavras que estragaram minha vida, mas, ao mesmo tempo, me deixaram feliz — Bom, por uns segundos, até eu me tocar que vieram dele, foi... Constrangedor. Eu realmente não, hm, não esperava isso dele! Ele era meu melhor amigo, bom, você não vai entender se eu começar agora!

Naquele mesmo dia, só que mais cedo, eu estava com ele em minha casa. Quero dizer, no “jardim” em frente á minha cada.

— Finn, é tão mais fácil te zoar com um braço só! — Eu disse, rindo.

— Isso não tem graça! — Disse ele tentando pegar sua espada enquanto eu a colocava pra cima.

— Tem sim, seu chato. Você é que é sem graça! — Eu disse me abaixando para ele conseguir pegar, até que ele puxou a espada, me fazendo cair nele.

— Seu bobo! — Disse rindo novamente e ele corou — Acho que você cora rápido demais para um humano!

— Corado? Quem está corado? Eu não estou corado! — Ele brincou.

— Vergonha de quê? Caio em cima de você o tempo todo!

— Por nada... Hm, Marcy...

Sussurrei um “O quê?” enquanto me levantava do garoto loiro em minha frente, que repetiu o ato depois. Ele me encarava, até que disse:

— Se, por acaso, um amigo seu, muito amigo, gostasse de você, mas não admitisse, estaria tudo bem se ele se declarasse?

— Por que quer saber? — Perguntei um pouco confusa.

—Nada não...

Comecei a enchê-lo de coisas do tipo: “Agora vai ter que falar”, “Fala agora, você é o convidado. Eu que mando!” e etc...

— Bem, é que... Eu...

— Você?

— Eu... — Ele parou um pouco e me olhou como se eu fosse o oceano, e ele estava desesperado para nadar. Ele bufou e finalmente gritou: — Eu te amo, Marceline!

— O quê? — Eu disse em uma mistura de confusão e receio.

— Eu te amo — Ele repetiu sussurrando. Parecia mais que falava para si mesmo, como se fosse para aceitar o fato. —, espero que entenda.

— Me desculpe, Finn, mas eu... — Fui interrompida com um beijo, ele pediu passagem para a língua, e eu neguei, e nos separei. —Desculpa, mas, eu não te amo Finn. Sinto muito!

Sai voando para qualquer lugar. Como eu disse: Foi estranho, foi constrangedor, foi... Tudo de ruim que você possa imaginar. Fiquei sentada numa árvore, até que apareceu um portal, e lá dentro estava meu pai, quando eu achava que não podia ficar pior.

— Ah, como é bom estar de volta, com novas almas e... Filha? — Ele pareceu confuso em me ver.

— Não, é a Princesa Jujuba!— Eu respondi com ironia e revirei os olhos.

— O que foi? Por que está triste?

— E desde quando você se importa? — Respondi com rapidez.

— Hm, eu também não sei. — ele disse brincando. Dei uma risada fraca e abri um sorriso de lado, depois perguntei:

— Pai, me faz um favor?

— Depende, o que é?

— Apaga minha memória... — Eu disse desanimada. — Com seus poderes de demônio, sei lá! Apague-a.

— Mas... Por quê?

— É melhor não saber, sério. — Sorri, mas ele não o respondeu.

— Mas eu quero saber! Porque deve ser uma coisa muito ruim para que você queira esquecer tudo!

— Você quer mesmo saber? — Disse tentando não deixar escapar uma lágrima do rosto.

— Quero. — Ele respondeu confiante.

— Posso confiar em você?

— Pode.

— Vai rir de mim?

— Talvez.

Dei uma risada, o que o fez sorrir. Ele não era tão mau assim, pelo menos não com sua filhinha.

— Ok... — Eu disse e suspirei. — Sabe o Finn?

— Sei, aquele garotinho loiro.

— Bom, ele... Me beijou. — Disse e ele começou a rir. — Pai!

— Desculpa filha, mas é muito engraçado imaginar vocês dois juntos!

— Não é "engraçado", pai! — Eu gritei. — É constrangedor! Eu não sinto nada por ele, bom, talvez já tenha sentido, mas isso não importa!

— Opa, opa, opa! Você já gostou dele?

— Se eu gostasse qual seria o problema? — Disse emburrada e com um biquinho demonstrando raiva como uma criança, o fazendo dar uma pequena risada.

— Nenhum, filha, só que....

— Quer saber? Vá embora de uma vez, pai. — Disse e ele o fez.

Quando fico triste, eu sempre canto. Coisa estranha, eu se. Mas, no meio daquela noite e em cima de uma árvore, comecei a cantar encostada no tronco:

I didn't mean to kiss you

You didn't mean to fall in love

I never meant to hurt you

You never meant for it to mean this much

Hush, hush, now

I wanted to keep you

Forever next to me

You know that I still do

And all I wanted was to believe

Hush, hush, now

Continuei a cantar até que ouvi passos, e , seguidos desses passos, alguém falando consigo mesmo:

— Por que teve que dizer isso, cara? Era óbvio que ela não gostava de você! Mas mesmo assim eu gosto dela. — Ouvi o barulho da pessoa bufando. — Eu estou ficando louco! Eu estou conversando comigo mesmo, ou melhor, brigando comigo mesmo... — O cara se sentou debaixo da árvore, não demorou muito para eu perceber que era o Finn.

Desapareci do galho de árvore e sentei do seu lado:

— Bu. — disse com um sorriso.

— Oi...

— Olha, me desculpa. Não queria te machucar, só que...

— Eu sei, e não precisa se desculpar. Eu é que te amo, não é? — Ele disse e eu corei.

— É, eu nem acreditei no começo! — Eu estava tão distraída que nem percebi a distancia entre nossos rostos, estávamos tão perto que eu sentia sua respiração.

Nos olhamos por um tempo, até que ele se aproximou. Estávamos quase nos beijando quando eu disse:

— Não, Finn.

— Ok... — Ele disse desanimado. Depois olhou para mim e falou: — Sabe, é difícil ter um amor não correspondido...

— Eu sei, Finn... Sei muito bem...

— Hm, bem eu já vou... — Ele estava constrangido, conseguia sentir isso. Era minha culpa, eu sei, mas não podia evitar: Eu não o amava. Ele se levantou e ficou de frente para mim.

— Vai pra onde? — Eu perguntei.

— Para a casa da Jujuba.

— Fazer o quê?

— Ela disse que vai me arranjar um braço novo, tchau! — Ele disse alegre enquanto corria para o castelo.

Levantei e o observei de longe. Até que gritei:

— Finn, ainda somos amigos?

— Talvez, se você quiser! — Ele parou sua corrida e gritou de volta.

— Acho que não seria a mesma coisa.

— Tá bem, mas você sabe que não vou deixar de te amar, né?

— Eu sei... — Pude ver seu sorriso de longe e depois ele saiu e foi para o castelo da PJ.

E foi isso, agora nem amigos nós somos. Bom, talvez. Talvez até um pouco mais do que amigos. Ainda nos encontramos, e ele tenta me conquistar. Eu sei que não sou a garota certa pra ele, mas talvez funcionemos, nós dois... Finn e Marceline: um casal doido demais para acontecer, por isso nunca acontecerá.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada a você que leu até aqui! Espero que tenha gostado.
Comentários são sempre bem-vindos ♥