Unlike Cinderella... escrita por Lara


Capítulo 19
Capítulo 18 - Dangers...


Notas iniciais do capítulo

OIIII CUPCAKES ♥!!! OMG, MAIS 2 RECOMENDAÇÕES? QUEREM MATAR A AUTORA? GENTE, VOCÊS SÃO AS MELHORES *0*!!!! QUANDO EU LI, EU SURTEI!!! MUITO OBRIGADA Fran E Paloma Coutinho ♥!! EU AMEI AS RECOMENDAÇÕES!! CAPÍTULO, ESPECIALMENTE, PARA VOCÊS!! Muito obrigada, também, Carolzinha1107, Lêh (Letícia Merlo), Danielle Martins, GarotaGrunge, Anninha (Blogueira Anonima), Leleh10, CqC, Thaís Lima, Milazinha 90, May (Dreams And Wishes), Biiah Lynch, ItsTheBest, Lala (Gabs), Jenny (Gatinha MÁ), Nathy odrigues, Mara Leite, Isabelle Santos, Jads (Jade), BeatrizVanessa, Manu (VacuumCleaner), Bea (Reader Secret), Nilima, Luah (Someday), Jeh (CereJeh Lynch), Quiet Little Reader, Dream Sweet Dream e Isabellatica pelos comentários maravilhosos!! Eu sinto muito por não ter postado o capítulo antes, mas eu estou bem doente esses dias e não estava conseguindo escrever nada!! Enfim, sorry pelo atraso e espero que gostem do capítulo (ele está grande, de novo e eu não tive tempo para revisá-lo, então perdão pelos erros --')! Boa Leitura...



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POV Austin

– Parece que sim. – diz Prince, olhando para Ally, bagunçando seus cabelos, em seguida. – Estou louco para saber o que esse investimento me reserva, futuro rei de Krósvia.

– Como...? – falo, surpreso demais para completar a frase. Olho para ele, assustado, tentando entender como ele sabe sobre isso.

– Como você sabe disso, Prince? – pergunta Ally, levantando-se de uma vez. Vejo ela sentir uma forte dor e vou ao seu encontro para acalmá-la.

– Não faça isso, Ally! Está machucada. Precisa descansar e não se esforçar ao extremo. – repreendo, preocupado com a garota.

– Eu estou bem. – diz, suspirando frustrada.

Eu sentia o olhar de todos sobre nós e começo a me envergonhar. Ótimo! Não tinha momento melhor para nos darem atenção, não?

– Não vai nos explicar como sabe disso, Prince? – pergunta, Elliot.

–Bom, eu poderia explicar, mas isso colocaria vocês em perigo. Acredito que seus pais saibam do que eu estou falando. – fala, Prince, de maneira enigmática.

– O que quer...

– Já chega, Austin. – fala minha mãe, autoritária, interrompendo-me. – Existem coisas que vocês não estão prontos para saber.

– O que estão escondendo de nós? – pergunta Ally, desconfiada.

– Ainda não é o momento de saber de toda a verdade, princesa. – diz Prince, sorrindo com carinho para Ally. – As coisas são mais complicadas do que vocês podem imaginar. Por enquanto, concentre-se em se recuperar, está bem?

– Como herdeira de Krósvia, eu supus que nenhuma informação seria escondida de mim. O que há de errado em saber a verdade? – questiona Ally, olhando-o com insistência.

– Como uma das pessoas que deseja protegê-la, princesa, eu não posso lhe contar. No momento certo, saberás de toda a verdade. Agora, se me dão licença, preciso ir. – fala Prince, sorrindo para Ally com ternura. – Vejo vocês em breve.

Após sair, o clima da sala se torna tenso. Com tantas pensamentos, dúvidas e preocupações, ninguém sabia, exatamente, o que fazer ou como agir. Minha mente procurava respostas, mas a única que me interessava era: Quem fez isso com a Ally?

– Acho melhor nós irmos. – fala Jason.

– Tem razão. Ensaiamos amanhã, Austin. Acho que hoje, ninguém está com cabeça para nada mesmo. – diz Pablo.

Meus companheiros de banda, com exceção de Elliot, despedem-se de Ally e vão embora, restando na sala, apenas, meus pais, Trish, Dez, Elliot, Ally e eu.

O clima continuava tenso. Eu queria muito conversar com Ally, mas com tantas pessoas a minha volta, com certeza, não obteria respostas. Olhei para Trish, com a esperança dela entender que eu queria conversar com Ally e fosse embora. A baixinha suspira um pouco frustrada e concorda com um balançar, disfarçado.

