Give Me Love escrita por CrazyCharlie


Capítulo 7
Grade 8


Notas iniciais do capítulo

heeeeeeeeeey



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~Alicia Povs

–Olha, você ainda tá aqui...-sussurro com a voz fraca. Tomás dá primeiro um sorriso e depois abre os olhos.

–É claro que estou. Você me fez uma promessa, e eu também lhe fiz uma promessa.-ele disse se espreguiçando.

–Então o que nos prende aqui são simples promessas?-eu provoco sorrindo.

–Eu diria que não, mas pra manter a descrição da coisa, sim, por enquanto o que me prende a você são nossas promessas. E o livro, é claro. –ele responde enquanto me sento.

Fico quieta, olhando pela janela da cozinha. O dia amanheceu fechado.

–Posso fazer uma pergunta?-eu sussurro me deitando novamente, dessa vez em seu peito.

–Claro. –ele dá de ombros.

–Porque ontem a noite você ficou louco de raiva quando peguei o whisky?

Ele fica sem reação.

–É complicado... hm... lembra do meu amigo? O que morreu?-ele diz com cautela, e na hora, me arrependo da pergunta.

–Lembro. Olha... não precisa dizer, se não quiser. Já percebi que é um assunto delicado pra você.-digo.

–Não, tudo bem. Aprendi que superar é falar sem o coração despedaçar. Acho que posso fazer isso. –ele diz passando a mão pelos meus cabelos. -Bom, o nome do meu amigo era Matheus. Math, como todo mundo o chamava. Ele tinha... Uns pequenos problemas com bebida. E outros da minha turma também. E daí que uma noite que a gente saiu, ele entrou em um carro de racha, e... –ele perdeu a fala por alguns momentos, e eu aperto sua mão, em um sinal de apoio. –o carro acabou capotando. Levaram ele pro hospital, mas ele não resistiu. Eu queria ter ido com ele, mas não me deixaram. Foi à pior sensação da minha vida. Ver meu melhor amigo de todo o mundo morrer e eu não poder fazer nada. Foi horrível. Sem nem poder dizer algumas ultimas palavras. A última, uma única que fosse. –percebi que seus olhos estavam marejados. Passei meus braços pelas suas costelas e apertei, em um abraço forte.

–Tá tudo bem agora, não é?-sussurro.

–Dependendo do que você julgar ser ‘’bem’’, sim. Agora ta tudo bem. –ele responde. –É só que... Algumas cicatrizes passam por cima da feridas, mas não as curam. E isso é horrível.

–Sei bem como é. –digo. –Tomy... mais uma outra pergunta? Posso?

Ele balança a cabeça confirmando.

–Você... tem medo de se apaixonar?-pergunto.

–Hum... Depende.-ele murmura.

–Depende do quê?

–Tenho medo quando vejo que o sentimento não é recíproco. Quando não sou correspondido. Fora a isso, nenhum medo.

–Mas você não tem medo de se magoar?-pergunto.

–é claro que não. Eu até gosto.-ele dá de ombros.

–Você é louco.-eu sorrio.- Eu também não tenho de ser magoada, mas tenho medo de magoar.

–Então você não está apaixonada. Está amando. –ele me olha. –Esse é o sinal mais claro de amor, você se torna altruísta, mesmo sem querer.

Ficamos em silencio, ele não tirava seus olhos dos meus, até que eu desviava sem agüentar.

–Ah, qual é!-eu digo sorrindo, voltando a olhar pra ele.

–Que foi?-ele pergunta sorrindo.

–Dá pra parar com esses joguinhos?-digo revoltada, mas sorrindo.

–Que joguinhos, Liss?-ele dá um sorriso cafajeste. Ah... E que sorriso...!

–Essas preliminares, que droga, nunca acabam?-eu digo suplicante.

–Elas só acabam quando provocam o bastante. Você já foi provocada o bastante ou acha que pode agüentar mais? Eu sou bem paciente. Só pra avisar. -ele sorria.

–Acho que posso agüentar mais um pouco. Sou bem forte. –sorrio o encarando.

–Então já que você é tão forte, duvido que agüente firmar meu olhar no seu por 3 minutos.-ele provoca.

–Okay, e se eu vencer ganho o quê?-pergunto.

–Um beijo?-ele sugere.

–Justo. -respondo com um sorriso. –e se você ganhar?

–Um beijo?-ele sugere novamente e eu rio. -Já que isso vai acontecer de qualquer jeito, melhor eu me poupar da maravilhosa tortura que é ficar te olhando.

Ele aproxima seu rosto do meu, e então me beija. Não era possível, o garoto era fofo até pra beijar! Ele tinha lábios delicados. No primeiro beijo nada de língua. Já no segundo...

–Meu deus Alicia, você me faz me apaixonar por você como se eu fosse um garotinho na oitava série, e não um homem! –ele diz sorrindo, tomando fôlego.

–Uma benção e uma maldição.-eu dou de ombros. –Só pra constar, amores fracos não vão ocupar meu tempo, não mais. –eu sussurro.

–Ainda bem que acabei de descobrir que já te amo muito mais do que pensei.

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Você já provou aquela sensação de que todos os seus problemas parecem ter desaparecido? Se não, eu digo como é, é maravilhosa.Você se sente nas alturas, mas mesmo assim a maior altitude possível e impossível não podem descrever o quão bom é ter essa paz.

Ficamos na cama conversando e trocando beijos por um tempo, até que meu celular apita. Uma mensagem.

–Droga, eu não ganhei nenhum avião de prêmios! Droga de presidiários!- eu resmungo pro celular e Tomás ri. –Pega pra mim.

Ele estica a mão e pega meu Iphone, quem pode pode amor, quem não pode sacode.

–Leia pra mim. E ai? O que ganhei? Uma viagem ou o próprio avião?-eu digo sorrindo. Tomás não sorri.

–Nenhum dos dois. Olha. –ele me dá o celular.

Quando leio, meu corpo toda gela e se arrepia.

‘’Você não vai se livrar de mim, baby. Não tão cedo. Um mês. Nosso aniversário. Enquanto isso, te vejo no nosso ninho de amor, ops... sexo. ;) Até daqui a pouco. –A‘’

Sinto todo meu corpo se contorcer com a velha e conhecida dor. Minhas cicatrizes queimam.

–Ah meu Deus! Temos que sair daqui!


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