Unlike Cinderella... escrita por Lara


Capítulo 36
Capítulo 35 - Strategies...


Notas iniciais do capítulo

Oiie Cupcakes ♥! Não, eu não morri kkkk'! Eu sinto muito pelo atraso no capítulo, mas, para quem não sabe, eu machuquei minha mão direita e esse final de semana eu estava sentindo muita dor, então não consegui escrever! Minha mão ainda está péssima, mas fiz um enorme esforço para postar hoje, porque existem dois motivos mega especiais: PRIMEIRAMENTE, HOJE É ANIVERSÁRIO DA TIA CAROL *0*!! VIU, TIA? CAPÍTULO DEDICADO A VOCÊ, COMO PROMETIDO O/! MUITAS FELICIDADES!! O SEGUNDO E NÃO MENOS IMPORTANTE É QUE EU RECEBI MAIS UMA RECOMENDAÇÃO *00*!! TAAY, MUITO OBRIGADA PELO CARINHO, SUA LINDA *-*!! EU SIMPLESMENTE AMEI!! CAPÍTULO DEDICADO ÀS DUAS DIVAS XD! Obrigada também a Lôh (Paloma Coutinho), Lary Filha Provisória (kkkk)(AllyGata Lynch), Lelêh (Letícia Merlo), Laáh, Jujuh (Juliana Lorena), May Moranguinho (Dreams And Wishes), Milazinha, Neta do Snow, Manu Filha Maravilhosa (VacuumCleaner), Jéh Princesa Minha (Jess Jackson), Isa Santos, Mali (Mônica Sousa Menezes), Thata, Mamis Confeiteira e Poderosa (Jade) e Jenny Mega Fox Filha Diva (Gatinha MÁ)! Meninas, comentários maravilhosos que responderei assim que arranjar um tempo livre e minha mão melhorar --'! Sorry pelos erros! Não consegui corrigir o capítulo e está sendo difícil escrever com a mão machucada! Com a dor, acabo não tendo criatividade nenhuma :/! Boa Leitura...



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POV Manu

– Como ele está? – perguntou Tyler, aproximando-se de mim.

Não olho para meu primo. Assim como antes, continuava a encarar meu namorado, na esperança de que ele saísse do casulo em que ele havia criado desde a briga com a irmã.

– Nada bem. – digo sem olhar para Tyler.

Prince, Tyler e eu estávamos na sala de reuniões principal do SOSK. Meu homem continuava a tentar criar estratégias, mas ele está tão alterado, que a única coisa que conseguia era frustração.

– Deveria falar com ele. – aconselha Tyler. – Você é a única que ele ouve, com exceção de Ally.

– Não adianta. – falo, sentindo-me, frustrada. – Ele está chateado e nervoso. Por mais que eu tente falar com ele, nesse momento, Prince não me dará ouvidos.

– De qualquer forma, acho que deveria avisá-lo sobre as últimas notícias que recebemos de Krósvia. – fala Tyler, cruzando os braços, enquanto encara Prince.

– O que aconteceu? – digo, em tom baixo. Não queria chamar a atenção de Prince. Se fosse mais algum problema, não sei como ele reagiria.

– Gregory nos informou sobre o estado da rainha. Sua saúde mental se agrava a cada momento. Ele não tem certeza, mas aposta que ela descobriu alguma coisa sobre o rei Lester. – sussurra.

– O que ele sugere sobre essa descoberta? – pergunto. Conheço Gregory tempo suficiente para saber que ele não soltaria suas suspeitas sem ser baseado em fatos concretos. Principalmente, se tratando do rei.

– Provavelmente, Edgar mostrou a rainha o estado do marido. Sabemos que o rei está sendo torturado e que nossos inimigos não possuem piedade. – explica Tyler, arrancando-me um suspiro de frustração. – Além disso, as mortes de rebeldes que estão tentando lutar contra o exército de Gavin se iniciou. Já foram registrado cerca de 20 mortes só esses dois dias. Eles estão tentando fazer algo para impedir a entrada dos inimigos em nossos territórios ou, pelo menos, adiar a guerra inevitável até a chegada de Ally para comandar as tropas.

