Duas Metades escrita por Luisa


Capítulo 1
I


Notas iniciais do capítulo

Olá, leitores! Primeira história que posto nesse site! espero que gostem e se gostarem, deixem seus comentários, favoritem, recomendem... :)



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Era 12 de junho e o primeiro dia dos Namorados desde os últimos dois anos que Alice passava sozinha. Os dois meses que já haviam passado desde o fim do seu último namoro, terminado após uma traição por parte dele, deveriam ter sido suficientes para fazê-la ao menos entrar no estágio de superação. Invés disso, lá estava ela bebendo uma cerveja, sozinha em uma mesa de um bar movimentado qualquer, no bairro Laranjeiras, onde morava. Entretanto, é engraçado como as melhores coisas costumam acontecer de repente e de maneira inusitada, quando menos se espera. E para Alice, foi exatamente o que aconteceu naquela noite.

*****

Mais um 12 de junho solteiro. Lá estava Rodrigo arrumando-se para ir ao bar próximo ao seu apartamento com alguns amigos enquanto via o amigo e companheiro de apartamento, Lucas, arrumar-se para sair com a namorada. Nunca fizera o tipo romântico, mas ultimamente, com seus quase 17 anos, os ficas sem nenhum compromisso começavam a perder um pouco do seu sentido, dando lugar à vontade de encontrar alguma garota especial que o deixasse tão bobo quanto o amigo ao seu lado.

– Fica calmo, cara. Faz uma semana que você está planejando esse jantar com a Ingrid. Não tem como dá errado. – comentou Rodrigo enquanto o amigo procurava freneticamente pela chave do carro que ganhara em seu recente aniversário de 18 anos. E que estava em cima do balcão da cozinha bem à sua frente.

– É exatamente por isso que estou nervoso! – comentou Lucas enquanto Rodrigo lhe entregava a chave com uma expressão risonha. – Não é só mais um dia dos namorados. É também nosso aniversário de dois anos juntos e eu quero que tudo saia perfeito!

– Calma aí, Romeu. – comentou Rodrigo dando uma tapinha amigável nas costas do amigo. – Vai dar tudo certo, cara.

– Espero que sim. – disse Lucas, coçando a nuca de maneira nervosa. – Bem, se tudo der certo, não me espere hoje à noite amigo. – completou com um sorriso sacana e saiu do apartamento.

Rodrigo balançou a cabeça rindo enquanto calçava seu sapato do tipo all star azul. E enquanto esperava o elevador descer do sétimo andar para o térreo, pensava em qual seria a probabilidade de encontrar a garota certa naquela noite. Riu de si mesmo ao chegar ao térreo porque a ideia era absurda.

Bem, não era tão absurda assim.

*****

Ela já estava na terceira cerveja quando percebeu que estava sendo observada. Do ângulo em que estava não conseguia vê-lo muito bem, mas notou que tinha cabelos castanhos e parecia ser pelo menos três anos mais novo que ela. Estava sentado com um grupo de amigos que também a olhavam e pareciam incentivá-lo a ir até lá. Quando ele levantou, Alice rapidamente voltou seus olhos novamente para sua bebida.

Pra falar do amor de verdade

Vou começar pela melhor metade
Te mostrar tudo de bom que tenho
E se for preciso eu desenho
Que eu amo você
Que eu quero você

A outra metade é defeito
Você vai saber de qualquer jeito
Anjo ou animal, suave ou fatal

– Posso te fazer companhia? – Perguntou ele com um sorriso galante.

Ela balançou a cabeça afirmativamente com um sorriso, pensando “Que mal tem conhecer alguém novo?”.

– O que traz uma mulher bonita como você a um bar, sozinha, no dia dos namorados? – perguntou e logo após deu um gole na própria bebida lançando a ela um olhar intenso.

– Meu cupido tem sérios problemas com álcool. – respondeu dando de ombros.

