Abdication escrita por oakenshield


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Melanie e seus boys *suspira*



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De madrugada o alarme soou. O mesmo som de quando eles deveriam se reunir no refeitório. Melanie olha para a janela fechada. Ainda estava escuro. Então se lembrou que Vincent a contou que haveria uma prova surpresa.

Assim como todos os outros, a morena vestiu suas roupas negras de exercício: legging, blusa de manga curta, jaqueta de couro e botas. Ela se lembra de enfiar no bolso um pequeno potinho com a pomada milagrosa que havia roubado da enfermaria. Era tudo Vincent que bancava, então ela não se sentiu desconfortável quando a ideia surgiu.

Melanie caminha para fora do chalé até o refeitório com seus colegas sonolentos. No refeitório, sacos recheados de armas e pentes de balas são despejados diante deles. Todos de repente acordam.

– Uma guerra exige sacrifícios - Frederick Whitmore vocifera. - Em uma batalha, você quer salvar seus companheiros, mas é a sua vida que realmente importa. É quando o lado mais verdadeiro do ser humano aflora: o egoísmo.

Ele parece se divertir com isso.

– Pessoas podem se machucar, é claro. Outros morrerão. Vocês nos escolheram para estar aqui, agora o destino escolherá vocês.

Melanie acha aquilo absurdo. Eles realmente estavam propondo que os treinandos matassem uns aos outros? Ela não podia fazer isso, não conseguiria...

Nunca havia matado alguém.

Ela procura Josh pelo refeitório e o acha discutindo com Frederick e Tyler. Ela se aproxima o suficiente para ouvi-los, mas fica longe o bastante para que não desconfiem.

– Não era assim nos outros anos - o Duninghan insiste. - Ninguém se candidataria para chegar até aqui e morrer! É insano. Não podemos simplesmente mudar as regras.

– Vincent faz as regras. São ordens dele.

Ordens de Vincent. Melanie não podia acreditar. Ele realmente estava provando para ela que não valia nada, que a conversa deles horas atrás havia sido em vão.

Mas já estava tudo planejado, ela reflete. Antes de conversarmos Vincent já havia pensado nisso. Ele já havia me contado que haveria esse circuito.

Melanie se sentia tão vazia.

– Várias pessoas morrerão essa noite, Frederick. Vincent não está mais aqui. Tenha consciência. Pense racionalmente, seja sensato.

– Eu estou sendo. Obedecer Vincent garantirá a minha sobrevivência e a de minha família. Você deveria fazer o mesmo se quer ficar vivo.

Josh bufa e se retira. Tyler olha com desaprovação para Frederick.

– E se Christian morrer essa noite, pai? A sua obediência de nada terá adiantado.

– Um homem inteligente deve saber a hora se seguir ordens e ignorá-las - ele sussurra. - Seu irmão não vai participar da chacina.

– Como não vai?

– Christian é meu filho. Você acha que eu deixaria o meu caçula ir para um banho de sangue?

– Mas... ele está aqui.

– Sim, ele está. Porém assim que todos se espalharem e o sino soar, ele irá para a Diretoria e ficará conosco.

Tyler o encara, perplexo.

– Então o seu filho não pode morrer, mas os outros cinquenta podem?

– Quarenta e nove, com o seu irmão isento. E, sim, podem. Não me importo com nenhum outro treinando além dele.

– E Hillary? Vincent a deixou ir? Matthew, o filho do Primeiro Conselheiro. Ainda tem Andrew... Herbert certamente faria um escândalo no seu programa de televisão se o filho morresse.

– Se formos tirar todos os filhos de pessoas importantes do teste, mal sobrará gente.

– Como você explicará tantas mortes?

– Penso em algo mais tarde. Agora temos que ir.

Tyler segura firme o braço do pai.

– Não creio que Vincent tenha deixado Christian livre e tenha mandado a filha para a morte.

Frederick se desvincilha das mãos do primogênito.

– Vincent não isentou ninguém. Nem Melanie. Eu estou deixando Christian livre. Sim, pode me custar minha vida, mas antes a minha do que a de um dos meus filhos.

