We Are Stars escrita por Akira


Capítulo 8
☆ 07. Sonho talvez nem tão desagradável.


Notas iniciais do capítulo

Olá meus leitores lindos que eu amo tanto! ♥ Como estão?
E cá estou eu, postando mais cedo! Que loucura, ein. :D
Sim, eu mudei a capa da fanfic de novo. Me perdoem, mas tenho essa péssima mania de enjoar rápido das coisas... espero que essa capa fique por um bom tempo. Particularmente, gostei muito dela. O que acharam? ♥
Quero agradecer aos reviews do último capítulo, sério, vocês são muito amorzinho, quero abraçar todas vocês aweifjoçkalew ♥ E também me desculpar, porque eu errei a imagem do capítulo. Ao invés de por "Capítulo 6", eu coloquei "Capítulo 5", e tive preguiça de arrumar. Mas, faz parte, né? aefijow
Enfim, fiquem com o capítulo! ♥



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We Are Stars — Capítulo 07

Lucy Heartfilia.

Eu soltava gemidos abafados conforme os lábios molhados dele percorriam meu pescoço.

— N...Natsu...

Meus braços enlaçavam em torno de seu pescoço, e eu brincava com as madeixas róseas do rapaz. A mão direita de Natsu estava apoiada na parede, e a outra acariciava carinhosamente minha cocha. Não lembrava de como havia chego nessa situação, nem mesmo onde estava, mas, de qualquer forma, não era importante, e eu não estava em estado para raciocinar sobre.

Nunca em minha vida tinha sentido tais alterações em meu corpo. Era quente. Prazeroso.

E muito excitante.

— Lucy — ele parou, e aproximou seu rosto ao meu. Senti o calor nas minhas bochechas. Natsu, aos poucos, chegava mais perto. Fechei os olhos, no entanto, no momento em que achei que iria me beijar, ouvi sua voz próxima ao meu ouvido. — Acorde.

— Lucy! — Uma voz fina sussurrou, e senti alguém cutucar meu ombro. Levantei minha cabeça e olhei em volta. Um sonho.

Demorei para notar que estava na faculdade. Os alunos permaneciam em silêncio, enquanto alguém lia em voz alta. Olhei para a pessoa ao meu lado, a garota me encarava um pouco irritada. Foi aí que eu me toquei que estava na aula de Sociologia, e estávamos quase no fim do seminário. A leitura se encerrou junto com a aula.

Yukino me olhava um pouco desapontada.

— Não acredito que você dormiu — colocou sua mão na testa.

— Também não acredito — falei, mais para mim mesma do que para a albina. Estava frustrada. Havia perdido a principal nota para eu não ficar em dependência no final do ano, além de ter jogado mais de três horas escrevendo no lixo.

Nota mental: Queimar todos os papéis da pesquisa de Sociologia.

— Você sempre é tão responsável, o que é que te deu? — A albina indagou, cruzando os braços.

Sinceramente, nem eu mesma sabia. Estava um pouco confusa, principalmente após um sonho tão... constrangedor. Depois de Levy contar sobre a doença da irmã de Natsu, fiquei um pouco irritada, talvez pelo o fato de que ele sabia como eu me sentia, e mesmo assim queria que eu mudasse. Era errado, no meu ponto de vista. Ou estava irritada por ele não me contar?

Talvez eu tivesse começando a ter uma pequena quedinha por ele.

— Sei lá. Não dormi bem no fim de semana, estava morta — respondi, depois de alguns minutos de silêncio. Yukino revirou os olhos e soltou uma risada, murmurando um “Vê se bota teu sono em dia”. Eu estava me preparando para a próxima matéria, mas o professor de Sociologia veio até a minha mesa e jogou uma pilha de papéis sobre ela.

— Senhora Heartfilia, acho que, agora que teve seu sono de beleza, pode entregar estes papéis para o professor de química, não? — Aquilo tinha soado mais como uma ordem à um pedido. Afirmei que sim com a cabeça e levantei. Yukino levantou seu polegar num sinal de “boa sorte” e eu saí da sala.

Os corredores da universidade ficavam um pouco quietos durante as aulas, mas ainda tinha alunos caminhando por lá. Claro, os horários eram completamente distintos uns dos outros. Me perguntava o porquê do professor pedir uma tarefa tão insignificante para mim – isso não era contra as normas da faculdade? Eu iria perder aula, afinal. Mas, no final das contas, optei por ignorar a questão e apenas realizar o que ele havia pedido.

Andei muito até chegar na sala de química. Tive sorte que a aula estava acabando, então seria mais fácil me comunicar com o professor. Bati na porta, todavia, não fui atendida. Bati outra vez: nada. Ignoraram novamente na última tentativa, então abri por mim mesma.

