Alice e Gustavo – 25 de agosto – Sexta- feira – 3 meses

Fatinha estava enlouquecendo com a arrumação da festa de mesniversario dos filhos, ela estava arrumando tudo sozinha. Sua mãe ficou com os bebes até a hora dela chegar da faculdade e o plano era que ficasse até Bruno chegar, mas ela teve que voltar para casa, pois Lavinia tinha caído no colégio e pelo visto tinha quebrado o braço. Então a loira estava desde as 11, que foi a hora que chegou da faculdade até 13:00 enchendo balão, decorando a sala e olhando os bebes, que estavam acomodados no moises (tipo uma cestinha/berço portátil) na sala. Ela colocou uma música baixinha e os bebes ficavam tentando interagir com o som.

Mas a preocupação dela com os bebes não a deixava terminar os doces que estava enrolando e a mesa que estava decorando, tudo ao mesmo tempo. Ela respirou fundo quando ouviu a porta bater.

Bruno: Família maravilhosa, o rei chegou!

Os bebes começaram a gritar e a ficar agitados no moisés. A loira correu pra sala e encontrou seu moreno agachado na altura dos filhos conversando com eles. Alice só faltava pular do moises e ir pro colo do pai. Gustavo estava fazendo bichinho e rindo, essa era a nova onda dele, ficava assim o dia inteiro.

Fat: Ai que bom que você chegou amor – ela passou por ele pegando o bolo que ele tinha ido buscar na confeitaria e foi para cozinha.

Bruno: Ei ei ei ei- puxou ela pelo braço – eu não ganho nenhum beijinho?

Fat: Agora não – ela morde o queixo dele de leve e continua seu caminho.

Bruno respira fundo e volta sua atenção para os bebes, sabia que era o que ela queria que ele fizesse agora. Gustavo começou a chorar, e o moreno teve certeza do que era, agora ele sabia o que cada choro significava.

Bruno: Amor, tem alguém precisando ser trocado! – ele grita da sala com Gustavo no colo.

Fat: Vá em frente papai – ela grita de volta

Bruno: E a Alice vai ficar com quem? – ele se aproximou da sala de estar, onde ela estava arrumando a festa, que tinha como tema ‘Conto de fadas’, mais focado na princesa e no príncipe.

Ela estava de costas para ele, pregando umas figuras com cola quente na toalha da mesa, seu cabelo estava preso em um coque mal feito e ela estava com a blusa levantada e short jeans. Bruno olhou pros filhos, Gustavo que estava chorando ficou observando ele.

Bruno: Vocês podiam quebrar essa pro papai, a mamãe está muito gata, fiquem quietinhos, papai promete que quando vocês crescerem dá um carro zero pra cada um – falou baixinho, mas a loira conseguiu ouvir e se virou rindo.

Fat: Que baixaria Bruno, tentando subornar seus filhos que ainda nem completaram três meses – sorri limpando a cola entre os dedos.

Gustavo tinha parado de chorar e apenas observava a cena.

Bruno: Vem cá vem amor, eu não posso usar as mãos, mas posso usar a boca, vem cá vem gostosa – ele sorri safado para a loira, que não resiste e caminha até ele.

Quando os lábios estavam se encostando Gustavo começou a chorar.

Fatinha sussurrou com a boca colada na do moreno: acho que tem alguém com ciúmes – sorri e olha pro filho. – Vamos trocar essa fralda? Vamos?

Bruno: Deixa que eu vou amor, você está toda atrapalhada ai – ela o olhou e deu um selinho nele. Tirou Alice de um dos moises e ficou conversando com a menina que estava quietinha observando tudo.

Bruno subiu com Gustavo e foi trocar a fralda do bebe. Ele já estava craque nisso, sempre ajudava a loira nisso.

Bruno: Pow filhão, você podia ter me quebrado essa – abre a fralda do filho – aliás, você só esta me premiando né? Cocô filhão, cocô? – o menino que estava com a mão na boca sorria para o pai se divertindo.

Bruno estava limpando o filho quando sentiu um jato quente em sua blusa. Ele fechou os olhos rápido.

