Nirvana escrita por Soufis


Capítulo 13
Kurt, Dilan e Sparks - A missão


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Voltei! Hoje vou soltar dois capitulos. Preparem as ppks tem surpresinha nesse cap~



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Dois dias depois:

–Ali, Ali – Cutuquei Alison gentilmente. Ela tinha acabado por dormir em meus braços – Ali!

–Ahn...? – Ela disse meio sonolenta e esfregou os olhos com as mãos. Quando me viu, abriu um sorriso. – Bom dia.

Será que toda vez que eu fosse dormir junto com uma garota seria assim? Se fosse, porque demorei tanto tempo... Ah, esqueci da parte do beijo. Tem que ter beijo?

–Bom dia – Dei um beijo na testa dela.

Era assim que eu tinha que fazer? Não tinha acontecido nada ontem à noite mas... Mas tinha que agir como um cavaleiro com ela. Ou como um idiota, as vezes funciona também. Ah! Fico com a primeira opção.

Ela abriu um sorriso para mim, revelando covinhas que nunca tinha reparado.

–Ei, porque me acordou tão cedo? – Ela disse com um tom de manha.

–A missão já vai começar. O sol nasceu, olhe – Eu apontei para o horizonte, onde os primeiros raios solares riscavam o céu, deixando ele em uma perfeita sintonia do início do dia e do final da noite. Apolo tomava o lugar de Ártemis, que se despedia lentamente, enquanto sua imagem ficava cada vez menos nítida.

–Ai meus Deuses, vai ser minha primeira missão! A sua também! A nossa... – Ela foi impedida de continuar devido ao barulho de conversa das vozes que se aproximavam. Erguemos o pano amarelo que ficava sob as bagagens e ficamos ali juntinhos e em silêncio, esperando a caminhonete dar partida.

Passou-se um pequeno período de tempo e ouvimos Zoey gritando com Tony que provavelmente deve ter se atrasado. Sentimos mais um peso ocupar a caminhonete e ouvimos o barulho de porta fechando, seguindo pelo ronco do motor. A caminhonete começou a andar e meu coração foi a cem por hora.

A primeira missão a gente nunca esquece.

[P.O.V Dilan Fevers]

Tony tinha se atrasado o que deixava a todos mais impacientes. Estava no banco do motorista e não parava de apertar o volante. Alexy estava do meu lado, no banco do passageiro e segurava um mapa da região com força, ela vestia um moletom de tricô branco, uma calça jeans azul clara e uma botinha marrom.

Olhei para o espelho e consegui enxergar os outros colegas no banco de trás. Zoey estava com uma jaqueta de couro sob uma calça jeans de lavagem escura e ela não parava de mexer no cabelo, mas não ocultava o sorriso. Já Sparks estava com uma blusa de banda dos Beatles preta, um short e um jeans rasgado, ela que estava na janela, não parava de olhar a paisagem do acampamento. Será que ela estava se despedindo? Era apenas uma missão de resgate, raramente um semideus morria, bem, mais ou menos.

–Ei Tony! Mexe essas pernas finas em corre para essa caminhonete agora! – Zoey gritava, ao ver que Tony estava se aproximando. Ele correu até a caminhonete e quando entrou, fechou a porta com força. Repreendi-o com um olhar severo, se essa caminhonete quebrasse, estaríamos ferrados.

Liguei o motor da caminhonete e coloquei o pé no acelerador, vendo pelo retrovisor as paisagens do acampamento serem substituídas por uma de estrada. Liguei o rádio e uma música animada começou a sair dali, fazendo a caminhonete vibrar. Ela era meio antiga mas eu sabia a letra de cor.

[A Autora recomenda ouvir essa música a partir desse ponto]

–Say what you mean, tell me I'm right! And let the sun rain down on me... Give me a sign I want to believe – Cantava ao rítimo da música, Tony e Zoey também cantavam.

