Depois de ter saído do salão de manhã, Snape se perguntou como pôde ter sido tão resistente...ele nunca tinha amado outra mulher há não ser ela. Ele detestava ser melancólico
e emocional mas vê-la depois de tanto anos parecia derreter o gelo que tinha em seu peito, ela tinha um poder incrivel sobre ele, apenas um sorriso dela já iluminava o seu dia.
Severo sentou-se em sua cadeira, mas ainda estava perturbado pelos assombros do seu desejo, se levantou e decidiu ler algum livro, coisa que ele sempre fazia quando estava entediado,
estressado ou sofrendo, se dirigiu a estante de livros e procurou algum livro interessante, talvez a idéia a principio tinha sugerido um livro no mínimo curioso, um livro que ele
não se lembrará de por ali ou de ter visto em algum lugar. Snape era um homem culto, não havia um escritor que ele não conhecesse, porém aquele livro...não tinha nome, autor ou algo
do gênero, ele abriu o livro e pelo o que viu, era exatamente para ele.
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Caro Severo

É óbvia a sua curiosidade, fico feliz por ter interesse em ler esse livro, particularmente eu não tive a intensão de colocar nome ou autoria na capa, pois nem tudo que é valioso é
notado por outros olhares, as vezes é necessário enxergar mais além. Sem mais delongas, quero lhe dizer que o valor desse livro é inestimável, não irei dizer o assunto que é retratado
porém posso lhe afirmar que esse livro vai lhe ajudar a compreender de modo mais profundo o que é de fato a mágia.

PS: O tédio sempre vence.

Alvo Dumbledore


__Velho insolente, como ousa?. Snape falou em voz alta, parecia que aquele velho louco não iria sair da vida dele nunca!, aquele doido fazia questão de deixar Severo totalmente irritado,
estressado e tenso, parece que fazia por puro prazer e o pior de tudo estava para vir: O bendito quadro de Alvo Dumbledore, se aquele velho doido já estava o infernizando quando morto,
a presença dele no quadro seria confusão na certa.
Snape sentou-se novamente, estava entediado e confuso, decidiu ler alguma outra coisa mas parece que ele sabia de tudo, não tinha nem um assunto que ele não dominasse, era chato demais
não ter algo interessante e gratificante para fazer. O ex comensal já estava acostumado com perigo, risco de morte, tensão ou qualquer coisa que o fizesse se movimentar e pensar.
Relutante ele se levantou novamente e pegou o bendito livro, ''Mais uma vez você venceu, espero que esteja feliz lá no inferno!'', ele leu atentamente...já tinha ouvido falar sobre aquilo
e muitas vezes já presenciou porém...fazer aquilo era muito complicado, exigia muita concentração e grande poder, não que ele não tivesse, mas controlar a própria mente de modo tão intenso
era extraordinário. Snape decidiu continuar lendo, aquilo realmente tinha um valor inestimável

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O trio de ouro ainda não havia aprontado nada...nada de relevante, decidiram irem para o salão comunal da Grifinória, Rony e Hermione sentaram, Harry permaneceu de pé.
__Cara sua mãe é muito gata!
Harry por um momento olhou sério para Rony
__Ronald Weasley!. Hermione não sentia ciúmes, mas era mãe de seu amigo e Rony tinha de respeitar.
__Desculpe Harry...
__Tudo bem Rony.
__Vocês notaram a cara de bobo quando o professor Snape olhou para a mãe do Harry?

Harry sorriu e colocou as mãos no bolso.

__Talvez eles dois podessem dar certo...Harry não continuou o que ia dizer quando, percebeu que os amigos o olhavam chocados.
__Quem é você e o que fez com Harry Potter?. Rony nunca pensou que ouviria aquelas palavras de Harry, honestamente ele achou que era um impostor
__Seu bobo, a mãe de Harry merece ser feliz e eu acho que o professor Snape e ela dariam certo
__Mas Harry e o seu pai?. Rony achou que Harry tinha esquecido dele por algum momento.
__Meu pai está morto Rony, minha mãe merece ser feliz, ela não pode ficar presa há uma pessoa que nunca mais vai voltar.
__Eu fico imaginando o Snape sendo seu padrasto Harry, nunca me peça para dormir em sua casa. Rony brincou, mas ainda tinha um certo medo de Snape, digamos que Snape sempre fora assustador.
__Mas temos um problema Harry, eu percebi que o professor Snape a evitava e até tem rumores que ele estava sendo rude com ela.
__Eu disse que ele era assexuado. Rony brincou

Harry e Hermione encaravam o ruivo demonstrando que não estavam brincando.

__O que?!.
__Rony isso é sério, eu quero que minha mãe seja feliz, eu acho que ela poderia ser feliz.
__Eu acho que tenho uma idéia
Harry e Rony encaravam a jovem mulher, com um sorriso nos lábios
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O temível dia chegou e junto com ele, ninguém mais ninguém menos que o quadro de Dumbledore, sempre com aquele sorriso maroto, já insinuando que iria aprontar. Minerva já estava furiosa,
tinha que assumir a diretoria as pressas e por mais que fosse capacitada, tudo fora muito rápido, ela não teve tempo para pensar. Depois que Lily surgiu milagrosamente, o extress de Minverva
havia aumentado, dessa vez Dumbledore havia passado dos limites.

