Unlike Cinderella... escrita por Lara


Capítulo 52
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Oiii Cupcakes ♥! Último capítulo ;'C!! Eu estou morrendo de vontade de chorar. Unlike Cinderella é o meu xodó e ver que chegou ao fim é realmente emocionante. Eu sei que eu deveria ter postado ontem, mas não consegui terminar a tempo e só consegui finalizar agora! AAAAAA, EU RECEBI UMA RECOMENDAÇÃO DA LETÍCIA MERLO!!! LELÊH, MINHA DOCINHO, MUITO OBRIGADA PELA BELÍSSIMA E PERFEITA RECOMENDAÇÃO!! EU SIMPLESMENTE AMEI!!! Quero agradecer também a docinho da MarianaAuslly, a princesa da Sleeping Beauty, a fofa da Ausllyraura, a minha Italianinha (Fran), a minha marida EstéphanyQueen, a fofa da divademi22, a minha doce Lelêh (Letícia Merlo), a minha Jujuba (Juliana Lorena), a Manu minha rainha (VacuumCleaner), a divertida Invisible Girl, a minha linda flor Ally Faria, a minha anjinha dreamer, a minha linda sa4ever, a docinho da Snow, a fofa da Laáh, a diva da Vivi Colletta, a divertida Aa fan fic, a minha linda Isa (Dreamy girl), a minha doce Bárbara Lynch, a minha mana gata Bea (Reader Secret), a Jade minha mamis diva, confeiteira e poderosa, a gatinha da mamãe Nara Lynch e a divertida da Smile pelos comentários perfeitos *O*! Bem, pessoal, eu espero não decepcionar com o último capítulo e eu quero agradecer a todos os comentários, recomendações e favoritos que a fic recebeu. Isso foi muito importante para a história. Obrigada a todos. Esse capítulo é dedicado a todas as pessoas que acompanharam a fic. Boa Leitura...



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“Cara rainha Allycia Dawson,

Não se engane. Pode ter conseguido vencer essa batalha, mas a guerra está apenas começando e não importa quantos anos se passem, eu conseguirei a minha vingança.

Creio que nunca revelaram a Vossa Majestade a verdade sobre seu reino e o motivo de possuírem tantos inimigos. A razão é simples, Vossa Majestade. Seu pai, Lester, era um homem ganancioso e sem caráter.

Para consegui a coroa de Krósvia aos dezoito anos, ele foi capaz de matar o próprio pai e ainda acabar com a vida de inúmeros inocentes. Ele incriminou um homem que era incapaz de ferir uma mosca e condenou o destino de Krósvia e todos os descendentes da monarquia krosviana.

Surpresa? Imagino que sim.

A verdade é muito mais cruel do que se parece, rainha. Eu tinha uma vida feliz. Eu tinha uma família. Eu tinha um reino pacifico e alegre. Tudo o que um homem precisava para ser feliz, seu pai fez questão de tirar de mim, apenas porque eu estava no dia, horário e lugar errado.

Eu presenciei o crime que seu pai cometeu contra a própria família e, como consequência, eu vi minha família ser morta e meu reino se levado a destruição total, além disso, fui condenado à prisão perpétua por crimes que jamais cometi.

Eu perdi tudo, Allycia. Tudo o que lutei para proteger foi por água abaixo e restou a meu irmãozinho a responsabilidade de acabar com aquele que fez de nossas vidas um inferno.

Lester matou minhas filhas e minha mulher, além de tirar de Edgar a única pessoa que ele realmente amou. Penny e Edgar se amavam e teriam um futuro brilhante se não fosse pelas armações de seu pai.

Infelizmente, Vossa Majestade, meu tempo está se acabando e terás que descobri por si só o restante da história. A única coisa que me resta é alerta-la de que em dez anos, eu retornarei e me vingarei. Esteja preparada, rainha. Krósvia está destinada a um futuro negro e obscuro.

Victor Dobyne.”

Observar Füssen pela janela de seu quarto havia se tornado uma rotina desde que a guerra teve fim. Um mês havia se passado e as coisas começavam a voltar aos poucos ao normal. No entanto, ainda era impossível olhar para a cidade e não lembrar das perdas e momentos difíceis que todos os envolvidos na batalha foram obrigados a enfrentar.

