Twin Souls Almas Gemeas escrita por ninhacullen


Capítulo 38
Rosas Negras


Notas iniciais do capítulo

Casamentoooooooooooooooo!
Enjoy!



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Minha garganta estava seca. Eu tremia. Eu ia desmaiar. Com certeza. Ou ter um ataque cardíaco. Meu coração pulava loucamente no meu peito, ele estava há uns 300 batimentos por minuto. Nem era mais um batimento praticamente,era um único som.

Eu podia ser uma vampira,agora. Mas eu continuava me emocionando em casamentos.

“Você mal entrou ainda e já está quase morrendo!” Alice com um longo vestido azul marinho reclamou comigo,ajeitando a cauda do meu vestido.

O trabalho de Alice foi divino,com certeza. O vestido redondo e maravilhoso,com camadas de renda francesa e tule me fazia parecer que eu ia casar com alguém da realeza. A renda apertava meus braços desnudos e ela se abria em uma gola v em meu pescoço,mostrando minha pele nua e pálida. Em minhas orelhas pendiam brincos de diamantes bonitos e brilhosos. Meu cabelo estava em um coque alto e fofo,de onde saí meu véu de tule,que se estendia metros e metros.Minhas mãos apertavam um belo terço cor de marfim enrolado em minha mão direita.

Ai Deus.

“Como está minha querida?” Rose perguntou,sorrindo em um vestido cor de vinho,os cabelos dourados presos em um coque bonito. Seus olhos brilharam ao me ver.

“Querida,você está linda!” ele disse,indo me abraçar carinhosamente. Ela olhou para o relógio pendurado na parede do quarto de Alice,onde eu estava agora. “Está na hora de eu ir!Respire fundo e tudo vai dar certo!” ele me aconselhou,pegando umas partituras em cima da cama de Alice e Jaz.

Mais uma batida na porta. Dessa vez eu podia sentir o cheiro maravilhoso e pulsante de sangue. Três corações batiam em ritmos diferentes:um mais rápido.Outros dois quase lerdo,batendo fracamente.

“Podemos entrar Alice. Charlie  e Billy queriam falar com a neta dele antes dela entrar.” A voz de Sam saiu de trás da porta.

“Entre!” Alice gritou,ajeitando uma mecha do meu cabelo.

Vi vovô Charlie e vovô Billy entrarem lentamente no quarto. Com minha nova visão eu podia ver as rugas mais acentuadas em suas faces cansadas,os cabelos mais ranços do que nunca. Meu coração se apertou em meu peito,vendo como a morte estava perto deles. Eu queria poder dar-lhes a imortalidade. Eu queria tanto...Mas não podia.

“Meu bem!Você está linda!” Vovô Charlie foi o primeiro a falar, em abraçando com força. Billy continuou me olhando com lágrimas nos olhos.

“Ei,Bill!Não vai falar nada com sua neta?”Vovô Charlie perguntou,saindo do abraço.

“Você está linda,minha pequena!Tão parecida com sua mãe...”Vovô Billy falou,indo me abraçar.

“Ela está mais parecida com o pai,Billy.Olhe esse sorriso!” Vô Charlie falou.

Eu não queria que eles começassem a brigar por causa da minha aparência. Isso sempre acontecia.

“Obrigada.”respondi somente,sorrindo para os dois.

Vô Billy então pegou algo em uma sacola. A caixinha de veludo preto me assustou no começo. Primeiro que ele sobrevivia com a aposentadoria medíocre do estado de Washington. Ele nuca ia poder comprar uma jóia. Ainda mais se sair da casa de cadeira de rodas.

“Eu,seu avô Charlie e sua avó Renné pensamos que você ia gostar disso. Era da minha avó e Charlie achou bom mandar para um joalheiro dar um polida e uma arrumada. A idéia do topázio azul foi da sua avó. Algo antigo,emprestado e azul.”

Ele abriu a caixinha e eu vi uma porção de presilhas brilhantes,rodeadas de diamantes e no meio a bela pedra azul. Escutei Alice dando um gritinho e rapidamente colocando as presilhas em meu cabelo. Eram tão pequeninhas,do tamanho de uma moeda de 5 centavos...Mas eram tão lindas.

“Temos que ir.”Vovô Billy falou,suspirando. “Adeus,minha pequena.”ele disse beijando minha bochecha.

“Tchau,pequena.”Charlie falou,dando um tchauzinho com a mão.