O refrão se aproximava e dessa vez a caminhonete vibrou:

–Woah, Mona Lisa! You're guaranteed to run this town! Woah, Mona Lisa! I'd pay to see you frown – Todos cantamos em sintonia o refrão e o resto da música, quando ela acabou, a caminhonete foi inundada por risadas.

Não vai ser tão ruim quando parece...

Andamos mais alguns quilômetros, era uma estrada meio vazia, raramente passava um ou dois carros e as vezes, um ônibus para destinos variados.

–Eu to com fome, quando vamos parar para comer? – Sparks proferiu, afundando-se no banco. Um barulho de algo roncando tomou conta da caminhonete e todos olhamos para ela.

–Sparks! – Zoey interferiu.

–Gente... Não fui eu. – Sparks parecia envergonhada, mas parecia dizer a verdade. Alexy e eu nos entreolhamos e começamos a notar que a caminhonete desacelerava.

–Não! Não! Não! – Alexy disse quando a caminhonete parou de vez. Descemos do carro e ficamos encarando o automóvel “morto”.

–Como isso pode acontecer?! –Gritei irritado e bati na caminhonete com força. Um barulhinho parecido com um “ai!” veio da caçamba e todos se entreolharam. Alexy tirou uma adaga do cano da bota e se aproximou da caçamba.

Nos aproximamos lentamente, parando em volta da caçamba mas Tony que deu o primeiro passo, puxando o pano amarelo.

–O que...? – Zoey disse surpresa ao ver o que tinha na caçamba.

–Surpresa! –Alison disse. Ela e Kurt estavam sentados na caçamba e nos encaravam.

–O que diabos vocês estão fazendo ai?! – Alexy gritou – A caminhonete não aguenta mais que cinco pessoas!

–E se eu me lembro – Zoey interferiu, apontando para Alison – Você não podia vir! Tinha todo o seu “caso especial”.

–É... – Ela se encolheu.

–Caso? – Kurt e eu dissemos ao mesmo tempo.

–Bem... Quando nasci, não era para eu nascer... É uma longa história, mas vou resumir para vocês: quando nasci, minha mãe fez um pacto mas não sabia do preço. Seu preço foi que sua magia fosse repartida entre seus filhos então eu sou...

–Você é a Senhora da Noite então? – Tony indagou, encarando Alison.

–Tipo isso. – Ela respondeu.

–E por que você não poderia sair em missões? – Alexy parecia mais calma. Ela guardou a adaga e se sentou na caçamba, encarando os dois.

–Ern... Por ter esses poderes... Nyx e Zeus querem minha cabeça, então eu tenho um tendência de atrair mais monstros e...

–O QUE?! – Todos gritaram, encarando ela.

–Gente! Calma, eu sou filho de Tique, Deusa da Sorte. Com sorte – Kurt riu ao dizer isso – Alison não vai atrair tantos monstros assim...

–Bela sorte. Estamos parados no meio do nada. Está 34°graus! Estamos em pleno verão! E nosso carro quebrou no meio do nada! – Alexy explodiu. – Nunca vamos encontrar Lottie assim!

–Calma Alexy, eu conheço alguém que possa nos ajudar. – Sparks pronunciou. – Só precisamos de um telefone público.

–Passamos por um faz dois quilômetros. Era do lado de um ponto de ônibus. – Dilan disse, apontando para onde passamos.

–Okay. Eu e Sparks vamos até lá. – Alexy pronunciou, mais calma. Ela tirou o moletom, mostrando uma regata azul e tirou da mala um par de óculos escuros, colocando-os. –Vamos.

–Certo. – Sparks disse e as duas se viraram, andando todo o caminho que percorremos. Observei a silhueta das duas ficarem cada vez menores.

Todos que ficaram ainda encaravam Kurt e Alison, que estavam encolhidos.

–Vocês podem ficar. Mas se atraírem mais problemas do que o habitual, vamos mandar você de volta. Okay? – Disse pegando garrafas de Coke da caçamba e distribuindo para os que estavam ali.

–Okay! – Alison disse, pegando uma das garrafas e dando um gole.

Mesmo com ela sendo perseguida, ter a Senhora da Noite no nosso time não parece muito ruim.