– Alguma notícia de Lawrence? – pergunto, mudando de assunto. Não havia o que se fazer sobre a reação dos krosvianos. A única coisa que nos restava era nos focar em nossa ida a Krósvia o mais rápido possível.

– Não. – responde meu primo, de maneira frustrada. – Acredito que a única pessoa capaz de entrar em contato com ele será Ally. Por mais que eu deteste admitir, suas habilidades em se esconder são melhores que as minhas em encontrar pessoas.

– Não se sinta mal. – falo, com calma. – Já era de se esperar de um bandido como ele.

Tyler balança a cabeça, concordando com minha fala. Prince, finalmente, havia se sentado e encostado na cadeira, olhando para o teto da sala.

– Bom, é melhor eu deixar vocês à sós. – diz Tyler, sorrindo. – Avise a Prince que todos os corpos que estavam na casa dos Moon’s já foram enterrados e os vizinhos já foram alertados a não falarem nada.

– Quanto a Kira? – pergunto, tristemente.

– O corpo dela está aqui no QG. Faremos um rápido velório amanhã à noite. Ninguém está com cabeça para pensar em uma despedida descente depois de tudo que aconteceu. – fala meu primo, com seriedade.

Vendo que eu havia concordado, Tyler me dá um beijo na testa e se retira da sala. Caminho, com calma, até o moreno com o olhar distante, enquanto encarava o teto.

– Você deveria descansar. – digo, colocando-me atrás dele, enquanto eu me abaixo para abraçá-lo. Beijo sua nunca e o sinto arrepiar com o toque.

– Eu tenho muitas coisas para resolver ainda. – diz, cansado. – Mas, você deveria aproveitar a folga e ir dormir um pouco.

Viro a cadeira de Prince, obrigando o mesmo a me encarar. Olho para seus belos olhos castanhos e encosto minha testa na dele. Suspiro, vendo que ele não daria o braço a torcer.

– Peça desculpas a sua irmã. Se está tão frustrado por ter brigado com ela, deveria se redimir e admitir que errou ao ter sido tão duro com ela, Prince. Ally é só uma menina. Por mais que ela se faça de forte, as coisas estão pesadas demais. – falo. Prince fica mais tenso do que estava. Ele queria fugir, mas prendo suas mãos na cadeira onde está sentado. – Não adianta fugir, você sabe que eu estou certa.

– Eu odeio machucar minha irmã. – admite, após um longo suspiro frustrado. – No entanto, eu prefiro que ela sofra o choque da realidade por minhas mãos do que nas mãos dos outros. Ao menos, sei que estou fazendo isso para seu bem.

– Ally está fazendo o seu melhor. Não faça como seu pai. Não imponha algo a ela. Deixe-a, assumir por vontade própria a missão. – vejo o olhar furioso de Prince, ao colocar o pai na conversa, mas não me intimido.

– Eu não sou como meu pai. – fala, com raiva, soltando-se de meus braços, enquanto caminha até o computador central da sala. – Eu não sou um monstro.

– Eu não disse que você é seu pai, Prince. Meu Deus, quantas vezes eu terei que lhe dizer que ninguém pensa que você é como ele? – Prince me encara, enquanto eu falo. Aproximo-me dele, olhando em seus olhos, para mostrar que eu estava sendo sincera. – Você é o homem mais incrível que eu conheço. Não deixe que o seu pai destrua o homem que você é. Ally precisa de você. O SOSK precisa de você. Krósvia precisa de você. Eu preciso de você.

Ele me olha nos olhos, transmitindo todo aquela doçura que eu jamais vi em nenhum outro homem. Aproximo-me o suficiente para sentir sua respiração bater contra mim. Não demora muito para sentir seus lábios sobre os meus.

Tudo ao seu redor se desfez como uma maré baixa. Todos os problemas que nos cercavam haviam desaparecido, dando lugar apenas ao desejo e a paixão. Entreabro meus lábios e coloco minhas mãos sobre seus ombros, pela lateral de seu pescoço, enquanto sua língua brincava e me persuadia, fazendo com que eu correspondesse de maneira fervorosa e sentisse aquele aquecer de sentimentos que só conseguia sentir com Prince.

Fico na ponta dos pés, apoiando-me ainda mais sobre o moreno, enquanto passo meus dedos pelos cabelos curtos de Prince, que roçavam a gola da camisa.