Sam sorriu para mim,me estendendo o braço. Sentir o calor do braço dele era como sentir meu pai. Olhar nos olhos de Sam me lembrava meu pai. A melhor escolha que eu tinha feito. Ele parecia satisfeito e orgulhoso,sorrindo brevemente. Estava tão pensativa,imaginando as feições do meu pai ao saber do meu casamento que eu mal percebi quando minhas mãos foram cobertas com um buquê.

Meus olhos se arregalaram surpresos ao ver as lindas pétalas negras das rosas acariciando minha pele lentamente.

“Alice...?”perguntei,tentando desvendar de quem tinha sido a idéia.

“Edward me falou que a rosa negra era que nem você:linda,sombria,perigosa e única. Então,fui comprar algumas levas.”Alice disse,como se isso fosse a coisa mais normal do mundo.

O que não era. Meu coração batia mais rápido depois disso. Eu estava em uma felicidade quase transcendental. Senti uma lágrima saindo dos meus olhos e deslizando pela minha bochecha.

“Não chore. Vai ser difícil explicar a Charlie e Renné por que você está chorando sangue. Além de ser capaz de manchar seu vestido.”Alice reclamou,a fronte enrugada,limpando a grossa lágrima vermelha.

Suspirei aflita,tentando dar uma risada,mas o que saiu da minha boca foi algo parecido com um grito. Não deu certo. Alice levantou uma sobrancelha,sua cara parecendo chocada. É eu não devia estar bem.

“Respira,calma.”ela falou,se postando na minha frente. Escutei passos aflitos vindo lá de fora,onde vozes se sobressaíam. Provavelmente era Jasper. Eu senti trilhões de emoções diferentes saindo do dono dos passos.

“Cheguei. Rose já tá preparada.” Jaz falou,segurando o braço de Aleezah.

Aleezah estava linda em um vestido branco com preto de organza,segurando um buquê de rosas negras e brancas. Ela sorriu maravilhada para mim,piscando. É,parece que minha dama de honra aprovou o visual.

Alice e Jasper se postaram na frente de Aleezah,que estava na minha frente. Apertei mais forte o braço de Sam,respirando mais ruidosamente. Os acordes de uma música antiga, que eu reconheci de um filme antigo que minha mãe adorava (Candelabro Italiano) me assustaram. Adorava aquela música. Me lembrava de cantarolar essa música, que era da abertura do filme,todos os dias,quando eu tinha uns 12 anos. Isso me reconfortou um pouco.

Alice e Jasper sumiram na musica e eu me senti mais nervosa,quando escutei a musica gradativamente mudar para uma antiga musica de um filme que mamãe adorava também. Cantarolei baixinho as letras de ‘Love is a many splendoring thing’. Meu coração se esquentou totalmente. As músicas pareciam verdadeiras em meu coração e combinavam perfeitamente com minha história com Edward.

Aleezah sumiu na escada,se dirigindo à varanda. Respirei e inspirei,tentando manter algo estável em volta de mim. Tudo parecia girar. Isso era terrivelmente estranho.]

A música voltou a mudar,meu coração martelando no peito ao escutar os acordes de uma música quase conhecida. Havia alguns dias,enquanto eu estudava na sala, Edward tocava em seu piano. Era um linda melodia,meio triste mas doce,suas notas formando sons melodiosos em meus ouvidos hiperdesenvolvidos. Tinha adorado a música,mas eu continuava envergonhada o suficiente para não perguntar que música era aquela. Tem coisas que não mudam.

Andei pé ante pé,erguendo o vestido rodado para poder pisar na escada sem risco. Isso era meio ridículo,considerando que meus reflexos eram melhores do que de muito vampiro por aí,mas foi um hábito criado. Apertei a mão de Sam levemente,para não machucá-lo. Tentava canalizar minhas emoções,como Kate tinha falado. Minha respiração era ruidosa e meu coração era um único som em meu peito. Meus passos eram silenciosos no chão de mármore,conforme virávamos em direção ao gramado.

Fui tomada por um mix de rosas brancas e negras,enroladas em pequenas pilastras  que margeavam meu caminho até o altar. Eu poderia ter observado as pessoas em minha volta,dado adeus ou sorrido. Mas eu estava muito fissurada na bela figura de Edward parado no primeiro degrau para o altar que tinha me esquecido de tudo. Só absorvia a beleza em seus olhos. Eles estavam brilhantes,ouro líquido. Sua face estava ardendo,como se um fogo interno explodisse dentro dele. Era algo inacreditável. Algo maravilhoso. O sorriso dele iluminava a noite que tinha caído atrás das montanhas. Isso era maravilhoso.

