Naquele verão escrita por Cyn


Capítulo 8
Festa da cerveja




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/514532/chapter/8

Festa da cerveja

De manhã levantei-me, tomei um duche e vesti-me. No meu roupeiro escolhi a roupa para hoje á noite. Algo simples mas sexy, usado mas que mostre que eu gosto do meu espaço mas não me importe de ser incomodada com gente que valha a pena.

Fiquei por uma saia justa vermelha e um top preto que era aberto atrás que mostrava as minhas costas. Umas botas de cabedal preto e o visual, estava completo.

Deixei as roupas arrumadas em cima da cama e desci para ver que barulheira é que, estavam a fazer.

Não encontrei ninguém na sala nem na cozinha por isso foi ver ao pé do estábulo.

Travis estava a martelar algo ao lado dos estábulos. Vestia-a uma camisola branca que estava colada ao corpo por causa do suor mostrando os abdominais. Era uma boa visão para se ver.

– Sabes que são apenas 8 horas? – Ele olhou para mim. – Ainda há gente a dormir.

Ele sorriu e o meu coração de um salto.

Não sejas parvo coração. Ele é apenas um rapaz bonito. Um rapaz bonito com uns abdominais bem definidos.

– Eu pedir-te-ia desculpa se não soubesse que já estavas acordada quando comecei.

– Como?

– A janela. – Apontou para cima.

Olhei na direcção que ele apontou e vi a janela do meu quarto, aberta. De onde ele estava podia-se ver a porta.

A minha sorte é que me vesti na casa-se-banho.

Voltei a olhá-lo.

– Que fazes? – Perguntei chegando mais perto.

– O teu pai pediu-me para fazer Gazebo.

– Hmm… Ok. Bem, bom trabalho.

Dei meia volta e entrei em casa.

No segundo andar entrei na sala com o piano. Sentei-me no banco do piano e dei a primeira nota para experimentá-lo.

Estava afinado.

Encostado a uma parede estava uma viola bege com duas estrelas pretas.

Fui até ela e peguei-a.

S. M. L. M.

Estava escrito em baixo das estrelas com a minha letra.

Não acredito que ele a guardou.

Foi o meu pai que me deu esta viola quando fiz 5. Lembro-me de ter escrito as minhas iniciais com a ajuda dele. Pensava que a tinha perdido em casa dos meus avós.

Sentei-me no banco do piano com a viola.

Toquei uma melodia de cinco minutos. Foi o suficiente para saber que ela estava bem e em forma.

– É tua. – Disseram atrás de mim. – Quando fores, podes a levar.

Assenti e deixei-me estar.

– Encontrei-a em casa dos teus avós no sótão e trouxe-a. Era… a única lembrança que tinha de ti tirando o cavalo.

Minutos se passaram sem ninguém dizer nada e apenas o barulho do martelo se ouvia.

– Eu… vou ajudar Travis. Ele deve precisar da minha… ajuda.

Apenas me virei quando sobe que ele tinha-se ido embora.

Suspirei de alívio e fui para o meu quarto.

Fiquei lá até á hora de sair. Jace trouxe-me o almoço e elogiou a minha música. Cantaria se conseguisse mas a minha voz estava presa com a dor.

Quando estava perto das 20.00 vesti-me e penteei-me. Tirei um casaco vermelho para o caso de ter frio e sai.

Estava quase a abrir a porta quando me interromperam.

– Onde vais… assim vestida? – Perguntou Zack.

Suspirei cansada e olhei-os.

– Sair.

– Aonde?

– E com quem? – Perguntou Jace.

– Por ai e com uma malta.

Meu pai chegou-se á frente.

– Uma malta?

– Sim. Uma malta, uns bacanos, tipos, pessoas… O que lhes quiser chamar.

– A mãe telefonou-te? – Perguntou Jace.

– Sim. Ontem.

– E?

– E nada. Falou o que tinha a falar e pronto. Acabou o interrogatório?

– Parece que sim.- Disse Zack.- Não vais fazer nenhuma asneira pois não Sam?

– Sei cuidar de mim. Obrigado.

– Queres que te leve? Já estava de saída. – Ofereceu Travis.

– Não é preciso a minha boleira…

Ouviu-se uma buzina lá fora.

– Está aqui. Xau a todos. – Comecei a virar-me.

– Quero-te em casa antes da meia-noite. – Ouvi meu pai.

Acenei com a mão e sai.

Jai estava parado dentro de um carro cinza. Dei a volta e entrei no lugar do passageiro.