Bruno: Não acredito Gustavo – o menino sorria divertido agora com uma escova que ele conseguiu pegar, na boca. Bruno tirou a escova da boca do menino e continuou limpando o bebe, ignorando completamente o cheiro de xixi que estava emanando de sua blusa.

Depois o moreno tirou a camisa, pegou o filho, colocou no moises e desceu as escadas. Fatinha estava na sala terminando de arrumar alguns detalhes, olhou ele descendo as escadas sem camisa e assoviou para ele.

Fat: Assim você é que me mata, gostoso – sorri e ele sorri de lado. – Mas que cara é essa?

Bruno: Guga me batizou – a loira começa a rir descontroladamente imaginando a cena. – Vai rindo vai, quero ver quando ele fizer isso contigo e for no seu cabelo lindo ai.

Fat: Ele sabe com quem faz essas coisas meu amor – pisca pra ele e Gustavo solta um gritinho como se concordasse. Bruno a encara e ela percebe que ele está tramando algo só pelo olhar. Ele coloca o moises de Gustavo ao lado do de Alice e vai andando devagar em direção a Fatinha.

Fat: Bruno nem vem, você ta cheio de xixi ai ó – aponta pro peitoral dele e vai recuando pra trás até bater as costas na estante.

Bruno alcança ela e a abraça pela cintura, ela sente o xixi ainda quente no peitoral dele molhar sua blusa. Ele beija o pescoço dela, ela arrepia e ele a solta.

Bruno: Se ele não faz isso contigo, eu faço, sem dó – pisca pra ela.

A loira olha pra sua blusa branca agora com uma mancha amarela.

Fat: Você me paga – fuzila o moreno com o olhar e vai pra cima dele. As crianças que olhavam a cena começaram a rir e a soltar gritinhos. Antes que ela pudesse dar um tapa nele, ele a segurou pelos braços e deu um beijo no pescoço dela. – Para Bruno – ela se encolheu arrepiando.

Bruno: Tem certeza? – ele passa a barba no pescoço dela que se arrepia

Fat: Não – ela impulsiona o corpo pra frente e o beija, o beijo já começou com desejo, ele soltou as mãos dela, que foram direto para o pescoço dele e as dele para a cintura dela apertando de leve. Eles ficaram um tempo se beijando e pararam quando o ar se fez necessário. Ela dá um selinho nele. – Vamos subir pra dar banho neles, está quase na hora da festa.

Bruno: Como é que se diz?

Fat: Agora – pisca pra ele e pega o moisés de Gustavo e de Alice.

Bruno: Sempre delicada – eles sobem as escadas e a loira prepara o banho dos bebes. – É a primeira vez que a gente faz isso sozinhos amor, nem acredito, tinha que filmar.

Fat: Filma amor – fala tirando as roupas de Alice enquanto Bruno fecha as janelas.

Bruno: Ah é e quem segura as crianças? Ah já sei, vou colocar no tripé, vou pegar a câmera.

Fat: Antes você pode parar de sacudir o Gustavo de um lado pro outro?

Bruno: Ele tá se divertindo né filhão? – olha para o menino no seu colo que estava sorrindo e sacudindo os braços. A loira pega o filho do colo de Bruno e tira as roupas do menino. Enquanto isso Bruno vai pegar a câmera.

Depois de tudo pronto, câmera no tripé, temperatura da água apropriada e bebes na banheira, eles começaram a dar banho nos bebes. Fatinha em Gustavo, pois Bruno não queria outro banho de xixi e Bruno em Alice. Bruno ficava olhando toda hora pra loira pra saber como lavar e até que eles se saíram bem para a primeira vez. Eles secaram as crianças e colocaram a roupa em cada um deles. Alice estava com um vestido de princesa rosa com brilho e uma sapatilha de bailarina e Gustavo com sua roupa de príncipe.

Bruno: Não vou colocar uma roupa igual a dele não amor, nem vem.

Fat: Vai sim amor, a Lia e a Ju que escolheram, as madrinhas estão mandando ver – sorri e o moreno revira os olhos

Bruno: Eu não vou, já disse, olha essa calça branca amor e esse treco na barriga, isso deve é estar agoniando ele.