+++

Ao ver Melanie afastada, Tyler puxa Josh para um canto.

– Meu irmão não vai participar.

– Por que você está me contando isso?

– Para que, se quiser, você salve o seu.

Ao procurar por Andrew no refeitório, Josh o vê abraçando Melanie. Sim, ele jurava que eles estavam brigados. Bom, não importava. Melanie era ótima e Andrew também tinha suas estratégias. Eles estariam juntos no campo.

– Meu irmão sabe se cuidar.

– Eu o devia isso - Tyler bate no ombro do cara que um dia ele chamou de melhor amigo e se retira.

+++

Melanie estava assustada. Sabia do seu potencial, mas temia que uma bala perdida a atingisse e ela morresse. Como ficaria Derek sem os remédios que Vincent está providenciando? Como ficaria Josh? Sua mãe, que dependia do dinheiro que a filha que ingressou no PMI poderia trazer? Tyler e Andrew, que ela sentia que ainda se importavam com ela?

Andrew... ele ainda a odiava.

Ao vê-lo sozinho por um momento, ela se aproximou.

– Será que nós podemos conversar?

Ele se virou, surpreso. Como havia várias pessoas ao redor deles, Andrew não daria a oportunidade para os outros incomodarem Melanie se ele recusasse, então se afastou com ela ao seu lado até estarem do lado de fora do refeitório.

– O que foi?

– Eu não tive a oportunidade antes, talvez porque estivesse com medo de você recusar ou simplesmente porque eu não... - porque eu não me sentia culpada, era o que ela diria, mas preferiu manter essa parte da sua linha de raciocínio só para si. - Me desculpa.

Andrew não diz nada. Ele espera que ela diga algo, então ela diz:

– Por ficar com seu irmão enquanto namorava você. Eu sabia que sentia desde o começo, mas mesmo assim aceitei namorar com você. Sabia que quando aconteceu pela primeira vez, eu deveria ter sido sincera e tudo o mais. Eu errei.

Ele ainda não diz nada. Ela começa a se desesperar e as palavras começam a fluir:

– Acontece que eu nunca tive esse negócio de emoções. Me importava com minha família e a amava do meu jeito, mas apenas isso. Nunca tive qualquer outro tipo de sentimento por ninguém. Então você foi o único que me ajudou quando eu mais precisei, me introduziu nesse mundo que está ajudando a manter meu irmão vivo e... você não sabe o quanto eu sou grata. Você me ajudou sem nem me conhecer, Andrew, e eu nunca vou esquecer isso. Você me amparou quando eu passava fome e frio e foi meu primeiro amigo. Eu sempre digo que estou salvando o meu irmão, mas na verdade é você quem está o salvando. Você... eu te amo, só não do jeito que você espera. Eu realmente gostaria, eu juro. Seria tão mais fácil amar você. Você é tão bom, sincero e carinhoso... você nunca me machucaria e... - lágrimas enchem os seus olhos. - Eu sinto tanto a sua falta. Eu não sei se é possível você me perdoar, mas eu quero meu amigo de volta.

Andrew não sabe o que dizer. Não estava sendo completamente sincero. Nunca foi. Ajudou Melanie porque Vincent o mandou, porém ela era tão diferente das outras missões em que o Senhor de Meurer o enviou. Ela era tão intrigante e misteriosa, tinha um tom de pele lindo, algo escuro e brilhante tão natural, algo que as branquelas da Corte de Meurer não tinham. Os olhos esverdeados contrastando com a pele morena e suave, os lábios, o sorriso branco e um delicioso hálito de hortelã e flores silvestres. Ela era tão... provocativa e mesmo tendo uma história de vida tão triste, vivia com um sorriso malicioso nos lábios.

Era tão forte. Ele a admirava tanto e a amou tanto... Vincent ordenou que ele terminasse e, com o coração na mão, ele o fez. Sabia que o irmão também tinha interesse nela, por isso fingiu flagrá-los para então dar o ultimato do Senhor de Meurer: ninguém deveria se aproximar de Melanie.

