Sweet Mystery escrita por MistyMayDawn


Capítulo 6
Capitulo VI


Notas iniciais do capítulo

Acabou ficando muito grande e eu não quero que seja uma leitura cansativa, então dividi o capitulo em dois, em breve postarei o ultimo.
E me desculpe pelos pequenos erros de digitação, eu não revisei (porque a preguiça me domina)
Boa leitura



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Meu corpo estremeceu e meus olhos se arregalaram para a pessoa à minha frente. Ele ou ela, não conseguia distinguir, vestia uma roupa preta, assim como suas botas, a capa longa, as luvas e a máscara que parecia ser de algum personagem de filme de terror e só deixavam suas orbes amarelas a mostra, me encarando com odeio. Mal consegui processar direito sobre o que ele quis dizer com "mudança de planos" e veio rapidamente em minha direção, apontando a longa faca para meu peito. Corri, exasperado.

O homem gritava coisas inteligíveis e murmurava outras inaudíveis para si mesmo. Eu também não fazia questão de entender o que ele gritava, eu estava muito mais preocupado em tentar despistar ele e desviar das inúmeras pequenas facas que ele jogava em mim. Por um momento eu me distraí pensando no que fazia para me livrar e acabei tropeçando em uma calçada tentando atravessar a rua, foi quando uma faca passou de raspão pelo meu tornozelo, porém, não senti nada de tamanha adrenalina que passava pelas minhas veias. Xinguei-me um pouco, porque eu tinha certeza que quando me calmasse iria doer de mais.

Continuei correndo, depois de algumas quadras (e eu já estava me perguntando onde foram parar as pessoas quando eu preciso) tive que fazer uma pequena pausa para recuperar o fôlego, pois já estava ofegante de mais e sentia que ia morrer de desidratação. O meu perseguidor, porém, continuou em meu encalço, assim que se aproximou até de mais voltei para a corrida. Mas logo me arrependi quando o perseguidor atirou sua última faca, a maior de todas e a que apontava pra mim quando apareceu. Foi tão rápido que quando dei por mim estava preso em uma parede pela calça, por muita sorte não me machucou. Agarrei a faca pelo cabo e forcei para frente, mas ela estava tão enterrada na parede que quase não se mexeu.

– Finalmente! – Disse ele com uma voz sombria.

Ele parou com a corrida e veio até mim lentamente, como se tivesse esperando isso a tempo de mais e queria fazer tudo lenta e dolorosamente. Continuei tentando arrancar a faça da parede, mas estava muito fundo e minhas mãos suadas não ajudavam.

– Você sabe quanto tempo eu esperei por isso Paul Shinji? – Sussurrou.

– O quê? Quem é você?

– Eu até queria que você soubesse quem irá te matar, mas não posso me dá a esse luxo.

Suas duas mãos foram para o cabo da faca, e então ele a puxou, minha calça rasgou. Ele levantou a faça bem alto e gritou "morra" ao tentar me cortar. Mas eu fui bem mais rápido, desviei da facada rolando para o lado e lhe dei um soco no rosto. Ele cambaleou para trás, aproveitei o momento de fraqueza e inseri outro golpe, dessa vez um chute na barriga. Depois saí correndo, dei uma rápida espiada para trás e ele estava de joelhos me olhando mortalmente com aqueles olhos âmbares. De alguma forma eu sentia que já tinha os visto em algum lugar.

Meus braços e pernas estavam pesados e dormentes, como se eu tivesse corrido uma maratona, e meu tornozelo sangrava. Só consegui chegar até o telefone publico, digitei os números e levei-o até a orelha sentido que ele pesava uma tonelada e me sentei, senti um alivio e um prazer estranho em estar fazer isso.

Tut. Tut. O telefone chamava.

Tut. Tut. Sentia uma sensação de que estava sendo observado.

Tut. Tut. Finalmente atendeu.

– Alô, aqui é da Polícia Local de Sinnoh, algum problema? – O mesmo policial que me atenderá a alguns minutos falou.