Krósvia estava se recuperando, mas a futura rainha sabia que a aquela paz era apenas superficial. A prova disso era a carta nas mãos da bela mulher. Suas emoções se dividiam entre desespero e melancolia. Sua vida havia sido uma mentira e a descoberta não poderia ter vindo em pior momento.

Desde que recebeu as cartas pelas mãos de um mensageiro de terras distantes, alegando trazer uma mensagem importante para a rainha duas semanas atrás, Allycia vinha buscando, secretamente, respostas para as perguntas que rondavam a sua mente e a cada vez que se aprofundava mais no assunto, mais seu coração se reprimia, sentindo o peso da culpa em seus ombros. Sabia que não havia sido ela a causar tanta desgraça a Victor, mas entendia que um ciclo de vingança havia se iniciado quando seu pai destruiu Elpízoume. Não havia dúvidas, Allycia estava no jogo e em poucos anos, ela seria atingida pelo desejo de vingança do irmão mais velho de Edgar.

Ela fecha os olhos e aprecia a gélida brisa acariciar seu rosto. Colocando os braços em volta de si mesma e amassando a carta que estava em sua mão, ela respira fundo. Após alguns instantes, ela volta a abri os olhos e se aproximar da varanda, voltando a ler a carta mais uma vez.

Batidas na porta a despertam, assustando-a. Alarmada, Allycia se apressa em esconder a carta em sua caixinha de joias e retornar para a varanda do quarto, tentando parecer o mais natural possível. Inspira profundamente e ouve a porta ser aberta.

– Ally? Você já está pronta? – pergunta Jade, suavemente, enquanto fechava a porta.

– Sim, eu estou. – diz a menina, após um demorado suspiro. Jade se aproxima e a garota volta a colocar seus braços em volta de si, tentando controlar a ansiedade. – Eu só...

– Qual o problema, querida? – questiona Jade, preocupada, pegando nos ombros da mais nova e virando-a para si. A mulher encara os olhos de Allycia com intensidade, parecendo ler a alma da menina que havia passado a amar como uma filha desde que a conheceu.

– Eu... – Ally suspira e desvia de Jade, indo para dentro do quarto. Senta-se de frente para a sua penteadeira e observa sua imagem refletida no espelho. Jade se coloca atrás da jovem e a observa com atenção. – Estou preocupada.

– Deixa eu adivinhar. – fala, enquanto arruma o cabelo da garota. Assim que se ver satisfeita com o seu trabalho, ela pega a pequena coroa de princesa que estava em cima a penteadeira e coloca sobre a cabeça da menina. – Você não sabe como reagir a homenagem, a coroação e ao casamento.

– Sim. – diz, apreensiva. – Talvez, eu tenha tomado uma decisão muito precipitada.

– Ally, você sabe que não pode adiar ainda mais a sua coroação. – afirma a mulher, sorrindo carinhosamente para mim. – Sabe que não pode assumir Krósvia sem o casamento, mesmo que seja a única herdeira do trono.

– Eu não sou a única herdeira do trono. Não importa o que tenha acontecido no passado, Prince ainda é meu irmão e Phillip, o primeiro na linha de sucessão. – contrapõe Allycia. Vendo que a mais velha não havia se convencido, ela suspira e coloca a mão sobre os olhos.

– Seu irmão abriu mão da coroa, Ally. – Allycia sente Jade a abraçando carinhosamente. Desolada, a menina corresponde ao abraço e passa a observar a bela mulher pelo espelho. – Você nasceu com o dom para governar. Todos confiam e acreditam em você, inclusive eu. Eu sei que está com medo de decepcionar a todos e da grande responsabilidade que está para assumir, mas não precisa ter medo. Você tem a Austin e a todos os seus amigos que te amam e que estão prontos para fazer o que for preciso para te ajudar.

– Obrigada, Jade. – agradece Allycia, sentindo-se um pouco mais confiante. Ela sorri e aperta Jade ainda mais contra si. – Mas, eu ainda estou nervosa pelo casamento.

