Richard On:

No total, levamos mais ou menos um mês para chegar ao castelo de nosso avô, o que só me foi enchexão de saco. Eu prefiro quando a Ana está com a gente, pelo menos ela tem paciência.

A brincadeira que está rolando aqui já me tirou do sério não sei tantas vezes. Minha cabeça parece que vai explodir em mil pedaços. Mas já chega desta palhaçada, tudo tem limite.

– Já chega!-Rosno bem alto.

– É só diversão, relaxa!-Diz trip.

– Nós estamos no meio de uma possível guerra, idiota!- Explodo.

– Se a Ana estivesse aqui, El... -O interrompo.

– Mas ela não está! Deixa de ser criança!-Grito com raiva.

– Okay... Desculpe!-Diz sentando-se.

Viu, eu não tenho paciência nenhuma. Bom, somente com a Ana e com o Lycan e só. E depois perguntam por que eu perco a paciência tão rápida e tão mal encarada.

– O que é essa gritaria aqui?-Pergunta lycan, impaciente.

– Eles ficam se divertido, não sabem a importância que isso tem!-Explico.

– Ora dê um pouco de espaço, você anda muito estressadinho, Rick!- Murmura Brian.

Nessa hora eu não queria ser o Brian de jeito nenhum, por que minha paciência se esgotou neste mero comentário que ele fez e eu o ataquei, só sai de cima dele por que o lycan nos separou.

– Vocês parecem ter cinco anos e não cinco séculos. Cresçam!-Ironiza ele.

– Desculpa, mas ele começou!-Apontamo-nos.

Sabe quando você é o mais velho e tem mil e tantas responsabilidades e que todos estão contando com você e que querem perfeição em quase tudo, esse sou eu.

Estou andando pelo castelo e pelo visto ele não mudou nada, tirando a marca de sangue da sala. Desde o ano passado, antes de a gente voltar para aquela cidade. Sinto um tremer e é meu celular.

Ligação On:

– Alô?!-Pergunto.

– É da Transilvânia?!-Conheço essa voz.

– Não é da porcaria do mundo, Reconheci sua voz, idiota!-Digo bravo.

– Nem precisava me xingar, babaca. Como você ta?-Pergunta a Ana.

– Pior que você!-Respondo na lata.

– Já perdeu a paciência?!-Pergunta o obvio.

– Não sei como você agüentava, é muito estresse!-Desabafo.

–Fácil eu colocava fones com um rock bem alto!-Diz rindo.

– Não dava para ter me contado antes?-Pergunto rindo.

– Oras você não perguntou e eu não respondi!-Ironiza ela.

“Richard, desliga esse celular. O vovô convocou a Reunião Lupina”- Grita o Brian do corredor.

– Ana, eu tenho que ir. Desculpe!-Digo.

– Okay, manda um “oi” geral pro pessoal!-Pede ela.

– Mando sim, tchau mana!-Desligo celular.

Ligação Off...

A guerra aqui esta bem acirrada, dos dois lados. Sorte que a gente esta com vantagem de lobisomens e da nossa idade e experiência. Ana iria adorar bater-nos outros.

Richard Off...

Pelo visto a guerra vai ser muito foda este século, o piro é que desta vez eu não vou poder estar la pra ajudar a descer o cacete naqueles lobisomens chatos. É uma pena, porque eu amo brigas e porradaria pra todo o lado.

Aiai, mas eu tenho a minha própria guerra, já que fiquei sabendo da aparição daquele Kanima. Ainda não contei essa história para o pessoal, mas sei que la na frente vou ter que abrir o jogo, já que são duas mortes até agora.

Todo o conhecimento que tenho é graças as minhas experiências.

– Você vai ficar parada ai até quando?- Pergunta alguém.

– Por que ta com pressa, passa por cima Caralho!-Grito brava.

– Hey, vai com calma Ana, sou a Érica!-Explica-me.

