Breathless escrita por Ana Gabriela Carvalho


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Bem, desculpem-me pela demora no capítulo 3; eu confesso que eu estava enrolando pois estava desanimada, afinal ninguém havia comentado...
Até que simplesmente eu abro o Nyah e viro uma pessoa totalmente feliz!!!!
Eu queria agradecer à Ane, por acompanhar!
E eu também queria agradecer muito à whysmolder, que a propósito é minha autora preferida do Nyah, por acompanhar e comentar!!!
Muito obrigada, de coração!

Pela demora, eu resolvi fazer um capítulo mais gordinho do que eu geralmente tenho tempo para escrever, então espero que gostem e que não fique muito cansativo!
Boa leitura!



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Connor deixou o dinheiro em cima da mesa e levantou. Eu e Jake o acompanhamos e pegamos nossas pranchas. Entramos na água e remamos para o fundo. Esperamos a onda ideal e... Bem, surfamos. Olhei para o lado e avistei apenas Connor. Perguntei-me onde estava o menino de olhos azuis e, assim que a onda se desfez, ouvi aplausos atrás de mim. Jake estava observando de trás, esperando não me ver de pé ao fim da onda.

– Bom, mas ainda não vi nada demais – gritou Jake para ser ouvido de longe.

– Estou aquecendo! – falei – Sabe quanto tempo faz que eu não surfo? Um ano! Estou apenas relembrando a sensação de ficar em uma onda...

– Bah! Aposto que faço melh... – expôs o menino, sendo interrompido por uma onda que o pegara de surpresa por trás.

– Bem feito, Elliot! – gritou Connor, surgindo de repente e entre Jake e eu. Ele deve ter caído no meio do caminho. – Não fale mal da rainha da praia!

– Você venceu o torneio do ano passado? – perguntou Jake surpreso, cuspindo água.

– Por que a surpresa? – perguntei, remando novamente para o fundo.

– Não sei – respondeu Jake.

Nós passamos umas duas horas no mar, até que avistei uma barbatana. Ela estava bem longe, porém sabia que não se devia brincar com o destino. E principalmente com os tubarões na Austrália. Chamei os meninos e fomos para a areia. Finquei minha prancha, sendo acompanhada pelos meninos. Sentamos na areia enquanto relaxávamos com o sol batendo em nossas faces. Fechei os olhos e me lembrei de como eu sentia saudade daquilo tudo. Paz.

Ouvi Connor se levantando e dizendo “Até mais, Kate. Passo mais tarde em sua casa.”.

– Fechado, Yoshi – murmurei.

Continuei de olhos fechados, escutando minha respiração, a respiração de Jake, o barulho familiar do Surf & Swim e as ondas.

Até que senti as mãos de Jacob em meu rosto. De repente ele estava me beijando. Arfei com a surpresa, mas correspondi. Não me pergunte o porquê. Sentia uma adrenalina crescente em meu peito. Jake desceu suas mãos até que estivessem em minhas costas; uma perto da base de minha coluna e a outra próxima ao meio de minhas costas. Coloquei minhas mãos em seu pescoço e acariciei seus cabelos. Para mim, nada existia além de nós.

Até que escutei sussurros em minha mente... Sussurros que me causavam pesadelos a noite, horas olhando para mim mesma no espelho. Eles diziam em vozes ásperas e assassinas: “Isso mesmo, Katherine. Repita o que aconteceu na Suiça. Você está predestinada... Você não presta, vagabunda...”.

Parei abruptamente de beijá-lo e me distanciei o suficiente apenas para ver seus olhos com clareza.

– O que... Que diabos... Mal o conheço... – falei confusa, disfarçando meu medo das vozes, recobrando o ar – Por que você fez isso, Jacob?

– Me desculpe – sussurrou o menino.

– Bem, você não parece arrependido – retruquei.

– É... – murmurou Jake – Bem, eu não me arrependo.

– Eu também não. – afirmei – Só... Devagar, ok?

Jake assentiu com um pequeno sorriso em seus lábios. Levantei com um sorriso traiçoeiro, porém ainda com medo. Abaixei-me e lhe dei um beijo no rosto, em seguida peguei minha prancha.

– Te vejo hoje à noite – falou o menino de olhos azuis.

Virei-me e comecei a andar em direção a minha casa.

– Nunca mais me chame de Jacob! – gritou Jake para ser escutado de longe quando eu já estava a uns 10 metros dele. – Muito menos de Elliot! Se fizer isso de novo te jogo de noite em uma piscina gelada! E sem mim!

– Egocêntrico! – gritei brincando em resposta. – A propósito, estamos basicamente fazendo uma novela para os clientes do Surf & Swim!

Continuei caminhando na beira da água. Eu pensava angustiada: “O que eu fiz? Está muito cedo? De novo não, por favor.”.