__Alvo Dumbledore!
__Oh, Minerva! há quanto tempo.
__Não estou aqui para brincadeiras seu velho doido. Ela suspirou fundo e continuou.
__Você e Severo fizeram uma coisa gravíssima, podem colocar a vida dos dois em risco!
__Não se preocupe Minerva, os dois são bruxos excelentes e muito poderosos

Era impossível discutir com Dumbledore, além dele ter resposta para tudo, a voz serene e calma a deixava com os nervos a flor da pele. As vezes ela tinha a impressão que Dumbledore fazia
certas coisas sem pensar nas consequências.

__Minerva, poupe sua mente de preocupações.
__Como não irei me preocupar?!. Dessa vez, ela estava mais exaltada __É muito perigoso para os dois, por mais preparados e cientes do perigo, eles ainda sim estão sujeitos a situações de risco!

Dumbledore encarou a mulher mais velha, de fato ela tinha razão.

__Minerva, aqueles dois já sofreram tanto...foram separados por uma ilusão, por erros.
__O que você quer dizer?. A mulher já desconfiava mais queria ter certeza.
__Quero dizer que os dois merecem a felicidade, vão aprender com seus erros e quem sabe engatar algo mais intenso...
__Velho doido!. McGonagall se retirou da sala, deixando o senhor de barbas longas com um sorriso de satisfação

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Realmente as coisas tinham mudado demais, honestamente ela não dispensava em amarrar Snape numa cadeira, aquele homem era tão teimoso que era o único jeito de ter uma conversa decente,
normalmente ela desistiria pois não tinha muita paciência...mas por algum motivo Lily não conseguia se desapegar dele, talvez fosse pelo fato de que Snape fora um homem corajoso, leal protegendo
uma criança que não era sua. Mas ela não entendia o porque dele ter a desejado, ela fora a melhor amiga dele, mas depois que se afastaram eles não tiveram mais contato.
Lily se lembrou do que havia ouvido quando mais jovem, ''Snape vive reparando em você'' ''você é a unica pessoa que faz ele se tornar melhor'', ela não concordava por que era cega de mais para
perceber, Lily sempre fora desatenta e só percebia quando algum rapaz gostava dela quando o mesmo tomava uma atitude ou algo do gênero.
Por um bom tempo ela pensou em Snape, lembrou-se do quanto eram amigos, de como se conheceram e de como tudo acabou, queria recompensá-lo de alguma forma, mas ele era extremamente rude e frio,
não deixava ela se aproximar. Lily achou melhor refletir lá fora, pensar dentro de uma sala fechada não seria uma boa idéia pra ela, particularmente árvores, gramas e o cheiro de terra a agradava,
ela se retirou da sala e seguiu para uma árvore que ficava perto do castelo, o lugar era lindo, o cheiro era notável e a sombra era maravilhosa, decidiu se sentar e ficar ali um pouco.


Snape tinha adorado o livro, maldito velho louco, ele sabia o ponto fraco de Severos, aquele livro era fantástico. Severo gostava das masmorras mas queria algo mais livre, mais solto, decidiu
sair de Hogwarts, por mais raro que fosse ele saia de vez em quando, ele estava tão atento no livro que não acabou percebendo que tinha chegado exatamente no lugar onde Lily estava. Por Mérlin
como ele tinha chegado até lá? e porque JUSTO lá?.

__Me surpreende ver o professor Snape lendo um livro sem capa, sem autoria...as vezes coisas simples podem ser incrivelmente interessantes. Lily falou aquilo num tom baixo e meigo
__O que faz aqui senhorita Potter?
__Bom, não lhe devo satisfações...porém como tento ser gentil com o senhor professor, estou aqui para refletir, pensar, gosto de estar sob devaneios.
__A senhorita não me pareceu muito gentil. Severo disse isso num tom ameaçador, a encarando.
__O senhor também não...Professor Snape. Ela tinha um tom afiado dessa vez.

Snape se virou para ir embora, mas foi empedido por uma mão amiga em seu ombro.

__Ouça...porque desejou que eu voltasse?
__Não sei do que a senhorita está falando
__Snape, pare de ser covarde e admita!

Ela errou em chama-lo de covarde, em poucos segundos, Severo tinha agarrado fortemente as mãos da mulher e colocado elas sobre seu rosto.

__Eu não sou covarde, senhorita...sugiro que aprenda a ter modos antes de se dirigir a mim. O tom que ele usou foi sem dúvidas de arrepiar qualquer um.
__Você está me machucando! me solte!

Snape ficou segurando os braços de Lily por mais algum tempo...ele tinha acessos de raiva, não se controlava perto dela, quando ele soltou seus braços, levou um tapa na cara que provávelmente iria
ficar marcado para sempre em sua bochecha, antes que o ''magnífico cavaleiro'' podesse se desculpar, a mulher já estava longe, voltando ao castelo. Realmente, errar não é humano quando se tem poder.