Putz, tinha me esquecido que tava parada bem no meio da porta da sala de aula, perdida em meus pensamentos e sobre a guerra tanto minha quanto a dos meus irmãos.

– Ahn... Desculpe, eu tava pensando!-Desculpo-me.

– Em que, pra te deixar neste estado de nervos?-Pergunta curiosa.

– Bom, em minha família, na guerra esta acontecendo la, no que ta acontecendo aqui e no tédio que estou sentindo, só isso!-Explico-lhe.

– Bem não é pra mesmo menos que esta tão estressada você precisa relaxar!- Diz ela sorrindo.

– Hm... Eu não gostei deste sorriso! O que você esta tramando?-Pergunto preocupada.

– Não seria mais fácil, você perguntar no que a gente esta tramando, hein Ana?-Pergunta alguém.

Como me esqueço que sou uma Alfa-Ômega de 119 anos de idade e que tenho uma força escomunal. Viro-me, contudo e dou um soco enorme no Isaac, ops. Que voa uns três metros, ate cair no chão.

– Ai meu deus!- Digo correndo ate ele.

– Você não o sentiu atrás de você, Ana?-Pergunta Érica.

–Não! E nem reconheci a voz. É o estresse!-Explico.

– Tô vendo. Vamos acelera o passo!-Diz indo na frente.

O Isaac vai me matar depois disso, mas acho pouco provável que consiga fazê-lo.

– Isaac! Juro que foi sem querer!-Falo apressada.

– Ai – Massageia o rosto- Ai, que força do cão! Ainda ta estressada?-Pergunta.

– Não, isso aliviou o meu estresse, desculpe!-Falo brincando.

– Que bom que minha dor, ajudou você!-Diz se levantando.

–Vem vamos la no Derek. Você vem Ana?-Pergunta Érica.

–Vou, mais só porque estou naquele tédio lascado!-Digo sorrindo.

– Sei, sei!- Resmunga Isaac.

– Eu já pedi desculpas pelo soco!- Grito correndo.

– E eu já aceitei!-Grita ele.

O caminho até o bunker do Derek foi silencioso e muito calmo, para os meus nervos, aliviou todo o estresse que eu tava sentindo desde a hora daquela ligação pro meu irmão.

Chegamos la e não vimos ninguém por perto, nem sinal do derek. A Érica e o Isaac se afastam de mim e tentam segurar o riso. Quando eu sinto uma Aura assassina.

Derek pula em cima de mim e eu o arremesso do outro lado do bunker. Força demais ops, ele se transforma e vem pra cima de mim de novo. Desvio-me de tudo.

Mas quando ele me corta bem no rosto, transformo-me de pura raiva e ódio. Rosno bem alto, assustando os três e pulo em cima do Derek, arranhando-o no rosto e volto ao normal.

– Uau!-Dizem aqueles dois juntos.

– Por que você me atacou Derek?-Pergunto cansada.

– Pra mostrar pros dois de como é uma luta!-Diz, voltando ao normal.

–Pelo visto, eles aprenderam como não se deve irritar um Alfa!-Ironizo.

–Haha... Muito engraçadinha. Posso fazer uma pergunta?-Pergunta ele.

– Vai em frente!-Digo, me sentando no chão.

– Você é sempre deste jeito?-Pergunta ele.

– Assim como?! Alfa-Ômega, poderosa e velha na idade?-Pergunto brincando.

– Não, a sua aparência, sempre assim. Você não cresce, não envelhece?-Pergunta pensativo.

– Não, eu mudo mais bem devagar. Só tenha essa aparência para enganar meus inimigos!-Explico-lhe.

Depois destas perguntas, Derek convida todos para saírem e relaxarmos um pouco. Por que todos merecem sair da rotina e do enorme estresse que é a nossa vida.

À noite esta estrelada e muito linda. A lua esta brilhante e nos convida a admirá-la com beleza e mistério. Bom, acabo dormindo no bunker do Derek, só hoje.

Darei-me este luxo de ser livre.