A isca escrita por Léo Miranda


Capítulo 5
"Carta Engarrafada"


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, sei que demorou mas ta aí. Eu decidi colocar os capítulos no Nyah! á cada três dias. Tenho que me dedicar a outras coisas, então não será mais postado um capítulo todo dia.
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/516227/chapter/5

Seis dias depois.

— Estamos bem — disse Robert. — Se conseguirmos economizar o suficiente de água, até que nós ganhemos outro desafio, vamos ter água suficiente.
— Eu fiz um cálculo — inicia Olga, pegando seu caderno. — Ainda temos mais oito litros de água.
— Graças ao Mason, que se quer interage, come ou conversa — diz Robert.
— Não culpem ele — começo. — Ele viu a irmã de doze anos enforcada, e seu sangue derramando no chão.
— Que seja — diz Bianca, com arrogância. — Deixa ele quieto. Temos que bolar algum tipo de plano. O próximo desafio é amanhã.
— O tema só pode ser radioativo — Olga esclarece. — Com certeza é o tema mais guardado pelo homem corvo. É o mais perigoso.
— Olga tem razão — digo. O prazer desse homem é estragar nossas vidas.
Depois de um tempo, Jessica e Daniel saem para fora da cabana e se encontram com nós, na hora do almoço.
O almoço é simples. Tentamos economizar o máximo possível. O homem, poucos dias atrás, ajudou na nossa sobrevivência. Cada cabana tributária, ganhou uma galinha e uma vaca. Elas ficam no celeiro, logo atrás. Então, nossa comida é ovo e água praticamente todos os dias. O único dia diferencial, foi no dia seguinte de ganharmos o desafio, quando ganhamos uma cesta gastronômica.
De longe conseguimos ver uma notícia ruim, é quando o homem corvo aparece. Todos de nós, levantamos na mesa e fazemos uma fila lateral. Assim, que nessa ilha já tem regras.
O homem corvo aparece na mesa de jantar e ordena que algum de nós chame o pessoal da outra equipe. E Olga ficou por chamar a equipe Corvo, e Daniel foi trazer a equipe Maswak. Depois de tempo passado, estamos todos aqui, reunidos em volta da mesa, onde está o homem.
— Uma regra nova, foi adicionada — o homem diz com sarcasmo. — Á partir de agora, liberarei uma arma para cada um de vocês. A arma é de livre escolha. Mas: vocês só terão a arma se ganhar o desafio. Ou seja, a equipe toda, ganhará uma arma, uma para cada um, de livre escolha casual.
— E se a equipe ganhar mais de uma vez? Eles ganham mais armas? — pergunta Mika, da equipe Maswak.
— Não permitirei isso — o homem corvo se levanta. — A equipe só ganhará as devidas armas ao ganhar pela primeira vez. Ou seja: como a equipe Destemidos ganhou o ultimo desafio. Eles terão somente uma arma para a equipe inteira. E algo que eu escolhi por vontade própria: vocês ganharam um facão.
— Por que ganhamos somente uma arma? — pergunto.
— Porque a regra foi imposta depois da vitória de vocês. É melhor não reclamarem ou vocês não ganham nem a faca.
— Também quero dizer que a partir de agora, os desafios serão postos á vocês á cada cinco dias. O tempo do reality show vai se diminuir, pois não quero gastar meu precioso tempo com imbecis como vocês.
— Reality Show? Do que você está falando? — pergunta Jerry, com medo.
— Particular. — ele diz, esperando nossos cérebros captarem o que ele disse. Como não há nenhuma explicação lógica, nem mesmo Olga, o homem corvo parte. — O desafio é amanhã, acordem cedo.
Todos nós vamos para a cabana descansar para o pior de amanhã.
A noite se inicia, e todos saíram da cabana para ir na floresta, e procurar comida. Exceto eu e Jessica que ficamos aqui para arrumar as coisas na cabana.
Eu abro minha cômoda e encontro aquela garrafa. A garrafa que estava no meu baú, no elevador espelhado.
Eu não consigo entender o porquê eu nunca ter abrido essa garrafa antes, principalmente pela minha característica curiosa.
Começo á girar a tampa e retiro, com muito esforço — eita, buraco pequeno — o papel que estava lá dentro. Deslizo á fita que o prende e desenrolo o papel.

"Você foi o último.
O último de vinte e cinco.
Mas você será o último vivo?
Você é capaz de testar
sua sanidade mental? Usar
ela para acabar com
seus oponentes?
Você é uma isca. Todos vocês são."

— Que carta é essa? — Jessica pergunta.
— Eu não sei — digo. — Eu encontrei ela no baú. Quando eu estava no elevador espelhado, e esqueci completamente disso depois.
— Posso ver? — ela pergunta, e eu imediatamente entrego a carta. Ela lê e franze a testa. — Pelo visto, você tem algo especial. Algo que ele quer.
— Como assim? — eu pergunto e Jessica levanta.
— Max — ela inicia. — Você foi o único que recebeu essa carta. Ele quer que você lute.
— Lutar pelo que? — eu falo com um tom alto, confuso.
— Pela sua vida, Max. Pela sua vida.
— Você está dizendo que eu sou o favorito desse homem? — eu pergunto.
— Você é algo do tipo "Guerreiro" — ela explica. — Ele quer que você viva. E acabe com nós.
— Isso não faz sentido — digo. Nesse momento, os outros cinco da nossa equipe entram na cabana e estranham. Vejo isso ao franzirem a sobrancelha.
— Oque está acontecendo aqui? — pergunta Olga.
— Max e eu preferimos não falar — diz Jessica, e logo sai para fora da cabana. Vou atrás dela imediatamente.
Não consigo encontrar ela, então acabo voltando para a cabana.

Acordo e olho em minha volta. Jessica ainda não está aqui. Então vou acordar os outros e avisá-los. Olga, Daniel e Robert saem imediatamente, á procura dela.
Ótimo. Tudo que eu precisava era ficar ao lado das duas pessoas mais insuportáveis dessa ilha. Mason não aceita nenhum tipo de contra-verso desde que sua irmã morreu. Bianca tem a necessidade exposta de me agarrar. Acabo fugindo deles, desde que cheguei na ilha.
— Se a Jessica não aparecer nós vamos dizer para o homem corvo que ela está morta — diz Bianca.
— Bianca tem razão — inicia Mason. — Não vamos arriscar nossa vida, pela de uma garota fútil e...
— Calem a boca! — eu grito. — Nós vamos achar a Jessica sendo vocês contra ou não!
— Quer saber? Eu vou embora — Mason sai, e Bianca vai logo atrás.
— Já vão tarde! — digo irritado.
Quando Olga e os outros voltam, me dão a notícia de não encontrá-la. Então, vamos ter que ir ao desafio sem ela.

Ao ver, fomos os últimos a chegar no ponto marcado. O homem corvo passou entregando um traje de banho para cada um. E o pior: ele abaixou a temperatura da ilha.
— Senhor — inicia Olga. — Nossa equipe está faltando um.
— Um membro. Eu sei — ele diz sorrindo ironicamente.
— Como assim? — eu pergunto desesperado.
— Olhe para o lago.
Ao virarmos para nossa frente, encontramos Jessica amarrada em um tronco de madeira. O poste entra no lago, bem no centro. Ele não deixou Jessica encostar no lago.
— isso é apenas a devida punição — o homem diz. — É a punição por Jessica ter saído da cabana depois do horário.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A isca" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.