Ele deu uma risada contida concordando com a cabeça.

– Eu diria o mesmo do meu, mas depois de te ver aqui sozinha, acho que ele finalmente está fazendo a coisa certa.

Ela deu um sorriso tímido e voltou a olhar para a própria bebida.

– Seu nome? – ele perguntou.

– Alice. – ela respondeu olhando-o nos olhos castanhos. – E o seu?

– Rodrigo. – ele respondeu. – Bem, Alice fale-me sobre você. – ele pediu recostando-se a cadeira dando-lhe outro sorriso galante. Ele frequentemente sorria de forma galante. Parecia autoconfiante e completamente ciente da própria beleza. Tudo nele sugeria que era o tipo de homem com quem não deveria relacionar-se. Mas algo naquele olhar intenso a impeliu a continuar com aquilo.

– Bem, sou do signo de Leão, tenho 20 anos, mas tinha 17 quando fugi de casa. – Nesse ponto ele pareceu um pouco surpreso e ela sorriu de forma marota. – Fugi para poder cursar Cinema, ao invés de Medicina, como meus pais queriam. Desde então sou a ovelha negra da família e não me sinto nem um pouco incomodada com isso. Hum... Gosto de tocar piano e se não fosse tão baixa jogaria basquete. – ele riu novamente enquanto ela disfarçava um sorriso tomando mais um gole de cerveja. – Sua vez. – ela disse.

– Certo. – ele concordou com um movimento de cabeça e começou a falar. – Não faço ideia de qual é o meu signo, tenho 16 anos, quase 17, moro em um apartamento nesse mesmo bairro com um amigo, mas nunca fugi de casa. – ele disse e ela sorriu. – Meus pais compraram o apartamento porque fica mais perto do meu colégio. Gosto de tocar guitarra e sou tão bom nisso que aposto que um dia vou conseguir tocar guitarra na TV. – ele falou convencido e ela riu.

– E quanto aos seus defeitos, Rodrigo? – ela perguntou lançando a ele um olhar intenso. – Ou você também é bom demais para tê-los?

Ele riu por um tempo, mas respondeu mesmo assim.

– Se eu te contar agora, perco a chance de conhecer uma mulher maravilhosa e passarei o resto da minha noite com um monte de marmanjos bêbados. – ele falou apontando para a mesa onde os amigos estavam e desta vez, ela riu por um bom tempo.

O que de um grande amor se espera
É que tenha fogo
Que domine o pensamento
E traga sentido novo
Que tenha paixão, desejo
Que tenha abraço e beijo
E seja a melhor sensação

Que preencha a vida vazia
Mande embora a agonia
E que traga paz pro coração
É você, é você
Que preencha a vida vazia
Manda embora a agonia
E que trouxe paz pro coração
Que preencha a vida vazia
Manda embora a agonia
E que é dona do meu coração
É você, é você

Continuaram conversando e nem sequer viram o tempo passar. A madrugada chegou junto a uma chuva forte. Ele pediu uma garrafa de vinho e a conta. Quando o garçom chegou, ela abriu a bolsa e fez menção de pagar. Ele tocou-lhe a palma da mão suavemente e disse que não era necessário. Ela sorriu agradecida e ele pegou a carteira e deu algumas notas ao garçom. Foram juntos em direção à saída, ele com a mão segurando suavemente a cintura dela. Lá fora, a chuva continuava forte.

– Você está de carro? – ele perguntou.

– Não, mas posso chamar um táxi. – ela respondeu.

– Às duas da manhã? – ele perguntou descrente. – Meu apartamento é logo aqui perto. Não quer dividir? – ele perguntou com mais um sorriso galante, apontando para a garrafa de vinho em suas mãos.

Alice sorriu balançando negativamente a cabeça, mas surpreendentemente até para si mesma, ela aceitou.

Ainda que fosse relativamente perto e eles tivessem ido correndo, chegaram ao apartamento completamente encharcados.