Jade sorri, balançando a cabeça, negativamente. Ela se afasta da garota e pega o casaco que estava sobre a cama, junto com as luvas. Allycia observa a mulher colocar as peças, cuidadosamente em si e sente seu coração se aquecer com o carinho que recebia de sua mãe de coração.

Quando Jade termina, ela analisa Allycia e sorri encantada, como uma mãe orgulhosa. Sendo contagiada pela emoção que a mulher transmitia, a menina a abraça com carinho.

– Não se preocupe, minha princesa. – afirma a mulher, acariciando o rosto da menina. – Vocês se amam e nada é mais importante que isso. Você esperou muito tempo por isso, então apenas aproveite o momento e viva o seu conto de fadas.

Jade abraça mais uma vez Allycia e pega na mão da menina, sorrindo confiante para a mesma. Puxando-a com carinho, a mulher passa a conduzir a garota para fora do quarto.

– Agora vamos, pois seus sogros já chegaram e todos esperam pela cerimônia de homenagem em memória dos heróis da guerra. – anuncia Jade, fechando a porta e dando uma última olhada na menina que, em poucas horas, se tornaria a rainha de Krósvia.

[...]

De frente ao monumento que abrigava mais de quinhentos mil nomes, Allycia sentiu o peso da culpa a consumir ainda mais. Naquela torre de quatro metros de puro mármore estava esculpido os nomes de todos aqueles, tanto do passado quanto no presente, que morreram em combate, protegendo Krósvia até os últimos instantes de suas vidas.

Aquela havia sido a primeira ordem dos reis Allycia e Austin assim que se recuperaram de seus ferimentos. Ambos sentiam que aquela era a melhor forma de honrar todos que perderam tanto em nome de pessoas que provavelmente nunca reconheceriam os esforços que prestavam.

– Você está bem? – sussurra Austin, para a noiva, que observava com emoção aos nomes gravados no monumento.

Allycia desvia seu olhar da torre e aperta a mão de Austin com força. A ficha havia caído. Tantas vidas haviam sido perdidas em batalhas tão sangrentas. Allycia sentia que aquilo era culpa sua. Ela sentia que era culpa sua a morte de Cassidy e Dallas. Se ela não tivesse os envolvido em seus assuntos, eles ainda estariam vivos.

Era como se pela primeira vez, desde o fim da guerra, ela tivesse parado para pensar nos estragos que ela havia causado na vida de inúmeras famílias ao envolver tanto inocentes naquela batalha.

– Será que isso é o suficiente? – questiona a garota, observando seu povo a olhar com ansiedade.

– É o que podemos fazer. – afirma Austin, olhando para o mesmo ponto que sua noiva. Ele aperta a mão de Ally e suspira, discretamente.

– Ally, Austin, já está na hora. – sussurra Trish, para a amiga, perto do palco onde Austin e Ally se encontravam. Ambos olham para a latina e sorriem nervosos. – Boa sorte. – complementa, com um sorriso confiante.

– É, chegou a hora. Está pronta? – pergunta Austin, ansioso. Por mais que sentisse que estava onde exatamente deveria estar, era inevitável o frio na barriga e a sensação de que o mundo inteiro o observava.

Allycia sorri de maneira amorosa para o noivo e aperta sua mão, tentando transmitir confiança. Como resposta à sua pergunta, ela se levanta do trono e puxa o noivo levemente. Austin respira fundo e acompanha a noiva até o microfone, de frente para toda a população de Füssen e de câmeras que transmitiam o acontecimento para Krósvia e os países vizinhos.

Postos de maneira imponente, Austin e Ally assumiram a postura típica de reis e rainhas, trazendo orgulho aos pais do loiro e aos amigos do casal que ansiavam pelas palavras da futura rainha de Krósvia. A garota respira fundo e testa o microfone. Quando confirma que o mesmo funcionava como deveria, ela solta a mão de Austin e olha com seriedade e emoção para seu povo.