Ele abre um sorriso para ela e estende os braços. Melanie suspira e se envolve nele, com as lágrimas escorrendo pelos olhos verdes. Andrew a acolhe com os dois braços e a pressiona contra seu peito.

Andrew sabia que ser amigo de Melanie não seria suficiente. Vê-la com outra pessoa iria o corroer, mas também observá-la de longe sem sequer conversar, ver de perto seu grande e lindo sorriso acabaria com ele mais rápido. Ficar na friendzone teria que bastar.

– Eu te amo e sempre vou amar - ele sussurra em seu ouvido. - Sei que um dia você vai me dar uma segunda chance, eu sinto isso.

Ela o encara, com os olhos ainda marejados, e ele sorri para ela. Andrew é mais alto, por isso se inclina para beijar a testa dela.

– Não me importo de te esperar, leve o tempo que for.

+++

Melanie está no campo, junto com os outros. Uma arma carregada nas mãos e três pentes de balas na mochila, além de facas, uma lanterna reserva, um kit de primeiros socorros, uma garrafinha de água e o potinho da pomada milagrosa que ela roubou.

Além da arma de fogo, todos poderiam escolher uma arma alternativa. Melanie optou pelo kit de facas. Era muito boa naquilo. Desejou que Amber estivesse no campo para que pudesse matá-la e usar o circuito como desculpa. Infelizmente, a vaca loira estava na Diretoria, com o aquecedor ligado, enquanto eles passavam frio lá fora. Josh devia estar com ela. Tyler também.

O sino soa e ela corre para longe, assim como os outros. Pessoas do time de Amber começam atirando, assim como os de Tyler. A imagem dos irmãos Whitmore. O time de Savannah corre para a floresta e o de Josh se espalha.

– Vamos para a ilha - Matthew grita em meio aos tiros. - Lá teremos uma visão melhor e podemos nos camuflar no mato.

Hillary e os irmãos Beckering assentem, já Melanie percebe que as luzes do refeitório refletem na água, dando uma visão perfeita da ilha para quem quer que passasse.

Ninguém disse que o time deveria permanecer junto, afinal. Melanie decide ir para a floresta. Os tiros estavam ocorrendo na área aberta.

Na entrada da floresta, uma mão tampa sua boca e a puxa. Ela tenta mordê-la, mas o dono da mão já a virou para encará-lo.

– Você não devia estar na Diretoria?

– Vim aqui ajudar a salvar a sua vida e é assim que você me agradece?

– Como é que é?

Tyler suspira e entrega algo a ela. Tem uma textura estranha e é pesado.

– O que é isso?

– Um colete à prova de balas - ele fala como se fosse óbvio.

Melanie tira a jaqueta e vira de costas, Tyler a ajuda a vestir o colete e depois colocar a jaqueta por cima. Melanie se sente desconfortável, porém mais tranquila.

– Obrigada.

– Gosto demais do seu corpo para que ele seja desfigurado.

Melanie fica em silêncio, o encarando. Seus olhos azuis estão mais claros, ela percebe. Tyler segura seu cotovelo quando ela se abaixa para pegar a mochila e a levanta. Antes que a morena possa dizer algo, ele a beija.

Não é como ele costumava beijá-la, não mesmo. Se não tivesse sido pega de surpresa e seus olhos não tivessem ficado abertos no começo, ela mal o sentiria. Tyler apenas encosta os lábios de ambos. Ele está tão calmo e o beijo é suave. O loiro a envolve pela cintura e Melanie não hesita.

Ele era bom, porém tão errado quanto Josh.

O loiro não tenta algo a mais. Pelo contrário, quando Melanie investe, ele a afasta.

– Tenho que ir - ele murmura, não escondendo o sorriso.

Ele a beija uma última vez antes de ir e assim que ele desaparece em meio a escuridão, Melanie se sente culpada ao lembrar de Josh.

Ele não se sente culpado por dormir com Amber todas as noites, uma parte da sua mente a diz. Vocês vão terminar em breve, não há mal algum.