Parei ao avistar a casa. Respirei fundo para enfrentar minha família. Eles gostavam de mim, mas não me sentia... Bem, da família. Como eu já disse, não me destaco em nada além do surfe, basicamente.

Acho que eles iriam pirar se soubessem que sua querida filhinha escutava vozes assassinas. Sim, minha mente não é completamente sã. Ela deixou de ser a um ano e meio atrás. Nas férias de inverno. Nas únicas férias de inverno que foram boas para mim. Até que...

– Katherine! – chamou meu irmão gesticulando para que eu me aproximasse, interrompendo meus pensamentos.

– O que foi, Derek? – perguntei.

– Onde você esteve? – rebateu Derek.

– Na praia, duh – respondi indicando minha roupa e minha prancha. – Desde quando é da sua conta?

– Desde que você nasceu. Desde que você é minha irmã. – retrucou o menino – Desde que eu combinei com você de irmos nos encontrar com dois irmãos. Encontro duplo, lembra?

– Desde quando eu concordei com isso, Derek? – perguntei

– No avião. Você respondeu “Tá, tá, tá...”. E eu já combinei com eles. A irmã é super gata. Ela tem 16, mas tanto faz. Ela é gata. E ela disse que o irmão dela estava solteiro, então me falou para te levar. – explicou o rapaz – Vamos, vai, irmãzinha... Já faz muito tempo que Travis... Bem, você sabe. Agora vá se arrumar, Katherine. Não me deixe na mão, ou vou contar para papai e mamãe que você não é mais virgem. Falando neles, eles foram passear em algum lugar caro, para casais e chato.

Bem, eu explodi em risadas. Descobri que meu irmão não sabe ameaçar direito, mas mesmo assim fui me arrumar, pensando em Travis.

Tomei um banho para retirar o sal do cabelo e vesti um short jeans curto, uma regata rendada que cobria basicamente o short inteiro e sandálias apropriadas para caminhar na areia. Não usei maquiagem, claro. Estávamos indo para um encontro que era na Surf & Swim, Derek falara. Para que se arrumar demais? Apenas sequei meus cabelos com o secador para ficarem volumosos. Peguei meu celular e botei no bolso de meu short.

Desci as escadas e encontrei Derek encostado no parapeito da varanda. Nós somos parecidos; com a exceção de que: seus cabelos são loiros, como os de minha mãe. Puxei a cor dos de meu pai. Temos os mesmos olhos, o mesmo formato oval e anguloso de rosto, somos altos, e bem, ele é provavelmente o único que me entende em minha família inteira. Só para que você não ache meus olhos tão estranhos como eu havia descrito antes, eles não são tão amarelos, ok? São uma grande mistura de castanho, verde e dourado.

– Você está bonita – disse ele. – Gosto de suas sardas.

– Obrigada. Você também não está nada mal. – murmurei - Mas acredite, você não gostaria de tê-las.

Ele vestia uma camisa polo e calções. Não me pergunte como, mas estava bom.

No caminho para o Surf & Swim, ele falou:

– Kate, sei que é pedir demais, mas... Seja gentil, tente pelo menos uma vez. Não ser gentil, isso você já é. Mas faz muito tempo desde Travis. Dê uma chance para o garoto. Pelo que ela me falou, ele parece legal. E ela é gata. O irmão deve ser razoável. Tente não estragar as coisas, ok? Ela é muito importante para mim. Nos conhecemos por internet. Hoje é o primeiro dia que vou vê-la pessoalmente.

Suspirei, pensando em como respondê-lo.

– Olha Derek, eu não vou estragar seu lance com ela, falou? – comecei a discursar – A menos que eu ache que ela não presta. Boa sorte com ela, mas me desculpe. Ainda penso em Travis. Ele ainda é muito recente. Está no meu coração. Não sei se é hora de abri-lo para outra pessoa. Você sabe que eu me entrego quando acontece. Quero dizer, quando me apaixono. Vou tentar conhecer o cara, mas não prometo nada.

– Me promete que vai ao menos tentar? – perguntou ele.

– Bem, se for só para tentar, sim eu prometo – respondi.

Ao estarmos quase chegando no bar, avistei Jake, que ainda estava com a roupa de borracha de mais cedo, e uma menina vindo pela outra direção. A menina era basicamente uma versão de Jake, só que loira, com cabelos grandes e macios. Qual era mesmo seu nome? Rosalie. A irmã de Jake. 16 anos. Eles aparentavam estar discutindo.

– Hey Jake! – chamei, interrompendo a discussão.

Ele olhou para mim e sorriu, apressando o passo em minha direção, deixando uma Rosalie enfurecida para trás.

– Oi de novo – cumprimentou-me o menino com um beijo na bochecha, o que eu achei muito fofo da parte dele.

– Oi – falei enrubescendo, ciente do olhar de meu irmão. – Ahn, Jake, esse é meu irmão, Derek. Derek, esse é o Jake. Um... amigo.