– Você vai acabar pegando um resfriado. Vem, vou te dar algo para vestir. – ele falou tomando-a pela mão e levando-a até seu quarto. Abriu o armário e retirou do cabide uma camisa de botões azul para ela e uma calça de moletom para si.

– Obrigada. – ela agradeceu tímida, subitamente dando-se conta que estava na casa de um garoto que mal conhecia, prestes a vestir as roupas dele. Em um surto de realidade pensou em ir embora. Aquilo não era certo. Ela não era assim.

“Ao menos uma vez na sua vida faça algo sem pensar, Alice.”. E foi com esse pensamento que ela se dirigiu ao banheiro da suíte para trocar suas roupas.

Enquanto Alice estava no banheiro, Rodrigo foi até a sacada de seu quarto. Ali, do sétimo andar, observou Laranjeiras na chuva. Sobressaltou-se ao sentir as mãos frias de Alice em sua cintura. Olhou para trás e ela lhe concedeu um sorriso terno. Ele sorriu também e pôs-se a observá-la. Era bonita, mas não o tipo de beleza que intimida. Tinha olhos e cabelos de um tom de castanho que parecia só dela. Da pele alva, saltavam algumas tímidas sardas, que emolduravam seu rosto angelical.

– Onde está aquela garrafa de vinho? – Ela perguntou com um sorriso maroto. Ele riu desfazendo-se do abraço.

– Vou buscar. – disse saindo do quarto enquanto Alice sentava-se na cama de casal.

E quando ele sentou-se ao seu lado, conversaram e beberam vinho. Algumas taças depois, já estavam um pouco tontos e para Alice, pareceu adequado puxa-lo para mais perto e beijá-lo suavemente. E para Rodrigo, pareceu adequado puxá-la pelos joelhos para baixo de si. E ainda mais adequado abrir um botão da camisa que ela vestia. Quem sabe dois. Naquele momento, tudo parecia certo e um sentimento que ainda desconheciam parecia guiá-los. Uma troca de olhares intensos, mais beijos, mãos entrelaçadas e algumas peças de roupas a menos. E finalmente, tudo estava certo.

****

Ao amanhecer, Alice acordou com o toque de seu celular e uma dor de cabeça horrível. Pegou-o e viu no visor “Anna Júlia”. Atendeu à irmã com uma voz sonolenta.

– Oi Júlia.

– É impressão minha ou essa é a voz de alguém que acabou de acordar? – perguntou a garota. – Alice você esqueceu que íamos tomar café da manhã juntas hoje? Eu já estou na cafeteria!

– Ah! Droga! Desculpe Ju, esqueci completamente. – falou em um sussurro. – Em meia hora chego aí.

– É bom mesmo! – disse a irmã. – E por que você está sussurrando? Onde é que você está Dona Alice? – perguntou desconfiada.

Alice sentiu seu rosto ficando vermelho e mordeu o lábio inferior, completamente desconfortável com toda aquela situação.

– Hum... Preciso me arrumar Ju, ou não chegarei aí a tempo. Até daqui a pouco. – e desligou.

Quando se virou, Rodrigo ainda dormia. Ela mal podia acreditar em toda aquela loucura! Sorriu lembrando-se da noite passada e buscou suas roupas, dirigindo-se ao banheiro. O vestido ainda estava úmido, mas colocou-o mesmo assim. Ao olhar-se no espelho viu que seus cabelos estavam completamente desgrenhados. Pegou uma escova em cima da pia e ajeitou-os como pôde. Antes de sair, deixou um bilhete com seu número e beijou-o nos lábios.

*****

Pegou um táxi e logo estava em frente à cafeteria onde Anna Júlia a esperava.

– Desculpe a demora, mana. Bom dia. – Falou sentando-se de frente para a irmã e pedindo um café expresso à garçonete.