[P.O.V Louise Sparks]

A caminhada tinha sido longa mas finalmente tínhamos chegado no destino. Conseguimos avistar o ponto de ônibus e, do lado, o orelhão público. Olhei para Alexy e vi que ela olhava para mim com aquele olhar expressivo que significava: “vamos lá”.

Corri até o orelhão e botei uma moeda nele, dando direito a uma ligação. Disquei o numero dele. Eu já sabia de cor e nunca tinha esquecido. Ele tendeu, mas parecia muito tempo desde que nos falamos pela última vez, aos onze anos.

–Então... Estamos com um problema aqui e eu pensei que você pudesse nos ajudar já que sabe mexer com carros e que mora perto... Certo, certo... Estamos no quilometro 42 Sul... Aham,... Obrigada por tudo, sério... Tchau... – Deliguei o telefone e coloquei-o no gancho novamente.

–EI Sparks... Venha aqui – Alexy estava encarando o quadro de cortiça que tinha no ponto de ônibus Ela segurava um papel na mão direita e, ao virar-se em minha direção me mostrou o papel. Havia novamente, uma palavra nele: Nirvana.

–Estamos no caminho certo, pelo visto. – Comentei

–Nem é só isso. – Alexy apontou para um mapa que mostrava os destinos do ônibus que estava pregado no mural de cortiça, ao lado do bilhete. – Veja – Ela apontou para NY – BROOKIN que estava sublinhado. – Acho que ela está nos dando pistas.

–Sim... – Sparks concordou, observando o bilhete. – Bem, já consegui a ajuda. E agora sabemos para onde ir. Vamos voltar, senão vai ficar muito tarde.

–Certo. – Alexy concordou, guardando o papel no bolso da calça.

Voltamos a nossa caminhada em direção ao nosso time. Essa seria uma missão difícil, e talvez, não seja apenas uma missão de resgate. Talvez descobríssemos mais sobre Lottie.

(...)

Quando chegamos no lugar onde nossa caminhonete morreu, nosso time estava sentado na caçamba: eles jogavam cartas, esperando nossa chegada.

–EI ai, conseguiram? – Dilan perguntou ao nos ver.

–Sim, eu falei com meu amigo, ele já deve estar vindo. Mas Alexy achou algo mais interessante. - Respondi.

Alexy e eu nos aproximamos da caçamba e ela mostrou o papel para o grupo e explicou sobre o que tinha encontrado.

–Nova York. – Tony repetiu – Ainda está muito longe, e ela já pode ter mudado de lugar.

–Sim. A gente sabe, mas achamos que ela está deixando pistas por onde passa.

–Isso não faz o menor sentido. Se ela sumiu sem avisar ninguém, por que deixar essas pistas? – Kurt coçou o queixo, pensativo.

–Lottie Allen não faz o menor sentido. Mas é nossa única referencia de onde ela pode estar. – Zoey disse por fim.

Ficamos calados por um tempo, mas o barulho de um carro se aproximando na avenida vazia fez todos olharem na direção do barulho.

Uma caminhonete vermelha cruzou a estrada em uma velocidade absurda, fazendo o automóvel parecer apenas um borrão vermelho.

Ela foi estacionada perto de onde estávamos e todos pararam para encarar a pessoa que saia dela.

Ele tinha cabelos castanhos, um rosto um tanto de bebe mas que dava uma certa graça, um andar despojado coberto por uma jaqueta de couro, um jeans e um vans preto ambos sujos de graxa. Nos seus lábios descansavam um cigarro apagado e seus olhos estavam ocultos por um par de óculos de sol.

As meninas olhavam de boca aberta o que me dava mais raiva. Ele era meu amigo!

Ele se aproximou do nosso grupo e, com um sorriso malicioso disse:

–Alguém chamou um mecânico?


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Notas finais do capítulo

Tanaaaa! Serio, eu xonei ~~. Ele é inspirado no meu bf, Rodrigo ~.Ah! Imaginem ele como o Ansel Elgort ♥



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