– Arrr... Alô, venham até a Rua Floreios nº 2, meu nome é Paul Shinji, sou filho do policial Koji Shinji. Estou precisando de ajuda! Uma pessoa tentou me matar jogando facas! Eu conse...

E então tudo escureceu.

***

Não havia sequer uma alma se arriscando a andar naquela rua assustadoramente escura, a não serem os gatos de rua e corujas com seus grandes olhos. Eram três e meia da madrugada e eu corria por essa rua sem saber para onde realmente estava indo. Fazia muito frio e o silêncio reinava, o único que ameaçava esse reinado era o barulho da sola do meu tênis contra o chão e a minha respiração descompassada. Um vulto encapuzado apareceu logo à frente, parei de imediato e ele deu uma risada maldosa, seus olhos ambares brilhavam de satisfação ao ver que eu sentia medo. Como se aquilo o divertisse. Como se eu fosse seu bobo da corte. E talvez realmente fosse. Por que como um relâmpago, um piscar de olhos, ele já estava na minha frente. Uma rajada de vento nos atingiu, balançando meus cabelos e a longa capa dele.

Quanto dei por mim estava olhando para o alto no ponto mais extremo de um precipício cuja queda era diretamente no mar. Era um dia nublado, era um dia de chuva, instável, inquieto, pronto para desabar. Os poucos pássaros que se atreviam a cortar os céus atraiam minha atenção. E então ele chegou. Os olhos ambares brilhavam em meio aquela escuridão que o envolvia, maldosos e divertidos. Senti-me tão infantil naquele momento, eu não eu mesmo, não tinha forças para lutar, a simples presença dele me impedia de me mover.

Ele se aproximou de mim, calmo e silencioso. Os pássaros que antes voam silenciosamente por aquele céu tão sem cor agora nos observavam parados no ar. Ele tocou os meus ombros e sem controle sobre meu próprio corpo minhas pálpebras se fecharam. Senti a palma da mão dele sob meu coração. E então veio a dor. A mão dele atravessou o meu peito. Eu sentia o aperto firme dela fechando-se em volta do meu coração, rasgando as artérias e as veias. Abri os olhos, desesperado. Com a outra mão ele tirou a mascara, porem eu não conseguia ver o seu rosto, apenas que sorria tranquilamente para mim, na mesma proporção que puxava meu coração para fora lentamente, até que ele fosse visível para nos dois. E eu sentia a morte chegando. E ele continuava parado, sorrindo, analisando o tesouro que possuía em suas mãos e então abrindo o seu próprio peito e retirando o seu coração para colocar o meu. Gargalhou. E me empurrou do precipício.

Acordei desesperado e ofegante, sem saber onde estava, quando era e o que tinha acontecido. Minha espiração estava pesada e descompassada, meu corpo estava suado e grudento, minha visão estava turva. Esfreguei os olhos na esperança de “arruma-la” e deu certo, já enxergava melhor, só ardia um pouco por não estar acostumado à escuridão. Quando enfim se acostumou pude distinguir onde eu estava, no meu quarto.

Que diabos aconteceu?

Meus olhos foram diretamente para o despertador em cima do criado-mudo, marcava 5:30 da madrugada. Levantei para procurar meu celular e descobrir a data, achei-o também em cima do criado mudo, e suspirei aliviado que era segunda feira do dia seguinte. Olhei para o meu tornozelo estranhando que eu não sentia dor, ele estava cuidadosamente enfaixado.

Cocei a cabeça e fui até o meu banheiro para tomar um bom banho e esquecer o pesadelo estranho que tive e o meu quase assassinato. Liguei a ducha e enchei, tomando o cuidado de deixar a perna machucada para longe da água. Ele me conhecia e queria me matar não porque eu estava vulnerável ali e sim porque eu era Paul Sinji. Então era isso! O assassino em serie queria a mim! Será se ele estava atrás de mim esse tempo todo?

Depois de toda a higiene matinal feita, fui para o quarto e me vesti com o uniforme brega da escola. Dei uma olhada mais uma vez no meu tornozelo machucado e desci mancando até a cozinha. Clarie, meu pai e Reggie comiam tudo em silencio, estranhei.

– Bom dia.

