De Repente Grávida escrita por Dul Mikaelson Morgan


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ♥



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Perfeita!

Foi assim que Niklaus Mikaelson definiu Caroline Forbes no casamento da irmã, Elena Forbes, agora a senho­ra Elena Salvatore.

Com um vestido de seda rosa - claro, o longo cabelo loiro, numa profusão de cachos sedosos, enfeitados com minúsculas pérolas, Caroline, em vez de dama de honra, mais parecia uma linda princesa saída de um conto de fadas.

Mesmo assim, Niklaus resolveu provocá-la e, aproximando-se, sussurrou-lhe junto ao ouvido:

— Dama de honra novamente, Caroline. Nunca a noiva...

Inalou o perfume que ela usava sempre, sua marca registra­da. Mesmo em outras mulheres, por mais lindas que fossem aquela fragrância só servia para lembrá-lo do quanto a amava.

Caroline voltou-se para fitá-lo e, com um sorriso nos lábios ro­sados e um brilho maroto nos olhos cor de azul claro, deu-lhe um beijo de boas-vindas, corrigindo-o bem-humorada:

— Três vezes dama de honra, Niklaus. Você verá.

— Será? — ele perguntou com ar de incredulidade. — Bem, é preciso não esquecer, Caroline, que o tempo está passando. Você está quase com vinte e seis anos e suas duas irmãs já se casa­ram. Isso não a preocupa?

A clara insinuação de que precisaria tomar rápidas provi­dências para não vir a se tornar uma eterna "titia" a fez rir. Dirigiu um olhar afetuoso às irmãs, acompanhadas de seus res­pectivos maridos. Meredith já estava casada com Antony James havia alguns meses, e Elena acabara de tornar-se a senhora Damon Salvatore.

— Elas tiveram a sorte de encontrar o homem certo — disse.

— E para você, ainda não apareceu o homem certo, não é, Caroline?

Numa fração de segundo o sorriso abandonou os lábios de Niklaus, imprimindo uma certa dureza às feições másculas. Mas logo voltou a adquirir controle, quando Caroline comentou, sorridente:

— Nikalus, você melhor do que ninguém sabe como essa coisa de encontrar a pessoa certa está difícil hoje em dia. Senão, não estaria solteiro aos trinta e cinco anos. É como ganhar na loteria! Tirar a sorte grande!

Ele, melhor do que ninguém sabe...

A verdade é que Niklaus sempre desejara passar a imagem de solteiro convicto, e de fato tinha usado essa arma para desiludir, logo no início, qualquer namorada ansiosa para se casar. Exis­tia, porém, uma outra realidade, secreta, por detrás daquele mundo de aparências. Se Caroline, linda; sempre elegantemente vestida, dotada de um extraordinário senso de humor, ao menos suspeitasse do que representava para ele, com um estalar de dedos faria com que todas as suas vontades fosse atendidas.

Pelas mãos e que torcia seus dedos, se transformara numa mulher linda e desejável. Oito anos haviam se passado, desde então. Tivera muitas mulheres em sua vida, claro, belas mulheres, loiras, ruivas, morenas, perfeitas de corpo, inteligentes, interessantes, mas nenhuma que pudesse se comparar a Caroline ou ocupar o lugar que per­tencia a ela em seu coração.

Com a clara intenção de provocá-la, Niklaus perguntou sorrindo:

— Então, você acha mesmo que suas irmãs tiraram a sorte grande?

— Não acho, Niklaus, tenho certeza — afirmou, ignorando a provocação.

Ele decidiu, então, deixar de lado o assunto de casamento para concentrar-se unicamente nela, que era, afinal, o que lhe interessava.

— Você não imagina como foi bom encontrá-la.

Caroline franziu as sobrancelhas, estranhando o comentário.

— Eu não faltaria ao casamento de minha irmã, Klaus!

— É, mas tenho notado que nos últimos tempos você não tem comparecido a várias reuniões de família. Vim da Itália, onde estou produzindo um filme em Capri, especialmente para a tradicional festa de verão da sua família e não a vi. Senti muito sua falta.

Klaus referia-se à festa com que Bill Forbes, o pai de Caroline, saudava a chegada do verão todos os anos. Uma belís­sima festa ao ar livre.

— No último fim de semana, na fazenda, quando perguntei sobre você, disseram que estava gripada.

Caroline encolheu os ombros e um leve rubor tingiu-lhe as faces.

— Foi realmente o que aconteceu. Uma gripe me prendeu em casa.

Naquele momento passou um garçom com uma bandeja de bebidas e Klaus pegou duas taças de champanhe, oferecendo uma a Caroline, que, ele sabia, era louca por champanhe. Para seu espanto, ela preferiu um suco.

— Não me diga que não toma mais champanhe, Caroline!

— E que estou tentando uma nova dieta.

— Dieta? — Niklaus perguntou surpreso, analisando sua si­lhueta. — Você não precisa de dieta! Está muito bem assim...

— Parece que estou ouvindo meu pai... — Caroline replicou, dirigindo-lhe um olhar de censura.

O comentário o desgostou profundamente. Céus, a última coisa que queria no mundo era falar como um pai! Nunca houvera nada de paternal em seu sentimento por Caroline, embora a diferença de idade entre eles fosse de dez anos.

— Essa dieta, Klaus, tem sido considerada excelente, e como minha revista vai publicá-la no mês que vem, achei bom expe­rimentá-la primeiro, ver se realmente funciona.

— Não me agrada pensar que esteja servindo de cobaia.

— Verdade? Não se incomode, Klaus, é tudo por uma boa causa — provocou.

A atitude de Caroline mudou a partir daquele momento, e seu tom de voz, até então suave e brincalhão, tornou-se incisivo.

— Nos conhecemos há muito tempo, Niklaus, mas você não pode interferir no que faço ou no que penso.

Niklaus semicerrou os olhos verdes e engoliu em seco, diante daquela inesperada reação agressiva, que não conseguiu entender.

Nos últimos tempos, depois daquela noite, haviam se encon­trado brevemente. Nunca o suficiente para manter uma boa conversa. Tinha certeza de que a desculpa que Bill dera sobre a gripe de Caroline era verdadeira, mas seria verdadeira da parte de Caroline? No fundo achava que ela o estava evitando. Segurou-a pelo braço.

— Caroline...

Ela desvencilhou-se.

— Desculpe, Klaus, mas tenho que ir, estão esperando por mim... — E seguiu para o salão onde os noivos, as damas de honra e os demais convidados estavam ocupando seus lugares. O jantar ia começar a ser servido.

Niklaus acompanhou-a.

— Caroline, jante comigo na próxima semana — insistiu. — Telefono para combinar o dia.

Visivelmente contrariada, Caroline ergueu o rosto e fitou-o com seus olhos azuis.

— Não creio que seja uma boa idéia. Agora, com licença, estão me chamando. Espero que goste da festa — acrescentou com ironia, colocando na mão de Klaus o copo de suco de laranja.

Klaus lembrou-se dos tempos em que festas de casamento para ele não significavam divertimento e sim, advertência. Nun­ca pensara em se casar. Não queria saber de laços permanentes. Tinha sérios motivos para isso.

Mas, ao observar Caroline encaminhando-se para seu lugar à mesa, convenceu-se de que faria qualquer coisa para tê-la só para si.


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Notas finais do capítulo

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