– Ei gata.

– Ei.

Jai tinha posto gel no cabelo e cheirava a colónia. Vestia uma t-shirt azul apertada com jeans.

– Vamos? – Perguntei.

Ele sorriu de orelha a orelha.

– Vamos a isso.

Quando ele deu partida ao carro vi Jace a espreitar á janela.

Suspirei aliviada por estar longe deles e concentrei-me na festa e nas garrafas que ia beber.

– Posso pedir-te um favor?

Ele olhou-me por um tempo e voltou a olhar a estrada.

– Tudo gata.

– Não me deixes vir para casa antes de ter bebido pelo menos uma grade de cerveja.

Ele riu.

– Podes contar com isso.

Sorri e encostei-me no banco.

Parámos em frente a uma casa branca com um pequeno jardim na frente. Gritos e música se ouviam lá de dentro.

Eu e Jai saímos e andamos pelo jardim. Um pouco antes de tocar a campainha pegou-me na mão.

– Para não te perderes. – Disse inclinando a cabeça e sorrindo.

Assenti e deixei sair o meu sorriso mais sexy.

Um rapaz loiro abriu a porta com duas cervejas na mão.

– Jai, amigo. Entra. – Olhou para mim e sorriu ainda mais. – Quem é a doçura?

– É a Sam, Sam é o Mikey.

– Ei.

– Ei doçura. Não fiquem ai especados. Entrem!

Depois de entrarmos Mikey fechou a porta e pôs o braço no meu ombro.

– Vai uma cerveja?

Olhei para ele e fiz beicinho.

– És um forreta.

Ele arregalou os olhos espantado. Jai riu ao meu lado.

– Apenas a conquistas com uma grande delas. – Avisou.

Mikey sorriu como um bobo.

– Sendo assim vou roubar-te a miúda. – Ele puxou-me fazendo-me soltar de Jai e levou-me para a cozinha.

Grades e barris de cerveja preenchiam – na.

– Uau!

– Isto… – Mostrou com o outro braço a cozinha –… é o paraíso das cervejas. Serve-te á vontade.

Tirei uma cerveja da grade e sentei-me na mesa.

– Tenho que admitir, assim até vale a pena vir para aqui.- Abria e tomei um gole.

Mikey foi para a minha frente, pôs as garrafas de lado e as mãos nas minhas pernas.

– Se quiseres diversão aqui o Mikey é a solução.

Eu ri e aproximei-me mais dele.

– És assim tão divertido?

Ele pôs a mão no meu queixo.

– Nem imaginas o quanto.

– Prova-o. – Disse sensual.

Ele aproximou-se devagar e senti o cheiro a cerveja no hálito dele.

– Nem penses nisso Mike. Ela é minha.- Jai agarrou-me pela cintura e tirou-se de cima da mesa.

– Não sejas ganancioso Jai. Há para todos. – Disse Mikey avançando para me agarrar.

Jai pôs-se á frente dele.

– Vai brincar com outra.

– Desculpa Mikey, hoje estou com ele. – Disse desviando-me para ele me ver.

Pus um dedo na boca e dei de ombros apenas para o provocar ainda mais.

– Filho da puta de sortudo. Bem a gente se vê por ai.- Despediu-se de Jai com abraço e aproveitou para me piscar o olho.

Quando se afastou eu e Jai ficámos a vê-lo ir.

– Gostas de diversão. – Disse Jai pondo as mãos na minha cintura.

Tomei um gole da cerveja.

– A festa está sem pica nenhuma. Precisava de me divertir um pouco.

Ele sorriu e tirou-me a garrafa. Deu um gole e poisou-a na mesa.

– Bem, podemos melhorar isso.

Agarrou-me forte e beijou-me com força. Não me importei que não sentisse nada apenas queria esquecer tudo isto e divertir-me.

Viver a vida um dia de cada vez, não é assim?

Eu estou a vive-la.

Tanto que às 21:00 já estava pedrada para caneco.

Não sei se beijei mais alguém além de Jai apenas sabia que já não me aguentava de pé quando cheguei a casa.

– Amanhã queres que te venha buscar ou vais lá ter? – Perguntou Jai quando estacionamos.

– Eu vou lá ter. O doador deve ter combinado algo. – Dei de ombros.

– Tudo bem. – Puxou-me para me beijar. – Lá nos encontramos.

Assenti e sai.

Fiquei a vê-lo ir e só depois é que entrei.

– Pronta para o ataque!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Naquele verão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.