– Paul! – Reggie se levantou bruscamente e veio até mim – O que você está fazendo fora da cama? Porque está vestindo o uniforme? Não me diga que você vai pra escola?

– Hã? Porque eu não iria?

– Paul você sofreu uma tentativa de homicídio. – Dessa vez foi Clarie quem respondeu. Ela parecia preocupada... Espero! Preocupada?

– O que aconteceu comigo depois que apaguei?

– Os policiais foram checar a Rua Floreios nº 2, porque não parecia ser trote já que se identificou. – Respondeu meu pai – No caminho, encontramos um sujeito suspeito vestindo uma capa preta, ele estava recolhendo um monte de pequenas facas do meio da rua. Quando nos viu o cara correu, perseguimos, mas o maldito escapou. Depois fomos para a Rua Floreios nº2 e te achamos sentado debaixo de um orelhão inconsciente, te levamos para um hospital.

– Você não pode sair daqui Paul! Tem que ficar aqui tanto pelo seu tornozelo quanto por esse assassino em serie. – Reggie falou serio.

– Mas eu tenho que ir! Tenho um teste de Química e a escola é segura. Que tipo de assassino em serie iria até uma escola cheia de gente na luz do dia pra me matar?

Meu pai suspirou.

– Tudo bem, mas você vai ter que voltar com o Reggie.

– Não se preocupe.

Então ele fez o que eu nunca em um milhão de anos eu pensaria que ele fizesse, meu pai me abraçou, sendo seguido por Reggie e Clarie. Eu fiquei paralisado, sem reação alguma. Depois disso eu não tenho mais certeza que meus pais me odeiam, eles se preocupam mesmo comigo... Até Clarie... Ela estava com os as bolsas dos olhos inchadas, será? Não! Não pode ser.

– Não chorei assim desde quando minha mãe morreu. – Ela falou me dando um sorriso.

UM SORRISO! E um sorriso SINCERO! Clarie nunca sorriu assim pra mim. Eu acho que um extraterrestre abduziu meu pai e Clarie... É, só pode ter sido isso.

O abraço foi desfeito, meu pai e Clarie sentaram a mesa para terminar seu café da manhã. Reggie falou para eu comer o meu café-da-manhã e eu aleguei que não estava com fome, e saímos. Reggie me levou de carro até a escola. And veio correndo desesperado.

– O que aconteceu com você? Você sumiu!

– Aqui não vai dar pra te contar, depois conto o que aconteceu.

– Paul, papai acabou de ligar dizendo que quando acabasse as aulas era pra gente ir até a delegacia registar um boletim.

Concordei e ele foi estacionar o carro. Ash olhou pra mim com uma cara confusa.

– Depois eu te conto.

Fomos até a classe, porque nos dois teríamos teste de Química, e eu contei tudo para ele, com todos os detalhes. Desde o momento do beijo (que eu pensei se deveria contar ou não) até o momento que desmaiei sentado na calçada embaixo do orelhão. Ash tinha uma expressão de surpresa misturada com descrença. Contei também o que aconteceu hoje de manhã, ocultando, é claro, o sonho estranho com o assassino em serie que eu tive.

– Não acredito! – Falou Ash incrédulo – Você acha mesmo que ele pode estar atrás de você?

– Eu tenho quase certeza, ele falou: “Você sabe quanto tempo eu esperei por isso Paul Shinji?”

– Cara, se eu fosse você eu ficava em casa.

Eu ia respondê-lo, mas o barulho da porta batendo na parede me chamou atenção. Kenny estava em pé diante a porta, sua perna levantada deixando claro que ele tinha chutado a porta. Seu rosto estava vermelho de raiva, se fosse ele fosse de um desenho animada estaria saindo fumaça de suas narinas.

– O que foi, cara? – Perguntou Barry se aproximando do amigo.

– VOCÊ NÃO VAI ACREDITAR NO QUE ACONTECEU ONTEM! – Ele gritou, não duvido que até lá embaixo desse pra ouvir os berros – Depois do trabalho todo que eu fiz pra convencer a Dawn de ir lá pra casa acontece ISSO!