Anna Júlia olhou-a de cima a baixo com uma expressão confusa.

– Bom dia. – falou. – Duas perguntas. Primeira: por que você está usando um vestido de noite amassado? E segunda: o que foi esse arranhão enorme no seu pescoço?

Alice passou a mão na nuca de maneira nervosa enquanto ficava cada vez mais vermelha.

– Hum... Não tive tempo de trocar de roupa e o arranhão... Bem... Cortei-me em um arame.

– Você é uma péssima mentirosa, Lice. Pode começar a falar a verdade. – falou Anna Júlia.

Alice suspirou sentindo o rosto quente de vergonha. Por fim, contou tudo à irmã.

– Hahahahahahahaha você é louca! – Disse Anna Júlia, completamente surpresa. – Quem diria, em? Logo você, Lice?

– Não é como se eu tivesse planejado. Só... Aconteceu. – disse dando de ombros.

****

E pra falar do amor de verdade
Vou começar pela melhor metade
E te mostrar tudo de bom que tenho
E se for preciso eu desenho
Que eu amo você
Que eu quero você

Dois dias depois, Rodrigo ligou. Pediu que se encontrassem no mesmo bar. E ela foi. E beberam. E conversaram. E riram um pouco mais. E mais uma vez, a noite terminou no apartamento dele.

Na terceira vez que dormiu lá, finalmente conheceu o amigo dele, de maneira no mínimo cômica. Já era manhã, e completamente descabelada e trajando apenas uma blusa de Rodrigo, ela foi à cozinha preparar algo para o café da manhã e surpreendeu-se ao ver um homem moreno abrindo a geladeira. Gritou assustada e acabou assustando ele também.

– AH! QUEM É VOCÊ? – Ele gritou apontando uma frigideira para ela. – Ah, achei que fosse um ladrão. Você não é um ladrão, é docinho? – Perguntou olhando-a de cima a baixo com um olhar divertido.

– Ã... É... Bem... Não... Eu sou... É... Você deve ser... Ah! – Suspirou nervosa. Quanto mais vermelha ficava, mais difícil era formar alguma frase coerente.

– Você não é muito boa com sintaxe, é? – Lucas perguntou com um riso contido. – Consegue formar alguma frase com mais coerência que “ã... é... não...”?

Ela riu e isso serviu para diminuir o nervosismo.

– Meu nome é Alice. – Disse estendendo a mão para trocar um aperto de mãos com ele. – Eu estou... Saindo com seu amigo, o Rodrigo. Você deve ser o Lucas.

– Ah! Então é você que anda deixando o Rodrigo bobão e andando pra cima e pra baixo com aquele bloco de compor músicas que ele tem! – falou retribuindo o cumprimento e oferecendo-lhe um amplo sorriso.

E sem que Rodrigo e Alice percebessem, as coisas foram aos poucos ficando mais sérias. Ela conheceu os pais dele em seu aniversário de 17 anos. Ele conheceu a irmã dela em um dia qualquer que dormira em seu apartamento. E ele nunca tivera tanta inspiração para escrever em seu bloco de músicas.

– Sabe amor, o Lucas me falou um dia desses que você tem um bloco de músicas que você compôs. – Ela falou em um dia qualquer em que eles estavam vendo filmes no apartamento dela. – Deixa-me ver? – Pediu, olhando-o com grandes olhos pidões.

Ele riu e balançou negativamente a cabeça.

– Você não vai querer ver. São só alguns versos bobos.

– Mas eu quero ver! Por favor, amor! – insistiu beijando-o toda a face.

Ele riu e por fim retirou um bloco azul do bolso do jeans. Alice sorriu timidamente ao ler. Não eram alguns versos bobos. Eram quase três músicas falando sobre ela e sobre eles dois. E a cada verso que lia, sentia-se mais apaixonada.