– Nós vamos dá uma volta lá fora, não é Dez? – fala Trish, rindo forçadamente.

– O que? Mas, eu...

– Agora, Dez! – Trish o interrompe, com o seu olhar assassino. O ruivo entende o recado e acena com a mão antes de sair.

Meus pais saem, também, e eu esperava que com isso, Elliot fosse junto, mas não foi o que aconteceu. Ele nos encarava com seriedade e eu já previa uma conversa séria entre nós. A verdade é que nossas “conversas” nunca acabam muito bem.

– Algum problema, Elliot? – pergunto, sério.

– Vários. – responde, parecendo irritado. – O que está acontecendo?

– O que quer dizer com isso, Elliot? – pergunta Ally, confusa.

– Desde quando você corre perigo, Ally? – questiona Elliot, com firmeza.

– Eu não corro perigo, Elliot. – Ally dizia de maneira decidida.

– O que você quer, afinal, Elliot? – pergunto, aproximando-me de Ally. – Você sabe que eu odeio enrolação.

– Eu quero entender o motivo da Ally ter se machucado. Eu tenho certeza que não foi um acidente e pela maneira como os dois estão agindo, vocês sabem muito bem quem foi o culpado. – responde, andando em nossa direção, irritado.

– O motivo dela ter se machucado? Qual diferença vai fazer você saber quais foram os motivos? – digo, friamente.

– Por favor, Austin, ao menos uma vez na sua vida, poderia deixar de infantilidades? Estamos falando da vida de Ally, não de um brinquedinho. – Elliot falava, um pouco alterado.

– Eu não estou sendo infantil! – falo, elevando o tom de voz. – Você, Elliot, é que deveria entender que esse assunto não tem nada a ver com você.

– Não vem com essa, Austin. – diz Elliot, exasperado.

– Meninos! – Ally nos repreende, irritada. – Será que vocês podem, por favor, acabar com essa discursão e parar de me tratar como uma garotinha indefesa?

– Ally, você tem noção do perigo que correu hoje? Tem ideia...

– Elliot, essa não é a primeira vez que minha vida esteve em perigo. Infelizmente, Krósvia não é o país mais calmo do mundo. Eu entendo a preocupação de todos, mas eu não preciso de proteção a todo momento. – Ally dizia com seriedade. Em seus olhos eu podia ver a dura verdade das palavras da morena.

– Você não vai mesmo me contar o que aconteceu, não é, Ally? – afirma Elliot, frustrado.

– Não vejo necessidade em tocar em um assunto que já passou. Eu estou bem. Agradeço a preocupação, Elliot, mas existem coisas que é melhor deixar como estão ou a situação pode piorar. – explica Ally, docemente. Eu entendia o que ela estava fazendo. Envolver mais pessoas nessa história poderia complicar não só a vida dela, como a de todos.

– Tudo bem. – fala Elliot, suspirando cansado. Ele se aproxima de Ally e beija sua testa, com carinho. – Eu vou indo. Se precisar de alguma coisa, não hesite em me ligar.

– Claro. – responde Ally, sorrindo com carinho.

Elliot passa por mim, sem me olhar. Ele fecha a porta do quarto com um pouco mais de força que o necessário. Suspiro aliviado. Finalmente eu estou sozinho com Ally. Observo a morena, com cautela. Mesmo depois do que passou, ela se mostra forte e pareceu não se abalar com o que aconteceu.

– O que aconteceu? – pergunto, sentindo minha garganta secar.

– Austin, eu...

– Por favor, Ally. Conte-me o que aconteceu. – interrompo, frustrado. – Eu sei que a culpa foi de Brooke, mas me diga o que aconteceu, por favor.

– Ela... – a garota começa a falar, mas se interrompe, suspirando cansada. – Ela fez uma armadilha para mim. Usou uma das garotas da minha sala de gramática para me convencer a ir a sala dos livros do terceiro andar. Eu tinha que pegar um livro na prateleira mais alta. Quando estava lá em cima, Brooke empurrou a estante de livros e eu acabei caindo.

Olho para Ally, assustado. Eu sempre soube que Brooke era perigosa, mas nunca imaginei que ela fosse capaz de chegar a esse ponto. A raiva começa a me consumir. Como ela teve coragem de fazer uma coisa dessas com Ally?

Começo a andar em direção a porta. Abro a mesma com ódio e antes de sair, ouço o chamado desesperado de Ally. Viro-me em direção a morena e vejo o medo estampado em seus olhos.

– O que vai fazer, Austin? – pergunta, tentado se levantar, mas os curativos em seu abdome e a perna quebrada a impediam de fazer muita coisa.

– Acertar as coisas com Brooke. – respondo, friamente.

