League of Legends: As Crônicas de Valoran escrita por Christoph King


Capítulo 9
Capítulo 8: Swain




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Capítulo 8:

Jericho Swain – ­Noxus – Entrada da Cidade

Vários cavaleiros Noxianos se preparavam. Estavam todos prontos para partirem até Kalamandra, onde ajudaria a escavar, ao lado de Demacia e liderados por Katarina Du Couteau. Ela já havia recebido a Bênção do Rei, e estava pronta para tudo.

Todos os seus aliados cavaleiros, estavam montados em grandes cavalos pretos, assim como ela. Eles usavam poderosas armaduras negras com partes verdes. Katarina, ao contrário deles, utilizava o de sempre: roupas de couro preto. Calças de couro apertado, um top de couro, por cima, um colete de couro, várias adagas em sua calça, duas lâminas imensas presas em suas costas, e uma bota... também de couro. Dessa vez ela preferiu prender o cabelo, deixando suas longas madeixas vermelhas presas num rabo de cavalo; sua cicatriz ainda estava ali, fazendo com que as pessoas olhassem e respeitassem-na.

Jericho Swain foi até ela, com Beatrice empoleirada em seu ombro, e com a bengala batendo abafadamente no chão enlameado da cidade.

– Seu pai ficaria louco se visse você indo à uma missão desse tipo sem qualquer tipo de armadura.

Ela o olhou, imponente em cima daquele cavalo.

– Mas agora ele sabe que não deve duvidar de mim – e apontou para ele. – Você também não deveria duvidar de mim, Swain.

Beatrice grasnou.

– Você é bastante interessante, Kat – elogiou. – Mas não podemos te superestimar. Estarei partindo de encontro a você em Kalamandra daqui há um tempinho, quando minha guarda estiver pronta. Só te darei algumas horas de vantagem

Katarina arregalou os olhos numa cara feia.

– Quem disse isso? Quem deu a ordem?

– Seu pai, o General Du Couteau.

Ele grunhiu, e rapidamente pulou do cavalo, caindo levemente na lama.

– Onde ele está?

Swain colocou dois dedos no queixo, tentando se lembrar.

– Ele está no Castelo Negro, com Boram. E como você deverá partir em alguns minutos, creio que não terá tempo de ir até ele.

Kat grunhiu, novamente.

– Você pode até ir – ela avançou nele, apontando o dedo em seu peito –, mas não banque ser meu pai, ouviu? Já me basta o Talon para ficar de guarda, agora você? Não preciso de você e de seu corvo para me observarem. Sou bastante crescida para cuidar de meu próprio nariz – ela apontou para a cicatriz. – Essa cicatriz é uma prova.

Swain riu.

– Bom, se você acha que deve ser assim... Que assim seja, haha. Irei a um lugar essa noite, e talvez eu só venha a chegar em Kalamandra pela manhã.

Kat se afastou, indo até o seu cavalo. Ela rapidamente montou nele, e disse:

– Acho bom.

A ordem havia sido dada. O portão fora aberto e os cavaleiros – e Katarina – saíram, cavalgando pela estrada de terra. Swain sorriu maliciosamente ao ver o jeito no qual Katarina cavalgava. Chegava a ser engraçado o jeito que ela saltitava com o cavalo. As apostas de Swain diziam que, quando ela chegasse, teria terríveis calos na área da virilha.

Depois de Katarina ter partido, Swain partiu para a cavalariça, para escolher um bom cavalo para a sua jornada. Ele gostava de cavalos que não trotavam de jeito que fizessem seu cavaleiro pular o tempo todo. Ele tinha más recordações de quando havia aprendido a cavalgar. Ele ficara todo dolorido nas partes baixas, desejando nunca mais ter que montar num cavalo. Por sorte, Boram arranjara um bom cavalo para ele: um corcel preto bastante bonito e veloz. Ele cavalgava de jeito que não o machucava, e fora o seu favorito por vários anos, até ele pegar uma doença, e tragicamente morrer.

Desde então Swain não cavalgara muito. As vezes ele tinha que ir a algumas batalhas contra Noxus; batalhas sem fim. Ele nunca mais encontrou um corcel tão bom como aquele. Até mesmo Beatrice tinha gostado dele, o que era estranho, pois ela nunca gostava de ninguém.