– Krósvia e seus aliados finalmente conquistaram a paz. Não imaginam o quanto eu almejei poder dizer essa frase. – Allycia sorri, emocionada. – Mas, por mais que meu coração se alegre por saber que conseguimos trazer liberdade ao meu povo, a dor das perdas ainda é profunda. Eu perdi meus pais e amigos valiosos, além de bravos homens que lutaram até o fim para que eu conseguisse estar onde estou agora. – a garota faz uma pausa, observando cada olhar atento sobre si. – Esse monumento que inauguramos hoje é uma homenagem à memória a todos que lutaram com todas as suas forças para que seu amado país tivesse sua vitória, mas, não é apenas isso. Ele representa também um novo início, uma nova era. Não, eu não acredito que morte alguma tenha valido a pena, mas ao menos devemos viver não somente por nós, por todos aqueles que deram suas vidas por nós. A dor... ela é massacrante, mas aprenderemos a lidar e conviver com ela. – confessa a menina, sentindo algumas lágrimas rolarem pelo rosto alvo.

A população se emocionava cada vez mais. As palavras da futura rainha tocavam os corações de maneira surpreendente. Era como se a angustia e todos os sentimentos que a preenchiam fossem transmitidos para todos. Allycia respira fundo e olha para os amigos.

– Oito meses atrás, eu fui forçada a experimentar coisas que jamais tive contato. Ir à escola, fazer amigos, sentir e viver como uma adolescente comum. Talvez para vocês, cada uma dessas ações seja coisas banais, mas, para mim, uma garota mantida a vida inteira em seu castelo, cercada por livros, essa nova vida era assustadora. – a revelação pega a todos de surpresa. Ally se vira para Austin e pega sua mão, observando a face assustada do noivo. Ela sorri, divertindo-se com a surpresa do loiro. Voltando-se para seu povo, Allycia continua: - Foram momentos marcantes. Eu fiz amigos insubstituíveis e experimentei um pouco do que é ter uma família de coração. Ao lado deles, eu enfrentei meus medos e revelei quem eu realmente era. Foi por causa de cada uma das pessoas que estavam sempre ao meu lado que eu fui capaz de me erguer, mesmo quando tudo parecia impossível. E é por eles e por vocês, povo de Krósvia, que eu jurei dar o melhor de mim. Não sou perfeita e acredito que ainda tenho muito o que aprender, mas não desistirei de transformar o meu reino em um lugar de paz e felicidade. Eu lutarei por todos os que partiram e honrarei seus nomes da maneira mais sábia que eu for capaz. Isso é uma promessa.

Ao término de seu discurso, Allycia respira fundo, tentando controlar o turbilhão de sentimentos dentro de si. Austin olhava para a garota com orgulho e paixão. As palavras de Ally havia o feito se apaixonar ainda mais pela noiva, algo que ele jamais imaginou que fosse capaz de ocorrer.

A ovação generalizada não demorou a vir. Krosvianos e aliados gritavam o nome da rainha com louvor. Durante minutos, a comemoração se manteve, emocionando ainda mais Allycia. Austin apenas sorri para a mulher e beija sua testa. Ela o olha, como se esperasse a aprovação do mesmo.

– Não precisa ter medo, Ally. Eu nunca vi uma pessoa tão incrível como você. Bondosa, gentil e justa. Se existe alguém que saberá governar Krósvia como ninguém, esse alguém é você. Além disso, como seu futuro marido, eu sempre estarei ao seu lado. Não importa o que aconteça, eu sempre estarei com você para te apoiar e te dar forças. – fala o loiro, arrancando algumas lágrimas de Allycia, que sem se importar com a presença de uma plateia, o beija.

A atitude do casal incentiva ainda mais as pessoas. Os casais se beijavam e clamavam pelos reis. A cena era surreal e emocionante. Austin e Ally se separam e sorriem, apaixonados e encantados pelos gritos do povo.

– Eu acho que também te amo, Austin. – Allycia repete, como no dia em que confessaram seus sentimentos pela primeira vez. – Não. Eu não acho. Eu tenho certeza que te amo.

– Eu também te amo, Ally. – sussurra Austin, acariciando o rosto da amada. – Agora, mais do que nunca, eu não tenho dúvidas de que quero passar o resto da minha vida ao seu lado.

