Amnésia escrita por Lily Swan


Capítulo 1
Nos conhecemos em um funeral


Notas iniciais do capítulo

Eu vou fazer uma explicação antes de vocês lerem: As partes em itálico é no ponto de vista da Emma, vocês vão entender o porque depois. Como é uma história com um capitulo só, eu espero meeeesmo que vocês comentem haha Eu preciso saber como eu estou indo e se eu devo continuar escrevendo, preciso de incentivooo! Talvez eu poste outra fanfic de Swan queen aqui no Nyah, mas não sei mesmo se levo jeito pra isso... Enfim, vou parar de tagarelar e vou deixar vocês lerem, bjs :*



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Nos conhecemos em um funeral.

É uma maneira estranha de conhecer alguém, mas mesmo assim, nos encontramos.

-Flashback-

"3...2...1!"

Henry sorriu quando tirou a foto que quase cegou as duas mulheres que estavam atrás da câmera.

"Jesus" Emma piscou os olhos mais rápido que o normal quando a foto foi tirada.

"A foto está pronta!" Henry anunciou mostrando a foto.

Emma correu até Henry, pegou a máquina fotográfica que estava na sua mão e tirou uma foto repentina dele.

"Ei!" Henry reclamou piscando os olhos também.

"É a primeira foto dele! Me devolve a câmera!" Regina tentou pegar a foto, rindo. Emma usou sua altura como vantagem e segurou a foto acima da cabeça da morena que xingou por não estar usando salto.

"Primeiro meu beijo" Emma chantageou, sorrindo.

"Ah, claro, porque você realmente merece um beijo por fazer bullying com nosso filho." Regina disse tentando parecer séria mas no final cedeu o pedido da loira.

"Vocês são nojentas!" Henry brincou.

As duas retribuíram com um abraço e um beijo em cada bochecha do garoto, fazendo-o reclamar que não tinha mais 5 anos.

-Flashback off-

Foi Mary Margaret que me convenceu a ir, eu não sabia quem tinha morrido e quando perguntei ela hesitou.

"Não é alguém que você conheça" Ela respondeu após um tempo. "Mas como estamos todos indo, você podia nos fazer companhia."

Quando eu cheguei já havia pessoas lá: Ruby, Archie e seu cachorro, Pongo. Leroy estava com seus amigos e algumas freiras.

David e Mary Margaret foram cumprimentar algumas pessoas e Henry permaneceu do meu lado, quieto o funeral todo.

"Hey, você está bem?"

Ele só olhou para o chão e balançou a cabeça.

-Flashback-

Emma e Regina negaram seus sentimentos uma pela outra por um longo tempo, mas valeu a pena pois agora elas eram praticamente uma família; Jantares semanais no apartamento dos Charming's, Emma indo morar na mansão.

"Hey" Emma chamou quando acabou de falar com seu pai no telefone.

"Hey" Regina respondeu, sorrindo."Quem era no telefone?"

"David"

Havia um tom de hesitação na voz de Emma o que deixou Regina preocupada.

"O que ele falou?"

"Ele só pediu companhia para ir para o hospital, não é nada demais."

Regina sabia a loira estava escondendo alguma coisa.

"O hospital. David está bem?"

Emma concordou com a cabeça. "É só um checkupmensal com Whale depois do veneno do Pan na terra do nunca."

A loira sabia que Regina não estava acreditando e rapidamente acrescentou: "Eu tenho certeza que não vai acontecer nada de mal. Eu preciso ir."

"Espera..."

"David está me esperando, eu volto mais tarde."

"Talvez não" Regina falou com um certo tom de seriedade mas Emma apenas riu.

-Flashback off-

Eu falei para Henry sentar na bancada que eu iria buscar comida. Eu sabia que ele não estava com fome, mas ei, eu tinha pulado o café da manhã.

Só havia sanduiches e várias garrafa de água em cima da mesa, ninguém havia pegado os sanduiches ainda. Eu acho que eu era a única que estava com fome.

Ou a única que tinha apetite para comer.

"Emma"

Eu me virei e vi Sr. Gold em pé atrás de mim.