– Antes de te conhecer eu não era tão criativo compondo. A melhor coisa que tinha escrito foi sobre a lasanha de queijo da minha mãe. – Ela deu uma sonora risada e ele riu também. – O quê? Você por acaso já experimentou a lasanha de queijo da minha mãe? – Disse rindo.

E a outra metade é defeito
E você vai saber de qualquer jeito
Anjo ou animal, suave ou fatal

O tempo foi passando e certo domingo ela mal podia acreditar que naquele dia já fariam um ano juntos. Inacreditável como tinham dado tão certo. Quando acordou cedo, ficou esperando que ele ligasse. Mas o dia chegou e passou, e a noite também, e seu celular não tocou nenhuma vez. Quando já era madrugada, finalmente desistiu de ficar olhando o visor do celular. Desligou a televisão e foi tentar dormir. Mas só conseguia pensar se ele ainda se importava.

No dia seguinte, após Alice chegar da faculdade, ele finalmente ligou.

– Boa tarde, amor. Quer fazer alguma coisa hoje? – No tom de voz dele, ela não notou nada de diferente. Inacreditável. Ele realmente havia esquecido.

– Não, obrigada. Tenho umas coisas da faculdade pra estudar. E vou começar agora mesmo. Tchau, Rodrigo. – Ela respondeu, friamente.

– Espera! O que houve, Lice? Parece fria. Eu fiz alguma coisa? – Ele perguntou preocupado.

Ela riu amargamente antes de responder.

– Além de esquecer que ontem foi nosso aniversário de um ano? Não, nada. Até mais, Rodrigo.

*****

À noite, Rodrigo foi até o prédio da namorada. Como já o conhecia, o porteiro o deixou entrar sem precisar chamar. Rodrigo carregava um buquê de rosas vermelhas, uma caixinha com um anel de compromisso e uma expressão de culpa no rosto. Reuniu coragem e tocou a campainha.

Quando Alice olhou pelo olho mágico e o viu ali, suspirou irritada.

– Vai embora, Rodrigo.

– Alice, não faz assim por favor. Escute, querida. – suspirou cansado. – Sei que errei. Mas você me conhece Lice, você sabe que eu esqueço as coisas. Não estou tentando me justificar. Apenas saiba que não fiz por querer. Você sabe o quanto é importante para mim. Quando nos conhecemos... Eu não fazia ideia que íamos dar tão certo! Quero dizer, por causa da nossa diferença de idade e tudo o mais. – ele suspirou irritado quando ela permaneceu em silêncio. – Céus, você é tão teimosa e orgulhosa! Deixe-me contar uma coisa e se não fizer diferença para você então eu vou embora. Eu te amo. Eu te amo, Lice. Por mais difícil que você seja, eu te amo. Então me ajuda a segurar essa barra que é gostar de você. Por favor, por favor, Lice, não desista de nós. – Ela continuou em silêncio por certo tempo, mas de repente ele ouviu o som da porta abrindo e olhou-a.

Ela tinha os olhos marejados de lágrimas e um pequeno sorriso no rosto. Abraçou-o com força e sussurrou:

– Se você fizer isso mais uma vez, seu idiota, eu juro que não te perdoo.

Ele riu enquanto colocava o anel no dedo dela e beijava-lhe a testa.

– Querida, você me conhece bem. Eu sempre esqueço.

O que de um grande amor se espera
É que tenha fogo
Que domine o pensamento
E traga sentido novo
Que tenha paixão, desejo
Que tenha abraço e beijo
E seja a melhor sensação

Que preencha a vida vazia
Mande embora a agonia
E que traga paz pro coração
É você, é você
Que preencha a vida vazia
Manda embora a agonia
E que trouxe paz pro coração
Que preencha a vida
Manda embora a agonia
E que é dona do meu coração
É você, é você

E pra falar do amor de verdade
Vou começar pela melhor metade


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Notas finais do capítulo

E então? O que me dizem? Comentários, sugestões ou críticas? :)



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