[...]

Os preparativos para o casamento e a coroação dos reis andavam a todo vapor. A cerimônia ocorreria à noite, no entanto, a festa parecia ter começado ao término do discurso da rainha.

Prince observava a movimentação, encostado na varanda de seu quarto. A noite estava fria, mas nada que o incomodasse. A verdade era que sua mente estava longe demais para se importar com o que ocorria ao seu redor.

Ele estava de volta ao seu país e pela primeira vez na vida, estava em paz consigo mesmo. Apesar da dor de ter perdido tantos entes queridos, Phillip Dawson, não carregava mais a culpa pelo que seu país foi obrigado a passar por sua incapacidade de deixar a razão falar mais alto que a emoção.

– Prince? – chama Manu, preocupada. Ela já estava pronta para o casamento e apenas aguardava pelo marido. – Você está bem?

Ainda era difícil para a morena acreditar que em menos de um mês havia se casado com o homem de sua vida. Tudo havia sido rápido e intenso, algo que não era assim tão novo para o casal, afinal, sempre foram sinônimos de intensidade e loucura e nunca negaram a ninguém.

Prince se vira para a esposa e a analisa dos pés à cabeça, como se avaliasse a mulher. Manu sorri, esperando a conclusão do marido. Gostava de quando ele a olhava com desejo e paixão. Era como se aquela atração intensa de anos atrás continuasse viva.

– Você está linda. – fala o homem, aproximando-se, com um sorriso malicioso moldando seus lábios. Quando está a poucos centímetros da mulher, ele coloca as mãos na cintura da esposa e a puxa para si. Levando a boca até a orelha da morena, ele sussurra: - Estou pensando seriamente em trancar a porta desse quarto e aproveitar a noite. Só você e eu.

Manu sorri, libidinosamente, e coloca os braços ao redor do pescoço de Prince. Ela beija os lábios do marido e se afasta rapidamente, divertindo-se com a careta que o homem havia feito.

– É uma oferta tentadora, senhor Dawson, mas temos um casamento e uma cerimônia de coroação para assistir. – fala, colocando as luvas e caminhando até a cama, pega o casaco e entrega para o marido, colocando-se de costas para ele. – Mas, veremos o que eu poderei fazer ao fim da festa.

– Estarei esperando ansiosamente, senhora Dawson.

O homem ri, divertindo-se com a esposa. Ele a ajuda a colocar o casaco branco e aproveita o momento para beijar a nuca da mulher. Agradecendo mentalmente pela tranquilidade e o futuro feliz que teria ao lado da esposa, ele pega a mão de Manu e a conduz para fora do quarto. Assim que fecha porta, Prince oferece o braço para a esposa, que aceita prontamente, dirigindo-se a majestosa igreja onde seria realizada as cerimônias.

O lugar havia sido decorado com classe e elegância. Os convidados chegavam aos poucos e não demora muito para que a igreja estivesse cheio. Todos observavam com atenção a decoração e comentavam entre si sobre assuntos relacionados ao casal que em poucas horas oficializariam a união.

A ansiedade era quase palpável. O noivo já se encontrava no altar, ao lado de seus melhores amigos e padrinhos e de seus pais, esperando nervosamente pela noiva. Ele sentia como se o tempo não passasse e a impaciência, vez ou outra arrancava risadas daqueles que estavam mais próximos do rapaz.

A marcha nupcial preencheu o local e em segundos todos os convidados haviam se postos de pé. A imagem de Allycia ao lado de seu irmão entrando no salão emocionava a todos. A princesa estava radiante e o brilho em seus olhos e o largo sorriso não negavam a felicidade da garota.

Austin estava encantado. Ally estava incrivelmente linda e seu coração batia ainda mais acelerado à medida que ela e Prince se aproximavam do altar. Ele sentia como se um sonho estivesse sendo realizado. A sensação era inexplicável.

Phillip, após beijar a testa da irmã e cumprimentar a mão do futuro cunhado, entrega Allycia para Austin e deseja felicidade ao casal. Ele se coloca ao lado da esposa e passa a observar a cerimônia, emocionado.