Mas ela sentia que havia. Apesar de ter esse desejo incontrolável por qualquer homem bonito que olhasse diferente para ela, Melanie só amava um: Josh. Disso tinha certeza.

+++

Melanie esperava que o tiroteio acabasse. Havia ficado na árvore um bom tempo, como uma covarde, então decidiu descer. O som dos tiros ao longe ainda era alto e ela imaginava quantos buracos eles teriam que cavar no gramado em frente ao refeitório. A Dra. Dupke teria trabalho.

Tentou imaginar o porquê de Vincent fazer isso. Todos aqueles jovens, com tantos sonhos e tanta esperança, tanta vontade de orgulhar os pais e servir a nação do melhor jeito possível... tudo destruído.

Melanie quase conseguia ouvir o último arfar desesperado, o sangue parando de circular, o coração parando de bater... os gritos de angústia. A morte. Ela quase podia sentir o gosto amargo da maldita nos lábios.

Era apenas estresse. Já havia agido sob pressão antes. Não deveria ser ainda tão difícil.

Ela para diante de uma garota. Os cabelos loiros encaracolados nas pontas e liso no na raiz, o nariz pequeno e os lábios vermelhos, a língua viperina, olhos azuis puxados e a estatura pequena.

Só podia ser Amber. Melanie a odiava tanto.

Ela apontou a arma para a testa dela e tudo que a morena conseguia enxergar era Amber a insultando.

Queria matá-la.

A loira debochava dela, a chamava de prostituta e disse que ela estava dormindo com Josh para conseguir uma boa colocação no PMI, que todos já sabiam a verdade, que todos haviam percebido, e que ele seria expulso do Primeiro Exército e seria considerado um desertor.

– Você sabia que na capital casos de adultério são levados mais a sério? O que for casado fica perpetuamente na prisão e o amante é executado.

Melanie treme diante daquelas palavras. Não podia deixar Josh perder tudo: a carreira brilhante como Comandante e, principalmente, a vida. E ela... ela não podia morrer.

– Eu vou para a Diretoria e contarei tudo. Todos já sabem, mas com uma denuncia ficará mais fácil de expulsar vocês dois daqui.

Olhou para sua arma e percebeu que estava descarregada. Amber também percebeu. Melanie, ágil como uma serpente pronta para dar o bote, sacou as facas no cinto e atingiu a garota bem no olho. Ela urrou de dor e Melanie sorriu de prazer, vendo a loira diante de si, morrendo.

– Você roubou meu noivo, sua puta de quinta.

Amber está no chão, a mão sobre o olho direito ensanguentado. Melanie se aproxima, ficando em pé ao seu lado, até se abaixar para ficar na sua altura.

– Se você não tem capacidade de mantê-lo nas rédeas, não venha me culpar. Se não fosse eu, seria outra a arrancá-lo de você. Fraca, burra, influenciável... você é tão vazia.

– Olha quem está falando, a putinha do Senhor de Meurer.

Como ela não havia morrido ainda? Melanie a ataca com duas facas, uma em cada mão, e acerta ambas em seu tórax. As retira após um gemido exasperado de dor da parte da loira. As finca no estômago e retira de novo. Ela ainda vive.

Amber se levanta, contrariando todas as leis da natureza. Aos tropeços, se aproxima de Melanie, com um sorriso malicioso e ensanguentado nos lábios.

– Sua vagabunda. Kimberly vai cozinhá-la viva.

– Você é uma mulher morta, Amber.

– E você é uma filha de uma puta.

Então Melanie crava ambas as facas abaixo da clavícula dela e rasga seu corpo ao meio até os ossos do quadril da loira a impedirem.

A sensação... o poder. Tudo era tão inacreditável. Ela simplesmente não conseguia descrever. Era tão imaginável, tão impensável... Melanie nunca imaginou que se sentiria assim. Era como se ela governasse o mundo por um breve momento. Ela degustou cada segundo e aproveitou intensamente cada descarga elétrica que descia sob seu corpo. Era uma sensação tão boa quanto chegar ao ápice depois do ato sexual. Melanie sentia que havia chegado ao ápice da sua vida. Se morresse agora, não se importaria com nada, morreria feliz por ter matado Amber.