– O que? – Perguntou Barry curioso.

– Da pra acreditar que duas viaturas arrombaram a porta da minha casa, perguntaram se eu estava bem e se tinha visto alguma coisa estranha, tipo um ladrão com uma metralhadora, e depois vasculharam tudo? Depois disso Dawn foi embora. – Todo mundo riu da cara do Kenny – DO QUE ESTÃO RINDO?

E então todo mundo riu ainda mais, Kenny saiu furioso resmungando que se achasse quem tinha feito isso o mataria, e Barry foi correndo atrás dele sendo seguido por Zoey. Eu e Ash rimos da cara do Kengo, nossas barrigas até doíam. E assim que isso aconteceu me recompus. Se Kenny descobrisse que tinha sido eu ele ficaria com tanto medo que quem iria se desculpar seria ele.

– Então Paul, depois de tudo isso que aconteceu acho que você não estudou pra prova, né?

– Dei uma revisada ontem de tarde, mas nada que vai me fazer tirar nota boa.

Ash colocou a mão no queixo pensativo. Estranhei aquilo.

– Acontece, meu caro amigo, que eu estudei. E eu acho que você está merecendo ter minha ajuda depois do que aconteceu.

– Serio? – Perguntei surpreso – Ash estudando? Vai chover cachorro-quente. – Brinquei.

– Idiota! Vai aceitar ou não?

– Mesmo sendo irônico, porque geralmente sou eu quem te da resposta, eu aceito.

– De nada.

O professor encontra na classe, ele estava todo desarrumado como se tivesse acordado tarde e pegado qualquer roupa que viu pela frente. Vestia uma blusa social amassada com apenas a metade para dentro da calça, a calça nem se fala, parecia que ele tinha mijado porque uma fina e húmida linha descia desde a coxa até o final, e ela estava com dois sapados diferentes, um preto social e outro marrom também social. O professor de cabelo grisalho ajeitou os óculos no nariz e colocou a sua papelada bagunçada em cima da mesa, revirou toda aquela bagunça e juntou em pilha todas as provas.

Enquanto o professor se organizava, os alunos se arrumavam nas carteiras e eu e Ash pensávamos na nossa estratégia, e é o seguinte: Eu ficaria atrás de Ash, como para fazer a prova o professor iria entregar uma folha em branco Ash trocaria de folha comigo quando o professor não estivesse vendo. Eu só tinha um trabalho, que era ficar fingindo que estava fazendo alguma coisa, o que era fácil. Mas caso desse errado o jeito seria pegar da forma antiga, olhando para a prova dele.

O professor pegou a pilha que tinha organizado nos braços e começou a distribuir. Dawn entrou desesperada pela porta, dando um susto do professor que se irritou.

– Isso é hora de chegar Senhorita Hikari?

– Professor...

– Nada de professor, vá logo para o seu lugar antes que eu pude de ideia.

O professor rabugento e rechonchudo lhe entregou o prova e a folha em branco e Dawn foi para o seu lugar (que ficava ao meu lado). Ela estava com uma aparência acabada, tinha olheiras profundas, o uniforme mal ajustado no corpo e amassado e os cabelos despenteados. Ela está de ressaca depois do álcool que ingeriu no baile.

Encarei minha prova, coloquei meu nome e a data. Bom, já que eu não ia fazer nada procurei ler a prova. Só tinha coisa que eu não sabia, o assunto era cálculos estequiométricos. Rabisquei algumas vezes na folha em branco só pra dizer que eu estava fazendo alguma coisa, o professor de hora em hora levantava ficava parado no final da classe feito uma estatura depois voltava, se sentava e lia o seu livro superinteressante chamado “Assim Falou Zaratustra” de Friedrich Nietzsche.

– Paul... – Sussurrou Ash. Inclinei-me para frente para poder ouvi-lo melhor – Hora de trocar os papeis.

