Capítulo 28- Nossa decisão

No final das contas Maxon não me fez escolher nenhum dos andares o que era um alívio, porém ganhei um amigo inseparável, o soldado Brown, ele era bem fechado tentei puxar assunto com ele várias vezes, mas não dava muito certo. Acho que Maxon o escolheu de propósito, por ele ser muito concentrado em seu trabalho e eu não conseguir tirar dali uma amizade. Meu marido não costumava demonstra o ciúme, mas tem coisas que dá para perceber.

Mas hoje quem estava comigo não era Brown, mas o Maxon. Estávamos descendo as escadas para ir á uma reunião. Hoje é sábado e faz 5 dias desde que eu e Maxon ficamos sabendo do bebê, mas também faz 5 dias desde que nós resolvemos aceitar a ideia maluca do August. Discutimos e chegamos a conclusão que agora como eu estou grávida não iriamos correr o risco de mais nenhuma invasão.

E bem nosso plano vai ser colocado em ação hoje. Ele consiste em basicamente o irmão do August voltar à base sulista, se manter infiltrado lá, e nos falar dos planejamento de novos ataques, tanto na cidade como no palácio. E quando eles vierem para cá já estaremos preparados, mas não para lutar, e sim para prende o líder dos sulistas e o máximo deles possíveis. Era esse o plano.

Se tudo desse certo os sulistas iriam recuar por um tempo, e quando eles voltarem provavelmente já vamos estaremos tirando as castas, assim diminuindo o numero de adeptos á causa sulista, pelo menos foi o que o August e o Maxon me falaram.

Falando em castas, o projeto ia muito bem, mês que vem haveria a retirada da oitava, mesmo faltando um mês era o que mais se falava nos jornais, nas revistas, na Tv em quase todos os lugares, a população no geral estava muito contente, tirando algumas exceções.

Marlee continua maluquinha e com 2 meses a barriguinha dela já está aparecendo. Ela já sabe que eu estou grávida e é muito mais legal, ainda não contei para minha família, mas eu e Maxon vamos falar amanhã quando fomos lá. O bom de hoje ser sábado é de que é um dia parcialmente livre o que quer dizer que depois da reunião estaremos livres.

–Max?

–Sim – Ele respondeu enquanto caminhamos.

–O irmão do August vai estar aqui?

–Sim, ele vai vir com o August.

Assenti. Quando entramos no escritório me deparei com August e alguns poucos conselheiros que tínhamos escolhido, já que o plano era sigiloso, e bem mais no canto uma figura estranha. Um homem que aparentava ter uns 30 anos, barba rala, cabelos loiros, estava com uma jaqueta de couro preto surrada, não era magro e nem gordo, seu rosto era bruto e cansado, parecia que embora ainda jovem a vida tinha deixado marcas nele.

Assim que entramos ele se levantou junto com os outros. Todos se acomodaram.

–Bom eu gostaria de apresentar meu irmão, Sam.

O tal Sam nos cumprimentou, achei aquele homem bem suspeito, mas ele era nossa única opção.

Iniciamos a reunião e discutimos tudo, e o Sam, permaneceu calado e apenas observando. No final todos saíram exceto August, Sam, e nós. Maxon falou um pouco com August e o tal Sam continuou sentado, fiquei o observando desconfiada, até que ele me pegou olhando para ele, que abriu um sorriso e veio na minha direção.

–Majestade- Falou e beijou minha mão. Fiquei totalmente assustada com isso, olhei para o lado e vi que Maxon olhava atento a cena, me recompus.

–Sam, é um prazer conhece-lo.

Ele sorriu.

–Você pode não acreditar, mas torci pela senhora na Seleção, é um prazer conhece-la. – Ele falou.

Olhei para ele desconfiada.

–Não sabia que rebeldes assistiam a Seleção.

–Normalmente não, mas minha mulher assistia mesmo assim. – Ele pareceu um pouco triste em falar da mulher. –Sabe quando olho para você me lembro dela, ela era a coisa mais pura que já conheci, no entanto são esses tipos de pessoas que mais sofrem.

Olhei para ele com compaixão, não sabia o que tinha acontecido com a mulher dele, mas com certeza não foi algo feliz.

–O que aconteceu com ela? – Perguntei cuidadosamente.

–Eu a perdi, paguei muito caro por me envolver com eles, eles me tiraram ela, e ela era tudo para mim.- Falou com os olhos lacrimejando.

–Eu sinto muito – Falei realmente tocada com a situação.

Não podia acreditar que os Sulistas poderiam ser pessoas tão horríveis.

–Mas eu vou vinga-la , vou sim, e agradeço vocês por me darem essa chance.- Ele falou agora com uma chama de raiva nos olhos.

Assenti, queria falar algo como o ódio não recompensa ou sei lá, mas como falaria isso para um homem que enfrentou algo assim? Fomos interrompidos. August falou que precisavam ir. Depois que foram, fique ali pensando. Maxon chegou por trás e me abraçou.

–Tudo bem querida?

Hesitei e falei:

–Você ouviu?

Ele assentiu. Suspirei e virei para ele.

–É tão horrível pensar nisso...como...como as pessoas podem fazer algo assim?- Falei.

–Nesses momentos penso se ainda há bondade nesse mundo, por que parece que só tem maldade. – Falei.

–Não acho que isso seja verdade, sempre haverá boas pessoas Meri, sempre. – Ele falou e me beijou.

Ele estava certo, haverá más e boas pessoas, temos que lutar para que o bem seja feito e era isso que eu e Maxon fazíamos. Respirei fundo.

*****

Tínhamos acabado de almoçar e meu animo já estava melhor, teríamos o resto da tarde de hoje livre.

–E então majestade, o que vai fazer com a sua rainha nessa tarde tão ensolarada? – Perguntei para o Maxon.

Maxon olhou para mim e sorriu. Paramos de andar e ele me puxou para ele.

–Colocados nesses termos, acho que já tenho uma ideia. – Falou beijando meu pescoço.

Eu ri.

–E posso saber qual é ela? – Falei passando meus braços envolta do pescoço dele.

Ele abriu um sorriso malicioso.

–Sempre tão inocente.

Eu dei risada.

–Humm acho que está uma tarde tão bonita...podemos deixar suas ideias para noite?-Perguntei.

–Não acho que de para dar um passeio de cavalo à noite, o que foi? No que você estava pensando, hen? – Ele falou me provocando. Abri um sorriso.

–Desculpe Majestade você tem razão, no que eu estava pensando, né? – Falei irônica.

Maxon me abraçou por trás e deu risada.

–Vamos se não vai ficar tarde. – Falou.

E nós fomos.