Ele escorregou a mão para a minha cintura, puxando-me para ainda mais perto. Seus polegares alisavam minha barriga, fazendo meu corpo estremecer cada vez mais com o seu toque.

Afasto-me, a procura de ar. Sorrio, suspirando. Nunca, em toda a minha vida, nenhum homem, além de Prince era capaz de me proporcionar tanto desejo e luxúria com apenas um beijo.

– Vamos. – ele diz, puxando-me pela mão. – Temos cerca de.... – Prince olha em seu relógio e me dá uma piscadela. – Acho que três horas é o suficiente.

– Suficiente para o que? – pergunto, rindo de sua pressa.

– Eu te conto no quarto. – ele me lança um sorriso e um olhar malicioso. Rio de Prince. Pelo menos, por algumas horas, seriamos apenas ele e eu.

[...]

Acordo com o barulho do chuveiro, vindo do banheiro de meu quarto. Permaneço imóvel por um tempo, apenas aproveitando um pouco da confortável cama.

O som da água caindo para e logo Prince aparece, usando apenas um toalha rodeando sua cintura. Com o cabelo molhando e uma toalha em volta do pescoço, ela bagunças seus cabelos e parece não notar que estava sendo observado. Ele é incrivelmente lindo, penso.

Ele sorri, ao perceber que eu havia acordado. O moreno caminha até mim e me dá um selinho. Seus olhos brilhavam de maneira encantadora.

– Bom dia. – diz, parecendo bem humorado.

– Bom dia. – respondo, com a voz um pouco rouca, por causa da falta de uso. – Vai a algum lugar hoje ou vai passar o dia no QG?

Ele caminha até o guarda-roupa e escolhe uma calça e uma camisa sociais. Ele olha para mim e parece pensar por um momento, como se estivesse analisando suas possibilidades.

– Além do enterro de Kira, eu preciso resolver alguns problemas na cidade. Devo passar a maior parte do dia fora e acho que precisarei de sua ajuda. – fala, enquanto se veste. Ao terminar, ele caminha até mim e beija minha testa. – Eu irei encontrar-me com Ally. Estarei te esperando no refeitório.

– Tudo bem. – concordo, sorrindo discretamente.

Sento-me na cama, segurando o lençol contra meu corpo, escondendo minha nudez. Alongo-me um pouco e resolvo levantar. Não demoro muito no banho e em menos de trinta minutos eu já estava pronta para dá uma vistoria pelo QG.

Decido, então, que o melhor a fazer, era verificar como estava Dez. Conforme ia caminhando pelos corredores do QG, ia cumprimentando os agentes e observando o movimento do lugar.

– Bom dia Manu. - ouço a voz de Nina, logo atrás de mim. Viro-me e encontro o belo sorriso da doce mulher.

– Bom dia Nina. Alguma informação importante? – pergunto, enquanto a vejo pegar seu inseparável bloco de notas.

– Além de algumas movimentações por parte do exército de Edgar e Gavin, nós descobrimos dois esconderijos dos nossos inimigos aqui em Miami. – informa, de maneira neutra.

– Esconderijos inimigos aqui em Miami? – repito para mim mesma. – Isso pode ser interessante para nós. – afirmo para a mulher, sorrindo.

– Foi o que Tyler disse. Ele saiu mais cedo hoje, para investigar mais esconderijos. – avisa. – Ele pediu para que ligasse para ele assim que acordasse.

– Muito bem. Obrigada, Nina. – agradeço a mulher, enquanto pego meu celular.

Nina deixa o local dando um aceno de despedida. Disco os números que eu já havia decorado e ligo para Tyler. Após três toques, meu primo, finalmente, atende ao celular.

Alô. – diz. O barulho de fundo, fazia com que a voz de Tyler se tornasse baixa.

– Tyler? Onde você está? – pergunto, estranhando a quantidade de sons vinda do lugar onde ele está.

Estou no porto. – fala. – Ally pediu para que eu viesse receber Lawrence.

– Lawrence? Ele chega hoje? – pergunto, assustando-me com a última informação.