Mas não foi Amber que você matou, sua consciência a diz. E você sabe disso.

Ao sair da floresta, ela dá de cara com Vincent. Não podia ser, porque ela sabia que ele havia ido embora, mas ele estava lá. Ela o viu.

Talvez ele tenha voltado...

Melanie sorriu e o abraçou com pressa. Ele parecia surpreso com a atitude, meio deslocado, como se não soubesse abraçar alguém. Talvez não soubesse.

– O que aconteceu? - ele pergunta.

– Você estava certo - ela sorri diante do sorriso dele. - Você estava certo o tempo todo.

– Eu sempre estou certo, mas, me diga... em relação a quê?

– Em relação a morte. Eu me senti tão bem... eu deveria me sentir assim? Me tornei igual a você por ter gostado?

– Você matou? - ele parece surpreso e até um pouco desconcertado.

Melanie assente com um sorriso.

– Eu matei uma garota e eu adorei.

Vincent a abraça novamente.

– Essa é a minha garota.

Depois ele a beija. E ela gosta. Ela simplesmente aceita e gosta...

Está tudo errado, a morena percebe.

Quando se afasta, sem fôlego, e abre os olhos, não há ninguém diante dela. Vincent sumiu. Então ela olha para baixo e vê. Vê o corpo ensanguentado da garota. Bom, os restos dela, porque Melanie não apenas a rasgou ao meio, mas também a picou em pedaços.

Seus membros estavam todos separados. Melanie viu um olho fora da órbita e apenas o buraco interminável em meio a escuridão da noite. A lua banhava a floresta em luz prateada, mas a morena só conseguia ver pontos vermelhos diante de si. Melanie não enxergava nada além do sangue.

Ela escorregou na poça enquanto lágrimas enchiam seus olhos. Um grito escapou da sua garganta em forma de soluço e ela gritou.

Estava apavorada. Toda vez que tentava limpar o sangue das mãos, elas apenas sujavam mais e a sua cabeça estava tão pesada, ela se sentia tão cansada, tão triste e tão perigosa. Não queria ser assim. Não queria ser como Vincent. Não queria ficar com ele.

Que tipo de monstro eu estou me tornando?

Melanie sente braços ao seu redor, mas não consegue olhar para trás. Ela sente seu corpo se debatendo, mas não faz força alguma. É como se uma parte dela fizesse todos aqueles movimentos bruscos, enquanto a outra parte só queria morrer.

Josh a virou e a fez encará-lo. Ele tenta abraçá-la ao entender a situação, mas ela o afasta.

– Não me toca. Eu estou toda suja de sangue e...

– Mellie, me deixe ajudá-la.

– Sai! - ela berra. - Eu a matei, J. Você deve me odiar.

Ele preenche suas mãos com as maçãs do rosto dela.

– Eu nunca a odiaria.

Ela vê pontos vermelhos na camisa dele. Ela está o maculando, está o infestando com a sua insanidade e a sua impureza. Tem que afastá-lo.

– Você iria se casar com ela e eu a matei. Eu a odeio, J. Sim, odeio muito, mas eu te amo. Eu queria matá-la e eu matei. A matei por você.

– Mellie, do que você está falando?

A morena aponta para o corpo, mostrando que matou Amber, mas então não é o corpo da loira que está lá. É outra garota, totalmente diferente.

– Mas... eu jurava que eu tinha matado Amber. Eu... Josh, era ela.

Melanie havia matado Morgana Aguirré.


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Notas finais do capítulo

Pretendia fazer nossos adorados e odiados personagens voltarem para casa nesse capítulo, mas então tive um sonho de Melanie nessa exata situação, sabe, matando alguém. Senti necessidade de escrevê-la e acabou ocupando bastante espaço. Algumas coisas ficarão para o próximo capítulo.
Espero que tenham gostado. Bye.



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