Naquele verão escrita por Cyn
Festa da cerveja
De manhã levantei-me, tomei um duche e vesti-me. No meu roupeiro escolhi a roupa para hoje á noite. Algo simples mas sexy, usado mas que mostre que eu gosto do meu espaço mas não me importe de ser incomodada com gente que valha a pena.
Fiquei por uma saia justa vermelha e um top preto que era aberto atrás que mostrava as minhas costas. Umas botas de cabedal preto e o visual, estava completo.
Deixei as roupas arrumadas em cima da cama e desci para ver que barulheira é que, estavam a fazer.
Não encontrei ninguém na sala nem na cozinha por isso foi ver ao pé do estábulo.
Travis estava a martelar algo ao lado dos estábulos. Vestia-a uma camisola branca que estava colada ao corpo por causa do suor mostrando os abdominais. Era uma boa visão para se ver.
– Sabes que são apenas 8 horas? – Ele olhou para mim. – Ainda há gente a dormir.
Ele sorriu e o meu coração de um salto.
Não sejas parvo coração. Ele é apenas um rapaz bonito. Um rapaz bonito com uns abdominais bem definidos.
– Eu pedir-te-ia desculpa se não soubesse que já estavas acordada quando comecei.
– Como?
– A janela. – Apontou para cima.
Olhei na direcção que ele apontou e vi a janela do meu quarto, aberta. De onde ele estava podia-se ver a porta.
A minha sorte é que me vesti na casa-se-banho.
Voltei a olhá-lo.
– Que fazes? – Perguntei chegando mais perto.
– O teu pai pediu-me para fazer Gazebo.
– Hmm… Ok. Bem, bom trabalho.
Dei meia volta e entrei em casa.
No segundo andar entrei na sala com o piano. Sentei-me no banco do piano e dei a primeira nota para experimentá-lo.
Estava afinado.
Encostado a uma parede estava uma viola bege com duas estrelas pretas.
Fui até ela e peguei-a.
S. M. L. M.
Estava escrito em baixo das estrelas com a minha letra.
Não acredito que ele a guardou.
Foi o meu pai que me deu esta viola quando fiz 5. Lembro-me de ter escrito as minhas iniciais com a ajuda dele. Pensava que a tinha perdido em casa dos meus avós.
Sentei-me no banco do piano com a viola.
Toquei uma melodia de cinco minutos. Foi o suficiente para saber que ela estava bem e em forma.
– É tua. – Disseram atrás de mim. – Quando fores, podes a levar.
Assenti e deixei-me estar.
– Encontrei-a em casa dos teus avós no sótão e trouxe-a. Era… a única lembrança que tinha de ti tirando o cavalo.
Minutos se passaram sem ninguém dizer nada e apenas o barulho do martelo se ouvia.
– Eu… vou ajudar Travis. Ele deve precisar da minha… ajuda.
Apenas me virei quando sobe que ele tinha-se ido embora.
Suspirei de alívio e fui para o meu quarto.
Fiquei lá até á hora de sair. Jace trouxe-me o almoço e elogiou a minha música. Cantaria se conseguisse mas a minha voz estava presa com a dor.
Quando estava perto das 20.00 vesti-me e penteei-me. Tirei um casaco vermelho para o caso de ter frio e sai.
Estava quase a abrir a porta quando me interromperam.
– Onde vais… assim vestida? – Perguntou Zack.
Suspirei cansada e olhei-os.
– Sair.
– Aonde?
– E com quem? – Perguntou Jace.
– Por ai e com uma malta.
Meu pai chegou-se á frente.
– Uma malta?
– Sim. Uma malta, uns bacanos, tipos, pessoas… O que lhes quiser chamar.
– A mãe telefonou-te? – Perguntou Jace.
– Sim. Ontem.
– E?
– E nada. Falou o que tinha a falar e pronto. Acabou o interrogatório?
– Parece que sim.- Disse Zack.- Não vais fazer nenhuma asneira pois não Sam?
– Sei cuidar de mim. Obrigado.
– Queres que te leve? Já estava de saída. – Ofereceu Travis.
– Não é preciso a minha boleira…
Ouviu-se uma buzina lá fora.
– Está aqui. Xau a todos. – Comecei a virar-me.
– Quero-te em casa antes da meia-noite. – Ouvi meu pai.
Acenei com a mão e sai.
Jai estava parado dentro de um carro cinza. Dei a volta e entrei no lugar do passageiro.