Queria que a música fosse mais rápida,ou que o caminho fosse menor. Eu só queria ficar o mais perto possível do meu anjo. Sam continuou dando passos lento,apertando minha mão em sinal de não me apressar.

Como não me apressar???

Edward estava lá,me esperando. Ele seria meu,só meu. Eu devia ter saído correndo quando podia. Mas eu não quis. Ai,eu sou ridícula. Eu devia ter aproveitado a oportunidade...

Meus pés tocaram o final do corredor,quase pulando em cima de Edward. Sam beijou minha testa,abraçou Carlisle,deu um tapinha nas costas de Edward e uniu minha mão livre com a mão de Edward. Apertei a mão de Edward e ele retribuiu o aperto sorrindo. Foi quando eu fitei seus olhos novamente eu me vi perdida. Me perdi em seus olhos dourados,me inundando daquela alegria extrema que emanava dele. Como alguém podia se sentir tão feliz?

Não escutei as palavras do padre,envolvida demais em sentimentos e olhares para poder pensar em prestar atenção. Queria me afogar naquelas sensações. Agora eu podia entender Jaz.

“Amanda?”Edward murmurou,franzindo o cenho. Arregalei meus olhos,olhando para o padre.

“Amanda Black, você aceita esse homem como seu marido,para amar e respeitar, na saúde e na doença,na alegria e na tristeza,na riqueza e na pobreza, até o fim de vossa vida?” o padre perguntou sério,olhando para mim e para Edward,seu cheiro demonstrando surpresa devido a nossa idade.

“Aceito.”falei meio engasgada,tentando evitar o fluxo de lágrimas que viriam em qualquer momento. O padre ia se assustar bastante.

“E você,Edward Anthony Masen Cullen, aceita essa mulher como sua esposa,para amar e respeitar,na saúde e na doença,na alegria e na tristeza,na riqueza e na pobreza,até o fim de vossa vida?”

“Aceito.”Edward falou,olhando para mim,sorrindo aquele maravilhoso sorriso que eu amo.

“Pelos poderes concedidos a mim pela santa igreja eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar sua esposa.”o padre falou,sorrindo finalmente quando viu a nossa hesitação em beijar.

Nos aproximamos devagar,tentando alongar aquele momento para sempre,nossos lábios se colando com delicadeza,seus braços me envolvendo apaixonadamente. Seus lábios se deslocaram da minha boca em direção ao meu ouvido,sussurrando:

“ E eu desistiria da eternidade para te tocar,pois eu sei que você me sente de alguma maneira.Você é o mais próximo do paraíso que jamais estarei. E eu não quero ir para casa agora. E tudo que posso sentir é este momento, E tudo que posso respirar é a sua vida. E mais cedo ou mais tarde se caba,só não quero ficar sem você essa noite.”

Sorri largamente,engolindo em seco para evitar as lágrimas que tentavam cair. Outra música que me recordava de tudo,de nós,se encaixando perfeitamente em nosso pequeno conto de fadas. De repente o barulho de uma bateria me assustou,as notas de ‘Iris’ balançando em meus ouvidos e Paul,Jared e Quil tocavam a música para nós. Uma saída triunfal.

Ri do bater de palmas e dos gritos de Tom e Aleezah. Parecia tão estranho e tão certo ao mesmo tempo... Era quase bizarro isso tudo. Caí nos braços de vovó Renne,que não parava de falar como eu era nova e linda em meu vestido de noiva,com seu marido falando a mesma coisa. Saí do abraço apertado de vovó para parar nos braços de Vovô Billy e  Vovô Charlie,alegres. Eles cumprimentavam Edward e cumprimentavam a mim,a nova senhora Cullen (imagine!). Rose Emmmet me rodaram pelo salão e quase sufocaram Edward.

Alice pulava em minha volta,falando das coisas que ela tinha comprado para mim de casamento,enquanto Jaz juntava toda sua concentração para acalmar Alice. É provável que ele não consiga... Mas Jaz deve ser capaz de pelo menos fazer ela parar de pular.

Carlisle conversava com Edward e logo se voltou para mim para me desejar felicidades. Esme parecia estonteantemente feliz. Era tanta felicidade que era engraçado. Passei também pelos braços dos amigos de Carlisle que depois de tanto tempo acabaram virando meus amigos.

A multidão foi nos empurrando lentamente em direção à pista de dança com direito à cadeiras e mesas decoradas como meu buquê de rosas negras. Uma banda começava a tocar uma música baixinho e sorrimos para o resto dos lobos,com seus abraços quentes que nos cumprimentavam.

