Naquele verão escrita por Cyn
Notas iniciais do capítulo
Desculpem lá o tamanho
kisses!
Convidados
– Ei, estávamos á vossa espera. Vamos embora.- Disse meu pai.
Despedi-me de Robe e Louise e subi para o reboque da carrinha. Ia a fechar os olhos quando percebi o que falavam na parte de dentro.
– Quando é que chegam?- Perguntou Jace.
– Amanhã.- Avisou meu pai.
– Devemos dizer á Sam?- Perguntou Zack.
– É melhor a mãe contar-lhe.
Contar-me o quê?
– O Jonathan é um bom cara. Sam vai aceitá-lo.- Disse Zack.
– Eu ainda não acredito que eles se vão casar- Disse Jace.
Alto lá.
Casar?
Minha mãe e o Jonathan?
Esta é boa.
Estava-se mesmo a ver.
– Eles merecem.- Disse meu pai.
Depois disso a conversa acabou e eu apaguei.
…
– Sam? Podes cá vir a baixo?
Ouvi meu pai no andar de baixo.
Eu sabia que Travis, Robe e Louise tinham chegado, mas não me apeteceu descer e ver Travis.
Ainda estava a por a minha cabeça em ordem sobre o que descobri ontem.
Suspirei e desci.
Minha mãe e Jonathan estavam sentados no sofá com Robe e meu pai. Louise, Travis e meus irmãos estavam na bancada.
– Sam.- Disse minha mãe quando me viu.
Ela levantou-se e Jonathan fez o mesmo.
– Ei, mãe. Ei, Jonathan.
– Estás linda. Mais morena. Eu sabia que isto te ia fazer bem.
Ela sorria.
MILAGRE!
Eu até estava feliz por ela.
–Nada de problemas ultimamente, Sam?- Perguntou Jonathan.
Cocei o meu pescoço e olhei-o.
– Ambos sabemos que isso é impossível.
Ele sorriu de verdade.
– Como está tudo por lá? O Gangue? Alex?
Ele suspirou.
– O mesmo de sempre. Alex foi preso três vezes mais mas nada de muito sério. Aquele rapaz não tem remédio.
– Alex sempre será Alex.- Concordei.
– Tu podias ajudar-me.
Franzi a testa.
– Como?
– Conheces os esconderijos todos do gangue. Quem o frequenta. E ouvi dizer que eles te respeitam.
Dei de ombros.
– Não tenho problemas com nenhum deles.
– Isso incluiu o mais velho. De todos é o que mais assusta, mas o que mais se importa contigo. Ele foi á esquadra perguntar se tinha noticias tuas.
Tirei o telemóvel do bolso.
– Porque não me ligou?
– Ao que parece ficou sem telemóvel.
– Sam, é melhor não te meteres mais com essa gente. São perigosos.- Disse minha mãe.
– Principalmente o mais velho. No ano passado acabou com um carro da policia com as próprias mãos.- Disse Jonathan admirado.
– O meu deus!- Disse minha mãe.
Eu ri.
– Não devíeis ter-lhe tirado o carro dele. Ele amava-o com a própria vida.- Disse dando de ombros.
– Sam, se o tiraram foi porque ele comentou alguma infracção.- Disse meu pai.- Mas acabar com um carro da polícia com as próprias mãos, é demais. Andas-te com ele, Sam?
A preocupação na voz dele atingiu-me.
– Pete é inofensivo. A não ser que se metam com ele. Eu sou prova viva. Era com ele que passava a maior parte do tempo. Ele é uma espécie de ... Pai para o gangue.- Defendi.
– Com as próprias mãos.- Ouvi Jace repetir.
Ri um pouco mais.
–Isso quer dizer que não nos vais ajudar?
–Desculpa, Jona, mas eles são meus amigos. Habituei-me a cada um deles de maneiras diferentes, mas eu passei a gostar deles. Não posso trai-los assim.- Disse o mais sincero possível pondo as mãos nos bolsos detrás dos calções.- Não seria justo quando eles me ajudaram tanto.
–Eu entendo, miúda.
–Mas, Alex tem um ponto fraco. Não é grande coisa mas podeis controlá-lo melhor.
–Qual?- Perguntou curioso.
–Reformatório. Se o ameaçareis que ele irá para o reformatório eu garanto que ele passa a andar mais calminho.
–Obrigado pela dica. Assim que voltarmos vou fazer isso.
– Boa sorte.- Bati as palmas e suspirei.- Bem eu tenho de ir. Parabéns pelo casamento.
Eles olharam-me surpresos.
– Sabias?- Perguntou-me minha mãe.
– Mãe, só um cego é que não via e ainda por cima…- Virei-me para meu pai e meus irmãos.-… detrás da picape pode-se ouvir tudo o que dizeis á frente.
– Oh!- Disse Jace.
Robe riu.
– Passou-vos a perna desta vez.
– Não te importas?- Perguntou-me Jonathan.
– Na. Assim até é mais fácil. Da próxima vez que for presa, gasta menos gasolina.
Pisquei-lhe o olho e avancei até á porta.
– Agora se já está tudo eu vou…
Parei quando vi a pessoa á minha frente.
Anne Mary.
– O que fazes aqui?
– Ela perguntou-nos por ti e disse que vínhamos para aqui. Ela quis vir connosco.- Explicou minha mãe.
– Porquê?
–Precisamos falar, Sam.
– Não.
– Sam, por favor…
Ela tentou falar mas eu já tinha saído.
– Tudo, ok, miúda?- Perguntou-me Jai.
– Sim, tudo bem.
De novo, sempre que saia com eles esquecia-me de tudo. Diverti-me e festejamos ao inicio da minha banda com Mikey.
A casa estava silenciosa quando cheguei. Fechei a porta e andei fazendo o mínimo barulho possível.
Eu sabia que Anne Mary estava lá, por isso assentei-me no sofá e foi lá que apaguei.
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