Give Me Love escrita por CrazyCharlie


Capítulo 4
Cold Coffe


Notas iniciais do capítulo

hey, desculpem a demora.
Eu tinha esquecido de atualizar a fic aqui no Nyah, posto sempre no Spirit primeiro, sorry.
But, boa leitura, hoje vou postar os outros capitulos que estão faltando, ao todo, são três.



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Já estavamos na estrada há quase uma hora, e nesse tempo, nós íamos cantando e tocando. Mas depois guardei o violão.

–Já acabou?-ela sorria.

–Tenho que proteger essa preciosidade que é minha voz, querida.- eu respondi fazendo um jeitinho meio fresco e ela gargalhou. –Cuidado com esse carro, fofa. Não posso morrer agora, semana que vem eu vou fazer bronzeamento artificial. -eu disse ainda mais fresco.

–Se eu não te conhecesse diria que você é gay. –ela diz sorrindo enquanto muda a marcha do carro.

–Ai é que está querida. Você me conheceu hoje de manhã, se lembra?-eu disse meio misterioso, meio gay e meio merdinha.

–Okay, então você é minha nova amiga-babado. Vou te contar t-u-d-o o que aconteceu na última vez que eu fui ao ginecologista! Ah menina, foi tão...-ela começou e eu dei uma risada escandalosa.

–Não! Não, eu sou homem! Bem homem, daqueles do tipo tripé sabe? Que arrebenta com as cocotas? –Eu digo engrossando a voz e ela ri novamente.

É, eu na maioria das vezes faço tudo errado, mas ao menos sei fazê-la rir. Isso é o suficiente pra mim.

Enquanto nos acalmávamos, peguei o notebook que estava em minha mochila e comecei a escrever nosso livro.

Era sempre assim quando eu escrevia, não via o tempo passar, não percebia que dizia coisas que não queria dizer ou tinha medo de pronunciá-las em voz alta. Eu só escrevia, sem me preocupar com nada além de tirar todos aqueles sentimentos dentro de mim. Me lembro sempre daquela música ‘’o caderno’’, do Toquinho. “Sou eu que vou ser seu amigo quando você chorar’’. Por isso eu amo escrever, quando passo pro papel tudo que sinto, ele não olha pra mim me interrogando (ah é mesmo Tomás? Sério que o papel não te responde?!) o porque de tudo aquilo, ele só me deixava desabafar.

–O que você está escrevendo?-Ouço Liss perguntar.

–Ah... Aquele começo que combinamos na aula. E tive algumas idéias, o que é novidade. -eu sorrio.

–E quais são?-ela pergunta.

–Vamos escrever na primeira pessoa, porém, pelo ponto de vista do Hencaz e da Esther. Eu escrevo os do Hencaz e você os da Esther. E a gente se ajuda. Tudo bem?

–Ah... Acho que sim. Agora, eu escrever... -ela parecia meio insegura.

–Você consegue. -eu digo a ela.

–Como pode ter tanta certeza?-ela diz levantando a sobrancelha.

–Ai é que está. Eu não tenho certeza, mas tem pessoas que valem à pena a gente se arriscar de vez em quando. Você é uma delas. -eu digo enquanto continuo a dedilhar no notebook.

Ela fica em silencio.

–Existe algo em que você acredita e que ninguém pode tirar da sua cabeça?-ela pergunta com a voz baixa.

–Hum... sim. As pessoas são egoístas, cruéis e oportunistas. Não medem esforços pra se vangloriarem, mesmo que tenham que pisar em outros inocentes, elas fazem isso. Isso me deixa meio revoltado... mas, com você é diferente. Você é diferente de todos os outros. Não sei, acho que é algo em seus olhos, eles tem um brilho diferente, especial. Eu nunca vi nada assim.

Ela fica de cabeça baixa por um momento, depois me olha. Mal percebi, mas havíamos estacionado em algum lugar de um jardim, e bem próximo, havia uma cabana cheia de flores ao redor.

–Muito me surpreende que eles ainda estejam bem depois de tudo. Quem sabe um dia eu entenda... Mas, se não te conhecesse, diria que está flertando comigo. –ela sorri.

–E eu digo novamente, você me conheceu está manhã. Eu posso te surpreender. De um bom modo, claro... -sorrio e desvio o olhar para o jardim. -E se eu não te conhecesse, diria que você teria segundas intenções ao me trazer pra uma cabana afastada da cidade, porém muito meiga e romântica.

Ela ri e abre o carro.

–Ainda bem que amanhã não tem aula. -ela murmura.

–Eu já disse que isso está ficando estranho?-murmuro.

–Calma Tomy, eu não mordo. Ou ao menos tento não fazer isso. -ela dá uma risadinha enquanto pega uma chave em sua bolsa.

–Tudo bem Liss. Eu confio em você. –eu pisco pra ela enquanto ela abre a aporta.

–Bem vindo ao meu esconderijo. Eu o chamo de ‘’casulo’’, porque minha mãe me chamava de borboletinha.

O tal casulo, era bem meigo por dentro também. Era que como uma casa de bonecas só que sem bonecas e aparelhos de chá. Ou ao menos não vi nenhum ainda. Tinha pequenas luzes neon (ou seja lá o que era aquilo) penduras na parede em volta da cama. Havia puffes e almofadas espalhadas por todo o loft. Em outro canto, pude ver que havia uma cozinha e perto das camas (sim, no plural, porque aquilo era tão grande que uma palavra no singular não serviria. Tipo meu amiguinho sabe?... Deixa quieto.) perto das camas havia uma grande prateleira cheia de livros de todos os tamanhos e cores.

–Era da minha mãe... Eu sempre vinha pra cá com ela. -Liss observava alguns livros enquanto sorria. - Até que tive uma boa infância.

–creio que sim. -murmuro.

–Quer alguma coisa? Eu vou beber um chá mate...-ela dizia enquanto saltitava em seus pequenos pés pela cabana.

–Definitivamente, isso é uma casa de bonecas. –eu digo e ela sorri.

–Eu sou a Barbie. –ela brinca.

–Eu posso ser o Ken?-eu pergunto e vou até a cozinha com ela.

–Oh, a Barbie é difícil. É preciso muito mais que isso para conquistá-la-ela me diz e dá uma piscada.

–Então ache que o Ken vai atrás da Suzi Estrela... -eu murmuro e me viro indo em direção a porta.

–Tomy, volte aqui agora!-ela sorria.

–Ou o que?-provoco.

–Nem pense em pensar nas conseqüências dos meus atos. –ela murmura me encarando, mas um sorriso escapa e quebra sua pose de durona.

–Seus atos é...-eu digo sorrindo.

–Ah não... não, não malicie!-ela sorri.

–Tarde demais doutora Anastacia Steele. O Dr. Grey aqui te espera lá na cama. –eu murmuro e vou me sentar. Ela cora e ri.

–Tomás Lira, você é definitivamente o erro mais errado e certo da minha vida. –ela diz sorrindo e depois vai até os armários. E então, eu sou obrigado a ficar definhando com meus pensamentos, afinal, O que ela quis dizer com aquilo?!

Enquanto rimos de qualquer coisa, me lembro de ‘’Cold Coffe’’ em uma parte que diz ‘’Ela me faz rir como se eu estivesse na piada’’. Ela me faz rir mesmo quando eu sou a piada, e por momentos, me lembro de que isso foi o que eu sempre quis.


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Notas finais do capítulo

gostaram? Vou postaros outros agora. beijos.



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