"Eu sei como você deve estar sentendo." Ele disse. "Meus pêsames"

Eu pisquei, confusa. "Desculpa, mas eu não sou da familia da falecida."

Com um pouco de vergonha eu aumentei o volume da minha voz e disse: "Eu não sei nem quem é a falecida."

"Ah" Gold disse. "Bom, Miss Swan, aproveite seu sanduiche de presunto."

E com isso ele apenas saiu sem nenhuma explicação.

Eu terminei meu sanduiche rapidamente e fui pro caixão. Se eu estou nesse funeral eu deveria ao menos saber de quem era.

"Henry!" Gritei quando o vi encarando o caixão mas alguém puxou meu ombro.

"Emma, precisamos conversar." David falou firmemente. "Nós temos que te mostrar uma coisa"

"Ok, isso pode esperar." Eu resmunguei. "Henry está..."

"Eu sei, Mary Margaret vai cuidar dele. Vamos."

-Flashback off-

"Tem certeza?" Essa devia ser a 15º que David perguntava. Ela apreciava a preocupação de seu pai, mas isso já estava começando a irrita-la.

"É o único jeito." Emma respondeu.

Eles saíram do carro e visualizaram a loja de Gold. Ela mentiu. Não era o único jeito. Mas Emma decidiu a muito tempo que era o único jeito que ela precisava para melhorar.

Snow falava e falava sobre como Rumpletilstskin devia ser a última coisa em quem eles deviam confiar. Ela estava certa, magica sempre vinha com um preço.

Pan tinha um truque na manga, ele lançou uma maldição secreta em Emma que só se manifestou alguns dias atrás. Tudo porque ela era A Salvadora.

"Desculpa" Gold disse balançando sua cabeça negativamente. "Não há nada que eu possa fazer. Essa maldição é exclusivamente do Peter Pan. Apenas quem criou sabe a cura."

David olhou atentamente para Rumple. "Tem certeza?"

Gold apenas assentiu.

"Então, como nos livramos disso?" Emma perguntou.

Era medonho. Como todos olhavam pra ela.

"Não nos livramos. É fatal."

"Quê?" David explodiu. "Emma não pode morrer! Não há nada? Poções, varinhas, magica? Eu estou preparado para pagar qualquer preço que seja necessário."

"Como eu disse antes, eu sinto muito." Gold falou calmamente. "Mas não há nada que possa ser feito."

-Flashback off-

David me levou até um santuário vazio e sentou em uma das pedras.

"Então" Falei, tentando apressa-lo.

Elepegou uma bolsa que eu não tinha percebido que ele estava carregando e de dentro tirou um caderno.

"O que é isso?" Perguntei enquanto o recebia.

"Abra e verá."

A capa era de couro, preta. Quando abri vi uma tinta preta e uma caligrafia delicada. Tinha cartas e escrituras de a vida de uma pessoa. Um diário.

"De quem é esse diar..." Eu perguntei mas de repente vi algo que fez meu sangue congelar.

"...e Emma fez torta de maçã como sobremesa para mim e para Henry. Era engraçado no começo, vendo ela fazendo bagunça com farinha na minha cozinha. Eu acabei a ajudando. O sabor estava tolerável (Eu acho que foi pela minha ajuda no final porque se não...) mas o rosto dela enquanto estava esperando nós provarmos foi inesquecível. Mesmo sabendo que eu mencionei isso um milhão de vezes eu ainda não sei como eu consegui ser tão sortuda em achar uma mulher tão linda e adorável. Deus, eu amo ela."

Eu li as últimas linhas. De novo e de novo. Eu tinha uma sensação estranha de déja vu enquanto eu lia esse diário. Eu olhei de relance para David e as mentiras se revelando.

"O que está acontecendo? De quem é esse diário? E o mais importante, por que estamos nesse funeral e por que Henry está encarando o caixão?"

"Você quer mesmo saber, Emma?" David me perguntou, com lágrimas nos olhos.

Eu assenti, assustada demais para falar. Ele esticou sua mão e eu a peguei. Ele me levou até o caixão e as pessoas começavam a me encarar.

Eu não ligava. A minha atenção estava para a mulher que estava dentro do caixão.

