Anjo Travesso escrita por Vanessa


Capítulo 22
A Bela Adormecida.


Notas iniciais do capítulo

Oláááá! eu sei que demorei, me perdoeem!
Estou super, hiper feliz! amg82michaelis Obrigaaaada pela recomendação! Eu fiquei super feliz quando vi! Obrigada mesmo!
E finalmente eu achei uma música pra ser a trilha sonora da fic *-* está aqui e no link lá em baixo pra quem quiser ver : https://www.youtube.com/watch?v=cHK1L9gBgl4



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Fiquei completamente imóvel enquanto James ia se retirando de meu quarto, sentia minhas pernas formigarem e eu me sentia uma completa idiota. Foi difícil dormir lembrando a cada pouco daquilo, porém, quando o sono falou mais alto que meus pensamentos, pude dormir tranquilamente até que chegasse a hora tão temida.

Acordei com minha mãe batendo forte na porta de meu quarto.

–Carrie, vá se arrumar, já estamos quase atrasadas!

Levantei ainda sonolenta de minha cama, enquanto mamãe saiu pra fazer alguma coisa, tomei um banho rápido e coloquei uma roupa qualquer. Não havia mais solução, pensei em todas as possibilidades de não fazer a maldita químio, porém, não foi possível achar uma solução concreta e que desse realmente certo.

Desci as escadas e fiquei esperando por minha mãe na sala, ela havia reclamado de que estávamos atrasadas, porém, ela não parecia estar com pressa.

Sentei-me no sofá e abaixei a cabeça em desaprovação, eu não queria de jeito nenhum passar por aquele precedimento horrível que seria submetida. De repente, sentia alguém se sentar ao meu lado, levantei a cabeça e deparei com James me fitando.

–Quer que eu te ajude? –Perguntou ele.

–Com o quê?

–Ué, a fugir da clínica. –Falou com naturalidade.

–Fugir? –Pedi surpresa.

–Claro. –Respondeu. –Eu tive uma ideia que pode dar certo, só preciso que você confie em mim.

James estava me pedindo confiança, uma coisa que Derek tinha dito para que eu nunca criasse por James. Fiquei pensativa por alguns segundos, eu necessitava daquela ajuda, mesmo que talvez ela não desse 100% certo.

–Eu confio. –Falei um pouco insegura.

Um enorme sorriso se formou no rosto de James, ele tinha amado ouvir aquilo.

–Tá, então eu vou com vocês. –disse ele levantando do sofá. –Já volto, vou me vestir.

–Espera! –Pedi. – Minha mãe deixará?

–Sua mãe quem deu a ideia de eu ir junto, afinal eu não tenho nada pra fazer mesmo!

–Você não foi matriculado em nenhuma escola? –Pedi curiosa.

–Fui sim, na sua. –disse ele. –mas como você não foi hoje, eu também não fui.

Arregalei meus olhos, James estudaria na mesma escola que a minha, provavelmente na mesma classe. Mas não era isso que me atormentava, e sim o fato de que Derek também estuda lá.

James subiu as escadas correndo. E logo minha mãe apareceu.

–James já está pronto? –perguntou ela.

–Ainda não. –Respondi. –Acho que ele decidiu ir junto conosco em cima da hora.

–Tudo bem. –Disse mamãe. –Por ele vale a pena esperar.

Fiquei ainda mais surpresa depois que minha mãe disse aquilo, se ela não tivesse idade pra ser mãe dele, eu diria que ela está apaixonada por James.

Logo, ouvimos um barulho, levei meus olhos até as escadas e James estava as descendo rapidamente.

–Desculpem a demora. –Disse ele.

Mamãe apenas sorriu enquanto pegava a chave do carro em sua bolsa, eu já fui me levantando do sofá e indo até a porta de saída de casa. Assim que entramos no carro, minha mãe começou a conversar com James como sempre, parece que os assuntos entre eles dois, nunca teriam fim.

Olhei atentamente pra fora da janela, pensando qual seria o tal plano de James pra me tirar da clínica, e fugir de lá talvez não seria má ideia. Minha mãe, obviamente ficaria furiosa, talvez nem me perdoasse, mas como se tratava de James, as coisas poderiam ter outro rumo.

A clínica do meu médico, que sempre cuidou de mim não ficava tão longe assim de minha casa, então chegamos lá em questão de minutos. Minha mãe estacionou o carro em uma vaga exclusiva no estacionamento.

–Certo, chegamos. –Anunciou ela.

James foi retirando o cinto, enquanto eu já abria a porta do carro impaciente. Minha mãe procurava alguns documentos em sua bolsa, e assim que os achou também desceu do carro, logo em seguida, James também se juntou a nós.

Fomos em silêncio até a entrada da clínica, assim que entramos eu vi que infelizmente não haviam muitas pessoas por ali, quem sabe eu seria a primeira a ser atendida naquele dia.

Jasmine, a recepcionista, sorriu ao nos ver entrar, ela me conhecia muito bem, praticamente desde a infância, quando comecei a frequentar a clínica. Ela não era muito velha, mas tinha idade suficiente pra estar à anos trabalhando ali.

Depois que cumprimentou minha mãe e à mim, ela olhou atentamente para James.

–Seu namorado?

Ela ficou me fitando, e então eu descobri que essa pergunta era pra mim, e se referia a James.

–Não, não. –Falei rapidamente. –É apenas um amigo meu.

Ela assentiu com a cabeça, e James se sentou na sala de espera. Mamãe ficou conversando com Jasmine enquanto eu fui até a sala de espera também. Sentei-me ao lado de James e perguntei aos sussurros.