– Ei gata.
– Ei.
Jai tinha posto gel no cabelo e cheirava a colónia. Vestia uma t-shirt azul apertada com jeans.
– Vamos? – Perguntei.
Ele sorriu de orelha a orelha.
– Vamos a isso.
Quando ele deu partida ao carro vi Jace a espreitar á janela.
Suspirei aliviada por estar longe deles e concentrei-me na festa e nas garrafas que ia beber.
– Posso pedir-te um favor?
Ele olhou-me por um tempo e voltou a olhar a estrada.
– Tudo gata.
– Não me deixes vir para casa antes de ter bebido pelo menos uma grade de cerveja.
Ele riu.
– Podes contar com isso.
Sorri e encostei-me no banco.
Parámos em frente a uma casa branca com um pequeno jardim na frente. Gritos e música se ouviam lá de dentro.
Eu e Jai saímos e andamos pelo jardim. Um pouco antes de tocar a campainha pegou-me na mão.
– Para não te perderes. – Disse inclinando a cabeça e sorrindo.
Assenti e deixei sair o meu sorriso mais sexy.
Um rapaz loiro abriu a porta com duas cervejas na mão.
– Jai, amigo. Entra. – Olhou para mim e sorriu ainda mais. – Quem é a doçura?
– É a Sam, Sam é o Mikey.
– Ei.
– Ei doçura. Não fiquem ai especados. Entrem!
Depois de entrarmos Mikey fechou a porta e pôs o braço no meu ombro.
– Vai uma cerveja?
Olhei para ele e fiz beicinho.
– És um forreta.
Ele arregalou os olhos espantado. Jai riu ao meu lado.
– Apenas a conquistas com uma grande delas. – Avisou.
Mikey sorriu como um bobo.
– Sendo assim vou roubar-te a miúda. – Ele puxou-me fazendo-me soltar de Jai e levou-me para a cozinha.
Grades e barris de cerveja preenchiam – na.
– Uau!
– Isto… – Mostrou com o outro braço a cozinha –… é o paraíso das cervejas. Serve-te á vontade.
Tirei uma cerveja da grade e sentei-me na mesa.
– Tenho que admitir, assim até vale a pena vir para aqui.- Abria e tomei um gole.
Mikey foi para a minha frente, pôs as garrafas de lado e as mãos nas minhas pernas.
– Se quiseres diversão aqui o Mikey é a solução.
Eu ri e aproximei-me mais dele.
– És assim tão divertido?
Ele pôs a mão no meu queixo.
– Nem imaginas o quanto.
– Prova-o. – Disse sensual.
Ele aproximou-se devagar e senti o cheiro a cerveja no hálito dele.
– Nem penses nisso Mike. Ela é minha.- Jai agarrou-me pela cintura e tirou-se de cima da mesa.
– Não sejas ganancioso Jai. Há para todos. – Disse Mikey avançando para me agarrar.
Jai pôs-se á frente dele.
– Vai brincar com outra.
– Desculpa Mikey, hoje estou com ele. – Disse desviando-me para ele me ver.
Pus um dedo na boca e dei de ombros apenas para o provocar ainda mais.
– Filho da puta de sortudo. Bem a gente se vê por ai.- Despediu-se de Jai com abraço e aproveitou para me piscar o olho.
Quando se afastou eu e Jai ficámos a vê-lo ir.
– Gostas de diversão. – Disse Jai pondo as mãos na minha cintura.
Tomei um gole da cerveja.
– A festa está sem pica nenhuma. Precisava de me divertir um pouco.
Ele sorriu e tirou-me a garrafa. Deu um gole e poisou-a na mesa.
– Bem, podemos melhorar isso.
Agarrou-me forte e beijou-me com força. Não me importei que não sentisse nada apenas queria esquecer tudo isto e divertir-me.
Viver a vida um dia de cada vez, não é assim?
Eu estou a vive-la.
Tanto que às 21:00 já estava pedrada para caneco.
Não sei se beijei mais alguém além de Jai apenas sabia que já não me aguentava de pé quando cheguei a casa.
– Amanhã queres que te venha buscar ou vais lá ter? – Perguntou Jai quando estacionamos.
– Eu vou lá ter. O doador deve ter combinado algo. – Dei de ombros.
– Tudo bem. – Puxou-me para me beijar. – Lá nos encontramos.
Assenti e sai.
Fiquei a vê-lo ir e só depois é que entrei.
– Pronta para o ataque!
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