– Não, por favor. – implora Ally, desesperada. – Ela pode fazer alguma coisa com você. Não vá, por favor.

– Eu preciso ir. – digo, fechando a porta, mais decidido do que nunca, em acabar com as palhaçadas de Brooke.

Passo por meus pais e os ignoro. Meu corpo estava no modo automático. Eu não podia parar. A revolta que eu sentia era imensa e a cada momento em que eu repassava o que Ally me disse, mais eu queria matar Brooke.

Pego meu carro e dirijo em alta velocidade rumo a casa dos Clarks - por um milagre, eu não causei nenhum acidente. Não demorei a chegar a mansão. Para a minha sorte, o carro de Brooke estava de frente a sua casa, o que significa que ela está.

Não foi difícil entrar em sua casa, então, enquanto eu esperava pela cobra na sala, a empregada foi chamá-la. Algum tempo depois, Brooke aparece com um vestido curtíssimo e sorrindo animada.

– Oi loi...

– Não começa. – corto, com frieza.

– O que foi? – pergunta, aproximando de mim, cuidadosamente.

– O que foi? – repito com ironia. – Você tem noção do que fez com a Ally?

– Ally? Quem é Ally? – diz, fazendo-se de desentendida.

– Escuta aqui, Brooke. – falo, chegando perto da menina, enquanto ela se afastava com medo. – Fica longe da Ally. Eu não estou nem aí para quem é o seu pai ou qualquer baboseira do gênero. Eu não vou aceitar que a machuque, novamente.

A garota olha para mim e começa a ri histericamente. Parecia que eu havia contado a melhor piada do mundo. Depois de um tempo, ela para de ri e se aproxima de mim. Eu quase podia ver o veneno escorrendo pelos seus lábios.

– Interessante. – comenta. – Quanto mais você me desafia, mais eu me apaixono por você, querido.

– Isso não é paixão. Eu chamo de loucura ou obsessão. Você pode escolher o que achar melhor. – falo, com sarcasmo.

– O que é que ela tem de tão incrível assim? – pergunta, segurando meus braços e me balançando em desespero. – Olha para mim, Austin. Eu sou linda, rica e popular. Todos os caras me querem. Por que você não me quer?

– Eu não sou todos os caras. – digo, soltando-me da garota. – Brooke, você tem atrapalhado a minha vida durante quatros anos. Toda garota por quem eu me interesso, você faz questão de expulsar da minha vida. Eu já não suporto mais.

– Eu te amo. As outras não amam você como eu amo. – Brooke falava, como uma louca. – Elas não te merecem.

– Já chega, Brooke! Não pode continuar com essa obsessão. – falo, com a esperança dela entender que eu jamais ficaria com ela.

– Não! – ela grita. – Se você não for meu, não será de mais ninguém.

– O que? – pergunto, não acreditando no que eu ouvia.

– Isso mesmo que você ouviu. – responde. – Acho bom você ficar comigo ou eu juro que acabo com a sua “amiguinha”.

– Você não teria coragem. – falo, incrédulo. Como uma garota pode ser tão louca assim?

– Está duvidando, querido? Experimenta. Vamos lá! Estou louca para saber até onde a novata vai aguentar. – ela ri, cruzando os braços, decidida.

– Fica longe da Ally. – falo, com raiva, enquanto a seguro pelos braços.

– Claro. – diz Brooke, sorrindo perversamente. – Mas, eu tenho uma condição.

– O que? – pergunto, soltando-a, desconfiado.

– Seja meu namorado e eu não farei nada com a novata. – fala.

– Como? Enlouqueceu? – questiono, surpreso. – Eu jamais seria seu namorado.

– É isso ou eu não deixarei Ally em paz. Você que sabe. – diz, andando a minha volta, enquanto deslizava sua mão sobre mim. – Vamos lá, querido. A escolha é sua.

– Você... Você vai deixar a Ally em paz? Ela não vai ser ignorada ou maltratada por ninguém daquela escola? – pergunto, frustrado, enquanto aperto minhas mãos.

– Claro, claro. Como desejar. – concorda, como se não fosse nada demais.

– Como posso confiar em você? Como saberei que não está mentindo? – falo, olhando em seus olhos.

– Você não vai. Eu estou propondo um acordo, agora, você decide. Anda longo, Austin, eu preciso ir comprar umas roupinhas. Não tenho o dia todo. – fala Brooke, impaciente.

– Tudo bem. Mas, terá que honrar com sua palavra, Brooke! – alerto, com raiva. – E, não vai ficar me beijando a todo momento na escola.