Concordei com a cabeça e peguei minha folha. Dei uma olhada no professor e ele parecia entretido no livro. Ash colocou a folha atrás se si e a minha folha tocou nela, rapidamente ele pegou a minha e eu peguei a dele. Ash pegou sua prova, entregou e saiu. Eu copiei tudo rapidamente e calmamente. Peguei minhas coisas, entreguei para o professor e saí. Não era que Ash sabia de tudo mesmo? Ah, também, Misty é uma das melhores alunas do colégio, namorar a ruiva está fazendo bem para ele.

Ao chegar lá fora descobri que a aula de Educação Física mudou de horário, antes só eram as quartas, sextas e sábado agora são nas segundas, quintas e sextas. Que odeio!

Depois que todos os alunos terminaram as suas provas, o que demorou quarenta minutos e nesse meio tempo eu e And ficamos conversando, fomos todos para o vestiário (que ficava do lado de fora do prédio) e fomos para a quadra de vôlei.

A professora de Educação Física era uma mulher loira de olhos muito intimidados e corpo musculoso, ela estava vestida igual aos alunos, um short branco, blusa sem manga azul, tênis esportivos e uma meia branca e grossa. Eu já achava o Uniforme escolar ridículo, imagine o da Educação Física.

Depois de muito falatório e discursões porque eles não queriam jogar vôlei e tentavam a todo custo convencer a professora que Futebol era melhor, não adiantou nada, era vôlei e fim de papo. Ela dividiu o time entre dois grupos de meninos, o mA e o mB, e dois times de garotas, fA e fB. De novo mais brigas e discursões. A professora se irritou e mandou todo mundo “calar as malditas bocas” e todos tremendo de medo obedeceram.

– Onde está a bola e a rede? – Perguntou a Professora impaciente

– Que bola e rede? – Perguntou Kenny.

– Ora que bola e rede menino? Como vamos jogar vôlei sem uma bola e uma rede?!

Ela parecia que ia explodir de raiva, aí contou até dez e calmamente perguntou:

– Algum aluno pode me fazer o favor de ir ao porão?

– Eu vou Professora! – Gritou Dawn alegre.

– Eu também quero ir! – Exclamou Candice – Vai ser difícil ela trazer sozinha a caixa de bolas e a rede.

– Tudo bem, podem ir. Dois pontos para as duas.

Alguma coisa me diz que ela não quer somente ajudar ela.

Dawn e Candice foram para o maldito, famoso e temido porão que ficava em baixo da escola. Alguns alunos reclamaram que se soubesse que iriam ganhar ponto teriam se oferecido também, a professora (com todo o seu pavio-curto) gritou de raiva e mandou todo mundo dar duas voltas ao redor do colégio. Muitos protestaram, mas aí ela ameaçou de que seriam quatro voltas e todos correram imediatamente.

– Maldita seja! – Reclamou Ash sussurrando – Não deviam colocar uma professora com esse temperamento para dar Educação Física. Por acaso eles querem nos matar?

– Provavelmente. – Respondi.

Felizmente, ou infelizmente, não corri nem metade do que os outros alunos por causa do meu tornozelo machucado.

Passou-se 7 minutos, e nada de Dawn e Candice chegarem. Depois da mini maratona, todos estavam sentados e alguns deitados na quadra enquanto se hidratavam com água. A Professora batia o pé no chão impaciente, se ela continuasse fazendo isso abriria uma cratera ali.

– PAUL SHINJI! – Berrou a professora.

Me assustei um pouco, o que ela queria? Coloquei a garrafinha de água em cima de uma mesa e me levantei, Ash sussurrou um “boa sorte”, e então fui até ela.

– Senhora?

– Já que você não correu muito vá até o porão e veja porque estão demorando tanto!

– Será que você pode mandar outra pessoa?

– NÃO!

Fui andando até o porão, ficava um pouco longe. Enchei a entrada, desci algumas escadas, abri a porta e lá estava o maravilhoso porão de Bom Bosco. Havia pilhas e pilhas de materiais inutilizados: bolas de basquete pelo chão, coletes, sapatos... Parecia mais um depósito de lixo. Adentrei mais no local, podia não parecer, mas o porão era enorme.

– AAHHHHH – Ouvi um grito estridente aterrorizado. – PARE POR FAVOR! – Desta vez reconheci a voz. Dawn!


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