Aparentemente, a princesa irá revelar todos os seus planos ainda hoje. Depois de me ajudar com algumas coisas, segundo Austin, ela passou a noite toda trancada em sua sala de estratégia e só saiu assim que terminou tudo. – diz Tyler, surpreendendo-me. Ele ri um pouco e continua com humor: - Isso te lembra alguém?

– Ela não seria uma Dawson se não fizesse algo assim. – brinco, rindo junto com Tyler. – Quando você voltará?

Daqui a pouco. O navio de Lawrence já está ancorando. Acredito que em uma hora eu deva está chegando. – avisa.

– Tudo bem. Eu preciso desligar. Falo com você quando chegar aqui. – após eu dizer isso, finalizo a ligação.

Continuo o meu caminho até chegar a porta do quarto de Dez. Olho as horas e suponho que ele ainda esteja dormindo, afinal, ainda é cedo. Abro a porta devagar e me surpreendo ao ver que ele não estava dormindo e que não estava sozinho.

Sem querer, a porta faz barulho, atrapalhando Dez e Trish, que estavam se beijando. Sem saber o que fazer, nós três começamos a nos encarar em completo silêncio.

– Manu? – fala Dez, tão vermelho quanto seu cabelo, cortando o silêncio.

– Desculpa atrapalhar. – digo, segurando o riso ao ver Trish tentando se arrumar. Os dois estavam incrivelmente sem graça, o que deixava a cena cômica e muito fofa.

– Não! – grita Trish. Ela percebe que havia exagerado no tom e se encolhe na cadeira onde havia se sentado após o término do beijo. – Quer dizer... Você não atrapalhou nada.

– Certo. – falo, enquanto caminho em direção a Dez, verificando o medicamento que estava sendo dado para o ruivo através de uma bolsa de soro. – Pelo visto, você está melhor.

– Sim, eu estou bem. – concorda Dez. – Quando poderei sair da cama?

– Eu não sou médica ou enfermeira, por isso, não sei dizer quando isso irá acontecer, mas acredito que muito em breve. Seu ferimento é muito recente, mas não foi algo tão grave, então não deve demorar muito para receber alta. – digo com sinceridade.

– Soubemos de Kira. – comenta Trish, com um olhar triste. – Como está Ally? Eu tentei falar com ela, mas me ignorou e se trancou em sua sala de estratégias.

– Não sei dizer. – falo, suspirando. – Eu ainda não a vi hoje. Soube por Tyler, que ela passou a noite em claro, fazendo planos e montando estratégias. Ela e Prince tiveram uma discussão ontem e ambos saíram da casa de Austin com as emoções a mil.

– Eu devia estar do lado dela. – afirma Trish, sentindo-se culpada. – Ela é minha melhor amiga e eu não consigo nem apoiá-la. Nem mesmo uma palavra de apoio eu consegui dar.

– Não se culpe. – diz Dez, colocando sua mão sobre a da morena. – Ally sabe que pode contar com você e isso é o suficiente, não é mesmo?

– Eu concordo com Dez. – digo, passando a mão na cabeça de Trish. Ela olha para nós e sorri sem alegria. – Eu conheço bem a família Dawson e se tem uma coisa que eles valorizam é a amizade. Saber que pode contar com você é algo importante para Ally, porque ela sempre foi privada de ter contato com crianças da idade dela. Mesmo que não consiga dizer nada, permaneça ao seu lado e isso será o suficiente.

– Obrigada Manu. – agradece Trish, um pouco mais animada.

– Não precisa agradecer. – digo, com sinceridade. – Dez, acho melhor descansar bastante. Hoje Ally irá anunciar seus planos e será preciso que toda a equipe esteja reunida.

– Eu já estou bem. – afirma o ruivo.

– Não o suficiente. – falo. Olho para Trish que o olhava preocupada. – Eu quero que venha comigo, Trish. Enquanto Dez descansa e Ally resolve alguns problemas com Prince, você e os outros irão treinar comigo.

– Claro. – diz a garota, levantando.

Sorrio para Dez e deixo a sala, para que Trish e o ruivo pudessem se despedir. Suspiro feliz, por saber que os dois haviam se entendido. Por mais perigoso que seja o envolvimento deles em uma momento crítico como o que estamos passando, somente quem presenciou guerras e mortes poderia entender a importância de ter alguém por quem lutar ou um motivo para continuar vivo.