Em meio a risadas e muita emoção, finalmente havia chegado o momento dos votos do casal. Todos ansiavam pelas declarações de amor de Austin e Ally. A igreja inteira se silencia ao verem o arcebispo entregar o microfone a noiva. Todas as câmeras estavam voltadas para os noivos e gravavam cada detalhe como se fosse o mais importante.

– Na verdade, eu não faço ideia do que dizer para você neste momento. – fala a menina, rindo nervosamente, arrancando risadas de todos na igreja. Ela estava corada e emocionada, deixando-a ainda mais bela. – Mas, eu só quero dizer muito obrigada. Obrigada pela família que a gente construiu, mesmo que de maneira forçada no início. - ela pausa, rindo, enquanto tentava controlar as lágrimas. – Pela confiança e pela amizade e companheirismo que eu nunca imaginei que ia ter um dia. Pelo amor que eu nunca imaginei que fosse capaz de sentir e por tudo. Tudo o que você foi capaz de enfrentar ao meu lado, mesmo quando tinha todos os motivos para me deixar. Eu te amo, Austin. – Allycia termina, colocando a aliança no dedo do noivo. Ela sorri, emocionada e recebe um beijo na testa de Austin.

– Ally, eu sempre imaginei encontrar uma mulher que me trouxesse paz, que me trouxesse conforto e que me aceitasse exatamente como eu sou. Foi então que eu conheci você e você não era nada disso. – a igreja ri, sem acreditar nas palavras do noivo. – Ao invés de paz, você trouxe um monte de novidades para a minha vida. Ao invés de conforto, você trouxe um novo modo de pensar. E ao invés de me aceitar exatamente como eu sou, você me fez descobrir que eu poderia ser muito melhor. Nós somos muito diferentes, mas somos diferentes de um jeito que eu acho perfeito, porque a gente se complementa. Você é tudo o que estava faltando na minha vida, e eu espero sinceramente poder ser o mesmo pra você. – Austin pausa por um momento, emocionado, como se procurasse pelas palavras certas. – O normal seria eu dizer agora que você nunca mude e continue a ser essa mulher que eu amo, mas na verdade, eu vou dizer: continue mudando, porque assim você continua mudando a minha vida. Eu te amo cada vez mais e cada vez de um jeito novo.

Emocionando a toda igreja, o casal se beija, firmando o matrimônio. Todos aplaudem e gritam, desejando que o amor que um sentia pelo outro fosse forte o suficiente para suportar qualquer barreira ou desafio que o futuro poderia reservar.

[...]

Em frente a centenas de pessoas, a cerimônia de coroação ocorria na bela igreja. A cena era observada com atenção pelo povo, que esperavam ansiosamente pelo momento em que celebrariam a coroação oficial de seus novos reis.

Trajando roupas típicas das cerimonias de coroação, o casal se senta em seus respectivos tronos. O arcebispo coloca as coroas sobre as cabeças dos reis e pede que os aliados do país, Joseph, Richard, Arthur III, Trevon Logen e Enrique Magnos fossem para frente do altar e erguessem suas espadas.

– Senhores, eu aqui apresento à vos Austin Moon, o seu rei inquestionável. Portanto todos vocês estão vindo aqui hoje para fazer a sua homenagem e vassalaria, todos estão dispostos a fazer o mesmo? – fala o arcebispo, olhando para a multidão que havia na igreja.

– Sim. – ditam os homens, com determinação. O povo bate palma e aclamam por Austin e Ally, apoiando a coroação.

Assim que a igreja se acalma, o arcebispo anda até o casal e entrega um microfone a cada um. Olhando seriamente para os futuros reis, ele pede que eles se levantem e ergam a mão direita.

– Prometam e Jurem Governar para o povo deste Reino de Krósvia e dos Territórios pertencentes aos mesmos de acordo com os estatutos aprovados em Parlamento sobre e às Leis e Costumes dos mesmos. – pede o arcebispo, com a mão direita levantada.

– Nós prometemos. – dizem Austin e Ally ao mesmo tempo.