A garota se aproxima de mim, como um animal vendo a sua presa. Ter Brooke tão próxima de mim me enjoa. Seu perfume é tão doce que embrulha o estômago.

– Eu dito as regras, amorzinho. – diz, passando a mão pelo meu rosto. – Eu que direi o que você faz ou não.

Após dizer isso, a garota me beija. A minha vontade era de empurrar Brooke, pegar o vaso de flores que estava próximo de mim, tacá-lo na cabeça da morena e saí correndo.

Depois disso, vou embora, sentindo um peso enorme sobre meu peito. Saber que terei que ficar longe da garota por quem estou apaixonado me faz querer chorar.

As lembranças desses últimos dias com ela voltam a minha mente. Ally é doce, gentil, inteligente, sempre pensa nos outros antes de si mesma, é decidida e determinada.

Se ela souber que estou com Brooke apenas para protegê-la, com certeza, Ally surtaria. Esse pensamento me faz ri. Ela odeia ser tratada como uma garota frágil. Como uma pessoa pode ser tão divertida assim? A cada minuto que estou perto dela, mais eu quero saber sobre sua vida, manias, opinião sobre qualquer assunto, sua paixão pela música e seu carinho por Krósvia.

Suspiro frustrado. Será que eu nunca poderei me apaixonar por uma pessoa sem colocar sua vida em risco ou a minha sanidade a prova? Eu sinto como se minha vida fosse um ciclo vicioso e sem fim. Eu me apaixono, faço a pessoa sofrer, recebo um pé na bunda e, de quebra, preciso aturar Brooke.

Recebo uma ligação de Dez, informando que Ally já foi levada para casa e todo mundo estava reunido lá. Eu queria ficar sozinho, por isso vou para o farol.

A noite está fria, mas eu prefiro assim. No ponto mais alto do farol, com a brisa do mar batendo em meu rosto, eu conseguia pensar de maneira mais tranquila. Infelizmente, agora, esse lugar, só me faz lembrar de Ally.

O medo, que senti ao chegar no lugar que sempre a deixo e busco e não encontrá-la lá, foi inexplicável. Eu nunca fiquei tão desesperado para achar uma pessoal igual a essa vez. Assim que minha mãe, que já estava em pânico, recebeu a ligação da diretora, avisando que Ally foi levada para o hospital, inconsciente e machucada, meu coração parou.

Eu nunca me senti tão culpado. Eu deveria ficar perto dela, afastá-la de Brooke ou de qualquer ameaça. Como eu pude ser tão idiota ao ponto de acreditar que ao me afastar de Ally, a megera da Brooke a deixaria em paz?

Olho para o céu estralado de Miami e a cena da noite anterior voltam a minha mente. Eu pude, finalmente, beijar a Ally. Impossível não sorrir com a lembrança.

Eu nunca me senti tão bem como no momento em que eu a beijava. Era como se meu lugar fosse ao lado dela. A sensação de ser o primeiro cara a sentir seus lábios foi incrível. Confesso que eu me senti inseguro. Quer dizer, eu queria que esse momento fosse especial para ela, assim como foi para mim.

[...]

Após algumas horas, retorno para casa com um sorriso bobo no rosto. Eu nunca repassei em minha cabeça uma recordação tantas vezes como a do beijo na garota que tormenta minha cabeça e meu coração. Ally é, com certeza, a garota por quem estou completamente apaixonado.

Abro a porta de casa e encontro uma cena incomum. Meus pais estavam sentados na sala, com a televisão desligada e com feições preocupadas.

– Mãe? Pai? – chamo, desconfiado.

– Ah, você chegou, filho. – minha mãe sorri em alivio ao me ver. A loira se levanta e me dá um abraço apertado.

– Está tudo bem, Austin? – pergunta meu pai, preocupado.

– Estou sim. Aconteceu alguma coisa? – questiono, desconfiado das atitudes estranhas de meus pais.

– Filho, sente-se aqui. – pede minha mãe, apontando o sofá. – Nós precisamos conversar.

– O que aconteceu? – volto a perguntar, mais e mais preocupado. – Aconteceu alguma coisa com a Ally? Ela está bem?

– Calma, querido. A Ally está bem. Ela está dormindo no quarto dela. – diz minha mãe, tentando me acalmar. – Não aconteceu nada. Quer dizer, ainda não aconteceu nada.

– Como assim, ainda não aconteceu nada? Poderiam deixar de enrolar e me falar logo o que está acontecendo? – pergunto, impaciente.

Meus pais se encaram por um tempo. Eu podia ver a tensão sobre seus ombros. Aquele clima estava me deixando nervoso. O que aconteceu? Por que tanta demora para me contar? Será que é algo tão ruim assim?

