Naquele verão escrita por Cyn


Capítulo 19
Convidados


Notas iniciais do capítulo

Desculpem lá o tamanho
kisses!



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Convidados

– Ei, estávamos á vossa espera. Vamos embora.- Disse meu pai.

Despedi-me de Robe e Louise e subi para o reboque da carrinha. Ia a fechar os olhos quando percebi o que falavam na parte de dentro.

– Quando é que chegam?- Perguntou Jace.

– Amanhã.- Avisou meu pai.

– Devemos dizer á Sam?- Perguntou Zack.

– É melhor a mãe contar-lhe.

Contar-me o quê?

– O Jonathan é um bom cara. Sam vai aceitá-lo.- Disse Zack.

– Eu ainda não acredito que eles se vão casar- Disse Jace.

Alto lá.

Casar?

Minha mãe e o Jonathan?

Esta é boa.

Estava-se mesmo a ver.

– Eles merecem.- Disse meu pai.

Depois disso a conversa acabou e eu apaguei.

– Sam? Podes cá vir a baixo?

Ouvi meu pai no andar de baixo.

Eu sabia que Travis, Robe e Louise tinham chegado, mas não me apeteceu descer e ver Travis.

Ainda estava a por a minha cabeça em ordem sobre o que descobri ontem.

Suspirei e desci.

Minha mãe e Jonathan estavam sentados no sofá com Robe e meu pai. Louise, Travis e meus irmãos estavam na bancada.

– Sam.- Disse minha mãe quando me viu.

Ela levantou-se e Jonathan fez o mesmo.

– Ei, mãe. Ei, Jonathan.

– Estás linda. Mais morena. Eu sabia que isto te ia fazer bem.

Ela sorria.

MILAGRE!

Eu até estava feliz por ela.

–Nada de problemas ultimamente, Sam?- Perguntou Jonathan.

Cocei o meu pescoço e olhei-o.

– Ambos sabemos que isso é impossível.

Ele sorriu de verdade.

– Como está tudo por lá? O Gangue? Alex?

Ele suspirou.

– O mesmo de sempre. Alex foi preso três vezes mais mas nada de muito sério. Aquele rapaz não tem remédio.

– Alex sempre será Alex.- Concordei.

– Tu podias ajudar-me.

Franzi a testa.

– Como?

– Conheces os esconderijos todos do gangue. Quem o frequenta. E ouvi dizer que eles te respeitam.

Dei de ombros.

– Não tenho problemas com nenhum deles.

– Isso incluiu o mais velho. De todos é o que mais assusta, mas o que mais se importa contigo. Ele foi á esquadra perguntar se tinha noticias tuas.

Tirei o telemóvel do bolso.

– Porque não me ligou?

– Ao que parece ficou sem telemóvel.

– Sam, é melhor não te meteres mais com essa gente. São perigosos.- Disse minha mãe.

– Principalmente o mais velho. No ano passado acabou com um carro da policia com as próprias mãos.- Disse Jonathan admirado.

– O meu deus!- Disse minha mãe.

Eu ri.

– Não devíeis ter-lhe tirado o carro dele. Ele amava-o com a própria vida.- Disse dando de ombros.

– Sam, se o tiraram foi porque ele comentou alguma infracção.- Disse meu pai.- Mas acabar com um carro da polícia com as próprias mãos, é demais. Andas-te com ele, Sam?

A preocupação na voz dele atingiu-me.

– Pete é inofensivo. A não ser que se metam com ele. Eu sou prova viva. Era com ele que passava a maior parte do tempo. Ele é uma espécie de ... Pai para o gangue.- Defendi.

– Com as próprias mãos.- Ouvi Jace repetir.

Ri um pouco mais.

–Isso quer dizer que não nos vais ajudar?

–Desculpa, Jona, mas eles são meus amigos. Habituei-me a cada um deles de maneiras diferentes, mas eu passei a gostar deles. Não posso trai-los assim.- Disse o mais sincero possível pondo as mãos nos bolsos detrás dos calções.- Não seria justo quando eles me ajudaram tanto.

–Eu entendo, miúda.

–Mas, Alex tem um ponto fraco. Não é grande coisa mas podeis controlá-lo melhor.

–Qual?- Perguntou curioso.

–Reformatório. Se o ameaçareis que ele irá para o reformatório eu garanto que ele passa a andar mais calminho.

–Obrigado pela dica. Assim que voltarmos vou fazer isso.

– Boa sorte.- Bati as palmas e suspirei.- Bem eu tenho de ir. Parabéns pelo casamento.

Eles olharam-me surpresos.

– Sabias?- Perguntou-me minha mãe.

– Mãe, só um cego é que não via e ainda por cima…- Virei-me para meu pai e meus irmãos.-… detrás da picape pode-se ouvir tudo o que dizeis á frente.

– Oh!- Disse Jace.

Robe riu.

– Passou-vos a perna desta vez.

– Não te importas?- Perguntou-me Jonathan.

– Na. Assim até é mais fácil. Da próxima vez que for presa, gasta menos gasolina.

Pisquei-lhe o olho e avancei até á porta.

– Agora se já está tudo eu vou…

Parei quando vi a pessoa á minha frente.

Anne Mary.

– O que fazes aqui?

– Ela perguntou-nos por ti e disse que vínhamos para aqui. Ela quis vir connosco.- Explicou minha mãe.

– Porquê?

–Precisamos falar, Sam.

– Não.

– Sam, por favor…

Ela tentou falar mas eu já tinha saído.

– Tudo, ok, miúda?- Perguntou-me Jai.

– Sim, tudo bem.

De novo, sempre que saia com eles esquecia-me de tudo. Diverti-me e festejamos ao inicio da minha banda com Mikey.

A casa estava silenciosa quando cheguei. Fechei a porta e andei fazendo o mínimo barulho possível.

Eu sabia que Anne Mary estava lá, por isso assentei-me no sofá e foi lá que apaguei.


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