As irmãs Parkinson e a viagem no tempo escrita por Spooky Nurse


Capítulo 4
Três




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TRÊS

Ficando Escuro

“Embora já tivesse enxugado milhares de gotículas salgadas dos rostos de outras pessoas, não se recordava de um momento em que ela mesma chorará depois da guerra.”

Hermione vagava pelo corredor frio e úmido do castelo em direção a biblioteca, arrastando atrás dela a mochila velha que trouxe de seu tempo. O lugar estava estranhamente quieto, com exceção do zumbido tedioso das lamparinas penduradas nas paredes. Naquele momento do dia ou todos já estavam trabalhando em suas lições de casa... ou estavam no salão comunal jogando.

Ela andava a procura da irmã, que depois da ultima aula desapareceu. Uma coruja pousou inesperadamente em seu ombro lhe entregando um bilhete e alçando vôo. Desdobrou e começou a ler a mensagem:

“Mana,

Fui com Regulo, Pedro e James em Hogsmead pela passagem da bruxa de um olho só para começar a conseguir as coisas para nossa festinha, não se preocupe, chego na hora para nossa detenção.

P.”

Hermione ficou fitando aquele bilhete nas mãos, sem ter certeza do que fazer em seguida. Estava aliviada em saber onde a irmã tinha se enfiado, mas queria ter ido junto.

As suas costas, um pigarro foi ouvido. Ela se virou calmamente e fitou o olhar cansado de Remo.

– que pega? – perguntou ele, parado encostado na parede com a camisa do uniforme folgada sob a calça social. Os fios rebeldes do cabelo loiro caiam em seu rosto sob as cicatrizes.

– Esta procurando minha irmã. – explicou Hermione. – A gente ia...

– Ela saiu com os garotos. – interrompeu inesperadamente.

– Bem acho que vou à biblioteca. – disse ela voltando-se para a direção de onde tinha vindo.

– Athena. – chamou Remo.

Ela se virou. Eles ainda não tinham tido uma conversa desde que foram apresentados.

– A biblioteca é por ali. – avisou. Ele cruzou os braços sobre o peito. – Se quer ficar sozinha, recomendo a ala leste.

– Obrigada. – despediu-se Hermione. Como havia esquecido onde era a biblioteca não entendia. Remo parecia tão real ali, acenando e se despedindo. Talvez ela estivesse nervosa somente por se lembrar de quem ele seria no futuro. Mas pelo que sabia Remo podia ser uma pessoa legal, podia não, era.

Uma sensação de felicidade tomou conta de Hermione quando olhou em volta pela biblioteca, sentia saudades daquele lugar, seu refúgio. Ela sempre gostará do cheiro levemente doce e mofado que os pergaminhos tinham. Ela se reconfortava com o barulho de paginas sendo folheados.

Ela se dirigiu a ala leste da biblioteca, se sentou de frente a uma janela, de costas para a entrada. Levantou as mangas da sua camisa até os cotovelos e afrouxou a gravata. Sentia os raios de sol do fim de tarde tocando-lhe a face. Tirou um pequeno caderno de desenho e sua bolsinha com vários tipos de lápis trouxa.

Em movimentos sutis ela começou a esboçar um desenho delicado da paisagem que via pela janela, o sol começando a descansar refletia uma linda luz sobre uma parte do lago que aparecia naquele lado do castelo, arvores preenchiam o lindo quadro, e em cada risco recriava aquele momento no papel.

Barulhos de passos foram ouvidos por ela que levantou o olhar do caderno e se virou fixando os olhos castanhos no lugar onde Sirius agora estava a encarando com seus lindos olhos azuis que tentava – sem sucesso. – bisbilhotar o que estava no caderno dela.

– O que faz aqui? – perguntou ela. Já tinha fechado o caderno e olhava solenemente para ele. Ela não estava zangada estava cansada.

– Vim ver um livro de poções. – disse ele. Mas com o levantar de sobrancelhas de Hermione ele lembrou que naquela seção não havia livros, só quadros de alguns escritores e historiadores. Eles estavam parados no meio de um salão vazio, sem nenhum livro.

– Boa sorte então. – disse Hermione abrindo seu livro de novo.

Ela viu que ele estava parado ainda no mesmo lugar a encarando.

– Deixe-me te perguntar: gosta de ser vigiado? – Sirius pareceu pensar e negou bruscamente balançando a cabeça. – Então somos dois. – Ela limpou a garganta e o encarou fixamente.

Depois de alguns minutos ele finalmente falou. – Olhe posso...

Mas Hermione pegou as coisas e se levantou.

– Vim aqui ficar sozinha. Se você não vai, eu vou.

Antes que ele dissesse mais alguma coisa ela já estava olhando para frente e andava a passos largos para a saída da biblioteca trombando com a Irmã e os garotos no caminho.

– conseguimos. – disse Pansy.

– que bom. – respondeu secamente Hermione.

– o que houve... – começou a perguntar James, mas a pergunta morreu assim que viu Sirius saindo da biblioteca, então todos ali entenderam.

– Espere Ted, vou com você. – disse Hermione. – até amanha Mana.

E sem dizer nada, ela foi do lado de Ted ate o salão comunal.

Estava tão cansada que nem notou a irmã próxima de mais de Regulo, e o sorriso bobo dela, e o divertido de James. Ao contrario da irmã, Pansy teve uma tarde agradável e divertida, apesar do incidente com uma prateleira que quase caiu sobre ela.

*

Pansy estava distraída de mais e não viu, a prateleira estremeceu e num movimento rápido tombou sobre a cabeça de Pansy, no mesmo instante Regulo envolveu a cintura da garota e a puxou com força, a outra mão cobriu sua cabeça e a forçou se abaixar, a prateleira ficou presa a centímetros dos dois e deu tempo suficiente para eles saírem para um lugar mais seguro.

Os dois arfavam, eles estavam assustados.

– Atria? – sussurrou ele. – você esta bem?

Ela assentiu levemente.

Eles estavam próximos, suas bocas a centímetros de distancia agora. Pansy recuperou o ultimo vestígio de sanidade e se separou dele.

– acho que estou me apaixonando por você. – sussurrou ele, mas no mesmo instante pareceu se arrepender de dizer aquilo, havia acabado de conhecer a garota.

– confie em mim, quando digo que se apaixonar por mim seria uma idéia ruim. É realmente melhor ficar longe de mim. – disse ela inclinando a cabeça para o lado.

– provavelmente você esta certa. – respondeu ele.

– então vai fazer isso? – perguntou ela.

– o que? – perguntou ele.

Pansy deu um paço para frente, se aproximando novamente dele.

– vai ficar longe de mim?

Ele ia responder quando um afobado James e Pedro entraram correndo na loja, fazendo os dois se separem. Os amigos ao notarem a proximidade deles caíram na gargalhada. Estava na cara que eles sentiam uma atração forte, e essa situação só serviu para ficarem toda a volta do castelo ouvindo piadas.

*

Depois que encontrou uma irmã estressada perto da biblioteca, Pansy se despediu dos amigos e foi para seu salão, precisava descansar também, meia noite teria detenção. E precisariam estar bem dispostas para isso.


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