Com tanta miséria e tragédias ocorrendo, as pessoas podem perder a vontade de viver com facilidade. O amor pode ser o ponto mais fraco do ser humano, no entanto, acredito que somente ele é capaz de nos dar força para continuar de pé, mesmo quando o mundo está desabando.

– Vamos? – a voz de Trish me desperta.

– Claro. – respondo, começando a andar.

Enquanto seguíamos em direção ao refeitório, passei a observar Trish. A garota estava tensa e muito séria. Com os olhos distantes, ela parecia comigo quando jovem. Rio com o pensamento.

– O que foi? – pergunta confusa.

– Você é tão parecida comigo quando tinha a sua idade, Trish. – comento com humor.

– Pareço? – Trish ficou ainda mais confusa.

– Destemida, sarcástica, corajosa e, por mais que não mostre, sensível. – respondo, surpreendendo a mesma.

– Por que está me dizendo isso? – questiona, desconfiada.

– Eu estou preocupada com você, Trish. – confesso. – Por mais que se faça de forte, você é a que mais sofre com as perdas. Geralmente, eu não perguntaria algo assim, mas eu preciso.

– O que? – a garota me olhava de maneira ansiosa.

– Se você quiser desistir, precisa fazer isso agora. – falo, não demonstrando a minha insatisfação em ter que lhe dizer algo assim. – Nós não sabemos o que vai acontecer dentro de cinco dias, mas sei que não será nada bom.

– Acha que eu não sou capaz? – pergunta, arqueando uma das sobrancelhas, em sinal claro de descrença.

– Claro que não, Trish. Eu acredito que é capaz, no entanto, precisa estar preparada para o pior. A cada dia que se envolve em nosso mundo, mais perigo você e sua família correrá. – alerto.

– Eu sei disso. – afirma, frustrada. – Eu não quero colocar minha família em perigo, mas eu não quero passar o resto da minha vida lamentando por não ter lutado pelos meus amigos. Sei que é loucura e que posso estar sendo ingênua, mas essa é a primeira vez que tenho a chance de provar a mim mesma que não sou mais uma fracassada ou uma qualquer. Quero fazer algo que vale a pena lutar.

– Você tem certeza disso, Trish? - insisto.

– Por que apenas eu? – a morena me surpreende com a pergunta.

– O que? – questiono.

– Eu duvido que tenha conversado com Dallas, Cassidy e muito menos Dez e Austin. Todos são tão inexperientes com guerras quanto eu, no entanto, você só veio falar comigo. Por quê? Por que quer tanto que eu desista? – diz, com seriedade.

Penso por um momento, analisando se devia ou não revelar sobre o que mais me preocupava em relação a Trish. Decido, então, que ainda era cedo para lhe contar a verdade.

Para minha sorte, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, sou interrompida por Prince que caminhava em nossa direção, com um copo grande de café em mãos. Sem conseguir evitar, solto um suspiro de alivio.

– O que houve? – pergunto, aproximando-me do moreno.

– Tyler chegou e trouxe Lawrence na bagagem. – responde, sem expressar qualquer emoção. Ele beija meus lábios, rapidamente, e se vira para Trish. – Poderia me fazer um favor?

– Claro. – responde Trish. – Do que precisa?

– Encontre Cassidy e Ally e avise sobre a chegada de Lawrence. Dallas e Austin estão com elas. Peça para que todos se encaminhe para a sala de reuniões, onde estaremos esperando para que Ally revele os planos. – pede Prince.

– Tudo bem. – após dizer isso, Trish começa a caminha na direção contrária a nossa.

– Você tomou café da manhã? – perguntou o moreno, olhando para mim.

– Ainda não. – respondo, espreguiçando-me. Eu não havia dormido nada durante a noite passada.

– Pegue. Não é um café da manhã descente, mas ao menos te manterá com energia suficiente. – diz, estendo seu copo de café.

– Obrigada. – agradeço, pegando o copo e bebendo o liquido escuro, em seguida. – Você está bem com a presença de Lawrence?

– Não há nada que eu possa fazer. Essa foi a decisão da futura rainha de Krósvia e não da minha irmãzinha. Confio em Ally, então deixarei qualquer problema que eu tenha tido com aquele boêmio e respeitarei as escolhas de minha irmã. – responde, enquanto caminhávamos em direção a sala de reuniões. Seu rosto mostrava descontentamento diante da situação.