O rosto sereno dela e a inconfundível cicatriz no lábio superior dela. O cabelo negro que não chegava nos ombros. Eu me peguei pensando em qual seria a cor de seus olhos.

Henry chegou e pegou minha mão, notei que ele estava chorando silenciosamente.

"Essa é Regina, Emma." David falou colocando a mão no vidro que estava sob a mulher, Regina. "Ela é mãe do Henry. A outra mãe do Henry, ela cuidou dele quando você o colocou para adoção. Vocês duas eram... Você a amava muito e ela a você."

"Mas... Como?" Eu estava confusa. Tudo estava confuso.

Eu olhei ao redor e as pessoas continuavam me encarando. O olhar deles eram melancólicos e isso me deixou enjoada. Senti outra mão no meu ombro. Era Mary Margaret oferecendo a única coisa que eu precisava agora: Silêncio.

Eu engoli em seco. Minha garganta estava ressecada.

"Como ela morreu?" Perguntei.

-Flashback-

Regina se sentou. Estava sozinha. Ela sabia de tudo, da doença de Emma, que ela e David foram procurar ajuda com Rumplestilstskin.

Depois que os Charming's saíram da loja de Gold, ela apareceu de repente em um nevoeiro de fumaça roxa.

Como sempre, Gold não estava surpreso em vê-la.

"Tem um jeito, vossa Majestade" Gold disse pois já sabia o que Regina queria. "Mas não é favorável"

"O que quer dizer?"

Ele estava segurando um frasco pequeno que continha um conteúdo mágico e a entregou. "Essa é a cura."

Regina o olhou, suspeitando. "Se essa é a cura porque não a entregou para Emma logo?"

"Porque só a outra metade da magia mais poderosa poderá cura-la."

É claro, amor verdadeiro.

Regina olhou para o frasco. Toda magica vem com um preço, e o preço a se pagar era a vida dela. As memórias de Emma irão se apagar, ela se lembrará de tudo menos das coisas que passou com Regina.

Ela sabia que Emma faria a mesma coisa por ela. Era um trato justo, a loira deu a Regina os melhores anos da vida dela, era justo ela trocar sua vida pela da Emma.

Ela sentiu frio quando o liquido do frasco descia pela garganta dela. Ela pensou nos momentos em que elas passaram, os risos, as promessas, o casamento... Ah, o casamento.

Tantos presentes e esse era o último que Regina daria para Emma.

-Flashback off-

"Ela se sacrificou por você, Emma" Mary Margaret falou.

Eu não sabia o que falar quando eu olhei para Regina, a mulher que supostamente era meu amor e que sacrificou sua vida por mim.

Eu não tinha memórias de ter ficado doente, não tinha memórias dessa mulher - completamente estranha para mim - que deitava na minha frente.

Eu tentei me lembrar dela, eu fechei meus olhos, me concentrei, mas tudo o que consegui foi uma grande quantidade de nada.

Mas quem quer que Regina era quando estava viva eu tenho certeza que nos divertimos juntas.

Agora, ela era só a mulher na qual o funeral eu participei e a outra mãe do meu filho.

David e Mary Margaret me explicaram algumas coisas quando saímos do funeral, quem Regina era pra mim. Eles me deram o livro do Henry, eu o via lendo o tempo todo.

E agora eu estou escrevendo nesse caderno - nesse diário que um dia foi de Regina - eu achei que talvez eu pudesse a conhecer melhor dessa forma ou até talvez, só talvez, eu tenha minhas memórias de volta.

Eu tentei chorar, eu realmente tentei. Mas eu não consegui. Como eu conseguiria chorar por uma estranha qualquer?

Mary Margaret falou que ela adorava jardinagem e tudo o que eu conseguia pensar era que se lágrimas fossem flores, meu jardim estaria vazio.

Nos conhecemos em um funeral. No funeral dela.


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Notas finais do capítulo

E ai? Como eu me saí? Gostaram? Eu preciso mesmo saber hahaha, por favor deixem reviews, duvidas, criticas ou sugestoes... Também quero saber a opinião de vocês, se eu devo continuar ou não... O que vocês acham? :*