A Hora mais Sombria - Paul escrita por L1m4


Capítulo 13
Capítulo 13




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(PV Paul)

Estava de volta no meu carro, dessa vez em direção ao hotel, mais especificamente, no campo de golfe onde meus pais provavelmente estavam.

Finalmente cheguei ao hotel. Fui direto para a área de recreação e esportes. Claro que eles estavam lá. Seria uma surpresa se não estivessem.

Fui falar com eles.

- oi pai, mãe, vim perguntar sobre uma coisa muito importante. Eu estava pensando em me mudar para cá, estudar em um colégio daqui, realmente gostei daqui. – falei simpaticamente. Meus pais fingiram se importar. Eles até que são bens nisso, acho que aprendi com eles.

- mas, meu filho, onde você iria morar? – claro que essas falas eram de minha mãe. Ela fazia um ótimo papel de mãe preocupada. Quase me convenceu, claro, quase, ela estava muito distraída, e nem olhava para mim. Concentrava-se em sua tacada.

- vou morar na casa do meu avô. E vou estudar na academia da missão, claro, se vocês me permitirem. – falei. Claro que permitiriam. Eles são muito ocupados. Nem sentiriam minha falta.

- bem, se você quiser, não tem problema. Não sei se seria muito bom você passar tanto tempo perto daquele velho, você sabe que ele tem certos problemas mentais, alem de seus problemas de saúde. – meu pai era perfeito fazendo seu papel de pai preocupado e péssimo filho

- vamos indo logo para o quarto. Está ficando tarde e precisamos nos arrumar para o jantar. Depois discutimos um pouco mais sobre isso. Já está decidido de qualquer jeito. Você vai ficar. Se é o que você quer, e nos pagamos suas mensalidade do colégio, e lhe depositamos sua mesada. Tudo resolvido. Vamos, estamos atrasados. – minha mãe falou, tirando sua mas cara de preocupação.

- claro. Vamos. – falei, virando-me em direção ao quarto.

Meus pais foram o caminho todo conversando sobre o jantar, e sobre outras coisas. Claro, outras coisas não inclui a minha mudança para cá.

A conversa parou de repente. Eu não entendia o porquê, mas percebi que já estávamos na porta do quarto quando isso aconteceu. Tentei olhar para dentro, e então vi o motivo da parada repentina.

Suzannah estava lá. Não sabia o que sentir. Felicidade, surpresa, confusão... E ainda fiquei mais confuso ao perceber que não havia só ela e Jack. Também tinha um homem, um velho, que aparentemente estava dando uma bronca neles antes de nós chegarmos.

Não pedia ficar ali parado sem falar nada, hoje eu teria uma chance de sair com ela e explicar tudo sobre ser deslocador. Me sacudi mentalmente e falei.

- Suze – falei sorrindo – que surpresa! Pensei que não estava se sentindo bem.

- melhorei. – ela falou se levantando do sofá onde estava sentada. – dr. E sra. Slater, este é... bem... o diretor da minha escola, padre Dominic. Ele teve a gentileza de me dar uma carona para eu poder... é... visitar o Jack. – ela falou escolhendo as palavras.

- como vão? – o padre falou também se levantando, não me importava que ele seria o diretor da escola em que eu ia estudar,  tinha que falar com a Suzannah, queria falar com ela. Então enquanto ele falava com meus pais eu me aproximei dela.

- o que vai fazer essa noite? – perguntei gentilmente a ela.

- tenho um compromisso. – falou ela cortando a conversa.

- que pena. Esperava que a gente pudesse ir até Big Sur e olhar o pôr-do-sol e depois comer alguma coisa. – e talvez, eu te ensinar o que você realmente é. Completei mentalmente. Queria sair com ela, mas só diria o que poderia ensinar-la se ela quisesse sair comigo.

- desculpe, - falou ela sorrindo. – seria ótimo, mas, como já disse, tenho um compromisso. – eu não entendo como uma pessoa pode ser tão educada e tão grosseira ao mesmo tempo, mas foi exatamente o que ela fez.

Me aproximei um pouco mais dela, para poder falar sem que ninguém ouvisse. Até segurei um pouco seu ombro de maneira amigável.

- Suze, é sexta-feira. Nós vamos embora depois de amanhã. Talvez a gente nunca mais se veja. Anda. Dê uma chance ta bem? – eu falei. Não posso dizer que era tudo mentira. Era sexta-feira, e meus pais e irmão vão embora depois de amanha. Teve pelo menos um pouco de sinceridade em minhas palavras.

- nossa, - ela falou se afastando de mim. – isso é uma maravilha. Mas sabe de uma coisa? Eu tenho realmente outros planos. – depois disso, ela foi até o padre, interrompido sua conversa com meus pais, e pedindo carona de volta para casa.

Nada mais me importava. Ela estava errada, eu já sabia o que ela estava planejando, quando a olhei dos pés a cabeça enquanto saia, percebi que suas costas estavam sujas de alguma coisa vermelha. E percebi pelo cheiro é era sangue. Eu conhecia vários tipos de exorcismo, não que eu precisasse, na verdade nunca usei esses conhecimentos, mas conhecia um exorcismo em que se usava sangue. O chão também estava um pouco sujo, quase imperceptível, formava um circulo, e alguns desenhos, era um exorcismo brasileiro, ou ela estava tentando recuperar seu “querido” fantasma, ou virou suicida.

Pra mim, ela não tinha cara de suicida, mas com certeza, ela era louca, não tinha mais duvidas nenhuma, esses anos de mediação não fizeram bem para a cabeça dela.

Mas eu na entendia o padre, ele era padre, não a deixaria fazer isso, ou pelo menos não com um exorcismo brasileiro, ele deve conhecer-la muito bem, para saber onde ela estava e impedia-la, se não, ela ou estaria morta, ou seu amado fantasma estaria aqui agora.

Eu tinha que impedir-la, ou pelo menos dar um jeito de manter-la segura. O problema era, como?

 


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Notas finais do capítulo

Desculpa a demora. Mas eu tenho que dar um recado urgente! Minhas aulas vão começar essa segunda-feira, então vou ter muito menos tempo para escrever. Mas eu vou tentar arranjar um tempo e terminar a fic com chave de ouro.
Por favor, continuem lendo e mandando os reviews, vou tentar postar o final o mais rápido o pocivel!



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