Como eu esperava, a sala estava vazia, tirando uma pessoa que estava no fundo da classe, perto do quadro, falando no telefone.

— Certo, nos vemos de noite, então. — Reconheci aquela voz, mas não tirei conclusões precipitadas. — Te amo. — E desligou.

— Com licença... — Eu disse, baixo. E o professor se virou.

Era Gray. De primeira, levei um susto: ele já tinha cursado? Talvez fosse por esse motivo que ele conhecia Levy e os outros? Ele parecia ter a minha idade, mas, agora, tinha minhas dúvidas. O moreno vestia um jaleco de laboratório com seu nome escrito, e também um óculos – com certeza, muito mais formal e intelectual do que na festa do fim de semana. Parecia surpreso ao me ver.

— Lucy! — Exclamou, sorrindo. — O que lhe traz aqui?

Estava um pouco abismada, então demorei para respondê-lo.

— Ah, eu... — Comecei. — O professor de sociologia pediu para eu te entregar estes papéis...

Gray andou em minha direção e tirou o peso de meus braços. Agradeceu e depositou as folhas em cima de sua mesa.

— É estranho saber que você é um professor — falei, mais para mim mesma do que para ele.

— Sério? — Soltou uma risada. — O que pensava? Que eu fosse um delinquente ou algo assim?

— Sinceramente? Sim. — Ri, junto com ele. — E achei que tivesse minha idade.

Gray olhou para mim, com uma sobrancelha erguida.

— Tenho vinte e três anos. Só que entrei na faculdade antes, com dezessete, porque pulei um ano no ensino fundamental. — Explicou, sorrindo. Conclui que Gray era mais inteligente do que eu imaginava.

Ele retirou os óculos de seu rosto e o colocou sobre os papéis.

— Natsu fez alguma coisa contigo? Sabe, naquela noite de sexta, foi ele e Levy que te levaram para casa, mas ela voltou sozinha.

Sim, ela tinha dito algo do tipo pra mim, então apenas suspirei em resposta. Na verdade, não lembrava de nada para ter que dizer algo.

— Eu não lembro do que aconteceu naquela noite depois que fiquei... bêbada. — Pronunciar aquela palavra era doloroso para mim e para a minha reputação, que mal existia. — Você e Natsu são amigos, certo?

— Pois é. Infelizmente aquele algodão doce é meu melhor amigo.

Essa era minha deixa para perguntar um pouco mais sobre o rosado. Admito que estava muito curiosa sobre a vida dele, por alguma razão. Vê-lo chorar me deixou aflita, e queria saber mais de sua irmã. Tinha certeza que ele nunca me falaria.

— Gray, eu... — Comecei a falar, todavia, fui interrompida pelo o ruído da porta. “Merda”, pensei.

Virei e deparei com Natsu na porta. Ele, por alguma razão, também usava um jaleco. Sabia que o rosado estudava a mesma faculdade e no mesmo turno que eu, mas nunca parei para pergunta-lo sobre o que ele cursava.

— Natsu, você não deveria estar na sua aula de anatomia?! — Gray falou, já levantando, num tom de voz alto. Estava nervoso.

— Não estou afim, preciso conversar contigo — disse, caminhando até ficar ao meu lado. Ele estava com um olhar distante, um pouco vazio. Olhar para ele me fez lembrar de meu sonho, e das expressões que fazia neste sonho. Ruborizei. Natsu me encarou, parecia só agora ter notado minha existência. — Ah, Lucy, o que faz aqui?

Arregalei os olhos e saí correndo. Me desesperei, e só consegui ouvir ele exclamando meu nome novamente. Por que eu estava agindo assim? Estava doente? Talvez ficando louca?

“Alguém está caidinha por alguém!”

Será que Levy estava certa? Eram muitas dúvidas na minha cabeça.

Quando cheguei na sala o professor de sociologia tinha saído, e agora tínhamos aula de economia. Me desculpei com a professora sobre meu atraso e justifiquei, ela apenas mandou eu me sentar.

Yukino perguntou o porquê da minha demora, mas optei por ficar em silêncio. Não estava afim de estudar, então adormeci novamente.

[...]

Caminhava pelos corredores até as saídas de um dos prédios da faculdade. Ergui meus braços, espreguiçando-me. Parecia estar bem cansada, mas, pelo o contrário, me encontrava bem ativa. Depois de dormir praticamente todas as aulas, quem não estaria? Me perguntava se iria conseguir dormir, logo descartei essa opção: com certeza eu não dormiria.

Senti um braço em volta de meu pescoço e arregalei os olhos. A única coisa que pude ver foram fios ruivos voando em meu rosto.

— E aí, Lucy! — A garota me cumprimentou, sorrindo. — Como foi a aula?

