Alvo Severo e o retorno da bruxa vingativa escrita por Lizandra Buttler


Capítulo 1
A partida. - Narrado por Alvo Severo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/515613/chapter/1

Procuro meu irmão, James, ele deve estar com os amigos dele por aí.

Seguro Rosa, minha prima, pelo pulso e a puxo por entre os alunos que se aglomeram nos corredores a procura de um lugar para sentar.

Avisto James mais a frente, ele está de mãos dadas a uma ruiva. Quando encontram um compartimento provavelmente vazio os dois entram rindo. Alcanço o local onde eles estão e vejo os dois se beijando calorosamente. Ao ver que os observo James fecha a cortina impedindo a minha visão.

Continuo procurando um lugar para me sentar com Rosa e percebo que há um compartimento com apenas um garoto mas que totas as pessoas que por ele passam, ignoram e fazem comentários baixinhos.

Sem hesitar abro a porta do compartimento e pergunto ao garoto:

– Podemos nos sentar? - aponto para mim e para Rosa. O garoto levanta as sombrancelhas supreso.

– Sim! Por favor, sintam-se a vontade. Prazer meu nome é Scorpius... - ele abaixa o tom de voz como se não quisesse que eu o ouvisse- ... Malfoy

– Prazer, sou Alvo Severo Weasley Potter e está é Rosa Granger Weasley, minha prima.

Como se reparasse apenas agora em Rosa, os olhos de Scorpius brilham ao olhá-la.

– Prazer em conhecê-lo Sr. Malfoy. - Rosa aperta a mão pálida do louro.

Lembro-me do que tio Rony disse alguns minutos antes de embarcarmos no trem. Eu não estava prestando atenção mas acho que era "não fique muito amiga dele, Rosinha. Vovô Weasley nunca perdoaria se você se casasse com um sangue-puro" e ainda antes disso ele apontou para um homem alto e louro e disse "então aquele é o pequeno Scorpius. Não deixe de supera-lo em todos os exames, Rosinha."

Ah, então este é o tal do Scorpius. Meu pai contou sobre a família Malfoy. Começando por Lúcio Malfoy, um comensal da morte, fiel seguidor de Voldemort. Até hoje me impreciono com as histórias da incríveis batalhas entre meu pai, o famoso Harry Potter e Voldemort, o bruxo mais temido de todos. Já faz dezenoves anos que meu pai o reduzio a pó e a história é passada de geração a geração. Onde vivemos sempre somos parados para fazermos entrevista sobre "como é ser filho do bruxo mais famoso de todos" e eu sempre respondo "é... Normal."

Scorpius pega sua varinha de dentro do casaco. Lembro da história que meu pai me contou. Draco Malfoy, filho de Lúcio Malfoy, quase matou Dumbledore em seu sexto ano em hogwarts. Desde então os Potter e os Malfoy nunca foram tão amigos apesar de terem se entendido alguns anos após o ocorrido.

Será que Scorpius tentará me matar?

Jogo-me para o lado e puxo Rosa junto a mim. O louro me olha incrédulo.

– Pensou que eu estava tentando te matar?

– É... Nossas famílias nunca foram muito amigáveis não é mesmo? - respondo.

– Droga! - diz Scorpius colocando as mãos no rosto. - Droga! Droga! Droga! - ele bate com a mão na porta do compartimento. Todos acham que só porque sou filho do "horrível" Draco Malfoy sou igual a ele. Não! Eu não sou mau! Eu só quero ter amigos! Todos tem medo de mim, ele me ignoram, fogem, temem. - O louro começa a chorar. - odeio meu pai! Odeio minha família! Por que eu tive que nasci com o fardo de me chamar "Malfoy" ? Eu me odeio!

– Acalme-se Scorpius. - diz Rosa sentando ao lado garoto. Percebo que ele deve ser mais ou mento quinze centímetros mais alto do que ela. - Desculpe o equívoco de meu primo. Ele apenas se assustou. Nós somos seus amigos. Pode confiar em nós. Sabemos que você não é mal. Não pertence a sonserina.

Sinto um aperto na garganta " Não pertence a sonserina" e se eu for para a sonserina? Rosa achará que sou mau? E James? Irá me zuar para o resto da vida. E o que dirá meu tio Rony? Será que ainda irá olhar em meus olhos no natal?

– O problema... É que tenho que ir para a sonserina. Uma voz fala em minha mente "Se você não for para a Grifinória, nós a deserdaremos" tio Rony disse isso para Rosa antes de embarcarmos.

– Sei como se sente. - falo para Scorpius. Ele levanta os olhos de vagar.

– Sabe? - ele pare confuso.

– Sim! Meu tio, pai de Rosa... Ele diz que não podemos ir para a sonserina. É como acontece com você, porém o contrário. Mas... Só veremos nossos pais no Natal não é mesmo? Podemos nos rebelar. - esboço um sorriso malicioso em meu rosto.

Scorpius balança a cabeça.

– Não posso. Meu pai me mataria.

– Scorpius. - diz Rosa ela encara os olhos azuis do loiro. - Você não pode ser manipulado pela sua família. Se você tiver a personalidade de um sonserino você vai para a sonserina. E se não tiver, vai para outra casa. Seu pai não pode mandar nisso, nem seu avô, nem ninguém.

Escuto a voz da mulher do carrinho de doces.

– Doces! Suco de abóbora! Sapos de chocolate! Feijõezinhos de todos os sabores! Bolo de caldeirão!

– Eu estava esperando por isso. - Diz Scorpius. Ele tira alguns galeões do bolso e devolve a varinha. Então foi por isso que ele a tirou antes. Para pegar as moedas! O loiro abre a porta do compartimento. - três sapos de chocolate, por favor.

– Aqui está. Três sapos de chocolate. Um galeão. - Scorpius entrega o dinheiro a mulher e fecha a porta.

– Peguem. Um sapo de chocolate para cada um.

Abro minha caixa e pego o sapo dou uma mordida em sua cabeça antes de olhar para a figura dentro da caixa.

"Harry Potter " viro a carta e leio "Harry Potter com apenas dezessete anos de idade destruiu as sete horcruxes do você-sabe-quem e o destruiu. Este bruxo é um dos melhores apanhadores que o mundo bruxo já teve e hoje dedica-se a função de auror. Ele nasceu em 1980 um ano antes de seus pais morrerem assassinados por seu inimigo. Atualmente, Harry é pai de três crianças James, Alvo e Lily. Casado com Ginevra Molly Weasley."

– E aí? Quem você tiraram? - pergunta Rosa colocando um pedaço do chocolate na boca. - na minha veio Alvo Dumbledore.

– Remo Lupin. - Responde Scorpius.

– Harry Potter. - dou de ombros. E solto um suspiro. - Papai ama encontrar a si mesmo nas cartas.

– Sorte a sua que o seu pai não é conhecido por "o comensal que tentou matar Dumbledore." - responde Scorpius. - Sabe, as vezes eu invejo os bruxos que não fizeram nada de importante. Se eu fosse filho deles eu poderia ser um menino normal e ter uma vida normal.
Penso em responder algo quando meu irmão aparece na porta seguido da garota ruiva. Sem bater ele abre a porta do compartimento.

– Estamos com problemas.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que gostem da fic, por favor comentem o que acharam do capítulo. Paro ou continuo? Preciso da opniao de vocês. E se gostaram não se esqueçam de colocar a opção "acompanhar" para estar sempre ligado dos novos capítulos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Alvo Severo e o retorno da bruxa vingativa" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.