– Não se preocupe. Lawrence pode ser um bandido e um legitimo vagabundo, no entanto, na frente de Ally, ele com certeza se comportará. Por mais que eu odeie admitir, sua lealdade para com Ally é admirável. – digo, percebendo que estávamos em frente a sala de reuniões principal.

– Infelizmente, eu não posso contestar isso. – diz meu namorado, suspirando insatisfeito, enquanto abre a porta da sala de reuniões com o seu cartão de identificação.

Ao entrarmos na sala, deparamo-nos com Lawrence sentado de maneira relaxada e Tyler estava de pé, a sua frente, enquanto mexia na mala que havia trago da casa de Austin.

– Quem diria que um dia eu estaria na presença do Príncipe Phillip mais uma vez. – comenta Lawrence, sorrindo com ironia. – Devo me reverenciar?

– Poupe-me de seus comentários sórdidos. – diz Prince, com o tom de voz gélido.

– Como desejar, príncipe. – responde o homem, levantando as mãos em sinal de rendição. Ao notar minha presença, Lawrence levanta e caminha em minha direção, pegando minha mão com o café e coloca o copo sobre a mesa. Em seguida, volta a puxar minha mão em direção a seu rosto. – Continua belíssima como sempre doce Emanuelle. – quando o loiro ia beijar minha mão, Prince me puxa para perto de si.

– Mantenha-se afastado de Manu, Lawrence. – diz Prince, de maneira assustadora, enquanto me abraça possessivamente. – Você pode ter entrado em minha base e estar sobre a proteção de minha irmã, mas não permitirei que ouse, ao menos, tocar em um fio de cabelo de minha mulher.

– Quanta possessão, príncipe. – diz Lawrence, com humor. – Não se preocupe. Estou aqui a serviço de minha futura rainha, portanto, não irei interferir em seus assuntos amorosos. No entanto, tome muito cuidado. Mulheres como a “sua” – ele faz aspas com os dedos, enquanto dizia a palavra sua. – não são fáceis de se encontrar, mas podem escapar de nossas mãos sem a gente perceber. Isso é apenas um conselho de amigo de longa data.

Sinto os braços de Prince me apertarem com mais força. Tyler para o que estava fazendo e nos encara, pronto para interferir no caso da situação sair do controle.

– Não somos amigos. – fala Prince, entredentes. Coloco a minha mão sobre a de meu namorado e ele afrouxa o aperto, ao perceber que estava começando a me machucar.

– Não se preocupe, Lawrence. Eu não deixaria Prince mesmo que ele insistisse. – digo, olhando nos olhos achocolatados de meu moreno. – Além do mais, se conselho fosse bom, não se dava, vendia. E, se Prince precisasse de um conselho de verdade, acredite, existem pessoas muito melhores a quem ele poderia consultar.

Antes que Lawrence tivesse a chance de retrucar a minha resposta, Ally e os outros entram na sala, atraindo nossa atenção. A princesa usava uma blusa e uma calça legging pretas, junto a um coturno de mesma cor. Seus cabelos estavam presos e ela estava um pouco suada e vermelha, deixando claro que havia acabado de sair de seu treinamento.

Austin, que estava ao lado da morena, carregava dois mapas e estava tão suado e vermelho quanto a namorada. O loiro coloca os mapas em cima da mesa e nos cumprimenta com um rápido balançar de cabeça.

Mimi, Mike,Trish, Dallas e Cassidy se posicionam em volta da mesa e encaram Ally a espera de alguma informação. A morena, em questão, olha para Lawrence e sorri de maneira carinhosa.

– Fico muito feliz que esteja aqui, Lawrence. – diz a garota, demonstrando gratidão.

Lawrence se ajoelha e abaixa a cabeça, costume que todos os servos da guarda da proteção da princesa possuem ao se depararem com Ally.

– É um enorme prazer servir Vossa Alteza, Princesa Allycia. – diz Lawrence com sinceridade, enquanto continuava com a cabeça abaixada, em posição de respeito.

Ally anda até Lawrence e ajoelha-se até ficar na altura do homem. Ela o olha nos olhos e o abraça com carinho. Mesmo assustado, o loiro corresponde ao gesto carinhoso da garota.