– É um prazer conhecê-lo, Derek – falou Jake estendendo a mão para ele, que bateu nela. Logo após, eles fecharam a mão e as bateram no ar também. Sempre me perguntei o porquê disso. Qual é a lógica? Meninos...

– Eu sei que você está me bajulando por que sou o irmão mais velho – retrucou Derek sorrindo – Mas é um prazer conhecer o amigo-que-mais-parece-ficante-da-minha-irmã.

– Rose, venha cá e deixe de ficar emburrada – chamou Jake sorrindo.

– Jacob Elliot Blackwheel, você vai se encontrar com essa garota, não me importo nem se você está namorando, noivo ou casado! Ele é importante para mim! Como sua irmã, sim, eu vou te obrigar! – falou a menina loira em tom mandão.

Derek olhou para mim com o canto do olho, com uma sobrancelha arqueada.

– Essa é minha doce irmã Rosalie – apresentou Jake. – Rosalie, esses são Kate, minha... amiga, e seu irmão, Derek.

– Espere, você é Rosalie Blackwheel? – perguntou Derek

– Derek Ashwood? – rebateu a menina

– Desde que me entendo por gente, sim – falou ele sorrindo.

– Bem, oi – disse Rosalie envergonhada.

– Oi – falou Derek com a voz meio estranha.

– Tchau – falei, me retirando e subindo as escadas do Surf & Swim, sendo acompanhada por Jake.

– Ei, volte aqui Katherine – chamou Derek. – Rose tem um irmão, esqueceu?

– Por acaso você estava ocupado demais babando por Rose quando ela chamou Jake de irmão? – rebati dando risadinhas inexplicáveis – Acho que sim. A não ser que você tenha outro irmão gato que iria sair comigo, que não seja esse aqui...

– Ah, não – afirmou Rose – É esse banana aí mesmo. Espero que ele não te decepcione. Peço desculpas previamente. E oi! É um prazer te conhecer. Derek não parou de falar de você! Teve uma hora que fiquei arrasada, pois ele não me disse que você era irmã dele, então quando ele disse que tinha uma Kate que surfava, era bonita e esperta, eu achei que vocês eram namorados!

Eu ri e falei:

– Ugh! Não, deus me livre! – exclamei – É um prazer conhecê-la também, Rose. Depois a gente sai algum dia, quero conhecer a menina que fisgou o meu irmão. Também peço mil desculpas previamente...

Fui interrompida com um susto. Jake havia cansado de me esperar, então simplesmente resolvera que era mais fácil me botar em seus ombros.

–Jake, me ponha no chão – pedi calmamente enquanto ele andava calmamente até uma mesa de dois lugares. – Agora.

– Estou pensando... – ponderou o menino de olhos azuis – Implore.

– Por favor, Jake. Me ponha no chão. – pedi novamente.

– Ainda não ouvi... – cantarolou Jake.

Suspirei, pois sabia que ele não me soltaria a menos que eu implorasse. Com muito afinco.

– Eu lhe imploro, Jake, salvador e amor de minha vida, me ponha no chão. – comecei – Por mais que me considere uma donzela de porcelana, não quebro tão facilmente e sou capaz de andar, me defender e te dar um belo soco, caso você não me ponha no chão nesse EXATO segundo.

– Ok, ok Katherine... – murmurou Jake sorrindo

– E não me chame de Katherine! – acrescentei

– Já te falaram que você fica linda quando está zangada e irritada? – perguntou Jake puxando uma cadeira para que eu me sentasse.

Senti meu sangue gelar. Já. Já haviam me dito isso. Travis havia. Ao invés de responder, apenas sorri para ele e me sento.

– Obrigada. Já te disseram como roxo fica em você? – perguntei. – Pois é... Se fizer isso de novo e não me descer na hora em que eu pedir, é como sua cara vai ficar, mané.

– Hm, isso é uma provocação senhorita Ashwood? – perguntou o menino de olhos azuis sentando na cadeira à minha frente.

– Talvez, Blackwheel – respondi com um sorriso travesso nos lábios. – Talvez.


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Notas finais do capítulo

Bem, pelo que vocês estão vendo a partir de agora, a fic é mais do que beijinhos, risos e abraços... Todos tem um passado sombrio em Breathless, acreditem em mim... Confesso que quando eu estava relendo esse capítulo eu pensei: "What? Quem é Travis? Que vozes são essas?"; até que eu lembrei que eu sou a autora da fic então eu sei o que vai acontecer... #seligaGabi Também, né gente... Um descontinho né? Eu estou escrevendo as notas finais exatamente às 3:20 da manhã!
Me desculpem por qualquer erro gramatical, como eu já disse, estou acabando de escrever tudo às três da manhã!
Comentem e me digam o que acharam! Sou basicamente movida a reviews/comentários e novas pessoas acompanhando/favoritando/recomendando!
Espero que estejam gostando e continuem acompanhando!
XOXO - Muito obrigada!



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