Fat: Ele não parece agoniado – ela se inclina e da um beijo na testa do filho que estava mamando com os olhos quase se fechando. – E você vai usar sim – ela se inclina e beija a testa da filha que a observava atentamente. – Você está tão linda meu amor – a menina sorri.

Bruno: Não vou colocar mesmo – sai do quarto resmungando.

Depois de amamentar os bebes, a loira chamou Bruno pra ajuda-la a colocar eles pra gofar, depois ninaram eles e colocaram no berço. Quando fecharam a porta do quarto, a campainha tocou.

Fat: Deve ser o homem dos salgadinhos, vou lá atender – ela ia descer as escadas correndo quando bruno a puxou pelo braço.

Bruno: Assim? Sem blusa? Tá louca? – ele a encara e ela sorri dando um selinho nele.

O moreno desce as escadas e atende, era Lia, Ju e os namorados. Eles ficam batendo papo e Fatinha estranha a demora então coloca um roupão, ela já estava de roupas intimas, pois ia entrar no banho, e desce as escadas.

Fat: Quem era Bruno? – fala entrando na sala

Lia: Uuuh sensual seduction – começa a cantarolar pra amiga que ri e começa a dançar.

Bruno: Ow ow ow, olha o Victor e o Gil aqui, se controla – fecha a cara.

Fat: Tá tao ciumento hoje esse homem, nossa – ri e da selinho nele indo cumprimentar os amigos. Ela demorou mais nos meninos só pra ver a cara do moreno.

Bruno: Eu vou tomar banho, esfriar a cabeça, licença – ele sobe as escadas.

Fat: Nem vem, eu vou primeiro – sobe as escadas correndo na frente dele

Lia: Se forem tomar juntos, por favor, façam uma rapidinha porque tem festa hoje ok?

Ju: Ai Lia, que desnecessário – revira os olhos.

Lia: Falou a santa que nunca fez sexo – Ju ficou vermelha de vergonha e Gil deu um selinho na namorada.

Eles ficaram tirando fotos da mesa que estava toda enfeitada, e terminaram de arrumar os doces e organizar algumas coisas.

Enquanto isso, no andar de cima, Bruno bem que tentou tomar banho com a loira, mas ela o mandou ir pro banheiro de hóspedes porque se não iam demorar demais e estava quase na hora da festa. Ao sair do banheiro ela deu de cara com ele se vestindo de príncipe e já ia elogiar quando viu que ele estava de calça jeans e não com a calça da fantasia.

Fat: Amor, cadê a calça da fantasia? – fala terminando de colocar sua fantasia.

Bruno: Eu já disse que não vou colocar – calça o sapato sem olhar para a loira.

Fat: Amor, por favor, é o aniversário dos nossos filhos, temos que participar poxa – ela fala se aproximando dele e envolvendo a cintura do moreno.

Bruno: Nem vem tentando me seduzir não, hoje o Rasta e o Nélio chegam de viagem e eles vem para a festa, não vou pagar mico não.

Fat: Fazer seus filhos sorrirem agora e futuramente quando verem as fotos, é pagar mico?

Bruno: Não foi isso que eu quis dizer, vestir essa calça é pagar mico. Eu to com a parte de cima, to com o sapato, to até com a coroa, não é mico suficiente não?

Fat: Não vou mais insistir – ela tira as mãos da cintura do moreno e vai terminar de se maquiar no banheiro. Quando ele se aproximou do banheiro para convence-la, ela bateu a porta com força e trancou. Ele respirou fundo e desceu as escadas, não ia colocar aquela calça ridícula de jeito nenhum.

Lia: Iih que cara emburrada é essa querido? – olha pro amigo.

Bruno: Sua amiga querida querendo que eu coloque uma calça ridícula porque faz parte da fantasia.

Lia: Quando escolhemos as fantasias, eu sabia que você não ia querer usar a calça – ri. – É só explicar pra ela e pronto, mas sem magoá-la, você sabe como ela fica empolgada com essas festas. – sorri e ele sorri de volta.

Bruno: Só ela fica empolgada né dona Lia? – ri e a amiga faz uma careta – Mas sem brincadeira agora, eu já falei com ela e ela tá muito puta comigo.