– Quantas vezes terei que dizer que não é necessária tanta formalidade comigo, meu nobre cavalheiro? – diz Ally, sorrindo, ainda abraçando Lawrence. – Eu senti sua falta.

– Eu também sentir sua falta, princesa. – admite Lawrence, afastando-se de Ally. Ele levanta e ajuda a morena a fazer o mesmo.

– Quero que conheça meus amigos. – fala Ally, o puxando pela mão, obrigando-o a se aproximar. Enquanto apontar para as pessoas da sala, ela começa a os apresentar: - Esses são Trish, Dallas e Cassidy. O loiro é meu noivo, Austin Moon. E aqueles são Mirela e Mikael Moon, meus futuros sogros. Pessoal, este é Lawrence Khan.

– É um imenso prazer conhecê-los. – diz Lawrence de maneira simpática.

Alguns segundos depois, Nina entra na sala acompanhada de Dez, que andava bem devagar. Trish corre ao seu encontro e o ajuda a sentar em uma das cadeiras.

– O ruivo é o Dez. – fala Ally. O garoto pisca para Ally e sorri confuso com a presença do homem. - Dez, esse é o Lawrence. E a Nina você já conhece.

– Olá. – fala Dez, simpático.

Lawrence balança a cabeça, sorrindo gentilmente e volta a prestar atenção em Ally. Todos já estavam na sala, portanto, a reunião já poderia se iniciar.

– Sentem-se todos. – pede Prince.

Com exceção de Ally, que continuou em pé, todos se colocaram em seus lugares. Tyler tirou sua mala de cima da mesa e colocou ao seu lado, lançando um sorriso confiante à mim.

– Agora que estão todos presentes, acredito que seja a hora de revelar as últimas estratégias que eu criei durante a noite. – fala Ally, seriamente. Ela caminha até o computador principal da sala e digita algumas coisas. Algum tempo depois, a imagem de Joseph, Cecília, Victória, Richard e Gregory aparecem no enorme monitor da sala. – Tomei a liberdade de pedir que eles participassem da reunião também, afinal, são nossos principais aliados.

Os cinco convidados apenas acenaram e continuaram calados, prestando atenção no que Ally tinha para dizer. Gregory, assim que percebeu a presença de Lawrence, estreitou os olhos e não pareceu muito feliz, no entanto, preferiu não comentar nada.

– Aqui estão os mapas de Krósvia. – continua Ally, apontando para os mapas. – No entanto, com a tecnologia que temos aqui, posso explicar por hologramas e assim, todos poderão entender o que eu tenho em mente com mais clareza.

Ally mexeu em alguns botões e logo algumas imagens apareceram no centro da mesa em que estávamos ao redor. Alguns toques depois, a imagem ganhou dimensão e logo estávamos vendo o holograma de nosso país.

– Como podem ver, esse é o território pertencente ao reino de Krósvia. – ela pega uma caneta própria para mexer com a tela do centro da mesa e começa a marcar o mapa. – Os locais em que eu estou marcando são as últimas coordenadas que recebemos da localização dos nossos inimigos.

– Um momento, Ally. – interrompe Austin, parecendo se lembrar de algo importante.

– Sim, Austin. – ela volta seu olhar para o namorado e espera por sua pergunta.

– Recentemente, você havia dito que o sistema havia sido invadido pelos inimigos. Você tem certeza que pode dizer o plano no mesmo lugar onde foi feito o nosso último contato com Edgar e Gavin? – pergunta o loiro.

– Austin tem razão. – concorda Nina. – Ainda que o sistema tenha sido verificado, não temos certeza se estamos seguros de uma nova invasão por parte de Edgar e Gavin.

Ally olha para Nina e Austin e sorri de maneira misteriosa. Ela parece pensar por um momento e se vira para Tyler e Lawrence.

– Tyler. – fala Ally. Meu primo parece entender o que a garota queria e sorri presunçosamente. – Poderia explicar o nosso último avanço?