Chegando na cavalariça – um lugar cheio de cavalos e feno –, ele encontrou um velho amigo seu: Darius. Ele era um homem forte e destemido da guarda de Noxus. Já havia ganhado diversas guerras, e dezenas de vezes havia decapitado homens maus e desertores – só perdia para seu irmão, Draven, que era o carrasco oficial de Noxus, fazendo um show de carnificina com machados giratórios. Ele é uma celebridade.

Darius usava uma camisa branca e uma calça preta larga. Era uma das únicas vezes em que ele não usava armadura. Ele tinha cabelos pretos com um pouco de grisalho em algumas pontas, era forte e musculoso. Ele estava acariciando um cavalo marrom, à sua frente. O pelo do cavalo parecia ser vermelho de tão forte.

– Darius – chamou Jericho.

O homem alto e forte se virou para encarar o amigo. Ele sorriu e o cumprimentou com um aperto de mão forte, do jeito que Swain odiava, mas não dizia nada.

– Jericho – disse Darius. – Pensei que estaria saudando Katarina em sua ida à Kalamandra.

– Eu estava lá – ele olhou para fora do lugar. – Ela já foi. Vim aqui buscar um bom cavalo, pois hoje irei a um lugar, e depois, à Kalamandra.

Darius franziu a testa.

– Não sabia que você também ia.

– É, Boram decidiu que eu deveria ir para verificar o desempenho de nossa querida Kat.

Darius riu de forma grosseira.

– Katarina é uma safada, mesmo. Conseguiu a melhor missão possível. Eu queria ir até lá e enfiar meu machado bem no meio da bunda do Garen Crownguard – ele fez uma cara feia. – Aquele maldito me deve muito.

– Esqueça vingança. Você não a terá tão cedo.

A expressão sombria de Darius deixou até mesmo Swain desconfortável.

– Eu nunca esqueço vinganças, Swain – ele se virou para o cavalo e começou a olhá-lo. – Não até que eu as tenha cumprido.

Swain revirou os olhos. Darius era um grande amigo seu, mas, as vezes, ele era muito rancoroso e cruel. Era melhor tê-lo como aliado do que como inimigo, ele já sabia, e tendo-o como amigo, ele poderia ter favores. Swain não era do tipo de homem que empunhava uma espada, e nem mesmo um arco e flechas. Ele tinha outras técnicas, mas as estava guardando para o momento certo.

– Eu meio que entendo as suas convicções, Darius – disse. – Eu também tenho inimigos. Jarvan IV têm contas a pagar comigo.

– É, foi ele que enfiou a lança na sua perna na última batalha, não?

Swain concordou com a cabeça.

Darius fez uma cara feia.

– Ainda enfio o meu machado bem no meio da bunda daquele principezinho desgraçado.

– Você já disse isso, Darius.

– Eu sei. Mas quando eu falei, foi do Garen. Agora, pelo menos, tenho dois filhos da mãe para empalar com meu machado.

Swain franziu a testa.

– Isso não faz muito sentido, mas deixa pra lá. Preciso de um cavalo bom.

– Muito bem. Acho que esse faz completamente o seu tipo – e apontou para o cavalo marrom-avermelhado que estava à sua frente.

Swain franziu a testa. Odiava aquela cor. Dava enjoo a ele, e o pior, Darius achava que aquela cor fazia o seu tipo. De toda forma, Swain concordou; não que fosse a sua cor favorita e nem o seu tipo, mas deixou que fosse isso mesmo, afinal, ele não estava muito afim de contestar. Desde que ele não fizesse machucar suas partes íntimas, estava perfeito.

– É – respondeu Swain. – Está bom.

– Quando partirá?

– Partirei logo pelo amanhecer. Quero chegar cedo... ao lugar aonde irei.

Darius revirou os olhos.

– Não vai contar aonde vai, não é mesmo?

Ele balançou a cabeça, negativamente.

– E quem irá lhe acompanhar?

– Riven, Drake, Jojen e Robin.

Darius riu.

– E você acha que um desses conseguiria proteger um lorde como você? Faça-me o favor. – Swain fez uma cara feia. – Deixe que eu vá com você. Ficarei bastante feliz se você ir matar alguém em algum lugar.

Swain franziu a testa.

– Pode deixar. Se tudo der certo, não haverá nenhuma morte.


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