Lia: Vou tentar aliviar pro seu lado, um momento – ela se levanta e ele a faz sentar novamente.

Bruno: Não precisa, depois eu resolvo, relaxa.

Lia: Tem certeza? – o moreno confirma com a cabeça e sorri abraçando a amiga e agradecendo.

Fatinha desce as escadas com os filhos no moises e arranca assovios dos marmanjos, vulgo namorados das amigas, e do Dinho que havia chegado. O vestido dela era rosa do mesmo tom da filha, só não tinha o laço igual e era colado no busto e solto embaixo e curto. Ela colocou um scarpin creme em vez da sapatilha, deixou o cabelo solto e colocou uma coroa bem no meio do cabelo, estilo princesa.

Bruno: Tá linda meu amor – sorri para loira se aproximando, ele deu um selinho nela, mas sentiu que ela não retribuiu.

Fat: Que pena não poder dizer o mesmo de você.

Bruno: Você está sendo infantil – ele a encara e se afasta indo para parte externa da casa.

Lia percebendo o clima se aproxima da amiga, pega o moises dos bebes e leva pros amigos os verem. Depois vai atrás da loira na cozinha.

Lia: Você está pegando pesado.

Fat: Lia, não se mete, sério.

Lia: Fatinha, é uma calça, só isso. Ele está com o resto da roupa toda.

Fat: Mas não está com a calça, droga, ela faz parte da fantasia. E ele tem que fazer tudo pelos filhos oras.

Lia: Você está parecendo uma criança birrenta e usando argumentos sem lógica. – a loira cruzou os braços e fuzilou a amiga com o olhar – Querendo ou não isso é mais mico pra eles do que pra gente. Eu to aqui de boa usando essa coroa, mas vai ver a cara do Victor, do Gil e do Dinho com as coroas de príncipe, eles estão detestando. E olha que eu nem to obrigando ele a usar a capa. – ri e a loira sorri um pouco – Além do mais, vamos combinar que o Bruno já mostrou ser bom pai mil e uma vezes né? – a loira olha pra baixo e depois encara a amiga.

Fat: Eu peguei pesado mesmo né? – respira fundo – Provavelmente to na tpm

Lia: Bem vinda a esse clube novamente – sorri e a loira faz uma careta.

Fat: Eu vou lá falar com ele – sorri pra Lia que sussurra “boa sorte” pra amiga.

Alguns convidados estavam chegando nesse momento e Fatinha teve que parar para cumprimenta-los, entre eles a mãe, o padrasto, a avó com a Mirela e a Clara e mais atrás Lavinia com seu braço quebrado. Ela falou com todos, e foi elogiada tanto pela fantasia quanto pela decoração. Logo que viram os bebes, que agora estavam super agitados dando gritos e mexendo as perninhas e os bracinhos freneticamente, esqueceram da loira e do moreno.

A loira aproveitou para ir atrás de Bruno. Ela o encontra na parte externa da casa conversando com Rasta e Nelio.

Fat: Oi meninos – sorri se aproximando e os garotos assoviam para ela.

Bruno fecha a cara.

Fat: Obrigada meninos – sorri e dá uma voltinha.

Bruno: O que você quer Fatinha? Ficar se exibindo pra eles? – fuzila a loira com o olhar.

Rasta: Ei, segura a onda Bruno. – o moreno respira fundo e toma mais um gole da cerveja.

Fat: Nós combinamos que não importava o problema, íamos conversar e resolver e você não ia afogar sua raiva ou seja lá o que for na cerveja. – ela encarou ele, já segurando uma lágrima. Ela detestava ver ele beber. O moreno tomou mais um gole da cerveja e ignorou tudo que ela falou.

A loira então respirou fundo e entrou em casa indo direto para o seu quarto, precisava de um tempo. Ela se trancou no quarto e permitiu que todo seu choro viesse a tona, ela sabia o que daria se ele continuasse a beber e ela não acreditava que ele estava fazendo isso justo no aniversario dos filhos. Até que alguém interrompeu seus pensamentos e seu choro batendo na porta.