– Austin, você se lembra quando eu disse que eu e sua mãe somos de Krósvia? – começa meu pai, parecendo não saber o que dizer.

– Sim. – falo, incerto.

– Então, filho. Acontece que eu não posso te contar tudo, mas, irei contar algo importante para você. – fala meu pai. – Quando eu e sua mãe saímos de Krósvia, você ainda era um bebê. O país estava um caos. O herdeiro da coroa havia fugido de casa e ninguém sabia o que seria do nosso reino. Talvez, você não saiba, mas Ally tinha um irmão mais velho. Muitos outros reinos se aproveitaram da fragilidade do país e resolveram atacar Krósvia. Os cidadãos e a monarquia resistiram aos ataques, mas tivemos muitas perdas.

O nascimento de Ally foi o que nos deu esperança. Ela poderia e pode mudar a maneira como Krósvia é governada. Sua gentileza e determinação sempre cativaram a todos. Finalmente, Krósvia teria uma rainha que os protegeria e melhoraria o reino. Mas, isso gerou um problema entre os aliados do rei.

– Que problema? – pergunto, ansioso por respostas. Será que finalmente eu vou descobrir o porquê de ser o noivo de Ally?

– Infelizmente, os reis, príncipes e imperadores próximo de Krósvia, ainda possuem o pensamento de que a mulher não deve governar. O comando deve ser feito por homens da alta sociedade. Por esse motivo, Ally se tornou alvo de muitos inimigos e “amigos”. Desesperados pela proteção da princesa, um grupo de cavalheiros, fiéis ao rei, foram espalhados pelo mundo, a procura de Philip, o irmão de Ally. Ainda não houveram respostas do paradeiro do príncipe, mas sabemos que ele está vivo. – explica meu pai, perdido em pensamentos. – No entanto, a cada dia que passa, mais a situação se complica.

– E então? – incentivo meu pai a continuar a história.

– Enquanto o irmão de Ally não for encontrado, ela corre perigo. Precisa ficar atento, filho. Muitas pessoas estão atrás de Ally e, acredite, são pessoas perigosas. Krósvia está próxima de enfrentar mais uma guerra e se algum inimigo tiver Ally em suas mãos, o reino será derrotado. – fala, meu velho pai, com angustia.

Tento absorver todas as informações ditas por meu pai. Ally, realmente, corre perigo? Que ótimo, agora, além de me preocupar com a louca da Brooke, terei que lidar com inimigos desconhecidos e sem nem saber ao certo o que fazer.

– O que quer que eu faça, pai? Eu não sei como protegê-la. – digo, com certo desespero em minha voz.

– Querido, você precisa manter a calma. – começa minha mãe. – Não o obrigamos a ir nas aulas de esgrima e a aprender inúmeras lutas à toa. Você é capaz de protegê-la.

Então era por isso que minha mãe insistia que eu aprendesse a manusear espadas e a lutar? O que mais meus pais escondem de mim? Por que tantos segredos? E, como eles podem ter tanta certeza que conseguirei proteger Ally? Eu não sei cuidar nem da minha vida, imagina da vida dos outros?

– Você pode, Austin. – diz meu pai, colocando sua mão sobre meu ombro. – Você é a pessoa com mais capacidade para cuidar de Ally que qualquer outra pessoa. Eu confio em você.

– Pai. – sussurro, surpreso. – Obrigado.

– Filho, ainda existem muitas coisas escondidas. Você e Ally estão começando uma jornada muito mais complicada do que parece. Por favor, prometa que nunca vai abandonar a Ally. Você tem a mania de afastar as pessoas de você, mas, dessa vez, não faça isso. Ela precisa de você, Austin. – pede minha mãe, com angustia em seus olhos.

– Eu prometo, mãe. – digo, determinado, olhando em seus olhos. – Eu juro que jamais abandonarei Ally. Não importa o que aconteça, eu farei o possível e o impossível para protegê-la. Se for preciso, darei minha vida para salvá-la de qualquer mal.

O sorriso de meus pais e o abraço que eu recebi, selaram a minha promessa. Eu já tinha decidido protegê-la de todo mal, antes mesmo de saber mais sobre sua história e, agora, a minha decisão se intensificou mais ainda. Eu não vou deixar que machuquem a garota por quem eu estou apaixonado. Não importa o que aconteça, eu sempre estarei ao lado de Ally.

Continua...


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Críticas, elogios, erros ortográficos? Awwwn, estou muito nervosa por causa desse capítulo! Por favor, deixem a opinião de vocês!! Beijocas, Cupcakes ♥

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