– Com prazer, princesa. – responde Tyler. O moreno se abaixa e parece mexer em sua mala a procura de algo. Após achar, ele levanta e mostra um tablet para nós. – Lembram-se de meu desespero para que Ally pegasse a mala que eu havia dado a ela? – vendo que todos haviam assentindo, ele continua: - Além de alguns equipamentos que serão úteis para a nossa ida a Krósvia, na mala havia, também, um programa que eu havia criado recentemente, mas que ainda estava em fase de teste. Resumindo: Com a ajuda de Ally, consegui terminar o mais perfeito e avançado sistema de segurança.

– Como conseguiram fazer isso em uma noite? – pergunta Prince, surpreso. Não era apenas ele que estava impressionado. Todos os olhavam, sem saber o que dizer.

– Ally é quase como um computador vivo. Ela é muito mais inteligente do que havíamos pensado. – explica Tyler, animado. – Quando eu expliquei sobre o projeto que eu havia criado, a princesa logo desenvolveu várias ideias e bolou algumas maneiras de intensificar a nossa proteção. Infelizmente, ainda é um protótipo. O que eu consegui fazer só pode ser usado aqui no SOSK, mas não duvidem de sua eficácia.

– Isso é impressionante. – comenta Gregory.

– De qualquer forma, acredito que poderemos falar sobre esse sistema depois. A sala de reuniões está bem protegida e as chances de nossos inimigos descobrirem os planos é mínima. – diz Ally, fazendo com que todos voltassem a prestar atenção em si. – Continuando. – ela aproxima a imagem e logo vemos o litoral de Krósvia. – Apesar de parecer perfeita, a barreira que Edgar e Gavin criaram possui algumas falhas.

– Como por exemplo...? – digo, tentando entender aonde Ally queria chegar.

– Como por exemplo, o seu armamento marítimo. – responde a garota. – Não estou dizendo que o litoral de Krósvia está desprotegido, mas existe uma maneira de entrarmos em nosso país pelo mar.

– O que você tem em mente, Ally? – pergunta Mike, parecendo mais animado com a possibilidade de existir uma chance de derrotar os inimigos.

– Nós iremos de navio para Krósvia, mas não iremos desembarcar no litoral do país. – diz, enquanto muda de mapa e passa a mostrar a imagem de Krósvia e seus países vizinhos.

– Então, onde vocês iriam descer? – questiona Joseph.

– Com a ajuda de Lawrence, seguiremos de navio até o reino de Boise e seguiremos o resto da viagem de carro, até chegarmos no litoral de Retrivia¹. A partir daí, teremos que entrar em Krósvia pelo mar. – explica a garota.

– Pelo mar? – questiona Mimi. – É um ótimo plano, até porque, Boise é o único país que não possui aliança nem com Krósvia e muito menos com Rhosália e Targarión. No entanto, o rei de lá nunca aceitará a nossa entrada.

– Além disso, seguir a viagem em solo pode nos trazer problemas, pois não sabemos como o exército inimigo está distribuído. – complementa Mike.

– E ainda existe o problema sobre a entrada pelo mar. – fala Richard. – Não existem aberturas pelo litoral, apesar de ser menor a quantidade de inimigos que nos cercam. Vocês estarão em um único navio ou um barco. As chances de sobreviverem ao ataque marítimo é quase nula.

Ally nos olha e não parecia surpresa com os questionamentos. Vejo em seus olhos o brilho de animação. A garota, com certeza, havia pensado em todos os detalhes.

– Não se enganem. – fala Lawrence. – A princesa não é tão tola. Nós entraremos em Krósvia com submarino e por um passagem secreta. Tudo já foi programado, meus amigos. A vitória será nossa.

Continua...


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Notas finais do capítulo

Retrivia¹: Reino governado por Joseph. É um país vizinho de Krósvia.

***

E então? O que acharam? Críticas, elogios, erros ortográficos? Oi Cupcakes *0*!! Eu quero agradecer a vocês pelos números de favoritos, recomendações, acompanhamentos e comentários que crescem cada vez mais a cada dia! Eu amo ver a opinião de vocês e saber que estou conseguindo conquistar críticas positivas é muito bom! Deixem a opinião de vocês, leitores fantasmas, pois é muito importante para mim saber se estou indo pelo caminho certo! Sorry pela demora em responder aos reviews e a postar o capítulo! Isso é mais culpa da minha mão que qualquer outra coisa --'! Beijocas ♥

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