– Vão usar o máximo do seu poder para manter no Reino de Krósvia as leis estabelecidas por Deus? Irão manter e preservar invioláveis ​​a liquidação da Igreja, e da doutrina, e do culto, e da disciplina e governo do mesmo, conforme estabelecido por lei em Krósvia? E vocês irão preservar os Bispos e o clero de Krósvia, e as Igrejas na quais são comprometidos, todos os seus direitos e privilégios, como estabelecido por lei? – pergunta o homem, olhando seriamente para o casal.

– Nós prometo fazer. As coisas que prometemos fazer antes, nós iremos realizar e manter. Assim Deus nos ajude. – promete o casal, com a cabeça erguida e as emoções à flor da pele.

– Saldem o rei e a rainha de Krósvia. Austin e Allycia Moon. – anuncia o arcebispo, levando a igreja a loucura.

– Vida longa aos reis! – grita o povo, comemorando.

No canto mais afastado da igreja, duas mulheres e uma criança observavam a cerimônia. Uma delas trajava um capuz negro e apenas permanecia de cabeça baixa, parecendo aleia a comemoração que ocorria a sua volta.

– Vida longa aos reis. – sussurra Elena, com um sorriso maligno em seu rosto. – O que pretende fazer agora? – questiona, olhando para a mulher de capuz ao seu lado.

– Ainda desconfia de mim, Elena? – pergunta a mulher, com um sorriso malicioso e ainda de cabeça abaixada.

– Entenda, minha querida, a única pessoa em que eu confio é em mim mesma. – responde Elena, aproximando-se mais da mulher.

– Tenha paciência, Elena. Esse reino e tudo o que é de seu sobrinho será seu em breve. Só precisamos que sua garotinha cresça e se torne uma linda mulher. – fala a mulher, abaixando-se e ficando na altura da linda criança. A garotinha a olha com desconfiança e se aproxima mais de sua mãe.

– Bárbara? O que minha filha tem a ver com isso? – questiona Elena, sem entender. – Aonde você quer chegar com isso, Taynara?

A morena se levanta e volta passa a encarar sua maior inimiga, Emanuelle. Com um sorriso cruel, ela abaixa mais o capuz e desvia o olhar para o rei de Krósvia e seu sorriso se alarga.

– Sua filha será a minha carta na manga para levar Krósvia a sua destruição, Elena. Em dez anos, Victor fugirá da prisão e nesse momento formaremos a maior e mais perigosa aliança que esse país medíocre já foi capaz de enfrentar. – fala Taynara, com seriedade. Com um sorriso maligno, ela leva a mão ao peito e encara com ainda mais intensidade aos reis. – Preparem-se, meus queridos reis, nesse jogo só existe um vencedor e esse alguém sou eu. – desviando seu olhar para Elena, as duas trocam olharem cúmplices. – Que a caçada mortal comece...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Monumento: http://c6.quickcachr.fotos.sapo.pt/i/o5414b537/15583007_eOguk.jpeg
Esse monumento realmente existe em Portugal e foi feito em memória dos soldados mortos em uma guerra que envolveu o país.
***

E então? O que acharam? Críticas, elogios, erros ortográficos? Oi Cupcakes ♥!! Campanha #DeixeAAutoraFeliz! Bem, meninas, eu quero fazer um pedido a vocês, como o último em UC. Quero que me digam, pelos comentários, o que mais gostou na fic e o que mais incentivou você a ler a história. Além disso, favoritem e recomendem, também! Isso é muito importante para mim. Obrigada pelos 9 meses de carinho e apoio, pessoal. Espero que tenham se divertido com Unlike Cinderella e que venha a próxima temporada. Beijocas e até breve XD!

PS.2: Criamos um grupo no WhatsApp, então podem participar também, basta apenas me enviarem uma MP com o DDD de vocês e o número do celular que eu adiciono *-* !!
OB: http://fanfiction.com.br/historia/539877/Obsession/
FS (Fic Prielle): http://fanfiction.com.br/historia/578178/Fire_Scars/
Trailer de Deadly Hunt (Segunda temporada de Unlike Cinderella): https://www.youtube.com/watch?v=Fi88Whb8mrE&feature=youtu.be