Severo abriu seus olhos com uma certa dificuldade...aquele lugar estava extremamente claro, quase impossível de se enxergaralguma coisa, há não ser luz. Atrás dele havia um senhor que o observava com certa curiosidade e brilho nos olhos, aquele senhor parecia feliz
e não pode deixar de esconder um curto sorriso enquanto passava a mão delicadamente na grande barba em seu rosto

__Severo?
__Alvo?... mas como? onde estou? e porque Diabos tem de ser tão claro?

O senhor o encarou por alguns segundos, como se estivesse medindo as palavras devagar. Alvo Dumbledore era um homem sábio, sabia queo que veio em sua mente fora algo que nem os maiores bruxos poderiam cogitar.

__Diga logo!. Severo não estava muito paciente, bom...na verdade dificilmente esteve paciente, a curiosidade era dificíl de controlar
__Severo, não se preocupe, não ficará aqui por muito tempo, se isso te alegra
__Onde eu estou?
__Você está no mundo dos mortos meu filho

Era estranho para Severo pensar nessa possibilidade, ele sempre imaginou como seria a sensação após a morte, mas nunca pensou que ''viveria''
dessa forma.

__Filho, antes de você voltar, preciso que me ouça atentamente, pela sua lealdade, coragem e até mesmo humildade em admitir seus erros, seráconcedido uma segunda chance a você
__Detesto suas histórias malucas Alvo, você realmente não se cansa?
__Severo, antes de morrer, eu pensei na melhor forma de recompensá-lo, eu sabia que você ia morrer, se não fosse Voldemort você mesmo teria se matadoafinal você já estaria livre...
__Não sou um depressivo idiota, que precisa de oportunidades de malucos como você!

O homem de preto começou a se afastar, bufando e com os punhos cerrados. Mesmo depois de morto aquele velho continuava a estressa-lo com suas idéias
malucas. Era impressionante a habilidade de Dumbledore de irritar e deixar qualquer ser com sanidade sem palavras.

Mas Dumbledore era persistente, não iria desistir e se fosse preciso teria de dar mais um empurrão para que tudo desse certo

__Meu filho, você está prestes a retornar ao mundo dos vivos, você recebeu sua vida novamente
__Me prove que isso não é mais uma de suas invenções, além do mais é impossível alguém que partiu voltar novamente, são regras e ninguém jamais vai quebra-las
__Meu caro, nunca fui um exemplar em seguir regras...

De fato Alvo nunca foi um exemplar com regras, de uma maneira ou outra, mesmo escondido, ele conseguia quebra-las, provavelmente, isso começou
quando colocou fogo nas cortinas dos aposentos da grifinória quando mais jovem. Sua desculpa era sempre que não foi por intenção, porém, adorava jogar uma indireta
dizendo o quanto odiava aquelas cortinas

__O que você fez agora Alvo? ameaçou os mortos? ameaçou a Mérlin ou o Criador?
__Oh não... decidi fazer de um modo mais complexo
__Um modo mais complexo de estragar minha vida novamente?
__Meu filho, eu nunca estraguei sua vida, você fez suas escolhas, estava ciente no que poderia resultar, mas persistiu em seu caminho
__E você não perdeu a oportunidade de se aproveitar da minha dor, sofrimento e decepção, não é mesmo Alvo?
__É por isso que estou aqui Severo, seja razoável, você foi o ponto chave para ganharmos a guerra
__Ganharmos a guerra?, mas e Potter?
__Meu filho se você me deixar explicar , não terá mais perguntas, venha comigo.

Os dois seguiram adiante naquele imenso mundo branco, parecia que o chão e o teto eram iguais, da mesma cor e extremamente luminosos. Os dois homens pararam quando
se depararam com uma enorme ponte branca, os dois continuava em um silêncio absoluto, mas o homem mais velho parou naquele momento se virando para o homem mais novo.

__Severo, antes de morrer eu descobri um segredo, um segredo tão alucinante que eu não poderia nega-lo
__Seja mais direto
__Descobri que, os irmãos Peverell conseguiram obter duas pedras da Ressurreição , como os três irmãos desafiaram a morte, ela teve que seguir o juramento. Se algum dos irmãos
conseguisse escapar de sua foice por um longo tempo, lhe daria a pedra com todos os seus poderes. A pedra a qual ela entregou ao segundo irmão, era uma forma não tão
poderosa e eficiente, causando dor e sofrimento em quem não soubesse usa-la com sabedoria. Porém, chegou o dia da morte do ultimo irmão, ele teve de fazer duas escolhas
ou teria sua vida novamente com direito de obter o seu maior desejo, ou devolveria a pedra para a morte. O ultimo irmão tinha uma sabedoria incontestável e aceitou a
ultima opção, a pedra deveria ser usada por quem tivesse coragem e lealdade e uma grande capacidade de amar.

Severo ficou chocado com o que ouviu, talvez ele estivesse dormindo e tendo sonhos sem nexo. Mas não poderia negar, a oferta era tentadora, ele queria pedir algo
mas não sabia se era o certo a se fazer, ele não sabia se podia dar certo, mas ele não poderia negar o sentimento. Tudo ali naquele mundo tinha um gosto de algo real
talvez fosse real, ele só queria concertar as coisas, ele teria de tentar, por mais masoquismo que a ideia poderia parecer

__Severo, seu tempo esta acabando, você precisa retornar...
__Alvo tem algo que eu desejo muito antes de ir. Severo parecia desconcertado diante daquela situação, ele tremia, estava nervoso e ancioso pelos resultados
__Tem certeza meu filho?
__Eu quero que ela volte Alvo.

Dumbledore não estava surpreso com o que ouviu, na verdade era exatamente o que ele queria. Ele sempre soube que o homem á sua frente tinha um intenso amor
por uma mulher que morreu há muito tempo, Lily era encantadora, tomou decisões erradas e poderia mudar. Alvo sabia que demoraria um certo tempo, mas tempo era o
segredo para se construir algo concreto e verdadeiro

__Chegou sua hora meu filho. Dumbledore o olhava com uma certa esperança escondida atrás de sua velha feição e sorriso discreto.
__E Lily?
__Você vai saber se não fazer mais perguntas e voltar. Tenha uma boa sorte meu filho e não cometa mais erros
__Errar é humano. Severo zombou
__Errar não é humano quando se tem poder Severo.
O senhor começou a andar novamente para trás, com um sorriso nos lábios, quando virou para trás Severo havia sumido, havia retornado para sua vida novamente.