Dolovan Breus escrita por Roma
Notas iniciais do capítulo
Aí está mais um.
DOLOVAN
– Congelado? – ele repetiu, como se fosse simplesmente impossível de se acreditar. Hans desviou o olhar e assentiu devagar, temeroso. Dolovan balançou a cabeça em desaprovação. Esfregou as próprias têmporas e deixou-se cair na poltrona púrpura. – Quanto tempo levarão para descongelar?
– É um bloco de gelo muito grande, Breus, eu...
– Quanto tempo? – o vampiro interrompeu bruscamente.
– O tempo estimado é de cerca de um mês. – Hans fixou o olhar no chão e comprimiu os lábios, evitando o ódio do outro. Dolovan socou o braço da poltrona com força.
– Um mês, idiota! Sabe o que isso significa? Aposto que não faz a menor ideia! Era o maior arsenal do norte da Rússia, poderíamos destruir a América inteira com aquilo! – ele bradou. – E agora você vem e me diz que vão demorar um mês para descongelar o que aquela caçadora idiota fez!
A porta foi aberta delicadamente e Mamma entrou. Uma atadura cobria um corte fundo em sua testa. Postou-se ao lado de Hans, os braços cruzados.
– Você. Tem alguma boa notícia? – rosnou Breus, entredentes. Ela mordeu o lábio inferior e suspirou.
– Se você sabe que não, por que me pergunta?
– Como está o corte? – o vampiro perguntou, ignorando-a. Ela deu de ombros.
– Poderia estar melhor. Mas eu estou aqui de pé, então não significa nada. Aquela caçadora é uma ameaça muito grande, Dolovan. Ela nos pegou de surpresa com aquela magia de...
– Magia? – Dolovan ergueu o olhar, interrompendo-a. – No relatório consta que foi um dispositivo da agência.
– Eu estava lá. Eu vi a magia saindo da mão dela, Breus. – Mamma ergueu uma sobrancelha, e Breus fez o mesmo.
– Então... Qual você disse que era o nome, Hans? – Breus apoiou o queixo na mão direita.
– Elsa.
Hans e Mamma se entreolharam quando um sorriso malicioso surgiu nos lábios do vampiro. Ele se levantou e caminhou lentamente até a janela panorâmica, com vista para as ruas cobertas de neve de Moscou. Tamborilou os dedos no vidro, o olhar fixo num ponto muito além da Rússia. Suspirou e sorriu novamente.
– Li em um jornal americano que a irmã da estimada caçadora de vampiros se casará no fim deste mês. Esplêndido, não é mesmo? – ele disse, casualmente. – Terá uma vida prospera e longa com o noivo... Ou não.
Voltou-se subitamente para os dois agentes.
– Vocês me decepcionaram uma vez. Não vai voltar a acontecer.
Hans assentiu com prontidão, e Mamma apenas revirou os olhos.
– Anna reside atualmente em Manhattan. – o vampiro continuou, olhando de um para outro – Vocês sabem o que fazer.
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