— Não posso dizer muita coisa porque dormi em todas as aulas... — Comentei, lembrando do seminário que havia perdido. Por alguma razão, não conseguia ficar chateada com a nota zero. Era como se eu quisesse ter um zero. Erza olhou para mim, um pouco confusa. — E perdi um seminário importante por causa disso. — Ela ficou em silêncio por alguns segundos, enquanto andávamos.

Você deixou de ganhar um dez para ficar dormindo — resumiu, com palavras simples. Dei de ombros e a ruiva abriu um sorriso maior que o de antes. — Olhe só, alguém está se tornando uma menina rebelde.

Suspirei. Era certo que tinha sido a primeira vez na minha vida a dormir no meio da aula, principalmente durante algo tão importante – talvez até mais importante que uma prova. Mas, de qualquer forma, não era o fim do mundo.

— Cala a boca, Erza — Disse, revirando os olhos. Ela gargalhou e retirou seu braço de meus ombros. Olhei para o relógio que marcava dez da noite. — Pode me dar uma carona?

Não que eu estivesse com preguiça, na verdade, continha energia suficiente para correr pela a cidade inteira – ou não –, mas admitia que estava com medo. Modéstias à parte, no entanto, andar sozinha pelas ruas seria um pouco arriscando, levando em conta minha aparência. E justo neste dia eu não tinha saído de carro.

— Me desculpe, Lucinha, mas hoje eu marquei de ir para a casa do Jellal.

Ah, claro. Transar com seu namorado é mais importante do que salvar a vida da sua amiga de um possível estupro. E de onde ela tinha tirado “Lucinha”?

— Tudo bem. — Sorri de leve.

Erza se despediu de mim e andou depressa até um carro vermelho estacionado perto do campus. Admitia que eles formavam um belo casal, talvez um pouco meloso demais.

Caminhei para fora da faculdade, segurando com força minha mochila. Muitos carros passavam pelas ruas, mas mesmo assim, continuava tremendo como um gato assustado. Por alguma razão, sempre tive receio sobre andar sozinha durante a noite, por isso que, normalmente, pegava carona com Erza ou Levy, e em alguns casos raros, até mesmo com Yukino.

Olhava para trás, nervosa, me certificando de que não tinha nada lá. Conseguia sentir o cheiro do fumo e de álcool. Também algumas risadas em cada beco que eu passava.

Percebi que um carro parou perto da calçada onde somente eu caminhava. Os vidros estavam fechados, então foi difícil enxergar quem era o motorista. Pensei em sair correndo.

A porta se abriu e vi que o dono do carro era, na verdade, Natsu. Senti um alívio tomar conta do meu corpo, tanto que quase perdi o controle de minhas próprias pernas, que ficaram bambas.

— Quer uma carona?

Aceitei na hora.

[...]

Sentia meu corpo todo entrando em chamas, e o frio do ar condicionado não era suficiente para acalmar a mim mesma. Estar tão perto de Natsu assim, desde quando se tornou desconfortável? À essas horas, arrependia por ter concordado em receber a carona.

O cheiro doce dele era impossível de não sentir. A cada segundo que passava, relembrava de como era um elemento marcante do sonho que eu tinha tido durante a aula de sociologia. Tais pensamentos fizeram eu ruborizar novamente.

Ele estava tão perto.

— Lucy — Fitei ele rapidamente, desviando meu olhar do vidro, ignorando os devaneios. — Me desculpe por hoje, sabe, no hospital.

Fiquei encarando Natsu, que não parava de olhar para a rua. Ele estava se desculpando por chorar. Que tipo de pessoa faz isso? Fiquei um tempo pensando sobre o que falar.

— Não se preocupe com isso. Chorar é como uma forma de limpar a alma, e todos nós precisamos de uma limpeza às vezes, certo? — Disse, sorrindo.

Mas que merda eu tinha dito? Quem eu achava que era? William Shakespeare?!

Percebi que ele se segurava para não rir.

— Sim, você está certa. — Concordou, finalmente olhando para mim. Foi quando eu notei que tínhamos chego, e estávamos estacionados em frente ao meu prédio. Levei minha mão até a porta.

— Natsu, por que você estava chorando?

Ele arregalou os olhos, todavia, voltou ao normal depois de um tempo.

— Boa noite, Lucy.

Encarei aquilo como um “Prefiro não dizer”. Bufei e abri a porta, agradecendo a carona e acenando para ele. Natsu tinha partido, e eu ainda estava curiosa sobre os detalhes a respeito de sua irmã.

Bem, de qualquer forma, não tinha sido estuprada.

“Os sensíveis sofrem mais, mas amam mais e sonham mais.”Augusto Cury


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Mereço reviews? ♥
Até o próximo capítulo!



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