–Então, qual o plano?

Ele me fitou, e sorriu por alguns segundos olhando friamente em meus olhos, seus olhos faziam um balanço lindo enquanto ele me olhava, acho que estavam acompanhando os meus.

–Não tem uma estratégia, é apenas correr quando chegar a hora. –Disse na maior tranquilidade.

Fiquei confusa com aquilo e resolvi pensar por alguns segundos.

–Quando eu achar que realmente está na hora, -Dizia James. –Pegarei na sua mão, e vamos correr.

–Correr? Mas... mas pra onde?

–Pra qualquer lugar. –Disse ele.

–Isso não irá ajudar, eu não poderei sair correndo toda vez que minha mãe me trouxer aqui.

–Não se preocupe Carrie, eu vou ter uma bela conversa com a sua mãe.

Fiquei quieta pensando nas circunstâncias.

–Por que tá fazendo isso por mim? –Perguntei em seguida.

Quando James abriu a boca pra falar algo, minha mãe apareceu como um vulto e nos impediu de continuar com a conversa.

–Tudo bem, já chega de ficar aí namorando. –Disse ela. –O doutor Robert Williams, já está nos esperando.

Achei aquilo completamente desnecessário, eu e James namorando! Mamãe perdeu todos os juízos que ela possuía, porém, levantei-me da poltrona e segui minha mãe. James apareceu logo ao meu lado e sorriu quando nossos olhares se encontraram.

Eu conhecia aquela clínica, talvez melhor do que a minha casa. Sabia exatamente onde ficava a sala do doutor Williams, quantos funcionários caminhavam por ali, e até quantos pacientes ele atendia por dia.

Assim que entramos em sua sala, o doutor Williams se levantou e sorrindo veio até nós. Mamãe foi a primeira a ser cumprimentava, em seguida eu. O médico ficou conversando alguns segundos comigo, até que olhou para James sorrindo e lhe estendeu a mão.

Em seguida, nos sentamos em silêncio enquanto mamãe falava com ele sobre o procedimento a ser realizado em instantes.

Um frio percorreu a minha barriga, quando o doutor Williams olhou pra mim sorrindo e disse:

–Tudo bem Carrie, vamos lá. –Se levantando em seguida.

Continuei sentada, enquanto ele parecia me esperar. Olhei pra James e ele parecia tranquilo, enquanto eu já estava em estado de pânico profundo. Fitei seus olhos querendo dizer de que já estava na hora de sair como loucos dali. Mas James apenas piscou o olho pra mim e sorriu de canto.

Só podia ser mentira, James não iria me ajudar! Ele me enganou, me fez de idiota. Fez com que eu acreditasse nele, e confiasse nele. A vontade que eu tinha, era de ir até ele e estapear aquele rosto lindo que ele tinha, acabar com aquele sorriso safado e fazer ele se arrepender de ter aparecido na minha vida.

Logo, senti alguém segurar meu braço. Retirei os olhos de James e vi mamãe me pressionando.

–Vamos filha, não seja tão medrosa. Vai dar tudo certo.

Meus olhos lacrimejaram, eu não queria, não queria. Mas não tinha outra saída! James foi um canalha outra vez, e eu realmente achei que ele tivesse mudado.

O doutor Williams estava sorrindo, veio até mim e disse:

–Não se preocupe Carrie, esta é a sua primeira sessão, você terá muitas pela frente, e não será assim que você passará por todas elas.

–Eu... Eu não quero. –Falei por fim.

–Ela quer sim. –Interrompeu-me mamãe. –Só está um pouco nervosa não é querida?

Uma lágrima desceu por meu rosto, enquanto minha mãe e o doutor quase me empurravam pra dentro de uma sala desconhecida. Olhei pra James e ele permanecia imóvel naquela poltrona. Assim que a porta se abriu, eu vi camas, e vários equipamentos estranhos. Me revirei, tentei me soltar dos braços de minha mãe, mas o doutor Williams era bem mais forte que eu.

–Não se preocupe Srª Morre, se ela não se acalmar vamos ceda-la.

Ouvi o médico dizer à mamãe enquanto tentava me conter. Me debati de todas as formas possíveis, mas as minhas forças logo acabaram e a falta de ar apareceu.

Virei-me pra trás, e não vi mais James sentado na poltrona. Queria ver onde ele estava, mas acabei desmaiando quando uma seringa foi injetava diretamente na minha veia.

{...}

Meus olhos foram se abrindo devagar, minha cabeça ainda girava mas de forma mais lenta. Percebi que eu estava deitada em algum lugar, não haviam luzes na minha frente, então olhei para o lado e percebi que eu não estava nem na clínica e nem em casa.

Tentei me levantar, mas as minhas pernas continuavam bambas então decidi ficar deitada naquele chão desconfortável. Fiquei observando aquele lugar, estava todo empoeirado e parecia uma casa abandonada. Não havia TV, nem sofá, nem telefone, nada. Só haviam janelas ,algumas cadeiras e a casa estava toda vazia. Parecia até uma cabana ou algo do tipo.

Logo, a porta de abriu. Me arrepiei toda achando que poderia ser alguém que eu não conhecia, mas quando entrou, eu nunca fiquei tão feliz e confusa ao vê-lo.

Era James.

–E aí Carrie, já tá melhor? –Disse se aproximando.

–Onde estamos? O que aconteceu?

–Calma, calma. –Disse ele. –Eu posso garantir que você está a salvo, e que você vai adorar ouvir o que eu tenho pra te falar.

Ele sentou no chão ao meu lado, e tocou em meu rosto.

Trilha sonora da fic *--*


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Notas finais do capítulo

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