Dolovan Breus escrita por Roma


Capítulo 15
Elsa


Notas iniciais do capítulo

Bastante ação nesse capítulo. Preparem-se!



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ELSA

O carro estacionou diante de um muro alto e acinzentado. Não havia arame farpado. Havia um portão de ferro com duas portas, e estava fechado. Ao lado dele havia uma portaria, e um indiano observava-os. Guardas com cães – particularmente ameaçadores – postavam-se diante do muro a uma distância de cerca de dois metros um do outro. Eram muitos guardas. Elsa se perguntou como eles sairiam dali depois que tudo estivesse feito. O grupo saiu do carro e Noel se aproximou do homem na portaria. Disse algo em hindu e apresentou algumas folhas de papel. O homem assentiu e gesticulou para que se afastassem. O portão foi aberto e eles entraram. Um caminho de pedra bruta levava a um edifício de três andares, feito de ferro com a fachada recoberta de vidro. Aos dois lados do caminho de pedra havia grama meticulosamente aparada, e alguns arbustos redondos. Viam-se militares por toda a parte. Elsa notou que boa parte deles tinha características específicas de vampiros, e pareciam querer se esconder do sol. Com certeza era o lugar certo. Eles entraram com naturalidade. Elsa repassou o plano mentalmente. Dirigiu-se, seguida de Noel e Sal, para o balcão da recepção.

– Bom dia – disse, tranquilamente. – Acabamos de ser transferidos, devido ao acidente na base russa. Não conhecemos o local muito bem...

– Não se preocupem – a mulher, que parecia ser uma vampira, sorriu amistosamente – Vou providenciar um tour para vocês. Mas antes, podem apresentar os documentos?

Noel estendeu os papéis.

– Muito bem... Muito obrigada Silas, Luíza e Maria. – ela leu os nomes nos papéis e os devolveu. Sentaram-se, aguardando o “tour”, enquanto o resto do grupo ia exercer as suas funções. Elsa riu ao imaginar-se chamando-se Maria. Um homem se aproximou.

– Bom dia. Eu sou Truman e serei o seu guia hoje. – ele apertou as mãos dos três – com excessiva força na opinião de Elsa – e começou a andar. Eles se entreolharam e o seguiram. Seguiram por um corredor extenso, com dezenas de portas – Esta é a área dos escritórios de comunicação. Estão falando com as pessoas de outras bases e há conferências todos os dias.

Elsa estava ansiosa, e as suas mãos suavam. Queria chegar logo às masmorras. Eles seguiram por vários departamentos, e a caçadora se surpreendeu com o tamanho daquele lugar. Olhando apenas a fachada, parecia ser pouco maior que um colégio comum. Voltou-se ao ouvir Truman dizendo:

– Esta aqui é a porta que dá para as celas. Não há muitos prisioneiros ainda... – ele sorriu – Mas há uma especial. Ouviram falar da irmã da caçadora gelada?

Elsa rangeu os dentes e cerrou os punhos. Sal sorriu falsamente e assentiu.

– Imagino que seja uma boa vingança, pelo que ela fez na Sérvia.

– Sim, mas a intenção real é atrai-la para cá. Como uma armadilha. – Truman explicou.

– Podemos vê-la? – Noel pediu, casualmente. Truman fez uma careta e suspirou.

– Precisariam de autorização. Eu demorei para conseguir a minha...

Sal suspirou.

– É uma pena... Queria tanto ver a sua cara de desamparada...

– É. – disse Elsa, entredentes. Truman comprimiu os lábios e sorriu marotamente.

– Ninguém precisa saber.

Ele colocou a sua identificação diante de um aparato na porta, e ela se abriu. Fechou-se quando entraram, e eles o seguiram pelos corredores. Grande parte das celas estava vazia, mas alguns poucos prisioneiros olhavam para o grupo com um misto de ódio e interesse. Elsa sentiu as suas pernas fraquejarem ao ver a imagem de Anna encolhida em uma das últimas celas. Não havia guardas além de Truman ali dentro. Sal e a caçadora se entreolharam, e a vampira assentiu. Elsa voltou-se para ele.

– Tem uma sujeira aqui – disse, secamente.

– Onde?

– Aqui! – ela lhe deu um soco no rosto e apertou a sua mão com força. Aproveitou o momento em que Noel não estava olhando e congelou o homem, jogando a escultura para longe de si. Tocou as grades da cela e as congelou, então as socou e quebrou.

– Anna!

– Elsa! – sua irmã mais nova se levantou, os olhos inchados, e correu até ela. Elsa a abraçou e voltou-se para Sal.

– Leve-a junto com Noel de volta para o carro segundo o plano...

– E você? – Sal perguntou.

– O outro grupo está demorando demais. Eu vou ver o que houve! – ela disse, deixando-os. Enfiou a identificação de Truman no bolso e deixou as celas. Forçou-se a lembrar de onde estavam as salas de controle. “É uma fonte estranha, não?”, Truman dissera. Claro! A fonte! Ela correu, pedindo perdão às pessoas em quem esbarrava. Ao chegar a fonte, ouviu um grito masculino e arregalou os olhos. A porta da sala de controle estava aberta. Paco socou o rosto de um jovem enquanto Sandy debruçou-se sobre... Sobre o quê? Frost!

Desesperada e com os olhos ardendo, ela subiu as escadas e o viu no chão, a camisa manchada de sangue. Gritou e empurrou Paco, chutando o abdômen do jovem e fazendo-o cair. Sacou a sua pistola e acertou-lhe a cabeça. Era Hans. Ouviu gritos, tiros, baques. Mas só conseguia ver o sangue na camisa de Frost.


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Notas finais do capítulo

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