Edward tinha me contado sobre o tratado...Mas era tão estranho pensar que tinha existido um tratado  quando eles pareciam tão amigos. Leah,graças a Deus não estava lá. E Sue...

“Ei,Prudence!”Falei abraçando a linda morena de pernas compridas que correu até mim. “Você viu Sue?”perguntei,cumprimentando Flynn,seu namorado.

“Ah...Você não soube?”ela perguntou,olhando para mim e Edward. “Sue teve um infarto. Ela está no hospital no momento.”Prudence respondeu séria,vendo a confusão em meus olhos.

“Por quê?” perguntei ainda mais aflita,tentando ignorar a cara de pânico que Edward tinha feito.

“Seth não apareceu depois que você...sabe? Nós também não conseguimos nos comunicar com ele.” Ela falou,parecendo mais triste que o possível.

“Eu...eu sinto muito.”falei em um fio de voz,apertando meus dedos nos de Edward.

“Ei!Ô casal maravilha!Não vão dançar não?”Emmet gritou,levando risadas da platéia. Minhas bochechas queimaram envergonhadas,me mostrando alguns resquícios da minha humanidade.

Edward me conduziu até a pista,parando só para Alice tirar o véu longo. Fleshes piscavam em todos os lugares e a forte luz em meus olhos não era algo bom. As mãos de Edward me envolveram protetoramente e uma bela música começou a tocar lentamente.

Seria surpresa se eu conhecesse essa música?

E que eu tinha escutado Esme cantarolar ela enquanto limávamos a casa?

E que eu soubesse o significado,já que eu tinha perguntado para ela?

Eu não me surpreendo mais com nada.

Então Edward me levou,ao som de uma bela música italiana que tinha feito sucesso quando Edward devia ter seus 40 anos de vida vampírica. ‘Al Di Lá’ de Emílio Pericoli.

“Non credevo possibile, Si potessero dire queste parole” A voz do cantor encheu nossa dança.

“Não acreditava possível se pudessem dizer, estas palavras:” comecei a traduzir,sentindo minha minhas bochechas arderem.  

Edward sussurrou junto com a música,sua voz tornando mais belas as palavras de Emílio.

“Al di là del bene più prezioso, ci sei tu. Al di là del sogno più ambizioso, ci sei tu”  

“Além do bem mais precioso,estás tu.Além do sonho mais ambicioso,estás tu.”sussurrei no seu ouvido,a voz meio embargada.

Nossos corpos rodavam com o compasso da música,lento e bonito.

“Al di là delle cose più belle. Al di là delle stelle, ci sei tu” sua voz dançou em minha bochecha,um longo suspiro saindo de meus lábios.

“Além das coisas mais belas, além das estrelas,estás tu” falei,sentindo meu coração dar batidinhas erráticas.

“Al di là, ci sei tu per me, per me, soltanto per me. Al di là del mare più profondo, ci sei tu.” A voz de Edward fazia cócegas em meus ouvidos.

“Além, estás tu,para mim, para mim,somente para mim. Além do mar mais profundo,
estás tu.” Murmurei em seu ombro,suspirando em júbilo

“Al di là dei limiti del mondo, ci sei tu.” A voz de Edward foi ficando mais embargada,enquanto rodávamos pelo gramado.

“Além dos limites do mundo,estás tu.” Falei dando pequenas respirações entrecortadas para evitar o choro.

“Al di là della volta infinita, al di là della vita. Ci sei tu, al di la, ci sei tu per me.” Edward arrulhou,beijando minha face,aumentando o ritmo da minha respiração entrecortada.

“Além do horizonte,além da vida,estás tu, além,estás tu para mim.” Solucei,olhando para os olhos dele,piscando rapidamente para evitar as lágrimas que se acumulavam meus olhos.

Ele sorriu,seus olhos faiscando completamente,a emoção saindo de seu corpo,me atingindo loucamente. Aquilo era lindo,maravilhoso,sublime! Juntei minha cabeça em seu peito e dançamos a noite inteira.Ninguém nos separou,ninguém nos interrompeu.

Só dançamos.

E dançaríamos.

Sempre juntos.

Além da própria vida.

Al Di Lá.


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Notas finais do capítulo

por hoje só!
não aguento maissss!
Obrigado a todos pelos reviwes e pela leitura dessa minha primeira fic!!!

OBRIGADOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!

BitesandKisses,
Ninha Cullen



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